quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Dia do professor




Hoje, dia 15, dia de Santa Teresa de Jesus, grande mestra da vida espiritual, e exatamente por isso, é comemorado o dia do professor. Deixo aqui consignada a minha saudação e gratidão a todos os que se dedicam a essa nobre e benemérita carreira, difícil, mas nem sempre reconhecida e condignamente gratificada. Mais do que uma profissão, educar é uma arte, uma vocação e uma missão: formar, conduzir crianças, jovens e adultos no caminho da verdade, sugerindo opiniões conscientes, aconselhando e tornando-se amigos e irmãos dos seus alunos. Que Deus os abençoe e lhes dê coragem, paciência e perseverança.



Ser professor é ser educador e mestre. E ser mestre é muito mais do que ensinar matérias, como bem escreveu o nosso ilustre poeta Antônio Roberto Fernandes, de saudosa memória: “Ser mestre não é só contar a história/ de um certo Pedro Álvares Cabral/ Mas descobrir, de novo, a cada dia,/ um mundo grande, livre, fraternal. - Ser mestre não é só mostrar nos mapas/ onde se encontra o Pico da Neblina/ Mas é subir, guiando os alunos,/ à montanha da vida que se empina... Ser mestre é ser o pai, a mãe, o amigo,/ mostrando sempre a direção da luz,/ pois a palavra Mestre – sobretudo –/ também é um dos nomes de Jesus.”



A melhor definição de educação nós a encontramos no Direito Canônico, conjunto de normas da Igreja (cânon 795): é a formação integral da pessoa humana, dirigida ao seu fim último e, ao mesmo tempo, ao bem comum da sociedade, de modo que as crianças e jovens possam desenvolver harmonicamente seus dotes físicos, morais e intelectuais, adquirir um sentido mais perfeito da responsabilidade e um uso correto da liberdade, preparando-se para participar ativamente da vida social.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Revista digital do grupo Estado Islâmico simula uma bandeira negra tremulando em São Pedro



A revista digital do grupo terrorista Estado Islâmico, “Dabiq”, expõe na capa uma montagem fotográfica do exterior da basílica de São Pedro com uma bandeira negra do movimento extremista e a manchete “A cruzada fracassada”.



O artigo que acompanha a montagem ataca Roma e os romanos como “cruzados ocidentais” e define o presidente dos EUA, Barack Obama, como “o chefe do mal”.


A provocação tenta desmentir a existência do islã respeitoso que o mundo pôde ver na recente viagem do papa Francisco à Albânia, em 21 de setembro passado. Naquele país europeu de maioria muçulmana, as diversas religiões convivem sem problemas. Os fanáticos do Estado Islâmico também pretendem apagar o abraço entre o Santo Padre, um líder muçulmano e um líder judeu na esplanada do Templo em Jerusalém.



A revista on-line do grupo terrorista não esconde o fanatismo que o move. As fotos e os artigos elogiam a violência, inclusive nos casos dos reféns decapitados. Em um dos textos, os radicais falam dos yazidis, um dos povos mais antigos do Oriente Médio, reduzidos agora à escravidão. Mulheres e crianças dessa e de outras minorias são sequestradas e vendidas. Os homens, sem chances de defesa diante do poderio das armas dos terroristas, são assassinados.

Cardeal diz que acolhida aos gays não mudará valores da Igreja Católica




O arcebispo de Aparecida (SP) e presidente da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Raymundo Damasceno, afirmou em entrevista ao G1 que “acolher pessoas do mesmo sexo não significa aprovar suas escolhas”. O cardeal está no Vaticano participando do sínodo dos bispos e pediu, durante discurso na última quarta-feira (8), que a Igreja Católica acompanhe “situações familiares difíceis”, como considera no caso dos homossexuais.



“Somos chamados a acolher toda pessoa, porque é criatura de Deus. Sem fazer discriminações do ponto de vista étnico, religioso, sexual e moral. Mas isso não significa que estamos aprovando o que a pessoa faz. Para nós, o matrimônio é união entre homem e mulher em vista de uma comunhão total, para a geração da vida”, afirma.

Vaticano diz que gays têm 'talentos e qualidades a oferecer' a cristãos




Um documento oficial publicado nesta segunda-feira (13/10) pelo Vaticano diz textualmente que pessoas homossexuais "têm talentos e qualidades a oferecer à comunidade cristã" e indaga se o Catolicismo é capaz de "receber essas pessoas" e "lhes garantir um espaço fraterno".



O documento, que alguns analistas já interpretam como uma significativa mudança de tom no discurso da Igreja Católica, é fruto de mais de uma semana de discussão na assembleia de centenas de bispos e leigos convocada pelo papa Francisco para debater assuntos relacionados à família.



"A nossa comunidade é capaz de aceitar e valorizar sua orientação sexual sem comprometer a doutrina católica sobre a família e o matrimônio?", questiona o texto redigido em meio às discussões do sínodo, nome pelo qual é conhecido o encontro de bispos.

O buraco sem fim da Bienal de São Paulo, ou a decadência da Arte...







Quem se atreveu a visitar a 31ª Bienal de Artes de São Paulo, certamente teve uma triste surpresa.



A pseudo arte apresentada nesta versão da mostra deste ano nada mais é do que um puro e simples incitamento à legalização do aborto, tudo isto misturado com o vilipêndio do sentimento religioso, especialmente no que se refere à fé católica.



“A exposição ‘Errar de Deus’ expõe a figura sagrada de Jesus Cristo crucificado sendo devorada por corvos. Na sequência, uma imagem de Nossa Senhora com o Menino Jesus toda coberta por baratas e escorpiões. Adiante, uma serpente enroscada no corpo da Virgem Maria, com o claro intuito de inverter o conceito católico da Virgem esmagando a cabeça da serpente. (Gen 3, 15). A Santa Ceia dentro de uma frigideira, para ser fritada, e uma imagem de Nossa Senhora prestes a ser triturada por um ralador de cozinha. Ao final dessa exposição, os guias da Bienal orientam os visitantes a assinarem uma petição ao Papa Francisco, pedindo a ‘abolição total do inferno’. A maioria dos visitantes nem a lê, e assina sem perceber que o abaixo-assinado é promovido pelo CIHABAPAI (Clube dos Ímpios, Hereges, Apóstatas, Blasfemos, Ateus, Pagãos, Agnósticos e Infiéis). Seu filho ou parente será convidado a assinar esse pedido unindo-se a tal clube! Há também ‘a sala chamada ‘Deus é [palavra impublicável]’, com obras que subvertem ícones católicos, como uma Virgem barbada’.




Imagem de Nossa Senhora 
com o Menino Jesus
toda coberta por baratas 
e escorpiões
A mesma sala ‘registra corpos andrógenos e relações homoeróticas em frente a imagens religiosas como a Virgem de Guadalupe’ (OESP 31/8/14). Ainda na mesma exposição, a obra Casa particular, que de acordo com o site oficial da Bienal, ‘encena a última ceia de Jesus com seus discípulos em um dos prostíbulos da rua San Camilo, em Santiago [do Chile]. Nessa ação, uma das prostitutas, sentada no centro da mesa, assume o duplo papel de Cristo e de Pinochet, dizendo (…), depois de oferecer pão e vinho: ‘este é meu corpo, este é meu sangue’’. Uma das exposições disponibiliza cartões postais comemorativos da quebra de igrejas, imagens e conventos pelos comunistas, durante a guerra civil espanhola (1936-39). Ali pode-se também encontrar uma exposição chamada ‘Espaço para Abortar’ que inclui vários ‘úteros’ gigantes. O objetivo é que as mulheres entrem neles e gravem ‘testemunhos’ de experiências, advogando a legalização do aborto no Brasil! (Cfr. El Pais, 4/9/14)”. (Agência Fidespress).



Ou seja, convenhamos, aí, de arte, pouco ou nada existe. O que de fato se pretende com um acinte destes é agredir o sentimento religioso de nosso povo. Pura e simples intolerância religiosa, marcada pela absoluta ignorância, pior ainda, a intenção de “desmontar” os valores sagrados da fé. Dentro de um quadro justificativo de uma pretensa “liberdade de expressão”, o que na verdade se quer é destruir e ridicularizar valores e princípios religiosos.

A volta do “bispo” que chutou a imagem de Aparecida: agora mais herege do que nunca.




Em 1994, no dia da Padroeira do Brasil, o auto-nomeado bispo Sérgio Von Helder, então membro da Universal do Reino de Deus, ousou chutar a imagem de Nossa Senhora Aparecida, ao vivo, em um programa na TV Record. As imagens se espalharam rapidamente e geraram grande comoção no país.



Segundo o portal IG Ultimo segundo, o auto-proclamado bispo Von Helder voltou ao pais e agora está “intelectualizado” e já escreve seu livreco e pasmem não é um gibi.Como não podia ser diferente, levando em conta o porte intelectual do pobre Von Helder, ele escreveu um livro intitulado ” “Um chute na idolatria” ,no qual faz críticas de boteco à Igreja Católica e contesta dogmas como de que Maria é a mãe de Deus.



Segundo o portal IG, ele faz criticas e mostra-se disposto a retomar a polêmica com os católicos. “A Igreja Católica vive de mentiras”, afirma. Von Helde contesta também outros pontos da doutrina católica como a ideia de que todos são filhos de Deus, a interpretação de que as pessoas descansam depois da morte e todo o mundo vai para o céu. Só tem um probleminha: A Igreja Católica não diz em sua doutrina que todos somos filhos de Deus, mas somos inseridos nessa realidade de modo especial pelo batismo (cf. CIC 1692 ), já a doutrina de que todos vão para o céu (SIC) é negada pelo catecismo no paragrafo 1035 . Muito bem, do alto de sua capacidade cognitiva ele contesta igualmente a idéia da existência do purgatório. Von Helder, ou se contesta a idéia de que todos vão para o céu diretamente ou se contesta a existência do inferno, os dois não dá.


Sínodo: novas perspetivas pastorais para a família; não a soluções únicas – Card. Erdo expõe Relatório após o Debate




A segunda semana do Sínodo sobre a família começou com a “Relatio post disceptationem” – o Cardeal Peter Erdo, relator-geral do Sínodo, apresentou em 58 pontos os principais contributos propostos nas reflexões da primeira semana. Ideia principal a reter a necessidade de fazer escolhas pastorais corajosas na ação da Igreja junto das famílias, nomeadamente naquelas onde aconteceram separações ou mesmo divórcios.

O documento desenvolve-se em três ideias-chave: escutar o contexto socio-cultural em que vivem as famílias hoje; olhar para Cristo e para o seu Evangelho da família e confrontar-se sobre as perspetivas pastorais a iniciar.

A família, realidade decisiva e preciosa, lugar das alegrias, dificuldades e afetos é, segundo este primeiro relatório, uma escola de humanidade que deve ser em primeiro lugar escutada na sua complexidade. E muitos são os problemas com que se depara a família: o individualismo; a afetividade narcisista; a fragilidade dos sentimentos; a precariedade laboral; o terrorismo; as migrações, são só algumas das situações que deterioram a vida da família.

A esta realidade a Igreja deve dar “esperança e sentido” – diz o relatório que propõe uma nova dimensão da pastoral familiar. Olhando Jesus Cristo, que nos reafirma a união indissolúvel entre homem e mulher, mas que nos permite também ler em termos de continuidade e novidade a aliança nupcial. O princípio deve ser aquele da gradualidade para os cônjuges dos matrimónios falhados sempre numa perspetiva inclusiva:

“ Torna-se necessário um discernimento espiritual, no que diz respeito às convivências, aos matrimônios civis e aos divorciados recasados, compete à Igreja reconhecer aquelas sementes do Verbo espalhadas para além dos seus confins visíveis e sacramentais. (...) A Igreja dirige-se com respeito àqueles que participam na sua vida em modo incompleto e imperfeito, apreciando mais os valores positivos que conservam do que os limites e as faltas.”

Segundo o relatório é, assim, que a Igreja deve enfrentar a realidade da família, escutando o contexto sócio-cultural das famílias, olhando o Senhor Jesus Cristo para reafirmar a indissolubilidade entre homem e mulher e em terceiro lugar enfrentar as instâncias pastorais mais urgentes confiando a sua concretização às Igrejas locais sempre em comunhão com o Papa. É preciso anunciar o Evangelho da família, sobretudo, através dos fieis:

“Evangelizar é responsabilidade partilhada por todo o povo de Deus, cada uma segundo o próprio ministério e carisma. Sem o testemunho alegre dos cônjuges e das famílias, o anúncio, mesmo que correto, arrisca-se a ser incompreendido ou de se afogar no mar de palavras que caracteriza a nossa sociedade. As famílias católicas são chamadas a ser elas próprias os sujeitos ativos de toda a pastoral familiar.”

As famílias são apresentadas no relatório como sujeitos ativos na pastoral familiar, sobretudo na preparação dos noivos para o matrimónio e no acompanhamento da vida familiar após o matrimônio.

Delegados de diversas confissões cristãs participam do sínodo



A décima congregação geral do sínodo sobre a família contou com a participação de sete “delegados fraternos”, representantes de diversas confissões cristãs não católicas romanas. O pronunciamento do oitavo delegado, o metropolita Hilarion, presidente do Departamento para as Relações Exteriores do Patriarcado de Moscou, acontecerá nos próximos dias.



Em seus discursos, os delegados fraternos expressaram ao Santo Padre e aos padres sinodais a gratidão pelo convite a participar da assembleia. Em seguida, cada um apresentou a situação da família no âmbito da própria confissão cristã.



No conjunto, foram destacados os desafios e as esperanças do núcleo familiar que são comuns a todos os cristãos: a família é essencial para a sociedade e é a base fundamental da comunhão na justiça. As dificuldades, entretanto, também não faltam em todos os contextos, com maior ou menor intensidade conforme cada caso: crise econômica, meios de comunicação reduzindo os momentos de diálogo doméstico, modelos que induzem ao adultério, guerras, migrações, globalização, drama de doenças como aids e ebola, fundamentalismo islâmico especificamente em alguns países. Todos esses desafios põem continuamente em risco o bem da família.



Observou-se ainda que, entre os cristãos, é comum a necessidade de uma preparação adequada para o matrimônio e de uma reflexão adequada sobre o casamento entre crentes e não crentes.