segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Revista digital do grupo Estado Islâmico simula uma bandeira negra tremulando em São Pedro



A revista digital do grupo terrorista Estado Islâmico, “Dabiq”, expõe na capa uma montagem fotográfica do exterior da basílica de São Pedro com uma bandeira negra do movimento extremista e a manchete “A cruzada fracassada”.



O artigo que acompanha a montagem ataca Roma e os romanos como “cruzados ocidentais” e define o presidente dos EUA, Barack Obama, como “o chefe do mal”.


A provocação tenta desmentir a existência do islã respeitoso que o mundo pôde ver na recente viagem do papa Francisco à Albânia, em 21 de setembro passado. Naquele país europeu de maioria muçulmana, as diversas religiões convivem sem problemas. Os fanáticos do Estado Islâmico também pretendem apagar o abraço entre o Santo Padre, um líder muçulmano e um líder judeu na esplanada do Templo em Jerusalém.



A revista on-line do grupo terrorista não esconde o fanatismo que o move. As fotos e os artigos elogiam a violência, inclusive nos casos dos reféns decapitados. Em um dos textos, os radicais falam dos yazidis, um dos povos mais antigos do Oriente Médio, reduzidos agora à escravidão. Mulheres e crianças dessa e de outras minorias são sequestradas e vendidas. Os homens, sem chances de defesa diante do poderio das armas dos terroristas, são assassinados.



O grupo Estado Islâmico lançou também ameaças contra o Twitter depois que a rede social bloqueou as mensagens de milicianos e simpatizantes que faziam publicidade das execuções de reféns, conforme indicado por um dos diretores da empresa, Dick Costolo.


Dom Louis Sako, patriarca da Babilônia dos caldeus, em declarações feitas em Roma e transmitidas hoje pela Rai News 24, declarou que “a massa muçulmana não está do lado do Estado Islâmico. O problema é que as pessoas têm medo de reagir. Milhares de muçulmanos também foram assassinados. Há 1,5 milhão de muçulmanos desabrigados que estão vivendo num contexto muito radicalizado”.



O patriarca dos caldeus denunciou que “existe uma política que não quer países econômica e militarmente fortes no Oriente Médio. Há um plano em torno de tudo isso". Ele considera necessária uma intervenção por terra para libertar as aldeias cristãs e das outras minorias, garantindo que os refugiados possam voltar para casa. 

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(13 de Outubro de 2014) © Innovative Media Inc. 
Fonte: ZENIT

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