O presente
artigo responde ao questionamento apresentado por um irmão protestante, que
nada de novo diz. As respostas dadas ao irmão poderão ser úteis a quantos fiéis
católicos se vêem assediados por objeções – às vezes caluniosas – de irmãos
separados.
Eis o que
escreve o interlocutor anônimo:
1. “Ele me salvou”
“1. NÃO SOU
UM CATÓLICO ROMANO, primeiramente porque Jesus Cristo salvou-me de meus pecados
(Mt 1, 21), garantindo-me a remissão por Sua graça (Ef 1, 7), ao arrepender-me
(Lc 13, 3; At 3, 19; 11.18) e crer em seu sacrifício na Cruz do Calvário
(At 20, 21; Rm 3, 26). Assim o Senhor me fez uma nova criatura (Jo 3, 3-6; 2 Co
5, 17; Ez 36, 26) e seu filho (Jo 1, 12; Rm 8, 14-17; 1 Jo 3, 1), para que hoje
eu pudesse glorificá-lo através da minha vida e testemunhar aos outros acerca
de tão grande salvação que me foi concedida pelo Filho de Deus (ver Gl 2, 20;
Ef 2, 10; Hb 13, 15-16; 1Pd 2. 5, 9-10; Mc 16, 15; Rm 10, 13-15)”.
Nesta passagem
chama-nos a atenção o caráter individualista da locução: as partículas “eu, me,
a mim” voltam constantemente como se o Cristianismo fosse algo do foro privado.
– Ora tal atitude é profundamente antibíblica; sim, Jesus fala da “minha
Igreja” com sua hierarquia (cf. Mt 16, 16-19; 18, 18). Ser cristão é ser membro
do Corpo de Cristo Cabeça (cf. 1Cor 12, 12-21), é ser ramo do tronco de
videira, que é Cristo (cf. Jo 15, 1-5).
O protestantismo
põe de lado o sacramento da Igreja, fazendo do indivíduo autor do seu Credo em
conseqüência do princípio do livre exame da Bíblia. Esse subjetivismo redunda
no relativismo que tanto caracteriza o pensamento contemporâneo.