Não há lugar no ministério para aqueles que abusam
de menores: é quanto reafirma o Papa Francisco, em uma Carta aos Presidentes
das Conferências Episcopais e aos Superiores dos Institutos de Vida Consagrada
e as Sociedades de Vida Apostólica sobre a Pontifícia Comissão para a Tutela
dos Menores, que a partir de amanhã, 06, pela primeira vez reúne-se para sua
sessão plenária no Vaticano. A Comissão foi criada pelo próprio Pontífice em
março do ano passado, “com o objetivo de oferecer propostas e iniciativas
orientadas a melhorar as regras e procedimentos para a proteção de todos
menores e dos adultos vulneráveis”. O Papa chamou para fazer parte da mesma
“personalidades altamente qualificadas e conhecidas pelo seu compromisso neste
campo”.
Fazer todo o
possível para erradicar da Igreja a chaga dos abusos
Na Carta, o Papa Francisco recorda o encontro
emocionante, em julho do ano passado, com algumas pessoas que sofreram abusos
sexuais por parte de sacerdotes: ali pôde experimentar pessoalmente “a intensidade
de seus sofrimentos” e “a solidez de sua fé”. Isto - escreve - o “confirmou
ainda mais na convicção de que devemos continuar a fazer todo o possível para
erradicar da Igreja a chaga dos abusos sexuais contra menores e abrir um
caminho de reconciliação e cura em favor daqueles que foram abusados”. Por
essas razões, em dezembro passado acrescentou à Comissão alguns novos membros,
representando as Igrejas particulares de todo o mundo.
A Igreja não
poupa esforços para tutelar os menores
Neste contexto, o Papa acredita que “a Comissão
poder ser um novo, válido e eficaz instrumento” para ajudar a “animar e
promover o compromisso de toda a Igreja” “a implementar as ações necessárias
para garantir a proteção dos menores e adultos vulneráveis e dar respostas de
justiça e de misericórdia”. “As famílias - afirma - devem saber que a Igreja
não poupa esforços para tutelar os seus filhos e que têm o direito de
dirigir-se a ela com toda a confiança, porque é uma casa segura. Não poderá,
portanto, ser dada prioridade a outro tipo de considerações, de qualquer
natureza que sejam, como por exemplo o desejo de evitar o escândalo, pois não
há absolutamente lugar no ministério para aqueles que abusam de menores”.
Verificação
periódica da atuação das normas
É necessário também “vigiar com atenção - sublinha
o Papa – para que se dê plena atuação à Carta circular emitida pela
Congregação para a Doutrina da Fé, em 3 de maio de 2011, para ajudar as
Conferências Episcopais na preparação das orientações para o tratamento de
casos de abuso sexual contra menores por parte de clérigos. É importante que as
Conferências Episcopais possuam um instrumento para a revisão periódica das
normas, bem como para a verificação do seu cumprimento. Ao bispo diocesano e
aos superiores maiores cabe a responsabilidade de verificar que nas paróquias e
nas outras instituições da Igreja seja garantida a segurança dos menores e dos
adultos vulneráveis”.
Disponíveis
ao encontro com as vítimas
Além disso, as Diocese e os Institutos de Vida
Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica “são exortadas a individuar
programas de assistência pastoral, que poderão utilizar a contribuição de
serviços psicológicos e espirituais. Os Pastores e os responsáveis das
comunidades religiosas - é o convite do Papa Francisco – estejam disponíveis
para o encontro com as vítimas e seus entes queridos: tratam-se de ocasiões
preciosas para ouvir e para pedir perdão àqueles que sofreram muito”.
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From: Vatican Radio
Disponível em: News.Va
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