segunda-feira, 13 de abril de 2015

O dia em que o Padre Fábio de Melo voltou a defender o casamento gay no Twitter

Resposta à defesa da união gay feita pelo Pe. Fábio

A imprensa que adora difundir o gayzismo como um valor universal, adorou.  Contudo, não foi a primeira vez que o padre se posiciona dessa forma. Em uma participação no programa Altas Horas, da TV Globo, ele declarou:

“A gente precisa dividir bem a questão. Uma é a questão religiosa, o posicionamento das religiões, que têm todo o direito de não aceitar, de não ser a favor. É um direito de cada religião. Se você faz parte daquela religião, daquela instituição, você vai submeter-se à regra. Só que há também a questão cível, que não podemos interferir, que não é religiosa, que é o direito de duas pessoas reconhecerem uma sociedade que existe entre elas”, disse na época.

Poderíamos discorrer horas sobre o quão incoerente é uma personalidade usar de seu sacerdócio para se rebelar contra a Igreja, mas gostaríamos, nesse primeiro momento, de responder à questão do casamento homossexual do ponto de vista estatal (Esperamos que do ponto de vista teológico já conheça).

Ele diz: A união civil entre pessoas do mesmo sexo não é uma questão religiosa. Portanto, cabe ao Estado decidir.” De fato, a questão não é religiosa, é da natureza das coisas. Do ponto de vista estatal, por definição, o casamento deve ser um contrato de direitos (ao qual reclamam os gayzistas) e consequentemente de obrigações. A mais elementar das obrigações é a de cumprir o papel conjugal. Agora, reverendíssimo padre, nos explique quem tem qual papel e por que. Num casamento hétero, evidentemente, esse problema não existe porque existe uma diferença anatômica que torna elementar os direitos e obrigações conjugais de cada parte. Se o Estado concede que um casamento possa ser feito com um contrato entre dois sexos idênticos, ele evidentemente está concedendo que as obrigações conjugais caiam por terra. Ora, se não existe obrigação baseada na natureza, logo não tem sentido algum que um casamento seja feito com “apenas” duas partes. Desta forma, o Estado que ignora a natureza e concede o “direito” do casamento gay, deve, por definição, aceitar o casamento poligâmico. 

Cristãos perseguidos no século XXI: números estarrecedores


O ser humano teima em não aprender com a própria historia. Como se já não fossem absurdas todas as guerras que houve entre religiões e todas chacinas racistas que procuraram dizimar outros povos, hoje nos vemos, em contraste com níveis altíssimos de desenvolvimento da civilização, no meio de mais uma explosão de cruéis perseguições religiosas.

É necessário que a sociedade seja bem informada e que nós, cristãos, não ignoremos a dimensão deste horror. Mas não para “jogar lenha na fogueira”, provocando reações que piorem o nível de violência, e sim para responder como cristãos, com fortaleza, dignidade e exigência de soluções de paz. Todos os cristãos atualmente perseguidos e martirizados devem ser, para nós, um profundo incentivo contra a nossa comodidade e mediocridade.

É possível que o maior número absoluto de vítimas da intolerância religiosa no mundo atual esteja entre os muçulmanos perseguidos por outros muçulmanos, na sangrenta rixa entre xiitas e sunitas. Além disso, as minorias muçulmanas na Rússia e na China sofrem acosso dos respectivos governos, o que também acontece com os bahai por parte do xiismo iraniano, com os tibetanos por parte do comunismo chinês e com os judeus nas sociedades em que persiste o antissemitismo.

A lista de religiões perseguidas é longa e leva a uma conclusão clara: a intolerância religiosa ainda condiciona o comportamento de importantes setores governamentais e sociais de todo o planeta.

O que o Ocidente finge não ver é o quanto o cristianismo também sofre essa intolerância. Javier Rupérez, membro da Real Academia de Ciências Morais e Políticas da Espanha, levantou uma série de dados assustadores sobre a perseguição religiosa mundial contra os cristãos. 

Papa Francisco chama mortes na Armênia de genocídio e "desaponta" Turquia

Francisco considera que o massacre dos cristãos armênios
foi o primeiro genocídio do século XX

'Ferida que sangra'[1]

O papa usou pela primeira vez a palavra genocídio para classificar as mortes há dois anos, o que levou a um protesto da Turquia.

Na missa de domingo na Basílica de São Pedro, ele disse que a humanidade havia vivido "três tragédias consistentes e sem precedentes" no século passado.

"A primeira, que é amplamente considerada como 'o primeiro genocídio do século 20', atingiu o seu próprio povo armênio", disse ele, fazendo referência a palavras usadas pelo papa João Paulo II em 2001.

O papa Francisco também se referiu aos crimes "cometidos pelo nazismo e pelo stalinismo" e disse que outros genocídios haviam se seguido no Camboja, Ruanda, Burundi, Bósnia e massacres de hoje pelo Estado Islâmico.

Ele disse que era seu dever honrar a memória daqueles que foram mortos.

"Ocultar ou negar o mal é como permitir que uma ferida siga sangrando sem enfaixá-la", acrescentou o papa.

Para o correspondente da BBC em Roma, a fala é um lembrete das raízes da Igreja Católica no Leste da Europa e no Oriente Médio.

O presidente armênio, Serzh Sargsyan, estava presente na cerimônia. A polêmica ainda hoje azeda as relações entre a Armênia e Turquia.

O papa estava perfeitamente consciente de que ao usar a palavra "genocídio" ele iria ofender a Turquia, que considera o número de mortes de armênios durante a extinção do Império Otomano exagerado e continua a negar a extensão do massacre.

O foco hoje do papa Francisco sobre a Armênia, o primeiro país a adotar o cristianismo como religião do Estado, mesmo antes da conversão do imperador romano Constantino, serve como mais um lembrete de raízes amplamente difundidas da Igreja Católica na Europa Oriental e do Oriente Médio.

Mais de 20 Igrejas orientais católicas locais, incluindo a de Armênia, permanecem em comunhão com Roma.

Neste domingo, o papa também homenageou o místico do século 10 São Gregório de Narek, declarando-lhe um doutor da Igreja. Segundo a agência de notícias AP, apenas 35 pessoas já receberam este título.

A Armênia considera o dia 24 de abril de 1915 como o início dos assassinatos em massa. O país tem uma longa campanha para que haja mais reconhecimento do que ele considera como um genocídio. 

domingo, 12 de abril de 2015

Regina Coeli: "Somos convidados a contemplar nas chagas do Ressuscitado, a Divina Misericórdia".


PAPA FRANCISCO
REGINA COELI

Praça São Pedro
Domingo, 12 de Abril de 2015


Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Hoje é o oitavo dia após a Páscoa, e o Evangelho de João nos documenta as duas aparições de Jesus ressuscitado aos Apóstolos reunidos no Cenáculo: na noite de Páscoa, em que Tomé estava ausente, e depois de oito dias, na presença de Tomé. Na primeira vez, o Senhor mostrou as chagas de seu corpo para os discípulos, fez o gesto de soprar sobre eles e disse: "Como o Pai me enviou, também eu vos envio" (Jo 20,21). Transmitindo-lhes a sua própria missão, com o poder do Espírito Santo.

Mas naquela noite estava faltando Tomé, que não queria acreditar no testemunho dos outros. "Se não vir e não tocar suas feridas - disse ele – não acreditarei" (Jo 20, 25). Oito dias depois - ou seja, como hoje - Jesus volta a apresentar-se aos seus e se dirige a Tomé, convidando-o a tocar nas chagas de suas mãos e de seu lado. Vai ao encontro de sua descrença, para que através dos sinais da paixão, possa alcançar a plenitude da fé pascal, a fé na ressurreição de Jesus.

Tomé é um que não se contenta e procura verificar pessoalmente, ter uma experiência pessoal. Depois das suas iniciais resistências e inquietações, por fim também ele acredita, mesmo com dificuldade mas chega à fé. Jesus o espera pacientemente e se oferece às dificuldades e inseguranças do último a chegar. O Senhor proclama "bem-aventurados" aqueles que acreditam sem ver (cf. v. 29) - e a primeira é Maria, sua mãe - embora também vai ao encontro à exigência do discípulo incrédulo, "Coloque aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos. Põe a tua mão no meu lado"(v. 27). Ao contato salvífico com as chagas do Ressuscitado, Tomé manifesta as próprias feridas, as próprias lacerações, a própria humilhação; no sinal dos pregos encontra a prova decisiva de que era amado, esperado, entendido. Encontra-se diante de um Messias pleno de doçura, misericórdia, ternura. Era Ele o Senhor que buscava nas profundezas secretas do próprio ser, porque sempre soube que era assim. E quantos de nós buscamos nas profundezas do coração encontrar Jesus, assim como Ele é: doce, misericordioso, terno! Porque sabemos que, no fundo, Ele é assim. Ao ter esse contato pessoal com a amabilidade e a misericordiosa paciência de Deus, Tomé compreende o significado profundo da ressurreição e, interiormente transformado, declara a sua fé plena e total nele, exclamando: "Meu Senhor e meu Deus" (V. 28). Bela, bela expressão, a de Tomé! 

As chagas de Jesus são chagas de misericórdia, diz Papa


SANTA MISSA PARA OS FIÉIS DE RITO ARMÊNIO

Basílica de São Pedro
II Domingo de Páscoa (ou da Divina Misericórdia), 12 de Abril de 2015


SAUDAÇÃO DO SANTO PADRE 
NO INÍCIO DA SANTA MISSA 
PARA OS FIÉIS DE RITO ARMÊNIO

Queridos irmãos e irmãs armênios,
Amados irmãos e irmãs!

Em várias ocasiões, defini este tempo como um tempo de guerra, uma terceira guerra mundial combatida «por pedaços», assistindo nós diariamente a crimes hediondos, a massacres sangrentos e à loucura da destruição. Ainda hoje, infelizmente, ouvimos o grito, abafado e transcurado, de muitos dos nossos irmãos e irmãs inermes que, por causa da sua fé em Cristo ou da sua pertença étnica, são pública e atrozmente assassinados – decapitados, crucificados, queimados vivos – ou então forçados a abandonar a sua terra.

Também hoje estamos a viver uma espécie de genocídio, causado pela indiferença geral e colectiva, pelo silêncio cúmplice de Caim, que exclama: «A mim, que me importa? (…) Sou, porventura, guarda do meu irmão?» (Gn 4, 9; Homilia em Redipuglia,13 de Setembro de 2014).

No século passado, a nossa humanidade viveu três grandes e inauditas tragédias: a primeira, que geralmente é considerada como «o primeiro genocídio do século XX» (JOÃO PAULO II E KAREKIN II, Declaração Conjunta, Etchmiadzin, 27 de Setembro de 2001), atingiu o vosso povo armênio – a primeira nação cristã – juntamente com os sírios católicos e ortodoxos, os assírios, os caldeus e os gregos. Foram mortos bispos, sacerdotes, religiosos, mulheres, homens, idosos e até crianças e doentes indefesos. As outras duas são as perpetradas pelo nazismo e pelo estalinismo. E, mais recentemente, houve outros extermínios de massa, como os do Camboja, do Ruanda, do Burundi, da Bósnia. E todavia parece que a humanidade não consiga parar de derramar sangue inocente. Parece que o entusiasmo surgido no final da II Guerra Mundial esteja a desaparecer e dissolver-se. Parece que a família humana se recuse a aprender com os seus próprios erros causados pela lei do terror; e, assim, ainda hoje há quem procure eliminar os seus semelhantes, com a ajuda de alguns e o silêncio cúmplice de outros que permanecem espectadores. Ainda não aprendemos que «a guerra é uma loucura, um inútil massacre» (cf. Homilia em Redipuglia,13 de Setembro de 2014).

Hoje, queridos fiéis armênios, recordamos – com o coração trespassado pela dor mas repleto da esperança no Senhor Ressuscitado – o centenário daquele trágico acontecimento, daquele enorme e louco extermínio que cruelmente sofreram os vossos antepassados. Recordá-los é necessário, antes forçoso, porque, quando não subsiste a memória, quer dizer que o mal ainda mantém aberta a ferida; esconder ou negar o mal é como deixar que uma ferida continue a sangrar sem a tratar!

Com afeto, vos saúdo e agradeço o vosso testemunho.

Saúdo e agradeço a presença do senhor Serž Sargsyan, Presidente da República da Armênia.

Saúdo cordialmente também os meus irmãos Patriarcas e Bispos: Sua Santidade Karekin II, Patriarca Supremo e Catholicos de Todos os Arménios; Sua Santidade Aram I, Catholicos da Grande Casa da Cilícia; Sua Beatitude Nerses Bedros XIX, Patriarca da Cilícia dos Arménios Católicos; os dois Catholicossatos da Igreja Apostólica Arménia e o Patriarcado da Igreja Armeno-Católica.

Com a firme certeza de que o mal nunca provém de Deus, infinitamente Bom, e radicados na fé, professamos que a crueldade não pode jamais ser atribuída à acção de Deus e, mais, não deve de forma alguma encontrar no seu Santo Nome qualquer justificação. Vivamos, juntos, esta Celebração, fixando o nosso olhar em Jesus Cristo Ressuscitado, Vencedor da morte e do mal!

Francisco explica por que proclamou o Ano da Misericórdia


CELEBRAÇÃO DAS PRIMEIRAS VÉSPERAS 
DO II DOMINGO DE PÁSCOA
OU DOMINGO DA DIVINA MISERICÓRDIA

HOMILIA DO PAPA FRANCISCO
Basílica de São Pedro
Sábado, 11 de Abril de 2015


Ressoa ainda, em todos nós, a saudação de Jesus Ressuscitado aos seus discípulos na noite de Páscoa: «A paz esteja convosco!» (Jo 20, 19). A paz, sobretudo nas últimas semanas, permanece como desejo de muitas populações que sofrem violências inauditas de discriminação e morte, só porque possuem o nome de cristãos. A nossa oração faz-se ainda mais intensa, tornando-se um grito de socorro ao Pai, rico em misericórdia, para que sustente a fé de tantos irmãos e irmãs que estão na tribulação, ao mesmo tempo que Lhe pedimos para converter os nossos corações para passarmos da indiferença à compaixão.

São Paulo recordou-nos que fomos salvos no mistério da morte e ressurreição do Senhor Jesus. Ele é o Reconciliador, que está vivo no meio de nós, para nos oferecer o caminho da reconciliação com Deus e entre os irmãos. O Apóstolo recorda que, apesar das dificuldades e sofrimentos da vida, cresce a esperança na salvação que o amor de Cristo semeou nos nossos corações. A misericórdia de Deus foi derramada em nós, tornando-nos justos, dando-nos a paz.

Celebração da Páscoa na Igreja Ortodoxa


A todas as irmãs e os irmãos ortodoxos fazemos calorosos votos, com o antigo anúncio da Ressurreição do Senhor!

Christos anesti! Alithos anesti!
Христос воскресе!Christ is Risen! Indeed He is risen!
Khrishti unjal! Vertet unjal!
Hristos voskrese! Vo istina voskrese!
Khrystos uvaskros! Sapraudy uvaskros!
Le Christ est ressuscité! En verité il est ressuscité!
Kriste ahzdkhah! Chezdmaridet!
Christus ist erstanden! Er ist wahrhaftig erstanden!
Cristo è risorto! Veramente è risorto!
Cristos a inviat! Adevarat a inviat!
Khristos voskrese! Voistinu voskrese!
Cristos vaskres! Vaistinu vaskres!Christ is risen from the dead,
trampling down death by death,
and on those in the tombs bestowing life!Христос воскресе из мертвых,
смертию смерть поправ,
и сущим во гробех живот даровав!

Páscoa da Igreja Ortodoxa

A Páscoa Ortodoxa é celebrada em diferentes países seguindo rituais e costumes próprios. Conheça a data da Páscoa Ortodoxa, a forma de ser celebrada nos vários países, os seus principais símbolos e o Ritual do Fogo na Igreja do Santo Sepulcro em Jerusalém.

A Páscoa é uma festa cristã e feriado que comemora a ressurreição de Jesus Cristo no terceiro dia após a sua crucificação no Calvário, como descrito no Novo Testamento. A Páscoa é o fim da Paixão de Cristo, precedida pela Quaresma, período de quarenta dias de Jejum, oração e penitência. A última semana da Quaresma é chamada de Semana Santa, e inclui a Quinta-feira Santa bem como a Sexta-feira Santa, que comemora a crucificação e morte de Jesus. No dia de Páscoa celebra-se a ressurreição de Cristo.

A Páscoa é uma festa móvel, o que significa que não é fixa em relação ao calendário civil.

A Páscoa está ligada à Páscoa judaica, quer pelo seu simbolismo, bem como pela sua posição no calendário.

Prefeitura de Florianópolis vai à justiça contra a lei que obriga escolas a manterem exemplares da Bíblia em suas bibliotecas.


Depois da polêmica da retirada de crucifixos em prédios públicos, um novo imbróglio religioso chegará às mãos da Justiça.

É que a prefeitura de Florianópolis decidiu entrar com ação contra a lei que obriga escolas a manterem exemplares da Bíblia em suas bibliotecas,

A alegação é de que a lei fere o princípio de "Estado laico".

O Estado laico é aquele que não tem um credo oficial, nem permite que a religião o conduza ou subjugue.

O Estado laico é neutro, mas não é antirreligoso. Muito pelo contrário.

Nossa constituição, a mesma que define nosso Estado como laico, não só confere liberdade de culto, como assegura prestação de assistência religiosa nas prisões, nas escolas, institui o casamento religioso e criminaliza qualquer desrespeito às crenças e seus símbolos sagrados. E para sacramentar de vez que o Estado Brasileiro não é antirreligoso, a nossa Constituição Federal foi promulgada "sob a proteção de Deus". E Deus com "D" maiúsculo.

Aí, eu pergunto: Como pode uma Bíblia numa biblioteca ferir a laicidade do Estado brasileiro?

Se para os cristãos ela é a escritura sagrada, para os não- cristãos, a Bíblia não passa de um livro comum pendurado numa estante, como milhares de outros.

Lê quem quer. Ninguém é obrigado. Mas, é impensável que uma biblioteca que se preze, em qualquer lugar do planeta, não tenha, sequer, um exemplar do livro mais lido, conhecido e vendido do mundo.