sábado, 25 de abril de 2015

Itália descobre célula do Al Qaeda que planejava atentado contra o Vaticano. Santa Sé nega preocupação por ataque iminente.


A polícia italiana prendeu nove pessoas - na ilha de Sardenha e em outras sete regiões – que pertencem a uma célula do grupo terrorista Al Qaeda, a mesma que teria planejado um atentado contra a Santa Sé em 2010. Por sua parte, o porta-voz do Vaticano, Pe. Federico Lombardi, negou que atualmente haja uma preocupação por um ataque terrorista.

A Procuradoria pública de Cagliari conduziu as investigações para desmantelar uma rede de organização terrorista Al Qaeda, na Itália.

O procurador público Mauro Mura assinalou que, durante as intervenções realizadas nos últimos anos, encontraram "sinais da preparação de um possível atentado no Vaticano em 2010".

Estas revelações surgiram durante a investigação iniciada em 2009 para fortalecer a segurança, por motivo da celebração da cúpula do G8 na cidade italiana La Maddalena.

Nesse sentido, foram emitidas 20 ordens de prisão, e nove pessoas foram detidas, oito paquistaneses e um afegão, enquanto outros três estão desaparecidos e o resto abandonou a Itália.

As prisões foram feitas nas cidades de Sassari, Bérgamo, Macerata, Roma, Frosinone e Foggia, e os detidos foram acusados de terrorismo no exterior e de favorecer a imigração clandestina. 

CNBB divulga nota sobre o momento nacional


NOTA DA CNBB SOBRE O MOMENTO NACIONAL



“Entre vós não deve ser assim” (Mc 10,43).

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, reunida em sua 53ª Assembleia Geral, em Aparecida-SP, no período de 15 a 24 de abril de 2015, avaliou, com apreensão, a realidade brasileira, marcada pela profunda e prolongada crise que ameaça as conquistas, a partir da Constituição Cidadã de 1988, e coloca em risco a ordem democrática do País. Desta avaliação nasce nossa palavra de pastores convictos de que “ninguém pode exigir de nós que releguemos a religião para a intimidade secreta das pessoas, sem qualquer influência na vida social e nacional, sem nos preocupar com a saúde das instituições da sociedade civil, sem nos pronunciar sobre os acontecimentos que interessam aos cidadãos” (EG, 183).

O momento não é de acirrar ânimos, nem de assumir posições revanchistas ou de ódio que desconsiderem a política como defesa e promoção do bem comum. Os três poderes da República, com a autonomia que lhes é própria, têm o dever irrenunciável do diálogo aberto, franco, verdadeiro, na busca de uma solução que devolva aos brasileiros a certeza de superação da crise.

A retomada de crescimento do País, uma das condições para vencer a crise, precisa ser feita sem trazer prejuízo à população, aos trabalhadores e, principalmente, aos mais pobres. Projetos, como os que são implantados na Amazônia, afrontam sua população, por não ouvi-la e por favorecer o desmatamento e a degradação do meio ambiente.

A lei que permite a terceirização do trabalho, em tramitação no Congresso Nacional, não pode, em hipótese alguma, restringir os direitos dos trabalhadores. É inadmissível que a preservação dos direitos sociais venha a ser sacrificada para justificar a superação da crise.

A corrupção, praga da sociedade e pecado grave que brada aos céus (cf. Papa Francisco – O Rosto da Misericórdia, n. 19), está presente tanto em órgãos públicos quanto em instituições da sociedade. Combatê-la, de modo eficaz, com a consequente punição de corrompidos e corruptores, é dever do Estado. É imperativo recuperar uma cultura que prima pelos valores da honestidade e da retidão.  Só assim se restaurará a justiça e se plantará, novamente, no coração do povo, a esperança de novos tempos, calcados na ética. 

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Carta do Santo Padre para o VIII Encontro Mundial das Famílias


CARTA DO PAPA FRANCISCO
PARA O VIII ENCONTRO MUNDIAL DAS FAMÍLIAS

FILADÉLFIA, 22-27 DE SETEMBRO DE 2015


Ao venerado Irmão D.Vincenzo Paglia
Presidente do Pontifício Conselho para a Família

No final do VII Encontro Mundial das Famílias , o Papa Bento XVI anunciou que a cidade de Filadélfia, nos Estados Unidos da América, seria a sede do evento sucessivo. Em muitas ocasiões confirmei tal escolha, observando com confiança e esperança este encontro de graça no qual, se Deus quiser, participarei. Ele terá lugar de 22 a 27 de Setembro de 2015 com o tema «O amor é a nossa missão. A família plenamente viva».

A missão da família cristã, hoje como ontem, é anunciar ao mundo o amor de Deus, com a força do sacramento nupcial. A partir deste mesmo anúncio nasce e constrói-se uma família viva, que coloca o lar de amor no centro de todo o seu dinamismo humano e espiritual. Se, como dizia santo Ireneu: «Gloria Dei vivens homo» (Adv. Haer., IV, 20, 7), também uma família que, com a graça do Senhor, vive em plenitude a própria vocação e missão o glorifica.

Recentemente celebrámos a Assembleia Extraordinária do Sínodo dos Bispos sob o tema «Os desafios pastorais sobre a família no contexto da evangelização». No sinal da sinodalidade indicámos as temáticas mais urgentes que envolvem a família na nossa sociedade plural. Na realidade, «não podemos qualificar uma família com conceitos ideológicos, nem falar de família conservadora ou progressista. A família é família!» ( Discurso aos participantes no Colóquio internacional sobre a complementaridade entre homem e mulher , 17 de Novembro de 2014). Os valores e as virtudes da família, as suas verdades essenciais, são os pontos de força sobre os quais se apoia o núcleo familiar e não podem ser postos em discussão. Aliás, somos chamados a rever o nosso estilo de vida que está sempre exposto ao risco de ser «contagiado» por uma mentalidade mundana — individualista, consumista e hedonista — e a reencontrar sempre a via mestra, para viver e propor a grandeza e a beleza do matrimónio e a alegria de ser e fazer família. 

Jamaal, o muçulmano que se ofereceu para morrer com os cristãos


Chamava-se Jamaal Rahman e não era para ele estar ali.

O vídeo divulgado pelo autodenominado Estado Islâmico indicava que os homens ajoelhados no chão algures na Líbia, preparados para morrer, eram todos cristãos da "Igreja Etíope hostil" e que por isso iam pagar com a vida, como já tinham feito 21 cristãos coptas antes deles e tantos outros na Síria, no Iraque e no Quénia.

Mas Jamaal Rahman não era fiel da Igreja Ortodoxa Etíope, nem sequer era cristão. Era muçulmano e esse facto teria sido suficiente para o salvar, caso ele não tivesse feito o impensável.

Jamaal ofereceu-se para ser refém para que o seu amigo cristão não morresse sozinho.

A informação foi avançada pela publicação MissionLine, do Pontifício Instituto para as Missões Estrangeiras (PIME), que identifica como fonte um combatente do Al-Shabab, o grupo terrorista islâmico que combate na Somália, país que faz fronteira com a Etiópia.

Há diferentes versões sobre aquilo que se passou. Uma diz que Rahman se converteu ao cristianismo a caminho da Líbia, mas a segunda, considerada mais provável pelo PIME, é de que ele se ofereceu como refém para não abandonar o seu amigo cristão e talvez na esperança que a presença de um muçulmano entre o grupo de detidos levasse os captores a mostrar alguma misericórdia. 

Confissão digital?


Era só questão de tempo até que alguém tivesse a "inovadora" ideia de oferecer o sacramento da reconciliação online para os católicos. Usando o pseudônimo @PriestDavid, uma pessoa na cidade de San Antonio (Texas, EUA) está oferecendo confissões virtuais às pessoas, por meio do aplicativo Snapchat.

Essa pessoa, que diz ser sacerdote há mais de 23 anos, mas prefere manter seu anonimato, afirma que seu objetivo é chegar aos jovens por meio desse "serviço". A Igreja local já se pronunciou ao respeito, recordando a invalidez desta prática.

Como todos os sacramentos, a confissão é uma ação litúrgica. Em geral, os elementos da sua celebração são: saudação e bênção do sacerdote, leitura da Palavra de Deus para iluminar a consciência e suscitar a contrição, exortação ao arrependimento; a confissão, que reconhece os pecados e os manifesta ao sacerdote; a imposição e aceitação da penitência; a absolvição que o sacerdote dá; ação de graças e despedida com a bênção do sacerdote (Catecismo n. 1480). 

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Por que os católicos não devem apoiar o Projeto de Reforma Política?


Em sua catequese das quartas feiras, no último dia 15 de Abril, o nosso Papa Francisco alertou o povo de Deus sobre a gravidade da chamada “ideologia do gênero”, que está crescendo em nosso país e no mundo. Para esta ideologia, e para as pessoas que a defendem e propagam, as pessoas não se dividiriam por sexo (sexo masculino e sexo feminino), mas por gêneros: heterossexuais, homossexuais, travestis, transexuais e o que mais os desejos de cada um o levassem a seguir. Os inventores dessa tal “ideologia de gênero”, criticada pelo Papa, consideram que dividir a humanidade em “sexo masculino” e “sexo feminino” é errado, e que as pessoas deveriam ser classificadas conforme seus desejos genitais. 

O Papa mostrou que o avanço dessa ideologia é um sério problema, não somente para os cristãos. Pergunto-me, por exemplo, se a chamada teoria do gênero não é expressão de uma frustração e resignação, com a finalidade de cancelar a diferença sexual por não saber mais como lidar com ela. Neste caso, corremos o risco de retroceder”, diz o Papa Francisco. E lembrou que junto com a difusão de tal ideologia, existe uma tentativa de cancelar as diferenças naturais entre homens e mulheres, para reconhecer apenas as inclinações sexuais de cada um como definidoras da sua própria identidade sexual. Mas, para o Papa, a eliminação da diferença, com efeito, é um problema, não uma solução. Para resolver seus problemas de relação, o homem e a mulher devem dialogar mais, escutando-se, conhecendo-se e amando-se mais”.

Falando assim, o Papa Francisco reafirma a doutrina de sempre da Igreja Católica. O nosso Catecismo reconhece que há pessoas com tendências homossexuais, e que devem ser acolhidas e respeitadas, mas que esta tendência é objetivamente desordenada e atenta contra a castidade (CIC, § 2357 e seguintes). Reafirmando que as pessoas humanas são, em si mesmas, homens e mulheres, o Catecismo aponta no sentido de que tais tendências desordenadas não podem substituir a sexualidade natural, querida e criada por Deus, o que, aliás, desordena as famílias e destrói a castidade, que é o convite feito pelo Catecismo a todos os cristãos. A Congregação para a Doutrina da Fé, no Vaticano, publicou, nesta mesma linha, em 03 de junho de 2003, um documento chamado “Considerações sobre os Projetos de Reconhecimento Legal das Uniões entre Pessoas Homossexuais”, assinado pelo então Cardeal Joseph Ratzinger (que depois viria a ser Bento XVI), e publicado no pontificado de João Paulo II, no qual, seguindo a mesma linha do Papa Francisco, afirma-se com todas as letras: A Igreja ensina que o respeito para com as pessoas homossexuais não pode levar, de modo nenhum, à aprovação do comportamento homossexual ou ao reconhecimento legal das uniões homossexuais”, e institui um grave dever aos fiéis e aos políticos católicos: Se todos os fiéis são obrigados a opor-se ao reconhecimento legal das uniões homossexuais, os políticos católicos são-no de modo especial, na linha da responsabilidade que lhes é própria. 

A renúncia do bispo americano Robert W. Finn: Tristeza e alívio na diocese.


Quase todos os que conversaram com o National Catholic Reporter falaram da dor sentida nestes últimos anos, e todos expressaram a necessidade de a diocese adentrar um tempo de cura.

O Pe. Pat Rush, pároco da Paróquia Visitation, lembrou a mensagem de Dom Naumann (da Arquidiocese de Kansas City, no Kansas) esperando que esta nova fase “seja um momento de graça e cura para todos da diocese”.

“Todos nós sabemos que o Vaticano pode trabalhar lentamente, e eu espero que ele não trabalhe assim na nomeação do novo bispo porque estamos à deriva. Acho que iremos continuar sem rumo até o momento em que pudermos sentir que o novo bispo tenha como meta o apoio e o fortalecimento da comunhão da Igreja”, disse o padre.

Rush foi um dos aproximadamente 10 sacerdotes e paroquianos – apoiadores, críticos e neutros – entrevistados em setembro de 2014 durante uma Visitação Apostólica sobre a condução da diocese por parte de Dom Robert Finn. Estas entrevistas levaram à produção de um relatório, que foi submetido à Congregação para os Bispos.

A liderança de Finn há muito estava sendo questionada, pelo menos desde a sua condenação, em setembro de 2012, por contravenção em não relatar um suspeito de abuso infantil. Era o caso de um, hoje, ex-padre diocesano que estava produzindo pornografia infantil, mantendo imagens em seu computador pessoal de crianças da diocese.

Do lado de fora da Igreja de Nossa Senhora do Bom Conselho, no centro de Kansas City, alguns paroquianos que saíam da missa da tarde, nessa terça-feira (21 de abril) manifestaram uma profunda tristeza em ver Finn ir embora. A paróquia foi designada como o Santuário Diocesano para a Divina Misericórdia, em 2005, em um dos primeiros movimentos do bispo como ordinário da diocese. Finn participou dos serviços religiosos na segunda-feira nessa comunidade às 15h do dia 12 de abril, sendo este provavelmente o seu último ato de adoração público antes de voar a Roma para se encontrar com o Cardeal Marc Ouellet, prefeito da Congregação para os Bispos, e discutir a sua renúncia.

“Confio em minha fé, na Igreja e no Santo Padre. Esta situação é triste porque eu o conheço bem, e ele é um homem muito bom e santo”, disse Claude Sasso, que, como vice-chanceler de Finn para a catequese e evangelização desde 2006, era um dos colaboradores mais antigos do bispo.

“Eu acho que ele fez muitas coisas boas para a Igreja neste seu serviço. Ele é uma pessoa muito humilde. É um ser humano, não é perfeito. Ninguém é perfeito. Todos somos pecadores”, contou Sasso.

Um paroquiano disse que Finn foi “traído”. Bob Vogt, paroquiano há mais de 30 anos, chamou-o de um bom bispo e pastor numa longa “perseguição aos cristãos feita pela imprensa”. Ele também elogiou Finn por trazer à diocese 30 novos seminaristas, cerca de 10 outros somente este ano – o maior número que se viu nos últimos tempos.

Steve Connelly, membro do “Justice for Bishop Finn” – iniciativa online para defender o bispo ao longo do seu “indiciamento injusto”, segundo se lê no sítio eletrônico mantido pelos defensores –, disse que não sabia de todos os meandros envolvendo a renúncia Finn, mas afirmou que “esta situação não deveria ter sido solicitada pelas pessoas que o queriam fora”.

“Porque então isto faz parecer que a Igreja é uma democracia, e a Igreja não é uma democracia. As pessoas não ditam quem é o bispo. Não estou dizendo que este seja o caso, mas, concretamente, esta situação faz parecer que as pessoas conseguem o que querem se gritarem alto o suficiente”, disse.

Connelly disse que o maior ponto positivo de Finn era a sua devoção ao ensinamento tradicional da Igreja, que era, ao mesmo tempo, o maior seu desafio na diocese. Disse que Finn se deparou com a resistência de uma diocese que “por muitos anos não esteve no caminho certo em termos de fé”.

“Conheço um monte de pessoas que gostam dele de verdade, mas elas nunca chegaram a conhecê-lo. Estas pessoas apenas conheciam aquilo que liam na internet ou nos jornais, e essa não é uma boa maneira de se conhecer alguém”, acrescentou.

A Irmã Jeanne Christensen, que serviu como promotora das vítimas diocesanas de 2000 a 2004, era a diretora do Departamento de Paz e Justiça da diocese de 2000 até 2006, quando renunciou depois que Finn reduziu o número de funcionários deste setor e cortou o orçamento pela metade.

Ela disse que, por causa do estilo “de divisão” adotado em sua forma de liderar a diocese, “muitas pessoas sofreram durante estes anos aqui na diocese”.

“É triste ver que a nossa diocese é motivo de notícias assim”, disse Christensen. “A cidade de Kansas costumava ser um lugar onde todo mundo gostava de vir e participar na diocese, e isso não acontece mais. Eu acho que precisamos começar a reconstruir este ambiente, precisamos construir um futuro de esperança e cura”.

Para muitas das vítimas de abusos sexuais na Igreja, este foi um “dia de fechamento”, disse Rebecca Randles, advogada que representou mais de 100 casos de abuso sexual contra a diocese.

“Dom Robert Finn era o símbolo dos bispos que não conseguiram proteger as crianças de sua diocese. Nesse sentido, ter o Papa Francisco pedido para ele renunciar foi um movimento muito importante, e esperamos que este caso seja um indicativo de que este pontífice vá ser proativo quando se tratar da segurança das crianças”, disse Randles.

O caso envolvendo o ex-padre Shawn Ratigan, falou a entrevistada, exemplificou uma situação em que as políticas e os procedimentos para a proteção das crianças estavam valendo, mas que não eram aplicados. Em maio de 2011, Ratigan foi preso por possuir e produzir pornografia infantil, e em setembro de 2013 foi condenado a 50 anos de cadeia.

Connelly, da Justice for Bishop Finn, chamou o caso Ratigan de um “incidente infeliz”.

Numa coletiva de imprensa na terça-feira, na cidade de Kansas, cinco sobreviventes de abusos sexuais clericais expressaram sentimentos mistos sobre a renúncia de Robert Finn. Enquanto alguns demonstraram alegria, outros falavam de uma “reação estranha” à notícia.

Phil Pisciotta, um dos coordenadores locais da Rede de Sobreviventes de Pessoas Abusadas por Padres, considerou o dia da renúncia de Dom Robert Finn como uma “vitória para os católicos que vão às missas”.

“Os católicos não podem eleger quem deve liderá-los (...), mas eles podem se manifestar perguntando por quanto tempo aquela pessoa ficará aí, na dianteira da diocese. Elas podem se manifestar abertamente e podem cortar as suas doações, fechando suas carteiras, até que alguma mudança aconteça”, disse Pisciotta.

Já para Teresa White e Bill Kopp, o que eles viram foi a oportunidade de um novo começo. “Para mim, isto representa o começo de uma longa caminhada e uma longa batalha que foi difícil de ser lutada e vencida, mas que é apenas o começo do que precisa ser feito para protegermos as crianças no futuro”, disse White.

Depois de Christensen dizer que este era um dia “importantíssimo” para as vítimas e os que trabalhavam com elas, acrescentou que espera que Finn “encontre o que for necessário para se dar bem na vida, mas que jamais seja bispo de outra diocese novamente”.

Daniel Fowler, advogado entrevistado como parte da Visitação Apostólica, disse que a notícia da renúncia de Finn era como se uma “grande nuvem fosse removida de cima da diocese”. O foco agora, diz ele, está em “curar e ir avançar em caminhos onde não poderíamos percorrer quando Dom Robert Finn estava aqui”.

Rush falou que a renúncia mandou um sinal de que “o Vaticano quer mudar a forma como a diocese estava sendo liderada”. Quanto ao que a diocese precisa, ele disse ser um “líder que tenha uma sensibilidade pastoral (...) que acredite nos ensinamentos do Concílio Vaticano II (...) que saiba escutar”.

Os esforços no sentido da cura e comunhão já começaram.

O Pe. Charles Rowe, vigário geral da diocese, convidou todos os sacerdotes locais para uma reunião com Dom Naumann na quinta-feira de tarde, na chancelaria.

“Dom Naumann reconhece que vivemos um momento crítico em nossa Igreja local e a colaboração de vocês é fundamental para o bem-estar dos fiéis. Ele considera o envolvimento de vocês uma prioridade”, escreveu Rowe.

Enquanto os sacerdotes vão se reunir na quinta-feira, na sede da chancelaria, os fies estão convidados a se reunirem, às 14h30min em suas comunidades locais, para simplesmente “rezar juntos por nossa diocese e nossas paróquias”, disse Chuck Tobin, padre da diocese, por email transmitindo o convite.

Ele sugeriu que pequenos grupos leiam o “belo Evangelho do próximo domingo sobre ‘Eu sou o Bom Pastor’, talvez cantando uma música de reconciliação” e ofereçam, em conjunto, as orações dos fiéis, “talvez mesmo algumas orações pelo processo de escolha do novo bispo”.

“Este parece ser um momento sagrado para nós como Povo de Deus, para orarmos uns pelos outros, pelos nossos líderes, pedindo que a graça do Espírito Santo recaia sobre nós durante este período crítico”, escreveu Tobin em seu email.


“Que um Deus de amor ande conosco durante estes próximos dias”, escreveu.

Por Brian Roewe e Soli Salgado
Fonte: National Catholic Reporter
Disponível em: Unisinos
Tradução: Isaque Gomes Correa.

O esplendor Sui Juris que os “católicos” não conhecem


O que poucos “católicos” conhecem é um dos maiores orgulhos da Igreja, que, sendo santa, respeita a cultura dos povos que a adotam como religião. Esses “católicos” geralmente são os primeiros a criticar a Igreja. Sempre estão em uma rodinha que fica falando mal do Papa ou fazendo coisas ainda piores. São um câncer na Igreja e não fazem nenhuma falta, pois só estão dentro da Igreja para fazer mal.

Essas pessoas não conhecem e não fazem nenhum esforço para conhecer a doutrina. Se dizem católicas, mas em nada obedecem a Santa Igreja. Aceitam convites de pessoas de todas as religiões para irem conhecer e sequer crêem na frase de São Cipriano (258 dC): “Extra ecclesiam nulla salus”, ou seja, fora da Igreja não há salvação!

Para esses pseudo-católicos é que essa carta é direcionada. Em especial, para aqueles totalmente ignorantes que desconhecem em plenitude que o celibato não é algo plenamente obrigatório na Igreja. Poderia aqui falar sobre a “relação” mirabolante entre pedofilia e celibato, mas não vou me ater a essa temática que já foi abordada em nosso blog.

O catecismo da Igreja Católica fala sobre os ritos orientais, isto é, ritos que fazem parte em plenitude da Igreja Católica através de outras Igrejas igualmente católicas. Provavelmente, os pseudo-católicos vão falar aqui que no oriente não há Igreja Católica e que essas Igrejas as quais estamos nos referindo são as Igrejas Apostólicas Ortodoxas. Puro engano!

Estamos aqui falando das Igrejas Orientais Católicas Apostólicas Romanas, isto é, Igrejas que fazem parte da Santa Igreja Católica Apostólica Romana, pois são submissas ao papado, o que é bem diferente das Igrejas Apostólicas Ortodoxas que são cismáticas.

Para uma melhor explanação, vamos descrever calmamente o que é necessário para compreender melhor o que se aborda aqui. A Igreja Católica Apostólica Romana é constituída atualmente por 24 Igrejas particulares Sui Juris. O que é isso? Isso significa que temos no seio da Igreja, 24 Igrejas particulares submissas ao papado, mas que têm diferentes ritos, formas organizacionais, tradições e localizações geográficas. Comumente essas Igrejas têm um hierarca (Arcebispo maior, Patriarca, Metropólita, etc.) que as coordena sob a autoridade papal.