segunda-feira, 18 de maio de 2015

Homilética: Solenidade de Pentecostes - Ano B: “Envia teu Espírito, Senhor, e renova a face da terra”.



Celebramos hoje a festa do Pentecostes. Esta festa já existia no AT, mas tinha um sentido diferente daquele que hoje lhe damos. A palavra Pentecostes significa em grego quinquagésimo, isto é, 50 dias depois da festa da Páscoa. Os judeus chamavam-lhe, por isso, a Festa das Semanas, onde ofereciam a Deus as primeiras colheitas, como forma de agradecimento.

Mas nós, no Pentecostes, celebramos a descida do Espírito Santo cinquenta dias depois da ressurreição de Jesus. É o que nos relata a primeira leitura. Esta leitura narra o evento no dia em que os Apóstolos se encontravam reunidos em Jerusalém com Maria, Mãe de Jesus, em oração (cf. At 1, 14). De repente, ouviu-se um rumor semelhante a forte rajada de vento e apareceram uma espécie de línguas de fogo, que se iam dividindo e pousando sobre cada um deles. E todos ficaram cheios do Espírito Santo (cf. At 2, 1-5).

O Espírito Santo é fonte e força do amor mútuo. É também sinal de que estamos vivendo um novo tempo. Jesus culminou o caminho dele aqui na terra e foi glorificado por Deus Pai, mas não nos deixou sozinhos: deu-nos o mesmo Espírito que o ungiu e o animou na missão.

A missão do Espírito que nos foi dado nos leva à verdade completa, faz-nos entrar em comunhão com os seres humanos e com Deus. O Espírito é presença de Deus nos caminhos da história por meio da Igreja, que é movida por ele. Ao unir os seres humanos no amor, o Espírito nos dá a certeza do que será no final dos tempos, a comunhão plena no Reino de Deus. Por causa desse amor que nos põe em comunhão, há partilha dos bens, há oração sincera, há evangelização. Em função da comunhão, o Espírito nos faz falar e compreender todas as línguas, porque a língua universal é o amor e sem ele somos apenas “sinos que retinem” (1Cor 13,1). Por isso, crer no Espírito significa crer no futuro da vida, na renovação radical de toda a terra, no caminho do amor que supera as dificuldades deste mundo e nos dirige ao amor em plenitude.

Paquistão: “É melhor ser um mártir do que um refugiado”


"... telefonemas estranhos, nos quais, por exemplo, alguém diz ser muçulmano desejando se converter ao cristianismo. Se o sacerdote disser alguma palavra imprudente – a conversão de um muçulmano é proibida por lei – ele terá de enfrentar problemas muito sérios."

Há cerca de 190 milhões de pessoas vivendo na República Islâmica do Paquistão. E a população continua crescendo rapidamente. Assim, apesar de haver cerca de 1,2 milhões de católicos no país,  eles constituem apenas uma minoria muito pequena.

Os sacerdotes católicos do Paquistão – cerca de 300 – atendem enormes áreas do país, frente a inúmeros desafios. As ameaças de extremistas são cada vez maiores. Os cristãos com frequência são vítimas de violência e de falsas acusações de blasfêmia contra o islã. Até mesmo na vida cotidiana eles são expostos a todos tipos de hostilidade e discriminação. A maioria deles pertence às classes mais pobres da sociedade. Eles procuram os padres não só em busca por apoio espiritual e pastoral. Se um trabalhador do campo contratado por algum rico proprietário de terras vier a falecer, sua viúva e filhos serão imediatamente postos na rua pelo patrão. Inevitavelmente, eles irão pedir socorro ao padre, assim como os pais de crianças gravemente doentes, as vítimas de ataques violentos, bem como todas as pessoas em necessidade ou desesperadas.

Dos 196 países pesquisados ​​pela AIS, em 55 registra-se essa situação. Além disso, a liberdade religiosa é violada de forma significativa em 82 países: 200 milhões de cristãos são perseguidos e outros 50 milhões discriminados. Na lista dos locais com as mais graves violações deste direito fundamental, predomina os países muçulmanos. Dos 20 países classificados como de "alta perseguição", 14 deles sofrem perseguições ligadas ao fundamentalismo islâmico. Estes são o Afeganistão, Arábia Saudita, Egito, Irã, Iraque, Líbia, Maldivas, Nigéria, Paquistão, República Centro Africana, Somália, Síria, Sudão e Iêmen. Nos outros seis países, as perseguições estão ligadas aos regimes autoritários. Como no caso do Azerbaijão, China, Coréia do Norte, Eritréia, Burma (Myanmar) e Uzbequistão.

Ao mesmo tempo, os próprios sacerdotes com frequência vivem em estado de tensão. A maioria deles recebeu em algum momento cartas e telefonemas com ameaças. Até mesmo alguns bispos tem recebido cartas exigindo que se convertam ao Islã. Quase todos já perceberam que seus telefones são grampeados e, algumas vezes, eles receberam telefonemas estranhos, nos quais, por exemplo, alguém diz ser muçulmano desejando se converter ao cristianismo. Se o sacerdote disser alguma palavra imprudente – a conversão de um muçulmano é proibida por lei – ele terá de enfrentar problemas muito sérios. 

Profanação das espécies eucarísticas


Meus irmãos e irmãs é com muita tristeza e ao mesmo tempo grave necessidade pastoral que nós publicamos a seguir as penas correlativas àqueles que profanam as espécies eucarísticas. Nada há de mais precioso em nossa Igreja Católica que as espécies eucarísticas, pois elas são o Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo. Acontece, porém, que não poucas vezes, ele venha sendo profanado nas igrejas em todas as partes do mundo. Como cristãos, devemos urgentemente, dar mais atenção aos cuidados tanto em relação a quem administra, aos que recebem e também quanto ao lugar em que se encontra o Santíssimo Sacramento. Sabemos que o sacrário não é um cofre e, em geral, não é de ouro; porém, guarda na sua fragilidade, o que há de mais precioso no Universo. Tal é seu valor que a pena para quem profana as espécies eucarísticas é a excomunhão reservada à Sé Apostólica, ou seja, nenhum padre ou bispo, senão com a devida autorização da Santa Sé, pode absolver tão grande delito. Vale ainda salientar que ao fim deste mês, a partir do dia 28, publicaremos além das matérias que já constam em nosso site, várias matérias sobre a Eucaristia até a semana de Corpus Christi.

“Ultrajado, não replicava com injúrias; 
tormentado, não ameaçava” (1Pd 2,23).

Diz o Concílio de Trento: “Por ter Cristo, nosso Redentor, dito que aquilo que oferecia sob a espécie do pão era verdadeiramente seu Corpo, sempre se teve na Igreja esta convicção, que o santo Concílio declara novamente: pela consagração do pão e do vinho opera-se a mudança de toda a substância do Corpo de Cristo Nosso Senhor e de toda a substância do vinho na substância de Seu Sangue” (DS 1642). A presença eucarística de Cristo começa no momento da consagração e dura também enquanto subsistirem as espécies eucarísticas. Cristo está presente inteiro em cada uma das espécies e inteiro em cada uma das partes delas (CIC 1377), razão pela qual a Igreja sempre manifestou imensa veneração  e máxima adoração ao corpo, sangue, alma e divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo presentes nas espécies eucarísticas em todos os altares e tabernáculos da terra. (cf. SC 48; cân. 898).

Configurações do delito

O sacrílego, hediondo e abominável delito de profanação das espécies eucarísticas assume três modalidades:

A morte explicada por uma criança com câncer terminal


Como médico cancerologista, já calejado com longos 29 anos de atuação profissional, posso afirmar que cresci e modifiquei-me com os dramas vivenciados pelos meus pacientes. Não conhecemos nossa verdadeira dimensão até que, pegos pela adversidade, descobrimos que somos capazes de ir muito mais além.

Recordo-me com emoção do Hospital do Câncer de Pernambuco, onde dei meus primeiros passos como profissional... Comecei a frequentar a enfermaria infantil e apaixonei-me pela oncopediatria.

Vivenciei os dramas dos meus pacientes, crianças vítimas inocentes do câncer. Com o nascimento da minha primeira filha, comecei a me acovardar ao ver o sofrimento das crianças.

Até o dia em que um anjo passou por mim! Meu anjo veio na forma de uma criança já com 11 anos, calejada por dois longos anos de tratamentos diversos, manipulações, injeções e todos os desconfortos trazidos pelos programas químicos e radioterapias. Mas nunca vi o pequeno anjo fraquejar. Vi-a chorar muitas vezes; também vi medo em seus olhinhos; porém, isso é humano! 

domingo, 17 de maio de 2015

Carta das igrejas sobre a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos 2015


O amor de Deus, a paz de Jesus Cristo 
e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco!

Queridos irmãos e irmãs das comunidades cristãs no Brasil,

“Dá-me um pouco de tua água” (Jo 4.7) é o lema bíblico que o movimento ecumênico brasileiro, através do CONIC, propôs ao Conselho Mundial de Igrejas e ao Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos ao ser convidado a preparar o material da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos de 2015.

O pedido por água, feito por Jesus à mulher samaritana, é também o testemunho ecumênico que oferecemos aos irmãos e irmãs das muitas Igrejas que anunciam a boa-nova de Jesus, nos mais diferentes contextos do mundo. A fé em Jesus Cristo precisa expressar-se nessa abertura para encontros e conversas. Não devemos ver no outro um inimigo ou uma ameaça, mas sim, reconhecer nele uma expressão do amor de Deus. Complementamo-nos e crescemos quando nos abrimos para estes encontros. Este é o nosso testemunho ecumênico.

Em contextos de intolerância e perseguições religiosas, colocamos diante das nossas Igrejas o desafio de fazer a experiência do diálogo. Saiamos de nossas casas e até dos nossos templos e vamos ao encontro de nossos irmãos, irmãs, vizinhos e vizinhas. Ouçamos o que eles ou elas têm a contar sobre sua fé, sua vida, suas experiências e dúvidas. Celebremos juntos esta vivência plural do único amor de Deus! 

Homem invade a Catedral de Mossoró (RN) e tenta destruir imagem do Senhor Morto com marreta


Os fiéis que estavam na manhã do sábado (16) na Catedral de Santa Luzia de Mossoró foram surpreendidos por uma ação de vandalismo e desrespeito à fé cristã. Um homem, ainda não identificado, aparentado ter aproximadamente entre 55 e 60 anos, entrou na igreja portando uma bolsa de onde retirou uma marreta e destruiu o vidro que protege a imagem do Senhor Morto.

A ação foi registrada pelas câmeras de segurança da Catedral. Ainda durante a manhã, policiais militares foram à igreja, onde acompanharam as imagens, para, então, iniciarem as buscas pelo vândalo.

“Ele chegou à igreja normalmente por volta das 8h. Na ocasião havia alguns fiéis na Catedral e uma pessoa no altar da imagem do Senhor Morto, quando ele tirou da bolsa uma marreta com a qual quebrou o vidro que protege a imagem. Os fiéis não o abordaram, porque não sabiam com quem estavam lidando. As pessoas que trabalham na igreja também se resguardaram com medo da ação do vândalo. Ele vestia uma camisa azul e uma calção estampado, e foi embora tranquilamente, deixando a marreta ao lado da imagem do Senhor Morto”, explicou Fabrício Brito, secretário do pároco da Catedral, padre Walter Collini.

Assim que tomou conhecimento, o pároco imediatamente acionou a polícia e fez um Boletim de Ocorrência (BO). Agora, a Catedral espera o resultado das buscas efetuadas pela PM. 

“Parece que a polícia vai solicitar a realização de perícia no local para aprofundar as investigações. A pessoa aparentava ser um dependente de drogas ou apresentava alguma perturbação mental. Inclusive apontou o dedo para imagem, como se a estivesse afrontando”, enfatizou padre Walter. 

Papa Francisco canoniza quatro novas santas para a Igreja


Homilia do Papa Francisco na celebração da
canonização de quatro novas santas
VII Domingo de Páscoa, 17 de maio de 2015

“Os Atos dos Apóstolos nos apresentaram a Igreja nascente no momento em que elege aqueles que Deus chamou para tomar o lugar de Judas no Colégio Apostólico. Não se trata de assumir um cargo, mas um serviço. E de fato Matias, sobre quem recai a escolha, recebe uma missão que Pedro define assim: “É preciso que um deles se junte a nós para testemunhar Sua ressurreição” – a ressurreição de Cristo.

Com estas palavras ele resume o que significa fazer parte dos Doze: significa ser testemunha da ressurreição de Jesus. O fato que diga “junte-se a nós” faz entender que a missão de anunciar Cristo ressuscitado não é individual: deve ser vivida em modo comunitário, com o Colégio Apostólico e com a comunidade. Os apóstolos fizeram a experiência direta e estupenda da ressurreição; são testemunhas oculares de tal evento.

Graças ao seu respeitável testemunho, muitos acreditaram; e da fé em Cristo ressuscitado nasceram e nascem continuamente as comunidades cristãs. Também nós, hoje, fundamos nossa fé no Senhor ressuscitado, no testemunho dos apóstolos chegado até nós mediante a missão da Igreja. A nossa fé está firmemente ligada ao seu testemunho como a uma corrente ininterrupta desdobrada no decorrer dos séculos não somente pelos sucessores dos Apóstolos, mas por gerações e gerações de cristãos. À imitação dos Apóstolos, de fato, cada discípulo de Cristo é chamado a se tornar testemunha da sua ressurreição, sobretudo naqueles ambientes humanos onde é mais forte o esquecimento de Deus e a perda do homem. 

Esculturas agradáveis a Deus


A Igreja por ser fundada por Jesus segue a plenitude da forma de culto DE JUDÁ, tribo com qual Deus instituiu uma Nova Aliança (Hebreus 8,8) e cujo Sacerdócio não é estabelecido por Moisés (Hebreus 7, 14). O próprio Deus concede o dom de fazer esculturas para utilização de culto especificamente dessa tribo, da qual nasceu a Igreja.

Êxodo 31,2-5 diz: "Eu escolhi Bezalel , filho de Uri, filho de Hur, DA TRIBO DE JUDÁ , e o enchi do Espírito [...] e o enchi do Espírito de Deus, dando-lhe destreza, habilidade e plena capacidade ARTÍSTICA para DESENHAR e EXECUTAR TRABALHOS em ouro, prata e bronze. Dilapidar e engastar pedras, ENTALHAR MADEIRA e realizar todo tipo de trabalho".

Se o mandamento o qual fala sobre imagens de ídolos englobasse também imagens de santos Deus seria contraditório pois no mandamento referente a ídolos condena as imagens(ídolos) das coisas que estão: ““EM CIMA NOS CÉUS". (Ex 20, 4) e o próprio Deus se agrada com imagens de seus servos que estão no céu (cidade santa) mas proíbe imagens dos ídolos (astros) que estão no céu (firmamento), alguns idiomas como o inglês tem duas traduções para diferenciar céu (cidade santa) e céu (firmamento), Heaven e Sky.