Olá boa noite, me chamo Artur, tenho dezenove anos e sou católico. Desde minha infância achei, como ainda acho, o povo protestante um pouco confuso em relação a se acharem detentor de poder, de dizer quem vai ao céu ou não. Enfim, não vou esticar muito, vou direto ao ponto: certo dia pesquisar (sic) sobre ex-evangélicos e apareceu na internet que estar (sic) acontecendo um fenômeno nos EUA: protestantes estavam se convertendo ao catolicismo. Fiquei muito surpreso pois só o que via era o contrário. Inclusive vi também um comentário de um brasileiro que mora lá e afirmou a mesma coisa e inclusive acrescentou que lá eles criaram e nomearam uma instituição, ou algo do tipo, decorrente deste fenômeno não menos que curioso. O que vccês (sic) sabem sobre isso, é verdade ou não?
Dissertem.
Grato,
Forte
abraço!
Olá
Artur, os Estados Unidos possuem uma característica religiosa que é a grande
diversidade de crenças e práticas religiosas. Podemos afirmar que muitos grupos
religiosos têm aparecido por lá mas também muitos têm desaparecido, o que faz
com que os Estados Unidos seja um dos países com maior diversidade religiosa do
mundo sendo que a maioria dos americanos são cristãos, cuja maioria é
protestante, de tal forma que é considerado o maior país protestante do mundo.
As
grandes denominações protestantes tradicionais, abraçadas a um liberalismo
agressivo que tem produzido pastores presbiterianos, luteranos e anglicanos
gays, têm afastado membros mais conservadores, que buscam alternativas,
inclusive nas igrejas não-denominacionais, que são majoritariamente
carismáticas e neopentecostais. Um exemplo disso é a maior denominação
presbiteriana dos EUA (conhecida pela sigla PCUSA) que está agora oficialmente instituindo pastores gays e lésbicas. A PCUSA é a mãe da Igreja
Presbiteriana do Brasil. Mas nem todos estão optando pelas igrejas
não-denominacionais. Um grande número de membros simplesmente abandona as
igrejas protestantes tradicionais e fica sem religião.
A grande
preocupação é que, com o crescimento explosivo do liberalismo nas igrejas
protestantes e a perda constante de seus membros, o protestantismo nos EUA está
seguindo o caminho da Europa, onde as igrejas da Reforma estão lutando para não
morrer. A Europa está espiritualmente morta e em breve será tomada pacificamente pelo Islã, pois os europeus de origem cristã não têm mais filhos,
nem mesmo o suficiente para repor o declínio natural da população. Salvo um
milagre, é um processo irreversível.
Essa
tendência tem implicações políticas, inclusive para o futuro dos EUA. Os eleitores
americanos que se descrevem como não tendo religião votam esmagadoramente em
políticos esquerdistas, que já contavam com um apoio considerável dos eleitores
protestantes progressistas. Os americanos que não têm religião apoiam o aborto e
o “casamento” gay numa taxa muito mais elevada do que os protestantes
progressistas.
Essa
percentagem de cristãos nos Estados Unidos está diminuindo sem parar,
principalmente entre os jovens. Esses jovens não só abandonaram a igreja, mas
também abandonaram todas as formas de espiritualidade cristã.