terça-feira, 16 de junho de 2015

Polónia - Grande Novena de Fátima prepara centenário


Em 2017 vamos celebrar o centenário das Aparições em Fátima. O Secretariado de Fátima – um dos importantes centros de pesquisa e de divulgação da mensagem da Virgem Maria da Cova da Iria, que funciona no Santuário de Nossa Senhora de Fátima em Zakopane/Polónia – convidou, por esta razão, o clero e os fiéis da Igreja Católica polaca para se prepararem em comum para este importante evento por via da participação na Grande Novena de 9 anos, que começou no dia 13 de Maio de 2009 e que terminará no dia 13 de Maio de 2017.

A ideia da Novena foi abençoada por Sua Eminência o Cardeal D. Stanislaw Dziwisz, Arcebispo Metropolitano de Cracóvia, aprovada pelo Santuário de Fátima e pelo Instituto Mariano de Regensburg/ Alemanha. Praticamente todas as dioceses polacas aceitaram e estão a espalhar nas suas paróquias o convite para participação na Grande Novena de Fátima. Os sacerdotes e os leigos do Canadá, Estados Unidos, Noruega e Hungria declararam também a sua associação à iniciativa.

Cada ano será consagrado a um dos fundamentais conteúdos da mensagem de Fátima. Durante a Novena procurar-se-á reflectir sobre os mais urgentes apelos que Deus dirige a todos nós, através do Imaculado Coração de Maria. 

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Fogo destrói a Basílica de São Donatien na França


Um grande incêndio irrompeu na Basílica Saint Donatien em Nantes, na França.

O fogo, que tem sido supostamente em andamento desde 10:30am demoliu três quartos do telhado da Basílica e continua a ser enfrentado pelos serviços de emergência.



Noventa bombeiros e aviões foram mobilizados, mas as chamas rapidamente devastaram a cobertura deixando apenas uma casca do último piso. O incêndio foi controlado após várias horas.

“O fogo começou logo após missa matinal e os que estavam dentro do edifício foram rapidamente evacuados”, disse o Rev. Benoit Bertrand da diocese Nantes à televisão local.

Homilética: 12º Domingo Comum - Ano B: "A Tempestade Acalmada"


As leituras de hoje nos convidam a deixar nossos lugares costumeiros, a perder o medo e partir para a outra margem. Enquanto estivermos dando demasiada atenção aos nossos problemas pessoais (à semelhança de Jó), não teremos abertura para evangelizar o mundo. O mundo parece estar no caos, as ondas se lançam contra a barca, mas Deus está no controle; é necessário arriscar-se em direção ao novo.

Aventurar-se a sair do ambiente judaico foi o desafio das comunidades do final do primeiro século de nossa era. Após a morte de Jesus, em tempos de conflito, perseguições e medo, e contra aqueles que queriam fechar-se num gueto, alguns cristãos sabiam que o evangelho deveria ser anunciado ao mundo inteiro e deram início a uma ousada marcha de saída de si.

Por isso, assegura-nos o apóstolo que as coisas velhas passaram, temos de nos renovar. Vamos abrir as janelas da Igreja para que o vento do Espírito Santo remova todo o mofo que ali se acumulou, como diria o papa João XXIII. 

No Evangelho (Mc 4, 35-41) São Marcos narra que Jesus estava com os Apóstolos na barca e aproveitou esses momentos para descansar, depois de um dia particularmente intenso de pregação. Era noite. Jesus dormia. Quando ninguém esperava, começou uma ventania muito forte e as ondas se lançavam dentro da barca, ficando quase cheia de água. Cheios de medo, os discípulos acordaram Jesus, que com uma simples ordem acalma aquele temporal. Gritaram: Mestre, estamos perecendo e tu não te importas? E Jesus: “Silêncio! Cala-te!”. O vento cessou e houve uma grande calmaria.

Às vezes, a tempestade está em nosso coração. O mar de Tiberíades era pequeno, apenas um lago, contudo lá se armou uma grande tempestade! Tentações, desânimos, rebeliões: tudo parece abater-se sobre nós. Salvai-me, ó Deus, porque as águas me vão submergir (Sl 69, 2). É o momento de despertar a fé que o Evangelho nos propõe: Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé? É o momento de despertar Jesus que dorme em nossa mesma barca e dizer-lhe: “Senhor, não te importas que esteja para afundar?”. Procurar o diálogo com Ele na oração; procura-lo a qualquer custo. Hoje, Ele também espera este grito para se levantar e agraciar-nos a nós e a sua Igreja com aquela grande bonança que não significa o fim de toda dificuldade e de toda contradição, mas antes a paz e a certeza também no meio das contradições.

O Senhor nunca nos deixará sós. Devemos aproximar-nos dele e dize-lhe a todo momento, com a confiança de quem o tomou por Mestre, de quem quer segui-lo sem nenhuma condição: Senhor, não me largues! E passaremos as tribulações junto dele, e as tempestades deixarão de inquietar-nos.

As tribulações, as tempestades…, devemos aproveitá-las para purificar a intenção, para estar mais unidos ao Mestre, para nos fortalecermos na fé. Recorda-nos Santo Agostinho: “Cristão, na tua nave dorme Cristo, desperta-o, que Ele admoestará a tempestade e far-se-á a calma”. Tudo é para nosso proveito e para o bem das almas. Por isso, basta-nos estar na companhia do Senhor para nos sentirmos seguros. A inquietação, o medo e a covardia nascem quando a nossa oração murcha. Deus sabe bem tudo o que se passa conosco. E se for necessário, admoestará os ventos e o mar, e far-se-á uma grande bonança. E também nós ficaremos maravilhados, como os Apóstolos.

“O episódio da tempestade acalmada, cuja recordação deve ter devolvido muitas vezes a serenidade aos Apóstolos no meio das suas lutas e das dificuldades, serve também a cada alma para nunca perder o ponto de mira sobrenatural: a vida do cristão é comparável a uma barca: Assim como a nave que atravessa o mar, comenta Santo Afonso Maria de Ligório, está sujeito a milhares de perigos, corsários, incêndios, escolhos e tempestades, assim o homem se vê assaltado na vida por milhares de perigos, de tentações, ocasiões de pecar, escândalos, ou maus conselhos dos homens, respeitos humanos e sobretudo pelas paixões desordenadas. Não por isto há que desconfiar nem desesperar-se. Pelo contrário, quando alguém se vê assaltado por uma paixão incontrolada, ponha os meios humanos para evitar as ocasiões e apoie-se em Deus: no furor da tempestade não deixa o marinheiro de olhar para a estrela cuja claridade o terá de guiar para o porto. De igual modo nesta vida temos sempre de ter os olhos fixos em Deus, que é o Único que nos há de livrar de tais perigos”.

Data fixa para celebrar a Páscoa com todos os cristãos


O Papa Francisco, durante um encontro que teve lugar no sábado (12), em Roma, com alguns sacerdotes reunidos para o III Retiro Mundial, manifestou a intenção de fixar uma data para celebrar a Páscoa com todos os cristãos. Assim, todos os fiéis que seguem Jesus poderiam comemorar juntos.

Desde a época de Paulo VI (1963-1978), a Igreja Católica está disposta a estabelecer uma data específica e renunciar o primeiro solstício após a lua cheia de março, pelo qual é estabelecido a data da Páscoa. E sobre isso, afirmou Francisco, "temos de pôr-nos de acordo".

Na catedral de Roma, a Basílica de São João de Latrão, o Papa disse: "A solução mais definitiva seria uma data fixa, por exemplo, imaginemos o segundo domingo de abril”.

O Santo Padre, falando espontaneamente em espanhol, disse que a situação atual é um escândalo: "Quando o seu Cristo ressuscita? O meu hoje, o seu na próxima semana", indicou com certa ironia, revelando a existência de contatos com o Patriarca Bartolomeu de Constantinopla e Cirilo de Moscou, para chegar a um entendimento. 

Catedral Nossa Senhora do Rosário em Itabira é pichada

Ofensas como 'Deus falso' foram estampadas no altar e na área externa da igreja.

A Catedral Nossa Senhora do Rosário em Itabira, na Região Central de Minas Gerais, foi pichada na manhã deste domingo. De acordo com relato da zeladora e do pároco Márcio Soares à Polícia Militar (PM), o ato de vandalismo ocorreu pouco antes do início da missa. A igreja fica na Praça Monsenhor Felicíssimo, no Centro da cidade.

Segundo boletim de ocorrência da PM, a zeladora e o padre preparavam a catedral para receber os fieis. Eles abriram as portas da igreja e não havia qualquer pichação. Os dois se dirigiram à sacristia para organizar a celebração e quando voltaram para o altar viram as paredes sujas.

A "ideologia de gênero", a educação e os supostos "direitos sexuais".


Há um curioso paradoxo na afirmação de que as opções sexuais de cada um são um assunto privado, por um lado, e a frenética luta para promover a educação sexual de crianças e adolescentes, a ideologia do gênero e o casamento civil homoafetivo, de outro. É um paradoxo perverso. Porque silencia.

Silencia porque cada vez que alguém tenta falar publicamente sobre os temas acima, de modo a expor suas próprias opiniões sobre o assunto, há sempre alguém que retruca agressivamente com a afirmação de que a conduta sexual de cada um, as escolhas sexuais de cada um, são assunto estritamenteparticular e privado, e por isto aqueles que manifestam-se no sentido de que a ideologia de gênero não é matéria adequada para a educação de nossos jovens, que a identidade sexual não pode prescindir do seu componente biológico para estabelecer-se, e que a família não pode prescindir da complementariedade e da fecundidade para definir-se são agredidos como se fossem apenas moralistas, retrógrados e reacionários, além de fanáticos religiosos, que querem impor seus próprios padrões de moralidade aos outros. Vivam e deixem viver, dizem os defensores dessas ideologias. Não se metam nas escolhas sexuais dos outros, dizem eles, porque vivemos num país livre e laico e não lhes cabe impor a nós a (suposta) opressão heterossexual e a discriminação de cidadãos com base em preferências sexuais. 

Encontro de pastores e líderes pentecostais: "O protesto acabou!"


Eu estou convencido que Deus me trouxe a este concílio de ministros no espírito de Elias, deixe-me explicar:

Se você prestar bem atenção, o espírito de Elias estava sobre João Batista para voltar o coração dos filhos aos pais e para trazer os corações dos pais aos filhos, de preparar o caminho para o Senhor, e sabemos que profecias sempre têm um cumprimento duplo e sabemos que Elias virá antes da segunda vinda também e eu entendi que o espírito de Elias é o espírito da reconciliação, de voltar corações um ao outro, isso é muito importante.

Sabemos que nos primeiros mil anos houve uma só Igreja, chamada de Igreja Católica, e a palavra ‘católica’ quer dizer universal, não quer dizer romana. Católica é... se você é nascido de novo... levante sua mão se você é nascido de novo... você é católico! Somos católicos! Então tivemos o cisma do final do primeiro milênio e surgiu a Igreja Ortodoxa, oriente e ocidente, duas igrejas. Depois, 500 anos mais tarde, veio Lutero com seus protestos, três igrejas. Em 1500 anos, três denominações, não três igrejas. E então, a partir dos protestos de Lutero, 33 mil novas denominações. É a divisão que é diabólica.

É verdade o que vocês estavam falando sobre a glória, concordo com vocês, claro que é verdade, a glória que o Pai tinha, ele a deu a Jesus, a glória era a presença de Deus. O que é a renovação carismática? É quando passamos a sentir a presença de Deus. E ele disse: eu dou-lhes a glória, razão pragmática, para que sejam um, é a glória que nos une, não as doutrinas, é a glória. Se você aceita que Cristo está vivendo em mim e que a presença de Deus está em mim e que a presença de Deus está em você, isso é tudo o que precisamos porque Deus vai dar um jeito em todas as doutrinas quando subirmos ao segundo piso. Por isso a unidade cristã é a base de nossa credibilidade porque Jesus disse que, até que sejam um, não crerão, o mundo não vai crer, como de fato deveria, até que sejamos um. A divisão destrói a nossa credibilidade.

É o medo que nos mantém separados porque medo é falsa evidência parecendo real, é um acrônimo. F-E-A-R: Falsa Evidência Parecendo Real, porque a maior parte de seus medos é baseada em propaganda.

Agora, por que é histórico? Porque em 1999 a Igreja Católica Romana e a Igreja Protestante Luterana assinaram um tratado que deu fim aos protestos. Lutero acreditava que somos salvos através da graça pela fé somente. A Igreja Católica acreditava que somos salvos pelas obras, e por isso os protestos. Em 1999, escreveram isso juntos, porque nas igrejas protestantes temos muitas salvações baratas, pessoas nascendo de novo mas sem qualquer fruto, e pelo fato de não procurarmos mais frutos, nem mesmo era o assunto em pauta por não ser necessário para a salvação e não, não é. Mas é o resultado bom se você é salvo. Então o que fizeram foi que juntaram as duas definições, ouçam só, estou lendo do site oficial do Vaticano:

Justificação significa que o próprio Cristo é nossa justiça em que compartilhamos pelo Espírito Santo, de acordo com a vontade do Pai juntos, nós, católicos e protestantes luteranos, cremos e confessamos que pela graça somente, pela fé nas obras salvíficas de Cristo e não por qualquer mérito de nossa parte somos aceitos por Deus e recebemos o Espírito Santo que renova nosso coração enquanto nos capacita e chama a boas obras. Isso deu fim ao protesto de Lutero. 

O que afirmamos quando dizemos “creio na Igreja”.


Muito comumente não prestamos a devida atenção naquilo que rezamos de maneira quase mecânica na liturgia e na vida, de modo que não sabemos, muitas vezes, o que afirmamos quando dizemos certas coisas. O presente artigo quer ser uma ajuda para tomarmos consciência do que afirmamos e do que não afirmamos ao dizer “creio na Igreja”, partindo das ocorrências bíblicas até chegarmos à fórmula de fé do Credo que rezamos.

A Igreja – povo de Deus peregrino no tempo – não nasce de uma convergência de interesses humanos ou do impulso de algum coração generoso, mas é dom do alto, fruto da iniciativa divina. Pensada desde sempre no desígnio do Pai, ela foi preparada por ele na história da aliança com Israel, para que, completados os tempos, fosse instituída graças à missão do Filho e à efusão do Espírito Santo (FORTE, 2012, p. 16).

Ocorrências bíblicas

O termo grego “εκκλησία”, do qual deriva o termo latino “ecclesia”, donde provém “igreja”, traduz sempre a expressão hebraica “kahal”, usada no AT para designar Israel, desde que ele se torna o “povo de Deus”, por meio da Aliança do Sinai. No célebre texto de Dt 23,1-9, essa expressão vem sempre acompanhada do determinativo “do Senhor” e é traduzida como “igreja” ou “assembleia do Senhor” (PIÉ-NINOT, 1998, p. 27).

No NT, a frequência do termo “igreja” se torna progressiva. Nos evangelhos sinóticos só o encontramos em Mt 16,18 (“Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja”) e 18,17 (“Se ele não vos der ouvidos, dize-o à Igreja. Se nem mesmo à Igreja ele ouvir, seja tratado como se fosse um pagão ou um publicano”). Contudo, aparece outras 144 vezes no restante do NT, das quais 28 estão nos Atos dos Apóstolos, onde é usado tanto para designar as comunidades locais (cf. At 15,41) como para designar um âmbito mais amplo (cf. At 5,11; 9,31). Não podemos esquecer aqui as descrições que os Atos dos Apóstolos fazem da Igreja nascente em At 2,42-47 e At 4,32-35.

Quando Paulo procura caracterizar o fundamento e a forma dessa comunhão de fé que é a Igreja, ele fala de “estar em Cristo” (1Cor 3,1; Gl 3,28; 2Cor 5,17) ou ser “corpo de Cristo” (Ef 1,22s; 4,7-16; 5,21-33; Cl 1,18; 2,19), sem abandonar expressões que correspondam ao “povo de Deus” (Rm 9,7s.25s; Gl 6,16), dentre as quais utiliza “Igreja de Deus” (1Cor 15,9; Gl 1,13; 1Cor 10,32; 11,22; 14), numa linha de continuidade com o “povo de Deus” do AT. Para Paulo, falar da Igreja significa necessariamente falar do Espírito de Cristo e seus efeitos; por isso, para ele, a Igreja é também templo do Espírito Santo (Rm 8,9s; 1Cor 2,10s; 3,16s; 6,19; 12,1; 2Cor 3; Ef 2,19s) no qual se cumprem as promessas do AT (2Cor 6,16).

Outra imagem da Igreja é a “casa de Deus” edificada sobre o fundamento dos apóstolos, típica das cartas pastorais (1Tm, 2Tm e Tt). A casa de Deus é a Igreja tanto local como universal (SCHNEIDER, 2002, p. 66-68).

O Concílio Vaticano II retoma todas essas imagens bíblicas para elaborar sua eclesiologia de comunhão, de cunho sacramental, que tem como ponto de partida e de chegada a Santíssima Trindade. Por isso ele fala de povo de Deus, corpo de Cristo, templo do Espírito e, como tal, sacramento universal de salvação. Não é sem razão que abre a sua constituição dogmática sobre a Igreja com a expressão “Cristo é a luz dos povos”, demonstrando a dependência da Igreja em relação a Cristo, como a Lua em relação ao Sol.

A mesma palavra igreja, podemos entendê-la segundo duas etimologias possíveis. A Igreja é tanto a convocação quanto a congregação ou reunião dos fiéis; quer dizer, a Igreja pode considerar-se ora como a que chama, convoca todas as pessoas e as congrega em vista da sua salvação, ora como a congregação dessas mesmas pessoas que chegaram à fé. Ao mesmo tempo, podemos conceber a Igreja como o lugar, a casa que reúne e abriga o povo fiel, ou esse mesmo povo reunido na casa. Os dois sentidos são correlativos e complementares (DE LUBAC, 1970, p. 180-181).