quinta-feira, 18 de junho de 2015

Carta aberta sobre o Plano Nacional de Educação (PNE)



“A escola educa para o verdadeiro, para o bem e para o belo.
A educação não pode ser neutra, enriquece ou empobrece” Papa Francisco 10-05-2014

No mês de junho todos os 5.570 municípios  brasileiros deverão aprovar seus Planos Municipais de Educação (PME) de acordo como Plano Nacional de Educação (PNE) 2014-2024, instituído pela Lei 13.005/2014. O PNE foi fruto de um intenso debate democrático com participação dos cidadãos brasileiros e de muitas pessoas com interesse pela família. Nele a Câmara dos Deputados e o Senado Federal rejeitaram a menção, “igualdade de gênero”. Surpreendentemente, o tema reaparece agora colocado no processo para a aprovação dos Planos Municipais de Educação que orientarão as secretarias de educação e as diretorias das escolas municipais nos próximos 10 anos.

A discussão dos Planos Municipais de Educação, deveria ser orientada pelo Plano Nacional de Educação (PNE), votado no Congresso Nacional e sancionado em 2014 pela Presidente da República, do qual já foram retiradas as expressões da ideologia de gênero.

Os projetos enviados aos Legislativos Municipais incluíram novamente, em suas propostas, a ideologia de gênero, como norteadora da educação, tanto como matéria de ensino, como em outras práticas destinadas a relativizar a natural diferença sexual.

A ideologia de gênero subverte o conceito de família, que tem seu fundamento na união estável entre homem e mulher, ensinando que a união entre o mesmo sexo seja igualmente núcleo fundante da instituição familiar.

Não se trata de uma questão religiosa e sim, de uma questão humanística, isto é, do fundamento humano, organizador de uma sociedade. Toda ideologia é um sistema de ideias que esquece seu fundamento e procura impor sua compreensão reducionista a todos;

Por ser uma questão humanista, deve estar fundamentada nas evidências próprias do convívio humano, fundamentos já adquiridos em nossa cultura ocidental a partir das ciências humanas e biológicas que tem seu sentido e alicerce na própria natureza. 

O uso do véu na Missa Católica


Eu considero o uso do véu pelas mulheres cristãs na Santa missa, como uma devoção a uma prática iniciada desde o tempo da Igreja primitiva. Como relata o Apostolo S. Paulo em sua carta:

"Todo homem que ora ou profetiza com a cabeça coberta falta ao respeito ao seu senhor. E toda mulher que ora ou profetiza, não tendo coberta a cabeça, falta ao respeito ao seu senhor, porque é como se estivesse rapada. Se uma mulher não se cobre com um véu, então corte o cabelo. Ora, se é vergonhoso para a mulher ter os cabelos cortados ou a cabeça rapada, então que se cubra com um véu. Quanto ao homem, não deve cobrir sua cabeça, porque é imagem e esplendor de Deus; a mulher é o reflexo do homem..." (I Cor 11,1-16)

O véu é também um sinal do reconhecimento das diferentes funções de cada um. O véu é ainda sinal de modéstia e castidade. No tempo do antigo Testamento, descobrir a cabeça da mulher era visto como um jeito de humilhar ou punir adúlteras e mulheres que transgrediam a Lei (Nm 5,12-18; Is 3,16-17, Ct 5,7).

Jeb Bush diz que papa deve ficar longe do tema de mudanças climáticas


Em seu primeiro dia oficial de campanha presidencial nesta terça-feira, o republicano Jeb Bush, um católico, fez duras críticas à decisão do papa Francisco de entrar no debate sobre mudanças climáticas, dizendo que o pontífice deve ficar distante de questões políticas.

Jeb, que estava num evento no Estado norte-americano de New Hampshire um dia após formalmente ter anunciado sua pré-candidatura para a eleição presidencial de 2016, afirmou estar ansioso para ler a encíclica sobre mudanças climáticas que o Vaticano deve divulgar na quinta-feira, mas acrescentou que vai olhar para o documento com um pouco de receio, mesmo após ter chamado Francisco de líder extraordinário.

"Espero não ser castigado, por meu padre lá em casa, por dizer isso", disse Jeb. "Mas eu não obtenho minha política econômica com meus bispos, meus cardeais ou meu papa.”

Jeb, um ex-governador da Flórida que se converteu ao catolicismo há 25 anos, disse que religião "deve ser mais para nos fazer melhor como pessoas, e menos sobre coisas que acabam entrando no reino político". 

quarta-feira, 17 de junho de 2015

O que é preciso para fazer a Crisma?


Boa Tarde,

Sou de Arujá e estou tendo alguns problemas para poder fazer a crisma de minha sobrinha na qual serei a madrinha. O pessoal da igreja cada dia exige uma coisa gostaria de saber o que na verdade precisa para fazer a crisma. Grata. (Fátima Pérola).

Olá Fátima, 

na pergunta você não mencionou as dificuldades enfrentadas para podermos fazer uma abordagem específica da situação, porém, vamos responder à sua pergunta: o que é preciso para fazer a crisma?

Todo batizado, ainda não confirmado, pode e deve receber o Sacramento da Confirmação (Crisma). Mais do que a idade, o pastor deve se preocupar com a maturidade dos fiéis na fé e com sua inserção numa comunidade cristã viva. No entanto, só satisfaz pastoralmente a indicação de uma idade que torne o crismando  capaz de obedecer mais perfeitamente ao Cristo Senhor e dele dar firme testemunho pessoal. No contexto pastoral e social de hoje, propõe-se uma idade mínima para começar a preparação para este Sacramento, 14 anos (a diocese estipula a idade igual ou superior a esta). 

A preparação dos crismandos nunca seja inferior a um ano (a duração da preparação para a crisma é estipulada pela diocese jamais inferior a 1 ano). Durante este período os crismandos devem ser inseridos, sempre mais, na vida da Igreja: Missa dominical, sacramentos da penitência e da eucaristia e o engajamento na ação pastoral, com encontros semanais, dias de formação, tempos especiais dedicados à oração, retiros espirituais, contatos com a realidade onde vivem, oportunidades que permitam uma maior interiorização dos conteúdos e a abertura de coração à ação do Espírito Santo.

No momento da inscrição para a Crisma, os candidatos, além dos seus dados pessoais, deverão apresentar a Certificação do seu Batismo (se forem batizados), através de algo que comprove, afim de assegurar-lhe a recepção do sacramento.

Os crismandos devem colaborar com a espórtula do Sacramento da Crisma. (O valor é definido por cada diocese). 

Papa orienta como lidar com o luto na família


PAPA FRANCISCO
AUDIÊNCIA GERAL

Quarta-feira, 17 de Junho de 2015

Todas as famílias, sem exceção, devem lidar com a experiência da morte. A morte faz parte da vida, mas quando se dá na família, é muito difícil vê-la como algo natural. Pensemos nos pais que vivem a desoladora experiência de ter de enterrar seus filhos, ou nas crianças que ficam órfãs: algo difícil de explicar, pelo que há quem chegue até a culpar a Deus. O pecado faz com que esta realidade seja ainda mais dolorosa e injusta. Jesus nos ensina a não temer a morte, mas também a vivenciá-la de forma humana. Ele mesmo chorou e ficou turbado ao compartilhar o luto de uma família querida. Entre os cristãos, há muitas famílias que dão um belo testemunho de que a fé na Ressurreição é fonte de força e consolação. Protege-nos tanto do niilismo como das falsas consolações supersticiosas e nos confirma que a morte não tem a última palavra. Realmente, quando uma família de luto encontra forças para perseverar na fé e no amor que une as pessoas caras, experimenta-se que o amor é mais forte que a morte. 

Um homossexual pode se confessar normalmente?


Com certa frequência, em nossa relação com Deus, surgem sentimentos de indignidade frente a Ele. A sensação imediata é a de estar diante da majestade de um amor incompreensível pela grandeza e perfeição que possui. Nossa pequenez, miséria, mas sobretudo o peso dos nossos pecados fazem que abaixemos a cabeça para repetir, uma e outra vez, como o publicano que orava no templo: "Senhor, tem piedade de mim, pecador".

Não é de se estranhar, então, que tal sentimento se torne mais evidente e profundo naqueles momentos em que, conscientes e verdadeiramente contritos, nós nos aproximamos do sacramento da Confissão para dizer ao Pai do céu: "Senhor, pequei, tem misericórdia de mim".

Mas o que acontece se, junto a estes pecados cotidianos, se une uma condição sexual de caráter particular e muitas vezes desprezada pelas pessoas? Como agir como penitentes e confessores diante de quem se reconhece como homossexual e, acreditando firmemente na misericórdia do Senhor, quer recebê-lo com todo o coração e toda a alma?

Acima de tudo, a verdade; mas não só a epistemológica, senão também a existencial. Dizer as coisas com clareza, entendendo o que se é, sem desprezo nem humilhação por tal condição. É importante reconhecer que a condição de filho de Deus não se perde pela orientação sexual, dado que tudo aquilo que passa pela nossa natureza humana foi assumido pela morte de Jesus na cruz. 

terça-feira, 16 de junho de 2015

Vaticano pede mais moderação no sinal da paz na Missa


CONFERÊNCIA EPISCOPAL ESPANHOLA

JOSÉ MARÍA GIL TAMAYO
SECRETÁRIO GERAL

Madrid, 28 de julho de 2014

Aos senhores bispos membros da Conferência Episcopal Espanhola

Eminência/Excelência:

Com a data de 12 de julho, o Sr. Cardeal D. Antonio Cañizares Llovera, Prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, remeteu uma carta ao Presidente da Conferência Episcopal, sobre a questão levantada na sequência dos debates do Sínodo dos bispos sobre a Eucaristia (2005; Propositio 23) na questão da oportunidade ou não do “sinal” da paz, no modo e o momento que se encontra hoje no Ordinário da Missa. Também, o Santo Padre Bento XVI, na exortação apostólica pós-sinodal Sacramentum caritatis (22 de fevereiro de 2007), no nº 49 (com a nota n. 150), convidava as congregações competentes a estudar a questão.

Por sua parte a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, empreendeu a tarefa começando por tomar em consideração os pareceres das diversas Conferências Episcopais do mundo, que, com ampla maioria, pronunciaram-se a favor de manter o “rito” e “sinal” da paz no lugar que hoje tem no Ordinário da Missa, por motivo de considerá-lo uma característica do Rito romano e por não crer que seja conveniente para os fiéis introduzir mudanças estruturais na Celebração Eucarística, no momento. 

A esse respeito, o Sr. Cardeal Cañizares roga que se faça chegar a todos os senhores bispos a presente “Carta Circular: O significado ritual do Dom da Paz na Missa”, fruto deste trabalho e de consultas aos Sumos Pontífices Bento XVI e Francisco.

No mesmo tempo que cumpro com esta incumbência, aproveito a ocasião para manifestar-lhe minha consideração e apreço no Senhor,

José María Gil Tamayo
Secretário Geral da Conferência Episcopal Espanhola

Bispos do regional Leste 2 divulgam nota sobre Planos Municipais de Educação


NOTA DA CNBB SOBRE OS 
PLANOS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO


Os (Arce)bispos do Regional Leste 2 da CNBB - Minas Gerais e Espírito Santo, considerando a importância da elaboração e votação dos Planos Municipais de Educação, manifestam as seguintes ponderações:

1. A definição de diretrizes e planos para a educação há de ter como pressuposto antropológico uma visão integral do ser humano, fundamentada nos valores humanos, éticos e cristãos, identidade histórica do povo brasileiro.

2. Na elaboração dos Planos Municipais e Estaduais de Educação, devem participar todos os educadores, incluídos os pais como os primeiros responsáveis pela educação de seus filhos. Para isso deveriam ser organizadas iniciativas, tais como conferências e audiências públicas, que antecipem as votações em cada município, quando especialmente as famílias sejam ouvidas em suas expectativas quanto ao modelo de educação.

3. Em muitos municípios, este processo está ocorrendo sem a participação dos principais interessados, pais e educadores. A não participação da sociedade civil na escolha do modelo de educação fere o direito das famílias de definir as bases e as diretrizes da educação que desejam oferecer a seus filhos.

4. O Plano Municipal de Educação deve, entre tantos aspectos, considerar o controle do investimento financeiro do município para a educação; a garantia de capacitação dos docentes; a garantia de infraestrutura de cada unidade escolar; mecanismos colegiados para acompanhamento da aplicação das diretrizes da educação.