A televisão brasileira é objetiva e clara. Seus
mentores, dirigindo-se às classes sociais mais simples, não se preocupam com
elucubrações elegantes. Vão direto ao ponto! É exatamente o que está ocorrendo
na novela Babilônia. Nossos irmãos, os evangélicos, são nitidamente
escrachados. A trama e as falas das personagens pretensamente evangélicas não
deixam dúvida a respeito da intenção do autor da novela: mostrar uma dicotomia
visceral entre o que os evangélicos pregam e o que eles fazem na vida diária.
No enredo, o pai da família de evangélicos é um prefeito - quase pastor - que
toda hora evoca o “Altíssimo”, mas, na política, é um corrupto de primeira
linha e, na privacidade do lar, um adúltero, acobertado pela própria mãe, a
qual também diz primar pelos valores cristãos e recorrentemente clama a Deus.
Por que denegrir a imagem dos evangélicos? Ora, o
escopo de certa mídia é óbvio. São os deputados e senadores evangélicos, alguns
deles pastores, que, com galhardia e independência, impedem o avanço de
projetos contrários à família, como a ideologia de gênero, a lei da mordaça, o
aborto, entre outras tantas depravações. Daí o ódio mefistofélico dos fautores
de determinada “arte”, covardemente empenhados em profligar a reputação dos
evangélicos.