Dia 21 de Junho, precisamente um mês após o
sequestro do padre Jacques Mourad, na Síria, a Fundação AIS lança uma campanha
de oração, a nível internacional, pela libertação deste sacerdote.
O padre Mourad, de que se desconhece completamente
o paradeiro, foi sequestrado, juntamente com um seu colaborador, Boutros Hanna
Dekermenjian, em Al Qaryatayn, na Síria, a 21 de Maio.
A notícia do rapto deste sacerdote deixou
consternada a população local, que apreciava particularmente o trabalho que
vinha desenvolvendo, em especial junto das populações mais necessitadas, idosos
e crianças, sendo conhecido como “um amigo dos muçulmanos”.
Prior do Mosteiro de Mar Elias, Jacques Mourad terá
sido levado, no dia 21 de Maio, por quatro homens armados que o obrigaram a
entrar num automóvel.
Dias antes do rapto, o Mosteiro de São Elias
acolhera numerosos refugiados oriundos da cidade de Palmira que, entretanto,
caíra nas mãos dos jihadistas do “Estado Islâmico”.
O sequestro deste sacerdote soma-se ao do Padre
Paolo Dall’Oglio, desaparecido em Raqqa, em 29 de Julho de 2013, e a dois
Bispos de Aleppo, Youhanna Ibrahim e Bulos Yazigi, de quem nunca mais também se
teve notícias.
A Fundação AIS tem vindo a apoiar o trabalho do
padre Mourad desde 2004, colaboração que se intensificou com o início da guerra
civil na Síria, em 2011, que adquiriu, pela sua violência, uma dimensão
dantesca
O arcebispo de Damasco, D. Samir Nassar, classificou-a
mesmo como um verdadeiro “caminho para o calvário”.
Num documento enviado à Fundação AIS, este prelado
classifica “a crise síria” como o “mais cruel drama humano desde a Segunda
Guerra Mundial”.
E exemplifica com números esta tragédia: quatro em
cada cinco sírios vivem abaixo do limiar da pobreza. Há 12 milhões de
refugiados dentro e fora da Síria.
Cerca de cinco milhões e meio de crianças foram
afectadas pela guerra, sendo que 3 milhões deixaram de poder frequentar a
escola. Mais de dois milhões de casas foram destruídas ou encontram-se
danificadas.
Mais de 6 milhões de sírios têm dificuldade em
conseguir alimentos todos os dias. 220 mil pessoas morreram em consequência
directa dos combates, número a que tem de se acrescentar outros 300 mil, que,
tendo sido feridos, acabaram por não sobreviver por falta de cuidados médicos.
91 igrejas e 1400 mesquitas foram destruídas.
Esta guerra não poupa ninguém. O padre Jacques
Mourad não é mais um número nesta tragédia. Até ao dia 21 de Maio ele procurou
levar a paz a um país em guerra, procurou ajudar populações famintas, feridas,
desalojadas.
Sendo cristão, era visto na comunidade local também
como “amigo dos muçulmanos”. Mesmo assim foi sequestrado. Nada se sabe dele
desde então. Teme-se que tenha sido levado pelos jihadistas do “Estado
Islâmico”.
Ele precisa das nossas orações. É isso que a
Fundação AIS pede a todos os portugueses neste dia 21 de Junho.
#PrayingForFatherMourad
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ZENIT
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