segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Homilética: Solenidade da Assunção de Nossa Senhora (15 de agosto): "Um grande sinal para a Igreja e para a humanidade".*


Celebramos hoje a solenidade da Assunção de Nossa Senhora, ou seja, a verdade de fé, baseada na Tradição, que ensina que Jesus, querendo honrar a sua Mãe, especialmente aquele corpo onde foi formada a sua humanidade, levou Nossa Senhora de corpo e alma para o Céu, antecipando assim, por especialíssimo privilégio, o destino reservado a todos os justos com a vitória sobre a morte e a ressurreição da carne: “Quando este ser mortal estiver vestido de imortalidade, então estará cumprida a palavra da Escritura: ‘A morte foi tragada pela vitória; onde está, ó morte, a tua vitória?” (1 Cor 15, 54-55). Jesus, como bom filho, glorificando a sua Mãe, antecipa o ponto culminante da condição escatológica da Igreja: “Apareceu no céu um grande sinal: uma mulher vestida com o sol, tendo a lua debaixo dos pés e, sobre a cabeça, uma coroa de doze estrelas” (Ap 12,1).

Terminada a sua vida mortal, Maria foi conduzida em corpo e alma, desta vida mortal ao mundo da imortalidade, revestida de glória. Perante este acontecimento único, extraordinário, multiplicam-se as nossas perguntas: como se passou este mistério? Por que razão e com que finalidade o quis Deus? Unamo-nos à alegria com que os bem-aventurados do Céu cantam os louvores da Mãe de Jesus e nossa Mãe. Preparemo-nos para acolher a Palavra de Deus que nos ajudará a responder a todas estas perguntas.

A festa da Assunção de Maria é a festa da assunção da Igreja. Maria colabora no mistério da redenção, associando-se a seu Filho (LG 56). Sua assunção é figura do que acontecerá com todos os seguidores de Jesus no fim dos tempos. Porque Maria não é apenas a imagem (o reflexo), mas também a imagem típica (o protótipo) da Igreja. A Igreja deve ser aquilo que Maria é. E, enquanto peregrina neste mundo, a Igreja tem Maria como um sinal “até que chegue o Dia do Senhor” (LG 68). O que celebramos na festa de hoje é a vitória de Cristo sobre todos os poderes que tentam impedir o reino de Deus. Celebramos, tendo Maria como sinal, a vitória da Igreja inteira sobre a morte e o pecado.

No momento em que Ela entrou ao Céu, Ela foi coroada como Filha dileta do Pai Eterno, como Mãe admirável do Verbo Encarnado e como Esposa fidelíssima do Divino Espírito Santo. Nós devemos conceber a Assunção como um fenômeno gloriosíssimo.

Infelizmente, os pintores da Renascença para cá não souberam descrever a glória que cercou este espetáculo. Quando se quer glorificar alguém, todos se põem nos seus melhores trajes; em casa exibem-se os melhores objetos, ornamenta-se com flores, tudo aquilo que há de mais nobre é exibido para glorificar a pessoa a quem se quer homenagear.

Esta regra da ordem natural das coisas é seguida também no Céu. Então, é claro que o maior brilho da natureza angélica, o fulgor mais estupendo da glória de Deus deve ter aparecido no momento em que Nossa Senhora subiu ao Céu.

Muitas vezes na história a presença dos anjos faz-se sentir de um modo imponderável, embora não seja uma revelação deles. Mas nesta ocasião, deveriam estar rutilantíssimos, num esplendor invulgar. É natural também que o sol tenha brilhado de um modo magnífico, que o céu tenha ficado com cores variadas refletindo a glória de Deus como numa verdadeira sinfonia.

É natural que as almas das pessoas que estavam na Terra tenham sentido essa glória de um modo extraordinário, a verdadeira manifestação do esplendor de Deus em Nossa Senhora. Nenhum dos esplendores da natureza se podia comparar com o esplendor pessoal de Nossa Senhora subindo ao Céu.

À medida que Ela ia subindo, como num verdadeiro monte Tabor, a glória interior d'Ela ia transparecendo aos olhos dos homens. O Antigo Testamento diz d'Ela: omnis glória eius filia regis ab intus (Ps 44, 10) – toda a glória da filha do rei lhe vem de dentro.

Com certeza essa glória interna d'Ela se manifestou do modo mais estupendo quando, já no alto da sua trajetória celeste, Ela olhou uma última vez para os homens, antes de deixar definitivamente este vale de lágrimas e ingressar na glória de Deus.

Foi o fato mais esplendorosamente glorioso da história depois da Ascensão de Nosso Senhor. Comparável apenas com o dia do Juízo Final em que Nosso Senhor Jesus Cristo virá em grande pompa e majestade para julgar os vivos e os mortos. Junto com Ele, toda reluzente da glória d'Ele, aparecerá também Nossa Senhora. Nós devemos considerar aí a impressão que tiveram os apóstolos e os discípulos quando A viram subir ao Céu.

A humildade é a explicação do mistério de Maria e da sua eleição. Ela foi “cheia de graça” porque era vazia de si.

Para que Deus possa realizar “grandes coisas” também em nós, para que possa conduzir-nos àquela glória final, alcançada por Maria, é necessário, portanto, que nós também apresentemos estes dois requisitos: a fé e a humildade. 

Papa institui Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação


CARTA DO PAPA FRANCISCO
POR OCASIÃO DA INSTITUIÇÃO
DO "DIA MUNDIAL DE ORAÇÃO PELO CUIDADO DA CRIAÇÃO"
1° DE SETEMBRO

Aos Venerados Irmãos

Cardeal Peter Kodwo Appiah TURKSON
Presidente do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz

Cardeal Kurt KOCH
Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos

Compartilhando com o amado irmão o Patriarca Ecuménico Bartolomeu as preocupações pelo futuro da criação (cf. Cart. Enc. Laudato si’, 7-9), e acolhendo a sugestão de seu representante, o Metropolita Ioannis de Pérgamo, um dos convidados na apresentação da Encíclica Laudato si’ sobre o cuidado da casa comum, desejo comunicar-vos que decidi instituir também na Igreja Católica o "Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação" que, a partir do ano corrente, será celebrado no dia 1° de Setembro, assim como já ocorre há tempos na Igreja Ortodoxa.

Como cristãos, queremos oferecer a nossa contribuição para a superação da crise ecológica que a humanidade está vivendo. Por isso devemos, antes de tudo, buscar no nosso rico património espiritual as motivações que alimentam a paixão pelo cuidado da criação, lembrando sempre que para aqueles que crêem em Jesus Cristo, Verbo de Deus que se fez homem por nós, «a espiritualidade não está desligada do próprio corpo nem da natureza ou das realidades deste mundo, mas vive com elas e nelas, em comunhão com tudo o que nos rodeia» (ibid., 216). A crise ecológica nos chama, portanto, a uma profunda conversão espiritual: os cristãos são chamados a uma «conversão ecológica, que comporta deixar emergir, nas relações com o mundo que os rodeia, todas as consequências do encontro com Jesus» (ibid., 217). De fato, «viver a vocação de guardiões da obra de Deus não é algo de opcional nem um aspecto secundário da experiência cristã, mas parte essencial duma existência virtuosa» (ibid.). 

Igreja Católica Eritreia

 

A Igreja Católica da Eritreia é uma Igreja particular autônoma, que faz parte da Igreja Católica em todo o mundo, em plena comunhão com o Papa, em Roma. Com sede em Asmara, Eritrea no Corno de África, esta igreja usa o Alexandrine Rito.

História

Pré século 20

Desde a época das Cruzadas, a fé católica em todo o Oriente Médio foi supervisionada por bispos da Igreja Católica Romana com sede em Constantinopla, a capital do Império Otomano. Durante o século 19, a Santa Sé estabeleceu gradualmente Vicariatos Apostólicos mais locais, concentrando-se mais sobre as populações individuais.

Em 1890, a Eritreia foi anexada pela Itália e fez uma colônia do Reino da Itália, que promoveu a fé católica entre a população local. Em 1894, a Prefeitura Apostólica foi criada para Eritreia, sob a autoridade do Vicariato Apostólico da Abissínia. O trabalho missionário na região foi realizado principalmente por frades capuchinhos da Itália. A maioria dos fiéis tinham sido anteriormente membros do Patriarcado Ortodoxo Oriental de Alexandria, e manteve os ritos da Igreja que na antiga língua litúrgica de Ge.

Século 20

Era Colonial

A Eritreia foi criada pela Santa Sé à condição de Vicariato Apostólico em 1911. Em seu lugar, no entanto, um Ordinariato rito latino da Eritreia foi criado em 4 de julho de 1930, para o qual todos os católicos foram sujeitos, independentemente do rito que eles usaram. Bishop Kidane Maryam Cassà foi nomeado como o primeiro Ordinário, com o título de Vigário Apostólico. No início dos anos 1940, o catolicismo era a religião de cerca de 28% das pessoas na colônia italiana de Eritrea.

Cassà foi sucedido em 1951 por Dom Ghebre Jesus Jacob. Em outubro do mesmo ano, o Ordinariato foi abolido por Roma e em seu lugar foi criado o novo Exarcado Apostólico de Asmara, sob o etíope da Igreja Católica. Na Catedral de São José, em Asmara foi feita a sede da nova exarcado. Em 1959, um Vicariato Apostólico em separado foi estabelecido para os moradores que estavam católicos romanos, os expatriados em sua maioria italianos, que tinham ficado após a transferência da Eritreia pela Itália ao Império etíope em 1947. O exarcado foi elevado à categoria de uma Eparquia partir de 20 de fev 1961. 

domingo, 9 de agosto de 2015

A fé não entra num coração fechado, diz Papa no Angelus


PAPA FRANCISCO
ANGELUS

Praça São Pedro
Domingo, 9 de Agosto de 2015

Caros irmãos e irmãs, bom dia!

Neste domingo continuamos com a leitura do sexto capítulo do Evangelho de João, onde Jesus, depois de ter realizado o grande milagre da multiplicação dos pães, explica às pessoas o significado do "sinal" (Jo 6,41-51).

Como fez com a Samaritana, a partir da experiência da sede e do sinal da água, Jesus parte da experiência da fome e do sinal do pão, para revelar Ele mesmo e convidar a crer n`Ele.

O povo o procura, o povo o escuta, porque ficou entusiasmado com o milagre - queriam fazê-lo rei! -. Mas quando Jesus afirma que o verdadeiro pão, dado por Deus, é Ele mesmo, muitos se escandalizam, não entendem, e começam a murmurar entre si: "Eles comentavam: Não conhecemos seu pai e sua mãe? Como pode então dizer que desceu do céu?" (Jo 6,42). E começam a murmurar. Então Jesus responde: "Ninguém pode vir a mim, se não o atrai o Pai que me enviou", e acrescenta: "quem crê, possui a vida eterna” (vv 44.47).

Esta palavra nos impressiona e nos faz refletir. Esta introduz na dinâmica da fé, que é uma relação: a relação entre o ser humano - todos nós - e a pessoa de Jesus, onde o Pai desempenha um papel decisivo, e, claro, o Espírito Santo - que aí está subentendido. Não basta encontrar Jesus crer n`Ele, não basta ler a Bíblia, o Evangelho - isto é importante! Mas não basta -; nem basta mesmo assistir a um milagre, como o da multiplicação dos pães. Quantas pessoas estiveram em estreito contato com Jesus e não acreditaram n`Ele, pelo contrário, o desprezaram e o condenaram. E eu me pergunto: por que isso? Não foram atraídas pelo Pai? Não, isso aconteceu porque seus corações estavam fechados à ação do Espírito de Deus. Se você tem o coração fechado, a fé não entra. Deus Pai sempre nos atrai rumo a Jesus: Somos nós a abrir ou a fechar o nosso coração. Ao invés, a fé, que é como uma semente no profundo do coração, desabrocha quando nos deixamos ‘atrair’ pelo Pai rumo a Jesus, e ‘vamos até Ele’ com ânimo aberto, com o coração aberto, sem preconceitos; então reconhecemos em seu rosto o Rosto de Deus e em suas palavras a Palavra de Deus, porque o Espírito Santo nos fez entrar na relação de amor e de vida que existe entre Jesus e Deus Pai. E aí recebemos o dom, o presente da fé.

Com esta atitude de fé, podemos compreender o sentido do "Pão da vida" que Jesus nos dá, e que Ele expressa assim: "Eu sou o pão vivo, descido do céu. Se alguém come deste pão viverá eternamente e o pão que eu darei é a minha carne para a vida do mundo" (Jo 6,51). Em Jesus, em sua ‘carne’ – ou seja, na sua humanidade concreta – está presente todo o amor de Deus, que é o Espírito Santo. Quem se deixa atrair por esse amor caminha rumo a Jesus e vai com fé, e recebe d´Ele a vida, a vida eterna.

Aquela que viveu essa experiência de forma exemplar foi a Virgem de Nazaré, Maria: A primeira pessoa que acreditou em Deus, acolhendo a carne de Jesus. Aprendemos dela, nossa Mãe, a alegria e a gratidão pelo dom da fé. Um dom que é "privado", um dom que não é propriedade privada, mas é um dom a ser partilhado: um dom "para a vida do mundo"!

A utilização da imagem de Nossa Senhora Aparecida por uma Escola de Samba


Há diversas notícias na imprensa dando conta de que uma Escola de Samba do Estado de São Paulo fará homenagem a Nossa Senhora Aparecida no próximo carnaval. As notícias dizem ainda que haveria a autorização do Arcebispo de São Paulo para o desfile – desde que respeitados os parâmetros de prudência quanto à história da veneração a esta imagem da santa, e de respeito a ela por parte dos foliões.

Não poucos fiéis, porém, têm se manifestado de forma enérgica contra esta utilização. De fato, muitos registram o “caráter essencialmente pagão” do carnaval, que seria, portanto, uma festa em si mesma incompatível com o cristianismo. Outros preocupam-se com a exposição do respeitável e venerável símbolo religioso que é a imagem de Nossa Senhora Aparecida num meio marcado pela embriaguez, culto aos sentidos e sexualidade desenfreada, totalmente incompatível com a dignidade devida a este símbolo religioso e mesmo à pessoa que ele representa, Nossa Senhora Maria Santíssima. Seu sentimento religioso deve ser respeitado. Mas há algumas questões a ponderar.

Não tenho dúvidas de que o carnaval utiliza, e mesmo se constitui, de muitos elementos pagãos; o mesmo se poderia dizer, no entanto, e sem pecar, da própria liturgia católica: cito como exemplo a coroa do advento. Cristianizar elementos originalmente pagãos é próprio da fé católica, desde sempre, e representa o reconhecimento de que a religião cristã é uma religião encarnada e culturalmente respeitosa. É certo que os elementos pagãos do carnaval, ultimamente, vêm adquirindo um relevo que ultrapassa o razoável. Abusam-se deles, a ponto de desfigurar completamente a própria razão de ser do carnaval, como preparação para a ascese da quaresma, fixado, inclusive civilmente, com base na data da páscoa. Mas como lembra o ditado latino "abusus non tollit usus", poderíamos afirmar que o fato de que os elementos pagãos do carnaval são abusados através, digamos, do culto à sexualidade e à embriaguez não deve tolher-nos, a nós cristãos, de usar desses dias para extravasar uma alegria santa, aquela mesma que é a nossa força. Não podemos permitir que o abuso pagão tolha o nosso uso santo. 

Dia dos pais


Jesus nos contou de forma maravilhosa que Deus é Pai. A paternidade e a maternidade estão presentes em nossa natureza humana, e toda pessoa recebe esta missão, ainda que de formas diferentes. Ninguém nasceu para a esterilidade, pois todos nascemos para gerar, e não poderia ser de outro modo, pois somos imagens e semelhança de Deus, que é Pai e Mãe, ao mesmo tempo. Deus nos pede respeitosamente nossas entranhas paternas e maternas, como pediu à Virgem Maria, para continuar a gerar a vida. E é necessário que os homens assumam de forma madura sua forma de amar, para ser pais.

No entanto a paternidade está em crise, o que leva à crise de lideranças maduras e corajosas no mundo. E quando faltam pais, idolatra-se a imagem de uma eterna juventude. Não basta ao homem gerar filhos, sem ser realmente pai. A ausência dos pais se expressa na ausência física, na ausência afetiva, com medo de expressar carinho e afeto e na ausência normativa, já que os pais devem claros em seus critérios sem receio de estabelecer limites. Sejam homens capazes de amar com vigor e ternura, para que se estabeleça o adequado equilíbrio de relações entre as pessoas, a partir da magnífica polaridade entre homem e mulher, criada pelo próprio Deus.

Nas pessoas consagradas, o caminho é peculiar. No início, encanta-os ser irmãos. Depois, alguém os vê com traços de pai, e estes entendem ter recebido também a vocação paterna. E isto dá um sentido bonito ao celibato. Para os padres, cujo dia foi celebrado há pouco, ser pai pastor é a oportunidade maravilhosa que Deus lhes presenteia para amar muitos filhos e filhas. Encanta pôr à disposição de Deus a sensibilidade, os afetos, a imaginação, a inteligência, a poesia, a beleza, a serviço do Espírito que gera vida em cada Batismo, Absolvição, Eucaristia, Confirmação, Unção, Matrimônio. Mas também para eles é longo o caminho para chegar a amar com gratuidade, pureza de mente e coração, sem pretender tomar posse e sem a rigidez que provém do medo de amar e ser amados. 

sábado, 8 de agosto de 2015

O milagre de Hiroshima


Há 70 anos, aconteceu a explosão da bomba atômica em Hiroshima, um dos episódios mais dramáticos na história da humanidade. No dia 6 de agosto de 1945, festa da Transfiguração, muito perto de onde caiu a bomba “Little Boy”, quatro sacerdotes jesuítas alemães sobreviveram a esta catástrofe e a radiação – que matou milhares de pessoas nos meses seguintes – não causou nenhum efeito neles. Esta história, documentada por historiadores e médicos, é conhecida como o Milagre de Hiroshima.

Os jesuítas Hugo Lassalle, superior no Japão, Hubert Schiffer, Wilhelm Kleinsorge e Hubert Cieslik, estavam na casa paroquial da Igreja jesuíta de Nossa Senhora da Assunção, em um dos poucos edifícios que resistiu à bomba. No momento da explosão, um dos jesuítas estava celebrando a Eucaristia, outro tomando café da manhã e o outros estavam nos arredores da paróquia.

Conforme escreveu o Pe. Hubert Cieslik em um jornal, somente sofreram pequenos ferimentos por causa de cristais quebrados, mas nenhum efeito da radiação, nenhuma perda de audição, nem qualquer outro dano.

Os médicos que atenderam os jesuítas, alguns dias após a explosão da bomba, lhes advertiram que a radiação recebida lhes causaria lesões graves, assim como doenças e inclusive uma morte prematura.

Mas este prognóstico nunca aconteceu. Não desenvolveram nenhum transtorno e, em 1976, exatamente 31 anos após a explosão da bomba, o Pe. Schiffer foi ao Congresso Eucarístico na Filadélfia, relatou sua história e disse que os quatro jesuítas ainda estavam vivos e sem nenhuma doença. Foram examinados por dezenas de doutores cerca de 200 vezes ao longo dos anos seguintes e nunca encontraram em seus corpos qualquer consequência da radiação.

Os quatro religiosos nunca duvidaram de que tinham gozado da proteção divina e, em particular, da Virgem: “Nós acreditamos que sobrevivemos porque estávamos vivendo a Mensagem de Fátima. Nós vivíamos e rezávamos o Rosário diariamente naquela casa”, explicaram. 

Dia dos Pais: início da Semana Nacional da Família


No segundo domingo do mês de agosto, mês vocacional no Brasil, celebramos o Dia dos Pais. Parabéns a todos os pais. Rezemos agradecidos a Deus Pai pelos nossos papais que continuam a sua missão, como também os pais já falecidos. Ofereçamos como filhos, aos pais: amor, respeito, carinho, orações, gratidão e paz. Na família, o pai juntamente com a mãe ocupa um lugar especial e importante.

Celebremos o dia dos pais com festa. A festa em torno do grande dom que Deus dá ao homem e à mulher, que é nascer de um pai e de uma mãe, formando uma família conforme a vontade de Deus. Que os pais não desanimem de promover acolhida: “acolher em primeiro lugar a Jesus Cristo, nosso Salvador, que tendo nascido de uma família humana foi obediente ao seu pai adotivo, São José, e à sua Mãe, Maria Santíssima. Os pais devem ensinar aos seus filhos a solidariedade, a partilha, a cidadania, a co-responsabilidade pela vida da Igreja, missão de todos os batizados, e o profetismo de sermos discípulos missionários na edificação de uma sociedade mais justa, com emprego, com renda, com inclusão social verdadeira”. É importante valorizar a família, a começar da própria casa, assumindo com responsabilidade a parte que cabe a cada um, para que a família esteja unida.

A alegria do Dia dos Pais nos leva a celebrar a Semana Nacional da Família, entre os dias 09 e 15 de agosto de 2015, em todas as comunidades do Brasil, com o tema: “O amor é a nossa missão: a família plenamente viva”. Este é o mesmo tema do Encontro Mundial das Famílias que se realizará em setembro, na Fliadélfia (EUA). A reflexão é desenvolvida em sete roteiros de encontros, compilados no livreto “Hora da Família”, com a finalidade de oferecer material de apoio para os grupos de famílias. Cremos no amor como nossa missão. E que esta missão seja o meio de sermos completamente vivos e alcançarmos a realidade para a qual fomos criados. Acreditamos que este amor deve ser ensinado, compartilhado e comunicado na família e por ela; que é a igreja doméstica. A família compartilha a missão de toda a Igreja. Ela constitui o fundamento para todas as outras formas de comunidade. A casa na qual os pais auxiliam os filhos a descobrirem que Deus os ama e tem um plano para a vida de cada um.