sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Imagem Peregrina de Nossa Senhora visita cristãos na Síria


O reitor do Santuário de Fátima anunciou que uma das imagens peregrinas de Nossa Senhora de Fátima vai visitar Damasco, a capital da Síria, em setembro, um pedido do patriarca Gregório III.

Segundo o padre Carlos Cabecinhas, o patriarca Melequita Greco-Católica de Antioquia, do Oriente, de Alexandria e de Jerusalém pediu que os cristãos sírios não sejam esquecidos nas orações, quando solicitou a visita da imagem ao seu país.

Neste contexto o reitor do Santuário de Fátima informou que a Imagem Peregrina vai estar em Damasco, na capital do país, entre 07 a 09 de setembro.

Qual o valor científico da Quiromancia? É lícito, à luz da consciência cristã, consultar quiromantes?


A palavra «quiromancia» (do grego cheir, mão, e mantéia, adivinhação) significa a arte de descobrir, mediante o exame das características da mão (forma geral, linhas, protuberâncias, cavidades, etc.), o que diz respeito a determinado indivíduo no pretérito, no presente ou no futuro. Em sentido estritamente etimológico, o vocábulo designa apenas a predição do futuro; é, aliás, isto o que geralmente se procura nas consultas a quiromantes.

Distingue-se da quiromancia a «quirologia» ou «quirognomia», estudo da mão que tem a finalidade de descrever não propriamente o currículo de vida da pessoa, mas o seu temperamento ou caráter, seus traços psicológicos e até fisiológicos, excluída toda espécie de adivinhação, oráculos do alto, etc. A quirologia formula seus diagnósticos interpretando cada uma das características da mão como sinal de determinado traço da personalidade do sujeito. — A quirologia pode ser classificada como ciência, predicado este que não convém à quiromancia (ao menos no sentido antigo e clássico), pois esta entra muito nos setores da arte e da Religião.

Na antiguidade já o sábio grego Aristóteles (+322 a. C.) correlacionava as linhas da mão com a duração da vida do indivíduo. Contudo o grande mentor da quirologia foi, no século passado, o capitão D'Arpentigny mediante suas obras «Chirognomie». Paris 1856, e «La science de la main» 1855.

Para apreciar devidamente o estudo das mãos, consideraremos abaixo o seu histórico e os seus princípios doutrinários.

1. O histórico do estudo das mãos

As linhas da mão, desde remota antiguidade, têm interessado os povos; quiromancia e quirologia costumavam outrora ser cultivadas simultaneamente. Refere-se, porém, que o filósofo Anaxágoras (+428 a. C.), o qual estudou as mãos de Péricles, Sócrates e Eurípides, distinguia uma da outra.

Em particular, os orientais estimavam a leitura das mãos como uma das fontes principais de conhecimento, e de conhecimento frequentemente tido como superior ou esotérico (reservado a iniciados). Na China a quiromancia parece ter sido praticada já por volta do ano 3000 a.C.; lá foram redigidos os primeiros documentos sobre o assunto, documentos que os médicos do país utilizavam para confirmar seus diagnósticos. Até nossos dias a quiromancia está em grande voga no próximo Oriente e no Egito, sendo praticada principalmente nos cafés, mercados e lugares públicos; os árabes a consideram como a técnica mais fácil para se prever o resultado de alguma iniciativa. Da Índia a quiromancia, por meio dos «dukkerippen» ou adivinhos profissionais hindus, espalhou-se por todo o Ocidente, cultivada geralmente pelos boêmios e «gipsies» ou ciganos, que fazem dessa profissão o seu ganha-pão.

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Homilética: 20º Domingo Comum - Ano B: "A Eucaristia é banquete celestial onde Cristo nos une a Ele na comunhão".


A liturgia do 20º Domingo do Tempo Comum repete o tema dos últimos domingos: Deus quer oferecer aos homens, em todos os momentos da sua caminhada pela terra, o “pão” da vida plena e definitiva. Naturalmente, os homens têm de fazer a sua escolha e de acolher esse dom.

Vimos nos domingos passados algumas dimensões da Eucaristia: e Eucaristia como sacrifício, como presença real de Cristo e como penhor de imortalidade. Hoje a liturgia nos propõe outra dimensão: a Eucaristia como banquete e que nos une a Cristo na comunhão (1ª leitura e evangelho). E os termos que São João emprega e repete são de um realismo que não cabe dúvida alguma: não é qualquer comida, mas comida celestial. Para esta comida são convidados todos sem exceção, como diz São Francisco de Sales: “os perfeitos para não decair; os imperfeitos, para aspirar à perfeição; os fortes para não enfraquecerem; os fracos para se robustecerem; os doentes para se curarem; os sãos para não se enfermarem” (Introdução à vida devota, II, 21). Logicamente com as devidas disposições.

Mediante a comunhão, Cristo entra em comum união íntima conosco. Faz-nos partícipes da sua vida divina. Somos contemporâneos da Última Ceia. Conserva, aumenta e renova a vida de graça recebida no batismo. Separa-nos do pecado. Apaga os pecados veniais. Preserva-nos dos pecados futuros. E nos dá o penhor da glória futura, como já vimos. A aspiração à comunhão com Deus está presentes em todas as religiões. A partir dai os sacrifícios e comidas sagradas nas que se considera que Deus compartilha algo com o homem. Esses sacrifícios do Antigo Testamento preparam já esse desejo do homem de entrar em comunhão com Deus. Foi Cristo quem encheu esse desejo do homem. Com a sua Encarnação, Cristo compartilhou a nossa natureza humana para fazer-nos partícipes da sua natureza divina. Foi na Eucaristia onde Deus concretizou y fez realidade este desejo do homem. De uma maneira plástica São João Crisóstomo diz: “Temos que beber o cálice como se puséssemos os lábios no lado aberto de Cristo”.    

Que efeitos produz, pois, esta comunhão do Corpo e do Sangue de Cristo em nós? Efeito cristológico: incorpora-nos a Cristo, aumentando a graça e concedendo-nos o perdão dos pecados veniais. Efeito eclesiológico: une-nos à Igreja, corpo místico de Cristo, pois a Eucaristia simboliza a unidade da Igreja; mais ainda, constrói e edifica a Igreja como nos diz Santo Agostinho e nos recordou São João Paulo II na sua encíclica sobre a Eucaristia. Efeito escatológico: a Eucaristia é o banquete do Reino, inaugurado por Cristo e que se consumará de forma definitiva no céu. A Eucaristia é figura do banquete celestial. A Eucaristia antecipa o gozo do banquete futuro. A comunhão é o germe e o remédio de imortalidade, como nos disse Santo Inácio de Antioquia.    

Agora bem, para entrar neste banquete se necessitam umas condições. Primeiro, fé, pois a Eucaristia é um mistério de fé. Vemos, saboreamos e tocamos pão; mas já não é pão, senão o Corpo Sacratíssimo de Cristo e o Sangue bendito de Cristo. “Não te perguntes se isto é verdade, mas acolhe melhor com fé as palavras do Senhor, porque Ele, que é a Verdade, não mente” (Santo Tomás de Aquino, Summa Theologiae III, 75, 1). Segundo, humildade, para reconhecermo-nos famintos e necessitados desse Pão de vida eterna. Quem estiver farto e cheio dos manjares terremos, dificilmente terá fome deste manjar celestial. Terceiro, com a alma limpa de pecado grave. A alma em graça é o traje de festa que pedia Jesus (cf. Mt 22,11). São João Crisóstomo diz: “Se te aproximares bem purificado, recebes grande beneficio; se te aproximares manchado de culpa, fazes-te merecedor da pena e do castigo eterno. Porque com as tuas culpas o crucificas de novo” (Homilia evangelho de São João 45). Junto a estas disposições interiores estão as disposições externas: jejum, isto é, não comer nada uma hora antes de comungar; o modo digno de vestir e as posturas respeitosas. O cura de Ars dizia: “Devemos nos apresentar com vestidos decentes: não pretendendo ser trajes nem enfeites ricos, mas não devem ser descuidados e gastados... tendes que vir bem penteados, com o rosto e as mãos limpas” (Sermão sobre a comunhão).

China ordenará seu segundo bispo com a aprovação do Papa


A China está se preparando para ordenar o segundo bispo com a aprovação do Papa Francisco. A ordenação episcopal terá lugar na província de Henan, onde o padre Cosmos Ji Chengyi assumirá a sede de Zhumadian.

Na semana passada, aconteceu a ordenação de Dom Joseph Zhang Yinlin como bispo coadjutor de Anyang, tornando-se o primeiro bispo ordenado em mais de três anos.

Na China existem entre 8 e 12 milhões de católicos divididos em duas comunidades, uma Igreja oficial liderada pela Associação Patriótica Católica Chinesa, que se reporta ao Partido Comunista, e outra subterrânea que está em comunhão com Roma.

O porta-voz da diocese de Henan padre Li Jianlin, disse terça-feira que tanto Dom Zhang como o padre Ji têm a aprovação da Santa Sé. Além disso, ele explicou que a Igreja local está se preparando para a ordenação e ainda não há um horário estabelecido.

"Os católicos estão emocionados porque esta é a primeira vez desde a fundação da província de Henan que haverá uma cerimônia de ordenação reconhecida por ambos os lados", disse padre Li, referindo-se a aprovação de Pequim e do Vaticano. 

Papa explica a importância da festa na família


CATEQUESE
Sala Paulo VI – Vaticano
Quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Hoje abrimos um pequeno percurso de reflexão sobre três dimensões que articulam, por assim dizer, o ritmo da vida familiar: a festa, o trabalho, a oração.

Comecemos pela festa. Hoje falaremos da festa. E logo dizemos que a festa é uma invenção de Deus. Recordemos a conclusão do relato da criação, no Livro do Gênesis, que ouvimos: “Tendo Deus terminado no sétimo dia a obra que tinha feito, descansou do seu trabalho. Ele abençoou o sétimo dia e o consagrou, porque nesse dia repousara de toda a obra da Criação” (2, 2-3). O próprio Deus nos ensina a importância de dedicar um tempo para contemplar e desfrutar daquilo que no trabalho foi bem feito. Falo de trabalho, naturalmente, não só no sentido do ofício e da profissão, mas no sentido mais amplo: toda ação com que nós homens e mulheres podemos colaborar para a obra criadora de Deus.

Portanto, a festa não é a preguiça de sentar em uma poltrona, ou a sensação de uma vã evasão, não, a festa é, antes de tudo, um olhar amoroso e grato sobre o trabalho bem feito; festejamos um trabalho. Também vocês, recém-casados, festejam o trabalho de um belo tempo de noivado: e isso é belo! É o tempo de olhar os filhos, os netos, que estão crescendo, e pensar: que belo! É o tempo de olhar para a nossa casa, os amigos que hospedamos, a comunidade que nos cerca, e pensar: que coisa boa! Deus fez assim quando criou o mundo. E continuamente faz assim, porque Deus cria sempre, também neste momento! 

Santo Agostinho interpretava a bíblia como os protestantes?


Recentemente tive a oportunidade de dialogar com um amigo protestante (batista) que me afirmava que diversos Padres da Igreja, entre eles Santo Agostinho, tinham "posturas protestantes", especialmente quando interpretavam Mateus 16,18, passagem esta que - segundo ele - importava em rejeição ao entendimento católico atual sobre o primado de Pedro e o Papado.

Quem foi Santo Agostinho?

Santo Agostinho é considerado como um dos maiores Padres da Igreja. Sua influência para a posterioridade foi notável. O bispo de Hipona era teólogo, filósofo, místico, poeta, orador, apologista e escritor. Nascido em 354 d.C., recebeu uma educação cristã desde menino graças à sua mãe; mas aos 19 anos acabou abandonando a fé católica. Estudou Hornêncio, Cícero e chegou a dar ouvidos aos maniqueus, tornando-se um anticatólico convencido. Após uma longa luta interior, acabou por compreender que era necessária a fé para alcançar a sabedoria e que a autoridade em que se apoiava a fé era a Escritura, avalisada e lida pela Igreja. Depois de opor Cristo à Igreja, descobriu que o caminho que levava à Cristo era precisamente a Igreja. Em 391 foi ordenado sacerdote e em 395 (ou 396) tornou-se bispo. Interveio nas controvérsias contra os maniqueus, donatistas, pelagianos, arianos e pagãos. Morreu em 430, deixando-nos uma enorme quantidade de obras, legado que perdura até os dias de hoje.

Qual a Importância das Obras de Santo Agostinho?

Os escritos de Santo Agostinho (assim como os escritos dos Padres da Igreja e outros escritores eclesiásticos) são importantíssimo não apenas para os estudiosos de Patrística e Patrologia mas também para todos os cristãos que têm o interesse de conhecer a fundo o pensamento da Igreja em seus primeiros séculos e a sua forma de interpretar as Escrituras.

Em virtude destas circunstâncias, tive o desejo de estudar os escritos de Santo Agostinho, não apenas nos pontos em que os protestantes costumam citar, mas em sua totalidade, para que assim pudesse fazer uma comparação justa de seu pensamento. 

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

E os silêncios de Deus?


Muitas pessoas ficam desconcertadas ao verem o mal campear no mundo, sem que Deus pareça tomar parte na angústia dos que são vítimas da violência e da injustiça. Às vezes parece que Deus se torna mudo diante do nosso sofrimento; mas não é assim.

Alguém já disse que “Deus não fala, mas tudo fala de Deus”. Isto é, Deus fala pela Revelação e pela vida, mas esta linguagem tem de ser decifrada. Seus silêncios aparentes são sábios e nos obrigam a exercitar o ouvido da alma, e criar novas antenas e ouvidos interiores, para ouvir a sua voz. Não é que Deus não fale, somos nós que não captamos sua palavra.

Deus não é indiferente diante dos acontecimentos deste mundo. Sempre pesou sobre a mente dos homens a aparente indiferença de Deus diante do desenrolar dos acontecimentos neste mundo. O povo sente-se, por vezes, desanimado e propenso a “fazer como todo o mundo faz”, visto que ser reto e digno parece custar muito caro e não trazer proveito. Até o salmista tem a tentação de agir como os maus (…), mas depois entende a sua triste sorte:

“Por pouco meus pés tropeçavam; um nada, e meus passos deslizavam. Porque invejei os arrogantes, vendo a prosperidade dos ímpios. Para eles não existem tormentos, sua aparência é sadia e robusta; a fadiga dos mortais não os atinge, não são molestados como os outros (…).

Refleti para compreender, e que fadiga era isto aos meus olhos! Até que entrei nos santuários divinos: entendi o destino deles! De fato, tu os pões em ladeiras, tu os fazes cair em ruínas. Ei-los num instante reduzidos ao terror, deixam de existir, perecem por causa do pavor! (…), Sim, os que se afastam de Ti se perdem (…). Quanto a mim, estar junto de Deus é o meu bem!” (Sl 72, 2-5. 16-19. 27s) 

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Falsos profetas e pastores


Evangelho segundo São Mateus (Mt) 7, 15-20

(15) Guardai-vos dos falsos profetas. Eles vêm a vós disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos arrebatadores.

(16) Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinhos e figos dos abrolhos?

(17) Toda árvore boa dá bons frutos, toda árvore má dá maus frutos.

(18) Uma árvore boa não pode dar maus frutos, nem uma árvore má, bons frutos.

(19) Toda árvore que não der bons frutos será cortada e lançada ao fogo.

(20) Pelos seus frutos os conhecereis.

Meus queridos irmãos e irmãs, existe um mal que sempre ameaçou os rebanhos do Senhor. Esse também foi um tema muito trabalhado pelos primeiros padres da Igreja. Vemos em seus escritos que eles constantemente voltam para esse mesmo tema, o tema dos falsos profetas.

Aqueles que, exteriormente, trazem todos os sinais que dizem que vieram em nome do Senhor, ou falam em nome do Senhor, que ensinam o caminho da salvação, porém, ao contrário, são aqueles que levam o rebanho de Deus para a perdição.

Esse é um perigo que nós também,. constantemente, somos ameaçados hoje em dia. Acho que nunca falou-se tanto de Jesus Cristo, tanto de Deus, tanto da palavra de Deus, como se fala hoje em dia. Em vários lugares, em vários canais, várias igrejinhas, igrejonas, igrejolas, em todos os lugares se ouve falar de Jesus Cristo.

Agora, como vamos saber se aquele caminho realmente nos leva à salvação? Porque essa é a nossa intenção, essa deve ser a nossa preocupação, de seguir um caminho que nos leva à vida.

Em primeiro lugar, o que devemos olhar com muito cuidado é se realmente aqueles, que falam e trazem os signos religiosos, falam realmente a palavra de Jesus Cristo. Qual é a segurança que temos de que o ensinamento de um grupo ou de certa pessoa nos dá seja realmente o ensinamento que veio de Jesus?

Pois o que nos dá essa segurança é a segurança daqueles que vieram transmitindo pela tradição o que Jesus Cristo disse. Não é simplesmente ler a palavra de Deus e interpretá-la segundo o que eu acho, o que eu penso, o que eu quero. Mas é ler a palavra de Deus e interpretá-la no mesmo espírito com o qual ela foi escrita, no mesmo lugar onde foi escrita e para o que foi feita. Podemos pegar e pinçar várias palavras da escritura e interpretá-las de acordo com a minha vontade. Só que isso não me leva a Deus, o que me leva a Deus é interpretar a sagrada escritura no mesmo espírito de Jesus; esse é o primeiro critério.