No mês em que se comemora a independência do
Brasil, os católicos devem se lembrar que este país nasceu com uma santa
missa, celebrada no longínquo 1500. Desde aquele ditoso ano, nossa nação está
vocacionada ao amor, porque a eucaristia é a bondade de Deus que se espraia no
torrão nacional.
Com a independência, sucedida centúrias após o
descobrimento, os filhos desta “mãe gentil” se enlaçam num projeto único:
construir uma pátria justa e fraterna. Com efeito, a atual constituição federal
preceitua que um dos objetivos do Brasil, isto é, o porquê de ele existir,
consiste na erradicação da pobreza (artigo 3.º, III).
O Brasil foi fundado há 500 anos e a Igreja
católica Cristo fundou 2000 anos atrás. Cuida-se de duas sociedades perfeitas
que visam ao bem comum, sendo que ambas realizaram uma opção
preferencial pelos pobres, não exclusiva nem excludente. Sem dúvida, o maior
bem que os portugueses nos legaram é a religião católica!
A palavra de ordem clama por uma luta em favor
do direito, da paz e da justiça, principalmente em face dos irmãos inermes, que
não têm voz nem vez. Daí a conferência episcopal (CNBB) promover todo ano o
“grito dos excluídos”.Vamos, pois, à luta, filhos da pátria e da Igreja!
“Nossos peitos, nossos braços são muralhas do
Brasil”! Deveras, os brasileiros, católicos e acatólicos, estão decerto
dispostos a dar a vida pela terra natal, porém, o que se espera não é uma lide
cruenta; nosso destino repousa na revolução incruenta da solidariedade,
alicerçada nos valores cristãos.