quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Itália: criada a Comissão Científica para a Família


Depois de um longo trabalho em rede com a sociedade civil italiana e uma cuidadosa observação das posições político-institucionais no tocante aos direitos civis de crianças, mulheres e homens, um grupo de técnicos constituiu a Comissão Científica para a Família.

"A Comissão examinará a produção discursiva sobre o conceito de ‘gênero’ no âmbito cultural, midiático e informativo, político, jurídico, legislativo e psicológico. As análises serão conduzidas à luz dos estudos sobre o ser humano e sobre o seu desenvolvimento psico-físico e antropológico, a fim de produzir informações científicas multi e interdisciplinares sobre as teorias de gênero e sobre os efeitos da aplicação dessas teorias na instituição da família e na identidade da pessoa".

De acordo com os promotores, "o espírito da iniciativa é o de proporcionar respostas e orientações para os cidadãos e para os seus representantes políticos na preservação e proteção da família como a única instituição predisposta à evolução da humanidade e à educação das crianças, instituição que, assim, contribui para a estabilidade do tecido social". 

Como começa um processo de nulidade matrimonial?


Quem deve tomar a iniciativa?

Se você se encontra numa situação matrimonial que não pode ser reconhecida pela Igreja, porque já houve uma cerimônia de casamento anterior com outra pessoa; ou se rompeu tão definitivamente com seu marido e a sua mulher, que já não exista mais nenhuma chance de verdadeira reconciliação, pense bem se o seu caso não se enquadra em alguma das causas de nulidade descritas no artigo Nulidade de Casamento. Se fosse assim, é do seu interesse conseguir uma declaração da autoridade eclesiástica, que lhe permita reconstruir sua vida em paz com Deus e com a sua consciência. Para isso, existem na Igreja, os tribunais eclesiásticos. Só que ninguém vai tomar o seu lugar. Quem deseja que o tribunal atue deve pedir sua intervenção. O pároco ou algum sacerdote amigo poderão dar um conselho, uma orientação. Mas algumas coisas você vai ter que fazer por si mesmo. Vá, sim, em primeiro lugar, falar com o seu pároco. Mas não desespere se ele achar que o seu caso não terá chances no tribunal. O campo do direito canônico é um campo especializado e nem todos os padres estão atualizados nesta matéria. De um jeito ou do outro, você vai ter de procurar o próprio tribunal eclesiástico. 

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Apelo de médica cai como uma bomba no Sínodo.


A doutora Anca-Maria Cernea, uma médica do Center for Diagnosis and Treatment – Victor Babes (Centro de Diagnóstico e Tratamento – Victor Babes) e Presidente da Associação dos Médicos Católicos de Bucareste (Romênia), apresentou ao sínodo, aos 16 de outubro, o seguinte apelo ao Papa Francisco e aos padres sinodais:

Santidade, Padres sinodais, irmãos e irmãs,

Eu represento a Associação dos Médicos Católicos de Bucareste.
Pertenço à Igreja Grego-Católica Romena.

Meu pai era um líder político cristão que foi preso pelos comunistas por 17 anos. Meus pais estavam noivos, prestes a se casar, mas o casamento deles ocorreu 17 anos depois. Minha mãe esperou por meu pai por todos esses anos, mesmo sem saber se ainda estava vivo. Foram heroicamente fiéis a Deus e ao compromisso deles. O exemplo deles mostra que, com a Graça de Deus, se pode superar terríveis dificuldades sociais e a pobreza material.

Nós, como médicos católicos, em defesa da vida e da família, podemos ver que, antes de tudo, se trata realmente de uma batalha espiritual. A pobreza material e o consumismo não são as causas principais da crise da família. A causa principal da revolução sexual e cultural é ideológica.

Nossa Senhora de Fátima disse que a Rússia espalharia os seus erros pelo mundo. Isso aconteceu primeiro com a violência: o marxismo clássico matou dezenas de milhões de pessoas. Agora acontece, sobretudo, com o marxismo cultural. Há uma continuidade entre a revolução sexual de Lenin, passando por Gramsci e a Escola de Frankfurt, até à hodierna defesa ideológica dos “direitos” dos gays.

O marxismo clássico pretendia redesenhar a sociedade, através da violenta apropriação dos bens. Agora, a revolução vai ainda mais a fundo: pretende redefinir a família, a identidade sexual e a natureza humana. Essa ideologia se autodenomina “progressista”. Mas nada mais é do que a oferta da antiga serpente ao homem no sentido de assumir o controle, de substituir Deus, de organizar a Salvação aqui, neste mundo. É um erro de natureza religiosa: é o gnosticismo. É tarefa dos pastores reconhecê-lo, e alertar o rebanho contra este perigo.

“Buscai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão dadas em acréscimo” (Mt 6,33).

A missão da Igreja é a de salvar as almas. O mal, neste mundo, provém do pecado, e não da desigualdade de renda nem das “mudanças climáticas”. A solução é a Evangelização, a conversão. 

O caso do menino que repartiu a Hóstia consagrada com seu pai divorciado era mentira?


Repercutiu entre os católicos com grande polêmica um relato compartilhado neste sínodo a respeito de um menino que, no dia da sua primeira comunhão, teria partido a hóstia em duas partes e dado uma delas ao seu pai, divorciado e novamente casado. Vários padres sinodais se declararam comovidos com o relato, por evocar o sofrimento vivido pelos católicos nessa situação. Entre eles, o patriarca latino de Jerusalém, dom Fouad Twal: “O gesto nos tocou e nos fez pensar que esse drama afeta todos nós. Não somos indiferentes a estas situações”. O bispo italiano dom Enrico Solmi, de Parma, declarou que o relato “certamente balançou a assembleia. O menino nos mostrou uma vida real”.

No entanto, junto com os muitos protestos acusando o sínodo de “propensão a trair a doutrina da Igreja” e das críticas diante das deficiências na formação catequética do menino, surgiram também questionamentos nas redes sociais sobre a veracidade do relato.

A história do menino que resolveu dividir a comunhão com seu pai divorciado e recasado tinha sido atribuída inicialmente ao pe. Roberto Rosa, pároco em Trieste, na Itália, mas depois foi assumida por dom Alonso Gerardo Garza, da diocese mexicana de Piedras Negras, durante uma entrevista para o canal TV2000.

O fato é que o relato foi mesmo apresentado aos padres sinodais no Vaticano e reacendeu as atenções, dentro e fora do sínodo, sobre as possibilidades pastorais relacionadas com os católicos que se divorciaram e depois se uniram civilmente a novos cônjuges. 

Catequese do Papa Francisco sobre a fidelidade do amor


CATEQUESE
Praça São Pedro – Vaticano
Quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Na reflexão passada, refletimos sobre as promessas importantes que os pais fazem às crianças, desde quando elas são pensadas no amor e concebidas no ventre.

Podemos acrescentar que, olhando mais de perto, toda a realidade familiar é fundada sobre a promessa – pensar bem nisso: a identidade familiar é fundada sobre promessas – pode-se dizer que a família vive da promessa de amor e de fidelidade que o homem e a mulher fazem um ao outro. Essa comporta o empenho de acolher e educar os filhos; mas inclui também o cuidado com os pais idosos, em proteger e socorrer os membros mais frágeis da família, em ajudar-se de perto para realizar as próprias qualidades e aceitar os próprios limites. E a promessa conjugal se alarga a partilhar as alegrias e os sofrimentos de todos os pais, as mães, as crianças, com generosa abertura nos confrontos da convivência humana e do bem comum. Uma família que se fecha em si mesma é como uma contradição, uma mortificação da promessa que a fez nascer e a faz viver. Não esquecer nunca: a identidade da família é sempre uma promessa que se alarga e se alarga a toda a família e também a toda a humanidade.

Nos nossos dias, a honra da fidelidade à promessa da vida familiar parece muito enfraquecida. Por um lado, porque um mal entendido direito de buscar a própria satisfação, a todo custo em qualquer relação, é exaltado como um princípio não negociável de liberdade. Por outro lado, porque se confia exclusivamente à constrição da lei os vínculos da vida de relação e do compromisso pelo bem comum. Mas, na verdade, ninguém quer ser amada só pelos próprios bens ou por obrigação. O amor, bem como a amizade, devem a sua força e a sua beleza justamente a este fato: que geram um laço sem tirar a liberdade. O amor é livre, a promessa da família é livre e essa é a beleza. Sem liberdade não há amizade, sem liberdade não há amor, sem liberdade não há matrimônio.

Portanto, liberdade e fidelidade não se opõem uma a outra, antes, se apoiam proximamente, seja nas relações interpessoais, seja naquelas sociais. De fato, pensemos nos danos que produzem, na civilização da comunicação global, a inflação de promessas não mantidas, em vários campos, e a indulgência pela infidelidade à palavra dada e aos compromissos firmados! 

Como o verdadeiro cristão encara a Nova Era?


Grande parte dos católicos já ouviu falar sobre a Nova Era. Não se pode negar que ela provoca fascínio nas pessoas. Muitos, no entanto, ainda se perguntam: “Afinal, o que é, realmente, a Nova Era?”.

E a pergunta é pertinente, pois não há uma definição precisa. A Nova Era, ou “New Age”, é uma mistura de doutrinas, crenças, esoterismo e misticismos diversos, que vem repercutindo no cenário político, moral e educacional e se difundindo vastamente em muitas esferas da nossa sociedade, propagada pelos meios de comunicação.

Quem crê na Nova Era acredita que o terceiro milênio marca a transição da Era de Peixes - que, para eles, é a era cristã - para a Era de Aquário, ou seja, uma era pós-cristã. Muitos ataques que a Igreja sofre e toda a propagação de valores invertidos que reduzem Deus a conceitos subjetivos de cada pessoa estão ligados à Nova Era, um fenômeno que invade lenta e quase imperceptivelmente a vida das sociedades. As pessoas, afetadas por essa mistura de ideias, oscilam entre a certeza e a incerteza, inclusive (ou principalmente) no que diz respeito à sua própria identidade. Nesse quadro, a Igreja é pintada como retrógrada, autoritária e patriarcal e tudo o que ela já fez pela edificação cultural e moral da sociedade é rejeitado acriticamente. As pessoas preferem olhar "para dentro de si mesmas" na tentativa de encontrar sentido existencial, rechaçando quase de antemão a possibilidade de uma Verdade absoluta.

A essência da Nova Era é uma livre associação de doutrinas e atividades, sem articulação definitiva, com base na ideia de que o cosmo é um todo orgânico, animado por uma energia divina que permeia tudo o que existe. Acredita-se na mediação de várias entidades espirituais, mas, ao mesmo tempo, tenta-se mostrar que o ser humano é capaz de controlar a sua vida inclusive além da morte. O pecado não existe: haveria apenas uma consciência imperfeita, que dissocia o ser humano do Criador e de si mesmo. Encaixa-se neste contexto a ideologia do gênero, que dilui o próprio fato da sexualidade biológica e apresenta a ideia de que cada um define a sua identidade sexual independentemente da realidade física.

A Nova Era propagandeia paz, fraternidade e liberdade misturando promessas esotéricas com valores culturais modernos e gerando a falsa sensação de satisfação tanto das vontades espirituais quanto das carnais. O verdadeiro cristão se opõe a esse marketing porque responde ao convite de Cristo a olhar para fora de si próprio, vivendo o diálogo do amor com o próximo, que é seu irmão porque é filho do mesmo Pai. 

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Sínodo: “Nenhuma mudança de doutrina, mas tampouco um sínodo 'cosmético', superficial”


Reinou o bom humor na coletiva desta segunda-feira sobre os trabalhos do sínodo. O padre Lombardi começou dizendo que vai sentir a falta dos jornalistas que acompanham as conferências de imprensa diárias no Vaticano e dom Fouad Twal, patriarca latino de Jerusalém, observou que, no início da terceira semana, "já se sente um pouco de cansaço". O australiano dom Mark Benedict Coleridge, arcebispo de Brisbane, completou dizendo que "algumas pessoas no meu país acham que viemos a Roma de férias, mas estamos trabalhando ‘um monte’". E dom Enrico Solmi, que é bispo de Parma, se apresentou como o "bispo do parmesão e do presunto", produtos típicos daquela cidade.

O tom relaxado reflete o clima no sínodo: a poucos dias do término, disseram os bispos, parece ter-se conseguido um bom equilíbrio para a preparação do documento final a ser apresentado ao papa. Contribuiu para a atmosfera serena a metodologia escolhida por Francisco: menos plenárias e mais espaço para os Círculos Menores, o que foi criticado por observadores externos, mas apreciado pelos participantes como ocasião para livre intercâmbio e diálogo.

"O sínodo é um belíssimo sinal da colegialidade, eu a sinto com mais força. O sínodo nos une", disse dom Twal, sublinhando que "é normal que haja diversidade de opiniões", devida principalmente aos diferentes contextos políticos, geográficos, econômicos. "Os desafios não são os mesmos para todos; por isso, nem todos concordam". Mas há um ponto em comum: "Nós todos queremos o bem da família. Não houve até agora nenhum aspecto da família, em todo o mundo, que não tenha sido tocado, tratado, buscando o melhor para as nossas famílias, a família humana, a família religiosa e a família como Igreja total".

Coleridge descreveu as duas primeiras semanas como uma "viagem fascinante", em que "esclarecemos muitos pontos" graças ao "novo método" de trabalho, que é "interessante, frutífero e desafiador. Estamos passando de um evento simples a um verdadeiro processo de fermentação". No que diz respeito ao documento final, o arcebispo australiano manifesta a esperança de que, embora "não seja fácil de elaborar", ele seja "um bom começo. Os desafios criaram confusão, mas eu acredito que algo de bom vai emergir". E o que emergir "não terminará no domingo, 25 de outubro", mas acompanhará o trabalho pastoral de todos os padres sinodais em suas dioceses de origem. 

Ex protestante relata porque protestantes invadem igrejas para quebrar imagens


Meus amados irmãos e irmãs,
a paz de Cristo e o amor de Maria esteja com todos nós!

Venho aqui escrever este pequeno texto referente a intolerância religiosa por parte dos protestantes, que invadem as Igreja Católicas e de forma violenta quebram as imagens sagradas.

Meus irmãos, como fui diácono protestante da denominação ''Assembleia de Deus'', sei bem como os pastores protestantes educam os seus fieis. Ocorria na denominação da qual fiz parte, o conhecido culto da quebra de maldições; neste culto, as pessoas eram convidadas a trazerem imagens de Maria Santíssima e dos Santos, para serem quebradas. Por que tudo isso? Os pastores protestantes ensinam a seus fieis a odiarem imagens de escultura, pois segundo eles, todas as imagens de esculturas são proibidas pela Bíblia Sagrada. Os protestantes acreditam que nas imagens de escultura se encontra um falso deus, um ídolo, com isso, muitos se acham no direito de quebrarem imagens da Igreja.

Presenciei pastores protestantes falando que quem quebra uma imagem de escultura de algum santo, faz um bem para humanidade, pois está destruindo ali um falso deus.