sábado, 21 de novembro de 2015

Falsa misericórdia não ajuda os divorciados em nova união, adverte Arcebispo


O Arcebispo da Filadélfia (Estados Unidos), Dom Charles Chaput, assegurou que a verdadeira misericórdia e a confiança no poder transformador da graça de Deus são chaves para ajudar os divorciados em nova união.

“Ironicamente, uma estratégia pastoral que minimiza o pecado em nome da misericórdia não pode ser misericordiosa, pois é desonesta”, assinalou Dom Chaput em um artigo que será publicado pela revista First Things, em dezembro deste ano.

A autêntica misericórdia é evangélica e acredita que “a graça de Deus tem o poder de transformar-nos”, indicou, e precisou que isto é importante para a resposta pastoral da Igreja para os divorciados em nova união.

“Os divorciados e recasados no civil continuam sendo membros bem-vindos da comunidade crente, mas a Igreja não pode ignorar a Palavra de Deus sobre a permanência do matrimônio, nem pode mitigar as consequências das escolhas que as pessoas adultas fazem livremente”, disse.

O Arcebispo recordou a passagem na qual Jesus se encontra com uma mulher acusada de adultério, no exato momento em que seria apedrejada, no Evangelho de João. Todas as pessoas necessitam da misericórdia de Deus, inclusive aquelas que se consideram justas, explicou.

“Somente Jesus pode nos libertar. Somete Ele poderia ter jogado a primeira pedra. Mas Ele não o fez, apenas disse: ‘Nem eu te condeno. Vai e não peques mais”.

“Deus não nos deve o perdão ou a redenção, nem nos deve nada. Nem mesmo a misericórdia de Deus nos dá permissão para continuar pecando”, indicou. Mas, pelo contrário, “nos exige uma resposta: ‘ir e não pecar mais’”.

“Ao perdoar a mulher, Jesus faz por meio da graça o que a lei moral não pode fazer. Concede-lhe uma nova vida e a amizade de Deus”, expressou. 

FBI alertou Itália sobre risco de ataques no Vaticano


Autoridades de segurança dos Estados Unidos alertaram a Itália sobre a possibilidade de terroristas estarem planejando ataques no país. Em entrevista à rádio RAI nesta quinta-feira, o ministro das Relações Exteriores italiano, Paolo Gentiloni, disse que os alvos seriam, de acordo com o FBI, a Basílica de São Pedro, no Vaticano, e a Catedral de Milão ou o Teatro alla Scala, também em Milão.

Ainda segundo Gentiloni, as forças de segurança da Itália estão trabalhando para identificar cinco possíveis suspeitos. Ele disse que a embaixada americana em Roma não aconselhou que turistas deixem de visitar o país, mas pediu que tomem cuidado em algumas regiões.

Segundo a RAI, porém, "não há sinais diretos de ameaças concretas" em conexão com as informações recebidas. O Ângelus* semanal do papa Francisco ocorreu nesta quarta-feira sem nenhum incidente no Vaticano, apesar de seu contingente de guarda-costas ter sido reforçado. Cerca de 700 soldados estão sendo enviados para Roma por questões de segurança. Já a temporada de óperas no Teatro alla Scala começará em 7 de dezembro. 

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

CONIC lança, oficialmente, o vídeo institucional da CFE 2016


É com muita alegria que o CONIC apresenta ao grande público o vídeo oficial da Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE) de 2016. Este ano, a Campanha tem por objetivo o debate de questões relativas ao saneamento básico, desenvolvimento, saúde integral e qualidade de vida aos cidadãos. O tema escolhido para a Campanha é “Casa comum, nossa responsabilidade”, e o lema, “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” (Am 5.24).


A reflexão da CEF será a partir de um problema que afeta o meio ambiente e a vida de todos os seres vivos, que é a fragilidade e, em alguns lugares, a ausência dos serviços de saneamento básico em nosso país. O texto-base está organizado em cinco partes, a partir do método “ver, julgar e agir”. Ao final, são apresentados os objetivos permanentes da Campanha, os temas anteriores e os gestos concretos previstos durante a Campanha de 2016.

2500 mesquitas da França distribuem declaração acordada pelo Conselho de Ímãs da França, condenando os que fizeram do Islã uma seita odiosa.


Hoje nas orações de sexta-feira em todas as 2500 mesquitas da França será distribuída uma “declaração solene”, acordada pelo Conselho de Ímãs da França, depois dos atentados de París. É a primeira vez que algo assim acontece.

Os imãs franceses condenam duramente aqueles que fizeram do Islã uma seita odiosa e que manipulam os jovens franceses para se tornarem bombas terroristas.

A declaração diz que acabou o momento dos muçulmanos franceses esconderem a cabeça na areia, como o avestruz, porque estão usando o nome da sua religião para justificar tais barbaridades. Segue abaixo a tradução feita por ZENIT do texto do Conselho dos Ímãs da Franca:

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Caras muçulmanas e muçulmanos,

O Islã, a religião da paz tornou-se refém nas mãos de extremistas e ignorantes. O Islam existe na Europa há um século. Este sempre viveu em harmonia e coexistência com as sociedades europeias até a chegada de alguns muçulmanos que vocês conhecem porque pregam conosco dentro das nossas mesquitas. Eles são jovens nascidos na Europa, que não falam a língua árabe e que não têm nenhum título em teologia muçulmana. Nós temos utilizado certos imãs do exterior que nem sequer falam a língua francesa e que não conhecem os problemas reais que estes jovens franceses e europeus enfrentam no seio das sociedades ocidentais.

Caros muçulmanos e caras muçulmanas,

há anos que se diz que o Islã no ocidente não é semelhante ao Islã que se conhece. Segundo a ideologia destes islamitas ignorantes, o Islã da tolerância, do humanismo e da abertura e do diálogo inter-religioso se tornou uma traição e uma colaboração com o Ocidente, de modo que os imãs tolerantes foram ameaçados dentro das suas próprias mesquitas por esses extremistas que escolheram a dureza e ódio contra qualquer um que seja diferente, até mesmo se os diferentes são muçulmanos.

Os responsáveis do Islã na França não estão à altura dos verdadeiros valores do Islã, nem à altura dos verdadeiros valores da república. Eles fizeram do nosso Islã universal uma religião sectária e odiosa que não aceita a abertura e a adaptação aos valores europeus. Estes imãs incompetentes como esses líderes fracassados devem deixar seus postos para outros que são mais competente e mais abertos, porque estes não foram capazes de tranquilizar nem os muçulmanos, nem os franceses.

Caros muçulmanos, caras muçulmanas,

essa onda de radicalismo só vai parar com a colaboração dos imãs, dos pregadores religiosos, dos muçulmanos comuns com o Estado, dos legisladores, da sociedade civil, no interesse da sociedade, mas especialmente no interesse do futuro dos filhos dos muçulmanos da Europa. Esse futuro está em perigo mais do que nunca.

Caros muçulmanos e caras muçulmanas, prestem atenção às pessoas que tentam justificar o injustificável em nome do racismo, da marginalização e da história da colonização. São pretextos para dissimular o seu ódio e os seus fanatismos religiosos em nome de um Deus que nos criou para o amor e a fraternidade e não para a guerra e a barbárie.

Os terroristas tinham seus pais, tinham famílias. O que eles ensinaram? Foram vencidos pela internet e as redes sociais? 

Apresentação de Nossa Senhora - 21 de novembro


No século VIII celebrava-se já em todo o império bizantino, mas, teve origem na dedicação da Basílica de Santa Maria Nova. O objeto da festa era a apresentação de Maria no templo, de que fala o proto-evangelho de Tiago. No Ocidente começou a ser celebrada em Avinhão, sob Gregório XI e em 1585 entrou definitivamente para o calendário romano por obra de Sisto V.

Consiste no conhecimento de que a Virgem Maria, que se tornou a cheia de graça na sua concepção imaculada e na Anunciação, porque unida à fonte da graça do gênero humano, viveu e se comportou de maneira correspondente a tal graça e foi sempre fiel à sua elevação, esteve sempre disposta a realizá-la, numa dedicação total de si mesma a Deus, desenvolvida e confirmada no curso dos anos. De qualquer forma, devemos reconhecer que mesmo sem semelhantes fatos, podemos e devemos afirmar este caráter da pessoa de Maria, isto é, a dedicação a Deus que se estendeu a toda a sua vida.

Uma passagem do Sermo 25 (7-8) de Santo Agostinho, diz: “Santa é Maria, bem-aventurada é Maria, mas é melhor a Igreja do que Maria. Por quê? Porque Maria é uma parte da Igreja: um membro santo, um membro excelente, um membro que ultrapassa a todos em dignidade; todavia, é sempre um membro com relação ao Corpo todo... também vós sois membros de Cristo, também vós sois Corpo de Cristo”. 

Imagem de Santa Rita é poupada pela enxurrada de Lama em distrito de Mariana.


Em meio ao mar de lama que causou destruição em Mariana (MG), no dia 5 de novembro, após o rompimento de duas barragens de rejeitos, um quadro de Santa Rita de Cássia reforça a fé dos moradores, que lutam para retomar suas vidas, no distrito de Paracatu de Baixo. O objeto permaneceu pendurado em uma parede cortada por rachaduras e um pouco acima da marca do lamaçal. A casa em que estava foi quase toda destruída. 

Segundo o jornal Estado de Minas, Paracatu de Baixo foi o segundo distrito mais devastado pelo rompimento das barragens de Fundão e Santarém, da empresa Samarco. Mas, o quadro de Santa Rita de Cássia, a padroeira das causas impossíveis, que permaneceu intacto, tem renovado o ânimo dos moradores.

A imagem fica na casa do irmão do lavrador Raimundo Gonçalves, de 48 anos. De acordo com o jornal, a casa quase foi abaixo, o telhado ficou dependurado, as paredes trincadas e a lama chegou à altura do queixo.

Mesmo diante desse cenário, o quadro da santa permaneceu onde estava, apenas um centímetro acima da altura em que a lama chegou. 

“É impressionante como só sobrou o quadro. É uma mensagem de Deus de que nossa fé não foi destruída pela lama”, disse Raimundo ao Estado de Minas.

Conforme indicou a publicação, o distrito de Paracatu de Baixo é uma das áreas atingidas pelo desastre onde os próprios moradores, agora desabrigados, se mobilizaram para resgatar juntos documentos, móveis, lembranças familiares. Trata-se de uma região onde a população partilha não só essa unidade, mas também a fé. Neste distrito é comum encontrar em cada casa um altar dedicado a um santo. 

Tragédia em Minas Gerais: as consequências da mineração


As Pastorais Sociais do Regional Leste II da CNBB, compreendendo os estados de Minas Gerais e Espírito Santo, reunidas nos dias 6 a 8 de novembro, na casa de retiros Nossa Senhora da Alegria, no centro do complexo de barragens das mineradoras, dos municípios de Ouro Preto e Mariana, diante da catástrofe causada pelo rompimento das barragens Santarém e Fundão no dia 5 de novembro, denunciam o crime contra a vida, o meio ambiente e a biodiversidade provocado pela companhia Vale e Bhp Billiton (Samarco).

A exploração mineral no Brasil vem crescendo de forma desordenada e irresponsável, como resultado de uma política de apropriação extensa de territórios, de bens naturais, culturais e recursos hídricos por grandes grupos econômicos, provocando impactos violentos a povos, comunidades e territórios, gerando conflitos em toda sua cadeia: remoções forçadas de famílias e comunidades, poluição das nascentes, dos rios, do ar, poluição sonora, desmatamento, acidentes de trabalho, de trânsito, falsas promessas de prosperidade, concentração privada da riqueza e distribuição pública dos impactos, criminalização dos movimentos sociais, descaracterização e desagregação sociocultural.

Esta política excludente foi denunciada pelo Fórum Social da Arquidiocese de Mariana em 2012, em sintonia com o testemunho de Dom Luciano Mendes de Almeida: “Toda atividade mineradora e industrial deve ter como parâmetro o bem estar da pessoa humana, buscando a superação dos impactos negativos sobre a vida em todas as suas formas e a preservação do planeta, com respeito ao meio ambiente, à biodiversidade e ao uso responsável das riquezas naturais”.

Bíblia ou folheto na Liturgia da Palavra?


O tema sugere-me muitas faces. Poderia trabalhar do ponto de vista teológico, sob o ângulo espiritual, na dimensão comunicativa e simbólica... Todos pontos importantes, sem dúvida. Contudo, minha eleição contempla o lado comunicativo e dialógico da Biblia na Liturgia. Na Liturgia, a Bíblia é conversadeira.

A Bíblia fala

Na celebração litúrgica a Bíblia fala. É a voz de Deus falando para a assembleia reunida. É quando a gente faz prosa com a Bíblia, conversa com a Bíblia e ela conosco. Tenhamos como referência a Missa. E, na missa, o momento da “falação” da Bíblia é na Liturgia da Palavra. É o momento do encontro com a Bíblia.

A Bíblia precisa ser bem apresentada

Uma vez que a Bíblia toma a palavra para falar para muita gente na assembleia é compreensível que ela se apresente dignamente: bem vista, vistosa e elegante. Afinal de contas, ninguém gosta de aparecer em público mal vestido, ainda mais quando precisa falar coisas sérias para a vida das pessoas.

Foi por este motivo que a Liturgia criou os lecionários: livros grandes, vistosos e bonitos para a Bíblia se apresentar e falar nas assembleias. Os lecionários contêm as leituras das missas. Outro livro, não muito usado ainda entre nós no Brasil, mas que mostra a dignidade da fala da Bíblia é o Evangeliário: é um livro elegantemente vestido; trata-se do Evangelho, de Jesus Cristo anunciando a Boa Nova no meio do povo. Como se trata da fala mais importante, por ser a fala de Jesus, o livro que fala neste momento precisa ser bem apresentável, o mais bonito e mais ornamentado.

Nem sempre é assim...

E verdade! Nem sempre é assim. Alguns se desculpam dizendo que a mesma coisa que está na Bíblia está no folheto. É a mesma coisa sim. O detalhe está na importância que esta Palavra tem naquele momento. E uma importância tão grande que você não a anuncia e nem a proclama de um descartável, como é o caso de folhetos e livretes.

Além do mais, esta Palavra que o leitor anuncia e proclama é Palavra de Deus falando na assembleia. Por isso, não fica bem rebaixar a Palavra de Deus e lê-la de um folhetinho qualquer. Podem ser as mesmas palavras, mas existe uma grande diferença, em termos de dignidade, entre um livro e um folheto.