Com a
solene festa de Cristo, Rei do Universo, chegamos ao final de mais um Ano
Litúrgico; e já iniciamos um novo, com o primeiro domingo do Advento. Este
momento do Ano Litúrgico nos faz pensar no “tempo de Deus”.
Deus é
eterno e não está sujeito ao tempo; mas entrou no tempo do mundo e dos homens,
caminhando com eles, participando de sua vida, mostrando-se um Deus Salvador; o
momento alto dessa revelação de Deus foi a vinda do Filho de Deus ao mundo, sua
vida entre os homens, sua paixão redentora, sua ressurreição e glorificação e o
envio do Espírito Santo.
Por outro
lado, Deus também é Senhor do tempo e da história, continuando a realizar no
presente e no futuro seu desígnio de amor e salvação para conosco e com o
mundo. O início e o final do Ano Litúrgico nos convidam a dar orientação e rumo
à nossa vida e a todas as nossas iniciativas. Que sentido tem nossa vida? Para
onde vamos? Para onde caminha a humanidade? Quem tem a palavra final sobre o
mundo e o destino dos homens?
Não
dominamos o começo, nem o final de nossa vida; fazemos projetos e a maioria
deles fica a meio caminho; sonhamos e conseguimos realizar apenas poucas
coisas. Quem, ou o quê nos faz buscar, sonhar, projetar, esperar? No final de
tudo, cantarão vitória os mais espertos? Os corruptos? Os honestos? Os mais
ricos? Os políticos mais poderosos? Os cientistas? Os soldados?