O Senado dos Estados Unidos decidiu aprovar um
projeto de lei que privaria a Planned Parenthood dos mais de 500 milhões de
dólares em recursos de impostos recebidos por ano.
Esta medida, também aprovada pelos deputados em
setembro, enfrenta agora o possível veto com o que ameaçou o presidente Barack
Obama.
A decisão foi tomada na última quinta-feira, 3, com
uma votação de 52 contra 47 votos.
O projeto de lei propõe retirar o financiamento da
Planned Parenthood durante um ano, enquanto se realizam investigações profundas
acerca das acusações contra a instituição por tráfico de órgãos de bebês
abortados.
O dinheiro que atualmente a multinacional do aborto
recebe seria destinado a outras organizações que oferecem às mulheres serviços
de saúde mais completos.
“A votação desta noite é uma vitória histórica para
todos os que priorizam a atenção à saúde integral das mulheres sobre as
ganâncias da indústria do aborto. Agradecemos aos líderes do Senado por terem
cumprido a sua promessa de pôr esta lei no escritório do presidente”, disse
Marjorie Dannenfelser, presidente de uma organização que vela pela vida das mulheres
na política.
Segundo assinala o Population Research Institute,
Dannenfelser afirmou também que “ante uma eventual eleição de um presidente
pró-Vida no próximo ano e caso se mantenham nossas maiorias pró-vida no
Congresso, este projeto de lei e muitos outros poderiam ser legalizados para o
ano 2017”.
A respeito deste tema e considerando que é muito
provável que Obama decida usar seu direito de vetar esta norma, o senador
Richard Shelby (republicano, de Alabama) disse que o valor desta decisão está em
“dizer ao presidente e a outros que existe uma grande divisão neste país e que
muitos não estão de acordo, os norte-americanos não estão de acordo”.