O Jubileu Extraordinário da Misericórdia foi
iniciado nesta terça-feira, 8, Solenidade da Imaculada Conceição. De acordo com
a carta do papa Francisco ao presidente do Pontifício Conselho para a Promoção
da Nova Evangelização, “para viver e obter a indulgência os fiéis são chamados
a realizar uma breve peregrinação rumo à Porta Santa, aberta em cada catedral
ou nas igrejas estabelecidas pelo bispo diocesano, e nas quatro Basílicas
Papais, em Roma, como sinal do profundo desejo de verdadeira conversão”. Também
os santuários poderão receber os fiéis. Aqui no Brasil, várias dioceses já
definiram as datas de abertura da Porta.
O papa Francisco destacou que o momento da
peregrinação e da entrada pela Porta Santa deve estar unido, “em primeiro
lugar, ao Sacramento da Reconciliação e à celebração da santa Eucaristia com
uma reflexão sobre a misericórdia”.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB),
por meio das Edições CNBB, oferece um folder com informações a respeito do
Jubileu Extraordinário da Misericórdia e com indicações de como vivenciar o Ano
Santo.
“A peregrinação para se chegar à Porta Santa é um
sinal peculiar do Ano Santo. A peregrinação será sinal de que a própria
misericórdia é uma meta a alcançar e que exige empenho e sacrifício. Deve ser acompanhada
de uma peregrinação interior; “não julgueis, não condeneis, mas, perdoai” (cf.
Lc 6, 37-38). A peregrinação sinaliza também a proposta de uma conversão
pastoral na perspectiva da misericórdia”, explica um trecho do subsídio,
disponível no site das Edições CNBB.
Para o bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário
geral da CNBB, dom Leonardo Ulrich Steiner, o papa quis dar importância à
diocese com a abertura das Portas em todo o mundo. “Antes se pensava muito mais
na peregrinação à Roma, o que também acontecerá, mas o Santo Padre quis dar uma
importância muito grande à Igreja particular. Esse é o elemento fundamental”,
disse dom Leonardo.
A CNBB ainda irá publicar subsídios lembrando as
Obras de Misericórdia, as quais são um desejo de Francisco. “Eu pedi que a
Igreja redescubra neste tempo jubilar a riqueza contida nas obras de
misericórdia corporais e espirituais. De fato, a experiência da misericórdia
torna-se visível no testemunho de sinais concretos como o próprio Jesus nos
ensinou. Todas as vezes que um fiel viver uma ou mais destas obras pessoalmente
obterá sem dúvida a indulgência jubilar”, afirmou o pontífice em sua carta.
“Às vezes nós pensamos que a misericórdia tem a ver
somente com o Sacramento da Penitência, mas tem a ver com obras de
misericórdia. Por isso também nós vamos publicar subsídios lembrando das obras
de misericórdia, lembradas no texto de Mateus. Quando nós estivermos diante de
Jesus, nós perguntaremos: ‘Senhor quando foi que te vestimos, quando foi que te
visitamos? Quando foi que te demos de comer? Cada vez que fizestes a um dos
menores, foi a mim que fizestes’”, acrescenta dom Leonardo.