quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Profanação de um cemitério entristece os cristãos na Terra Santa


Desconhecidos profanaram o cemitério junto ao mosteiro salesiano de Beit Gemal, localizado na cidade israelense de Beit Shemesh, no oeste de Jerusalém. As cruzes de madeira e de concreto colocadas em muitas tumbas também foram destruídas.

De acordo com a agência Fides, embora estes fatos tenham ocorrido no mês de dezembro, as fontes oficiais do Patriarcado Latino de Jerusalém informaram a respeito recentemente.

Esta não é a primeira vez que feitos assim ocorrem nesta local. Na madrugada do dia 31 de março de 2014, na região de Beit Shemesh, vândalos escreveram frases blasfemas nos muros de duas casas pertencentes ao mosteiro católico latino de Deir Rafat.

As religiosas do mosteiro, pertencente à Família monástica de Belém, da Assunção da Virgem Maria e de São Bruno, confirmaram à agência vaticana Fides que entre as frases escritas em hebraico, algumas expressam “blasfêmias contra Jesus e a Virgem Maria”. Outras pedem “vingança” e acusam de “nazismo” a Alemanha e os Estados Unidos. Inclusive alguns carros estacionados na região foram objeto do vandalismo e tiveram os pneus furados. 

Homilética: 2º Domingo Comum - Ano C: "O Primeiro Milagre".


Após as festas natalinas, inicia o Tempo Comum, em que revivemos os principais Mistérios da Salvação.

O Evangelho (Jo 2, 1-11) fala das Bodas de Caná. O motivo da escolha deste texto, para este domingo – o segundo depois da Epifania – é explicado na frase conclusiva: Jesus, em Caná da Galiléia, deu inicio aos sinais e manifestou sua glória e seus discípulos creram nele (Cf. Jo 2, 11).

Em Caná aconteceu uma nova epifania de Jesus: ele se manifestou como havia se manifestado no início aos magos e a João Batista no Batismo do Jordão.

Segundo o costume da época a festa, o banquete, durava oito dias. Depois de alguns dias começou a faltar o vinho; a alegria daqueles esposos e de sua família estava ameaçada…

Maria percebe a situação, e disse a Jesus, em tom aflito: “Eles não têm mais vinho”. Jesus opôs um pouco de resistência, mas depois fez o milagre: Da água soube tirar um novo vinho para continuar a festa. A presença de Jesus salvou a alegria dos esposos e permitiu que a festa continuasse.

Acontece em todo casamento aquilo que aconteceu nas Bodas de Caná; começa no entusiasmo e na alegria; o vinho é o símbolo, precisamente, desta alegria e do amor recíproco que lhe é a causa. Mas este amor e esta alegria – como o vinho de Caná – com o passar dos dias e dos anos, consome-se e começa a faltar; todo sentimento humano, exatamente porque humano, é recessivo, tende a consumir-se e a se exaurir; então desaba sobre a família uma nuvem de tristeza e desgosto; aos convidados para as bodas que são os filhos, não se tem mais nada a oferecer, a não ser o próprio cansaço, a própria frieza recíproca e muitas vezes a própria amarga desilusão. Falhas cheias de água. O fogo para o qual tinham vindo para se aquecer vai se apagando e todos procuram outros fogos fora dos muros da casa para aquecer o coração com um pouco de afeto.

Há remédio para esta triste perspectiva ? Sim, o mesmo remédio que houve em Caná da Galiléia: Convidar Jesus para as bodas! Se ele for de casa, a ele se poderá recorrer quando enfraquecerem o entusiasmo, a atração física, a novidade, enfim, o amor com que se tinha começado como namorados, porque da água da “rotina”, ele saberá fazer brotar, pouco a pouco, um novo vinho melhor do que o primeiro, isto é, um novo tipo de amor conjugal, menos efervescente do que o da juventude, mas mais profundo, mais duradouro, feito de compreensão, de conhecimento mútuo, de solidariedade, feito também de muita capacidade de se perdoar.

Convidar Jesus para o próprio matrimônio! Sim, isto significa reconhecer desde o tempo de namoro que o matrimônio não é uma questão privada entre um homem e uma mulher, em que a religião e o padre devem entrar somente para pingar sobre nós um pouco de agra benta ou para lhe dar um pouco de prestígio exterior com órgão, flores e tapete, mas é uma vocação, um chamado para realizar, de certa forma, a própria vida e o próprio destino; vocação que vem de Deus cuja norma e cuja força devem orientar a vida do casal.

Merecem ser destacadas as palavras de Maria: “Eles não tem mais vinho”; “Fazei o que ele vos disser” (Jo 2, 3.5).

“Em Caná, ninguém pede à Santíssima Virgem que interceda junto de seu Filho pelos consternados esposos. Mas o coração de Maria, que não pode deixar de ser compadecer dos infelizes, impele-a a assumir, por iniciativa própria, o ofício de intercessora e a pedir ao Filho o milagre. Se a Senhora procedeu assim sem que lhe tivessem dito nada, que Teria feito se lhe tivessem pedido que interviesse?” (Sto. Afonso Maria de Ligório). Que não fará quando – tantas vezes ao longo do dia! – lhe dizem “rogai por nós” ? Que não iremos conseguir se recorremos a Ela ?

“Maria põe-se de permeio entre o seu Filho e os homens na realidade das suas privações, das suas infigências e dos seus sofrimentos. Maria faz-se de Medianeira, não como uma estranha, mas na posição de Mãe, consciente de que como tal pode – ou antes, tem o direito de – tornar presentes ao Filho as necessidades dos homens” (Beato João Paulo II).

Jesus não nos nega nada; e concede-nos de modo particular tudo o que lhe pedimos através de sua Mãe.

Maria continua dizendo a nós, seus filhos: “Fazei o que Ele vos disser”.

Isto é o que diz o Papa Francisco sobre os homossexuais em novo livro


Chegou ontem às livrarias do mundo inteiro o livro-entrevista do Papa Francisco com o título “O nome de Deus é Misericórdia”. Este é o resultado de uma série de diálogos do Santo Padre com o vaticanista italiano Andrea Tornielli.

Entre os diferentes temas mencionados pelo Pontífice neste libro, ressalta a importância do Ano Santo da Misericórdia, iniciado no dia 8 de dezembro de 2015.

Diversos meios de comunicação falaram deste texto e se centraram na pergunta que Tornielli fez a respeito dos homossexuais. A seguir a pergunta do vaticanista e a resposta completa do Papa:

Tornielli: Posso lhe perguntar sobre sua experiência como confessor de homossexuais? Na coletiva de imprensa no voo de retorno do Rio de Janeiro à Roma, você disse a famosa frase: ‘Quem sou eu para julgar?’.

Papa Francisco: Naquela ocasião disse isto: Se uma pessoa for gay e busca o Senhor e está disposto a isso, quem sou eu para julgá-la? Estava parafraseando com o Catecismo da Igreja Católica, o qual afirma que estas pessoas devem ser tratadas com delicadeza e não devem ser marginalizadas. Alegra-me que falemos sobre as pessoas homossexuais, porque antes de mais nada existe a pessoa individual em sua totalidade e dignidade. E as pessoas não devem ser definidas somente pelas suas tendências sexuais: não esqueçamos que Deus ama todas suas criaturas e que estamos destinados a receber seu amor infinito. Prefiro que os homossexuais busquem a confissão, que estejam perto do Senhor e que rezemos todos juntos. Podemos pedir-lhes que rezem, mostrar-lhes boa vontade, mostrar-lhes o caminho e acompanhá-los a partir da sua condição. 

Obama veta a lei que tira financiamento público à maior rede de abortos do mundo


O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, vetou na última sexta-feira, 8, o projeto de lei que procurava cortar o financiamento com dinheiro de impostos a multinacional abortista Planned Parenthood Federation of America, investigada por acusações de tráfico de órgãos de bebês abortados em suas instalações.

O projeto de lei foi aprovado no dia 6 de janeiro deste ano pela Câmara de Representantes (deputados), um mês depois de ser aprovado pelo Senado dos Estados Unidos.

Em uma mensagem remetida no dia 8 de janeiro à Câmara de Representantes, Obama assinalou que devolve o projeto de lei “sem minha aprovação” e lamentou que esta proposta legislativa “efetivamente corte o financiamento a Planned Parenthood”.

Segundo Obama, a multinacional do aborto provê “uma variedade de importante cuidado preventivo e serviços de saúde”.

O presidente dos Estados Unidos e seu partido, o Partido Democrata, receberam importantes contribuições da Planned Parenthood nos últimos anos.

De acordo com o Center for Responsive Politics, em 2014, exatamente 153 parlamentares do Partido Democrata receberam mais de 676 mil dólares do PPFA. O mesmo Obama, em sua campanha de reeleição em 2012, recebeu aproximadamente 1,7 milhões de dólares da Planned Parenthood.

Em uma série de vídeos difundidos desde a metade do ano de 2015, o Center for Medical Progress (CMP, Centro para o Progresso Médico) revelou que PPFA negocia e vende os órgãos e tecidos dos bebês abortados em suas instalações, por valores entre 35 e 100 dólares por “espécime”.

Em uma das reportagens do CMP, uma ex-trabalhadora de uma empresa que adquire órgãos e tecidos da Planned Parenthood revelou que em uma ocasião, dentro de uma clínica da multinacional, pediram-lhe extrair o cérebro de um bebê cujo coração ainda palpitava.

Diversas comissões do Congresso dos Estados Unidos abriram investigações contra a Planned Parenthood depois da divulgação dos vídeos. Em setembro do ano passado, o presidente do Comitê de Supervisão e Reforma Governamental, Jason Chaffetz, apresentou 10 achados preliminares.

Entre seus achados, Chaffetz reportou que “Planned Parenthood é autossuficiente” e não precisa dos mais de 500 milhões de dólares de impostos americanos que recebe a cada ano.

Ao menos seis estados dos Estados Unidos retiraram recursos públicos à multinacional. Entre eles Texas, Arkansas, Alabama, New Hampshire, Utah e Louisiana.

Apesar de tudo isto, Obama argumentou em seu veto ao projeto de lei que corta o financiamento a Planned Parenthood que este “limitaria o acesso aos cuidados de saúde dos homens, mulheres e famílias em todo o país e causaria um impacto desproporcional em pessoas de baixos recursos”. 

Papa inicia ciclo de catequeses sobre misericórdia segundo a perspectiva bíblica.


PAPA FRANCISCO

 AUDIÊNCIA GERAL

Sala Paulo VI
Quarta-feira, 13 de Janeiro de 2016


Falando com Moisés, o Senhor revelou-Se como «Deus misericordioso». Assim Se apresentou. Este é o seu nome, o rosto com que Se manifesta, o seu coração. A imagem que Ele nos dá de Si mesmo é de um Deus que se comove e enternece por nós, como uma mãe quando pega no seu filho ao colo, desejosa apenas de o amar, proteger, ajudar, pronta a dar tudo, inclusive dar-se a si mesma. Deste Deus misericordioso, diz-se também que é «vagaroso na ira», isto é, com grande capacidade de suportar. Deus sabe esperar. Não é impaciente como os homens. Ele é como o agricultor que sabe esperar, deixa crescer o bom trigo e, por amor dele, não arranca sequer a cizânia. Deus é cheio de bondade e fidelidade. É grande e poderoso, sem dúvida; mas esta sua grandeza e esta sua força usa-as para nos amar a nós, tão pequeninos, incapazes e insignificantes. No seu grande amor, é Ele que dá o primeiro passo, sem atender aos nossos méritos humanos, com plena gratuidade. Sim, a solicitude divina é tão grande e tão forte que nada a pode deter, nem mesmo o pecado: é capaz de ultrapassar o pecado, vencendo o mal e perdoando a falta. E isto sempre, numa fidelidade sem limites! A sua presença misericordiosa junto de nós é fiel, firme e estável, porque o Senhor é o guardião que nunca dorme, mas sempre vigia para nos conduzir à vida. 

Santo Hilário de Poitiers


Hilário era francês, nasceu em 315, de família rica e pagã, recebendo educação e instrução privilegiada. Sua busca por respostas levou-o ao caminho da fé. Fez-se batizar aos trinta anos de idade, junto com a esposa e a filha e passou a levar uma vida familiar guiada pelos preceitos cristãos. 

Hilário viveu numa fase onde a Igreja sofria com a heresia ariana, uma doutrina que negava a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo. Com palavras e escritos, ele defendeu amorosamente a plenitude de Jesus, Homem e Deus.

Sua ação era tão bonita que povo o escolheu para ser bispo. Foi difícil aceitar o cargo, pois para isso precisava deixar de lado os cuidados com a família de sangue. Mas a fé falou mais alto e Hilário foi ordenado bispo de Poitiers, de onde lutou contra a expansão do arianismo.

Hilário foi perseguido pelos imperadores e sofreu o exílio. No Oriente, longe dos seus, aproveitou para estudar a língua grega. Corajoso, durante o exílio de cinco anos, escreveu livros contra os imperadores e contribuiu para a teologia da revelação.

De volta para a França, fez o casamento da filha e ajudou a esposa a entrar num convento. Faleceu em 367, quando passou a ser venerado como santo. Recebeu o título de doutor da Igreja. 

ORAÇÃO


Ó Deus, que marcastes pela vossa doutrina a vida de Santo Hilário de Poitiers, concedei-nos, por sua intercessão, que sejamos fiéis à mesma doutrina, e a proclamemos em nossas ações. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

Compaixão, misericórdia e ternura: a "poética" do evangelho


Dar e receber perdão. Desviar-se e ser acolhido ao regressar. Pedir ajuda sem precisar humilhar-se. Ter alguém com quem chorar as próprias desventuras. Saber que errou e ter a chance de reparar. Não precisar disfarçar as próprias feridas sob o olhar compassivo do outro. Festejar a alforria da escravidão. Ter amigos e recitar seus nomes sem receio. Ser visitado quando doente ou prisioneiro. Sentir-se sinceramente aceito pelos demais. Ter um endereço seguro ao termo das viagens. Ser consolado na aflição. Receber a defesa da verdade quando injustiçado. Encontrar abrigo nas horas de tempestade. Sentar-se à mesa e partilhar o pão. Provar afetos. Libertar-se das mágoas. Curar os remorsos. Ser tratado com dignidade, mesmo na pobreza. Saber-se amado, com tudo e apesar de tudo. Assim é a experiência da misericórdia: regeneradora, paciente, gratuita, alegre. Pois é sempre - e fundamentalmente - uma experiência de amor: amor em ato de resgate, em ato de cura, em ato de salvação. De tal modo, que o hino da caridade de 1Cor 13 poderia ser entoado à misericórdia, especialmente quando esta procede de Deus.

Enquanto compaixão, misericórdia e ternura se ampliam e divagam nas inúmeras variações de linguagem, se abraçam e se concentram na experiência humana - avessa a fronteiras estreitas quando se trata de amor. Compaixão, misericórdia e ternura se repartem entre si, se aliam à piedade, justiça e solidariedade e, assim, cooperam mutuamente na edificação de uma humanidade reconciliada e feliz. É o que verificamos nas páginas da Bíblia, na voz dos místicos, na observação profunda da psique, no protesto das artes e no aprendizado dramático da história - sempre à caça de olhares capazes de discernimento.

1. Compaixão: afeto que mobiliza

A compaixão é geralmente experimentada como um "sentir com o outro" em face de suas aflições. Contudo, o que a caracteriza não é só este afeto específico (affectus), mas o movimento que ele causa (motus). Pois trata-se de um "sentir com" que constrange, desloca e afeta as "motivações" - no sentido original de moção ou movimento. De fato, a compaixão pousa o olhar e o coração sobre as dores do outro, fazendo deste outro não um alheio, mas um próximo. É sentimento que move ao encontro, que motiva afetivamente uma aproximação efetiva. Os textos bíblicos raramente dizem "sentir compaixão"; o que mais destacam é "mover-se de compaixão" (cf. Êx 3,7-8; Os 11,8; Lc 10,33; Lc 15,20; Mc 6,34).

Quem se compadece, faz jus à preposição com que registra esse sentir nas línguas neo-latinas: compadecer, compassivo, compaixão - do latim compatire. De tal modo, que o afeto se faz compatível com a situação de carência do outro, aproximando o sujeito do próximo que padece. O affectus, sem este motus, não seria compaixão. Por isso, a compaixão favorece a prática da misericórdia, uma vez que é um sentir que move à solidariedade. Do sentir ao praticar, a compaixão dá um passo e se faz obra de misericórdia. Sem misericórdia o motus afetivo da compaixão seria um sentir estéril e incompleto, que não encontrou o seu sentido. Enquanto que, sem compaixão, a misericórdia perderia seu afeto, dissociada do coração e motivada, unilateralmente, pela superioridade daquele que ajuda o necessitado, visto como inferior.

Compaixão, piedade e justiça:

De fato, a compaixão realiza uma "proximidade solidária", como deduzimos do prefixo com de sua versão latina (com-passio) e grega (syn-pathos). Tanto com quanto syn mostram a reciprocidade que põe face a face aquele que oferece e aquele que recebe compaixão. Pois embora a situação de carência os distinga, a humanidade que partilham é a mesma. Diversamente do caso de Deus, que age com a distinção da graça: sendo Ele divino, se compadece da humanidade realmente, sem renunciar à sua divindade, aproximando-se de nós por gratuita benevolência. Fato extremo e paradoxal dessa divina compaixão se dá na encarnação, paixão e ressurreição do Verbo, Jesus de Nazaré: a piedade divina assume a miséria humana historicamente, para elevar a humanidade à comunhão com Deus. Assim, a divina compaixão se mostra claramente no mysterium pietatis que nos devolveu a liberdade e a dignidade de filhos de Deus (cf. 1Tm 3,16).

Diferente da linguagem greco-romana, os termos hebraicos para designar "compaixão" são, a seu modo, muito sugestivos. Seus radicais lingüísticos indicam uma relação eficaz entre Deus e a humanidade: relação de Aliança, que move o coração de Deus a socorrer e resgatar seu povo. Por isso o hebraico privilegia o termo rehem (útero, entranhas) para indicar o amor compassivo de Deus, capaz de "refazer" o ser amado à semelhança da geração materna. Outras vezes aparece hesed - graça ou favor imerecido, que dispõe o coração divino ao perdão das faltas e dívidas humanas. Rehem e hesed expressam a solicitude amorosa de Deus por nós, seus filhos e filhas.

O Novo Testamento usa geralmente a palavra grega éleos - piedade, compaixão ou benevolência - donde deriva o verbo eléison: "ter piedade". É o clamor que a humanidade eleva a Deus, como entoamos na liturgia judaica (rahém alêinu) e cristã, no Oriente (eléison hymas) e no Ocidente (miserere nobis).

Nas relações fraternas, a compaixão move o sujeito ao próximo carente e miserável, abrindo as portas da solidariedade. Tal comportamente diferencia o homem justo (pio) do injusto (ímpio). De fato, a piedade está mais ligada à justiça, do que ao sentimento de pena ou dó. Se o Direito tarda em socorrer os aflitos, a compaixão nos leva solicitamente até eles, favorecendo obras de misericórdia. Assim, a compaixão adianta-se à Lei e garante que o bem seja feito, a começar dos mais carentes. Compaixão, piedade e justiça caminham juntas[1].

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Sacerdote italiano é agredido por delinquentes em sua própria paróquia


Há alguns dias, o Pe. Massimo Malinconi, pároco de Mezzana, localizada na região de Trento (Itália), foi assaltado e agredido por quatro desconhecidos na porta da casa paroquial.

O Pe. Malinconi estava há pouco mais de um ano como pároco de Mezzana. No final da Missa de Natal, conversou com alguns paroquianos e foi tomar chocolate com um grupo de jovens. O sacerdote disse ‘a Il Terreno’ que chegou em casa por volta da 1:30.

“Percebi que a porta da cozinha estava fechada, mas costumava deixá-la aberta. Observei que dentro de casa havia pegadas no chão. Então me aproximei da porta em direção ao jardim (por onde entraram os ladrões). Ao abri-la, encontrei com uma figura negra, com o rosto coberto por um gorro”, disse.

O homem ameaçou bater nele com uma chave de fenda, o sacerdote destacou que, felizmente, havia colocado um casaco grosso. Então, começou uma luta entre ambos e, imediatamente, apareceram outros três indivíduos e o agrediram.

“Achava que não queriam me matar, simplesmente achava que me amarrariam e colocariam uma mordaça na minha boca e roubariam tudo o que fosse possível”, expressou o sacerdote. Ele gritava, mas não havia ninguém perto deste local.