PAPA
FRANCISCO
AUDIÊNCIA
GERAL
Sala
Paulo VI
Quarta-feira,
13 de Janeiro de 2016
Falando com Moisés, o Senhor revelou-Se como «Deus
misericordioso». Assim Se apresentou. Este é o seu nome, o rosto com que Se
manifesta, o seu coração. A imagem que Ele nos dá de Si mesmo é de um Deus que
se comove e enternece por nós, como uma mãe quando pega no seu filho ao colo,
desejosa apenas de o amar, proteger, ajudar, pronta a dar tudo, inclusive
dar-se a si mesma. Deste Deus misericordioso, diz-se também que é «vagaroso na
ira», isto é, com grande capacidade de suportar. Deus sabe esperar. Não é
impaciente como os homens. Ele é como o agricultor que sabe esperar, deixa crescer
o bom trigo e, por amor dele, não arranca sequer a cizânia. Deus é cheio de
bondade e fidelidade. É grande e poderoso, sem dúvida; mas esta sua grandeza e
esta sua força usa-as para nos amar a nós, tão pequeninos, incapazes e
insignificantes. No seu grande amor, é Ele que dá o primeiro passo, sem atender
aos nossos méritos humanos, com plena gratuidade. Sim, a solicitude divina é
tão grande e tão forte que nada a pode deter, nem mesmo o pecado: é capaz de
ultrapassar o pecado, vencendo o mal e perdoando a falta. E isto sempre, numa
fidelidade sem limites! A sua presença misericordiosa junto de nós é fiel,
firme e estável, porque o Senhor é o guardião que nunca dorme, mas sempre vigia
para nos conduzir à vida.
Amados peregrinos de língua portuguesa, saúdo-vos
cordialmente a todos, com menção especial para o grupo do Brasil. Não nos
cansemos de vigiar sobre os nossos pensamentos e atitudes para saborear desde
já o calor e o esplendor do rosto de Deus misericordioso, que havemos de
contemplar em toda a sua beleza na vida eterna. Desça, generosa, a sua Bênção
sobre vós e vossas famílias!
__________________________________________
Santa Sé
Nenhum comentário:
Postar um comentário