terça-feira, 5 de abril de 2016

São Vicente Ferrer


Vicente nasceu em Valência, na Espanha, em 1350. Passou a infância e a juventude junto aos padres dominicanos, que tinham um convento próximo à sua casa e pediu ingresso na Ordem dos Pregadores aos dezessete anos.

Vicente estudou em Barcelona e Tolosa, doutorando-se em filosofia e teologia. Foi ordenado sacerdote em 1378. Desde o início foi um excelente pregador e iniciou uma peregrinação por toda a Europa. O período histórico era delicado, com muitas guerras e lutas contra a Igreja.

Nesta época, Urbano IV, italiano, foi eleito papa, ma as correntes políticas francesas não o aceitaram e elegeram outro, um francês, o Papa Clemente VII, que foi residir em Avinhon, na França. A Igreja se dividiu em duas, ocorrendo o chamado de cisma da Igreja Ocidental, porque ela ficou sob dois comandos, o que durou trinta e nove anos.

Vicente Ferrer aderiu, inicialmente, ao papa de Avinhon. O coração desse dominicano era dotado de uma fé fervorosa e diante de uma Europa marcada por batalhas sangrentas, calamidades públicas, fome, miséria, misticismo, ignorância, além da peste negra, a pregação de Vicente Ferrer ganhou nuances de fatalismo. Ferrer foi chamado de "o anjo do Apocalipse" pois em suas pregações quase sempre falava dos flagelos e tribulações pelas quais haveria de passar a humanidade. 

Ele andou pela Espanha, França, Itália, Suíça, Bélgica, Inglaterra e Irlanda e muitas outras regiões, defendendo a unidade da Igreja, o fim das guerras, o arrependimento e a penitência. Tornou-se a mais alta voz da Europa. Pregava para multidões e as catedrais tornavam-se pequenas para os que queriam ouvi-lo. Por isso fazia seus sermões nas grandes praças públicas. Milhares de pessoas o seguiam em procissões de penitência.

O cisma da Igreja só terminou quando os dois papas renunciaram ao mesmo tempo, para o bem da unidade do cristianismo. Vicente retirou seu apoio ao papa Bento XIII e ajudou a eleger o novo papa, Martinho V, trazendo de novo a união da Igreja Ocidental.

Ele morreu no dia 05 de abril de 1419, na França. Foi canonizado pelo Papa Calisto III, seu compatriota em 1458, que o declarou padroeiro de Valencia e Vannes. São Vicente Ferrer foi um dos maiores pregadores da Igreja do segundo milênio e o maior pregador do século XIV. São Vicente Ferrer é padroeiro dos construtores.


São Vicente Ferrer, vós que tanto sofrestes e lutastes pela unidade da Igreja, intercedei junto a Deus para que nossa Igreja encontre a unidade, principalmente entre os líderes religiosos, sacerdotes e leigos que professam a fé Católica. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Papa diz que o Evangelho é o livro da misericórdia de Deus

 
JUBILEU EXTRAORDINÁRIO DA MISERICÓRDIA

JUBILEU DA DIVINA MISERICÓRDIA

HOMILIA DO PAPA FRANCISCO


Praça São Pedro
Domingo, 3 de Abril de 2016


«Muitos outros sinais miraculosos realizou ainda Jesus, na presença dos seus discípulos, que não estão escritos neste livro» (Jo 20, 30). O Evangelho é o livro da misericórdia de Deus, que havemos de ler e reler, porque tudo o que Jesus disse e fez é expressão da misericórdia do Pai. Nem tudo, porém, foi escrito; o Evangelho da misericórdia permanece um livro aberto, onde se há de continuar a escrever os sinais dos discípulos de Cristo, gestos concretos de amor, que são o melhor testemunho da misericórdia. Todos somos chamados a tornar-nos escritores viventes do Evangelho, portadores da Boa Nova a cada homem e mulher de hoje. Podemos fazê-lo praticando as obras corporais e espirituais de misericórdia, que são o estilo de vida do cristão. Através destes gestos simples e vigorosos, mesmo se por vezes invisíveis, podemos visitar aqueles que passam necessidade, levando a ternura e a consolação de Deus. Deste modo damos continuidade ao que fez Jesus no dia de Páscoa, quando derramou, nos corações assustados dos discípulos, a misericórdia do Pai, infundindo sobre eles o Espírito Santo que perdoa os pecados e dá a alegria.

Mas, na narração que ouvimos, aparece um contraste evidente: por um lado, temos o medo dos discípulos, que fecham as portas da casa; por outro, temos a missão, por parte de Jesus, que os envia ao mundo para levarem o anúncio do perdão. O mesmo contraste pode verificar-se também em nós: uma luta interior entre o fechamento do coração e a chamada do amor para abrir as portas fechadas e sair de nós mesmos. Cristo, que por amor entrou nas portas fechadas do pecado, da morte e da mansão dos mortos, deseja entrar também em cada um para abrir de par em par as portas fechadas do coração. Ele que venceu, com a ressurreição, o medo e o temor que nos algemam, quer escancarar as nossas portas fechadas e enviar-nos. A estrada que o Mestre ressuscitado nos aponta é estrada de sentido único, segue-se apenas numa direção: sair de nós mesmos, sair para testemunhar a força sanadora do amor que nos conquistou. Muitas vezes vemos, diante de nós, uma humanidade ferida e assustada, que tem as cicatrizes do sofrimento e da incerteza. Hoje, face ao seu doloroso clamor de misericórdia e paz, ouçamos como que dirigido a cada um de nós o convite feito confiadamente por Jesus: «Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós (Jo 20, 21).
Cada doença pode encontrar na misericórdia de Deus um auxílio eficaz. Com efeito, a sua misericórdia não se detém à distância: quer vir ao encontro de todas as pobrezas e libertar de tantas formas de escravidão que afligem o nosso mundo. Quer alcançar as feridas de cada um, para medicá-las. Ser apóstolos de misericórdia significa tocar e acariciar as suas chagas, presentes hoje também no corpo e na alma de muitos dos seus irmãos e irmãs. Ao cuidar destas chagas, professamos Jesus, tornamo-Lo presente e vivo; permitimos a outros que palpem a sua misericórdia, e O reconheçam «Senhor e Deus» (cf. Jo 20, 28), como fez o apóstolo Tomé. Eis a missão que nos é confiada. Inúmeras pessoas pedem para ser escutadas e compreendidas. O Evangelho da misericórdia, que se deve anunciar e escrever na vida, procura pessoas com o coração paciente e aberto, «bons samaritanos» que conhecem a compaixão e o silêncio perante o mistério do irmão e da irmã; pede servos generosos e alegres, que amam gratuitamente sem nada pretender em troca.

"Fé que não é capaz de ser misericordiosa não é fé, é ideologia", afirma o Papa

 
JUBILEU EXTRAORDINÁRIO DA MISERICÓRDIA

VIGÍLIA DE ORAÇÃO
POR OCASIÃO DO JUBILEU DA DIVINA MISERICÓRDIA

DISCURSO DO PAPA FRANCISCO


Praça São Pedro
Sábado, 2 de Abril de 2016

Com alegria e gratidão, partilhamos estes momentos de oração que nos introduzem no Domingo da Misericórdia, tão desejado por São João Paulo II – partiu há onze anos, em 2005, num sábado da Divina Misericórdia como hoje –; e queria este Domingo para satisfazer um pedido de Santa Faustina. Os testemunhos que nos foram oferecidos – e que agradecemos – e as leituras que ouvimos abrem clareiras de luz e de esperança para entrar no grande oceano da misericórdia de Deus. Quantas são as faces da misericórdia com que Ele vem ao nosso encontro? São verdadeiramente muitas; é impossível descrevê-las todas, porque a misericórdia de Deus cresce sem cessar. Deus nunca Se cansa de a exprimir, e nós não deveríamos jamais recebê-la, procurá-la, desejá-la por hábito. É sempre algo de novo que gera surpresa e maravilha à vista da imaginação criadora de Deus, quando vem ao nosso encontro com o seu amor.

Deus revelou-Se, manifestando várias vezes o seu nome; este nome é «misericordioso» (cf. Ex 34, 6). Tal como é grande e infinita a natureza de Deus, assim é grande e infinita a sua misericórdia, de tal modo que se revela uma árdua tarefa conseguir descrevê-la em todos os seus aspectos. Repassando as páginas da Sagrada Escritura, vemos que a misericórdia é, antes de mais nada, a proximidade de Deus ao seu povo. Uma proximidade que se exprime e manifesta principalmente como ajuda e proteção. É a proximidade dum pai e duma mãe que se espelha numa bela imagem do profeta Oséias. Diz assim: «Segurava-os com laços humanos, com laços de amor, fui para ele como os que levantam uma criancinha contra o seu rosto; inclinei-me para ele, para lhe dar de comer» (11, 4). O abraço dum pai e duma mãe ao seu filho. É muito expressiva esta imagem: Deus pega em cada um de nós e levanta-nos até ao seu rosto. Quanta ternura contém e quanto amor manifesta! Ternura: palavra quase esquecida e de que o mundo atual, todos nós temos necessidade. Pensei nesta palavra do profeta quando vi o logotipo do Jubileu. Jesus não só leva aos seus ombros a humanidade, mas tem o seu rosto tão chegado ao de Adão, que os dois rostos parecem fundir-se num só.

Nós não temos um Deus que não saiba compreender e compadecer-Se das nossas fraquezas (cf. Heb 4, 15). Pelo contrário! Foi precisamente em virtude da sua misericórdia que Deus Se fez um de nós: «Pela sua encarnação, Ele, o Filho de Deus, uniu-Se de certo modo a cada homem. Trabalhou com mãos humanas, pensou com uma inteligência humana, agiu com uma vontade humana, amou com um coração humano. Nascido da Virgem Maria, tornou-Se verdadeiramente um de nós, semelhante a nós em tudo, exceto no pecado» (Gaudium et spes, 22). Por conseguinte, em Jesus, podemos não só palpar a misericórdia do Pai, mas somos impelidos a tornar-nos nós mesmos instrumentos da misericórdia. Falar de misericórdia pode ser fácil; mais difícil é tornar-se suas testemunhas na vida concreta. Trata-se dum percurso que dura toda a vida e não deveria registar interrupções. Jesus disse-nos que devemos ser «misericordiosos como o Pai» (cf. Lc 6, 36). E isto requer a vida inteira!

A Páscoa espiritual


A Páscoa que nós celebramos é a origem da salvação de todos os homens, a começar pelo primeiro, Adão, que se perpetua e revive em cada um de nós. Mas a salvação foi preparada por diversas instituições, imperfeitas e provisórias, que eram símbolos e imagens das coisas eternas, para anunciarem, em esboço, aquela realidade que surge atualmente à plena luz da verdade; contudo, uma vez que essa verdadeira realidade se tornou presente, a figura deixa de ter vigor. Quando chega o rei, ninguém se põe a venerar a sua imagem, não fazendo caso da pessoa viva do rei. Assim se vê claramente em que medida a figura é inferior à realidade verdadeira, pois a fi gura representa a vida breve dos primogênitos dos judeus, ao passo que a realidade verdadeira celebra a vida perpétua de todos os homens.

Não é grande proeza que alguém evite a morte por breve tempo, se tem de morrer pouco depois; o que é admirável é evitar a morte de uma vez para sempre, como aconteceu conosco por meio de Cristo, que foi imolado como nosso Cordeiro pascal. O próprio nome da festa, se compreendermos o seu significado verdadeiro, nos sugere a sua peculiar excelência. Páscoa, com efeito, significa «passagem», porque o Anjo exterminador, que feria de morte os primogênitos, passava adiante nas casas dos judeus.

Ora, em relação a nós, a passagem do exterminador é um fato, porque passou realmente sem nos tocar, a nós que por Cristo ressuscitamos para a vida eterna. E que significa, no seu sentido místico, o fato de esse tempo coincidir com o princípio do ano em que se celebrava a Páscoa e a salvação dos primogênitos? Significa que também para nós o sacrifício da verdadeira Páscoa constitui o princípio da vida eterna.

O ano, de fato, é símbolo da eternidade. Sendo a sua órbita circular, o ano gira continuamente sobre ela sem nunca encontrar um fim. Ora Cristo, Pai da eternidade, oferecendo-Se por nós em sacrifício, como que anulou a nossa existência anterior, proporcionando-nos, pelo banho da regeneração, o princípio de uma segunda vida, à semelhança da sua morte e ressurreição. Por isso, quem reconhece que a Páscoa foi imolada em seu benefício, deve aceitar como princípio da sua vida o momento em que Cristo por ele Se imolou.

Ora essa imolação atualiza-se em cada um, quando reconhece essa graça e compreende que a vida lhe foi comunicada por esse sacrifício. Portanto, quem chegou a este conhecimento, esforce-se por aceitar o princípio da nova vida, sem pretender voltar à vida antiga que já foi ultrapassada. Com efeito, se morremos para o pecado, pergunta o Apóstolo, como poderemos continuar a viver nele?



Da Homilia pascal de um Autor antigo
(PG 59, 723-724)

Palavra de Vida: «Sempre que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim mesmo o fizestes» (Mt 25,40).


«Sempre que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, 
a mim mesmo o fizestes» (Mt 25, 40).

Porque é que gostamos tanto destas palavras de Jesus que as escolhemos com muita frequência como Palavra de Vida de um mês inteiro? Talvez porque são o coração do Evangelho. São as palavras que o Senhor nos vai dirigir, quando, no final da vida, nos encontrarmos diante d’Ele. É sobre elas que vamos fazer o exame mais importante da vida, para o qual nos podemos preparar em cada dia da nossa vida.

Jesus vai-nos perguntar se demos de comer e de beber a quem tinha fome e sede, se acolhemos o peregrino, se vestimos quem estava nu, se visitámos quem estava doente ou na prisão… Trata-se de gestos pequenos, mas que têm o valor da eternidade. Nada é pequeno daquilo que é feito por amor, daquilo que é feito a Ele.

Com efeito, Jesus não só se fez próximo dos pobres e dos marginalizados, não só curou os doentes e confortou os que sofriam, mas amou-os com um amor de predileção, a ponto de lhes chamar irmãos, de se identificar com eles numa misteriosa solidariedade.

Também hoje Jesus continua a estar presente naqueles que sofrem injustiças e violências, naqueles que andam à procura de trabalho ou que vivem em situações precárias, naqueles que são obrigados a deixar a sua pátria por causa das guerras. Quantas pessoas, à nossa porta, sofrem por muitas outras causas e imploram, mesmo sem palavras, a nossa ajuda. Essas pessoas são Jesus que nos pede um amor concreto, capaz de inventar novas “obras de misericórdia” que respondam às novas necessidades.

Ninguém é excluído. Se uma pessoa idosa e doente é Jesus, como não procurar para ela o necessário conforto? Se ensino a nossa língua a uma criança imigrante, é a Jesus que a ensino. Se ajudo a minha mãe nas limpezas da casa, ajudo Jesus. Se levo esperança a um prisioneiro ou consolo alguém que se encontra aflito, ou perdoo a quem me magoou, é com Jesus que eu trato. E, em todas as vezes, não só damos alegria ao outro, mas nós mesmos experimentamos uma grande alegria. Ao dar, recebemos e experimentamos uma plenitude interior. Sentimo-nos felizes porque, mesmo sem o sabermos, encontrámos Jesus. O outro – como escreveu Chiara Lubich – é o arco sob o qual temos que passar para chegar a Deus.

O sacramento da nossa reconciliação*




A humildade foi assumida pela majestade, a fraqueza, pela força, a mortalidade, pela eternidade. Para saldar a dívida de nossa condição humana, a natureza impassível uniu-se à natureza passível. Deste modo, como convinha à nossa recuperação, o único mediador entre Deus e os homens, o homem Jesus Cristo, podia submeter-se à morte através de sua natureza humana e permanecer imune em sua natureza divina.

Por conseguinte, numa natureza perfeita e integral de verdadeiro homem, nasceu o verdadeiro Deus, perfeito na sua divindade, perfeito na nossa humanidade. Por “nossa humanidade” queremos significar a natureza que o Criador desde o início formou em nós, e que assumiu para renová-la. Mas daquelas coisas que o Sedutor trouxe, e o homem enganado aceitou, não há nenhum vestígio no Salvador; nem pelo fato de se ter irmanado na comunhão da fragilidade humana, tornou-se participante dos nossos delitos.

Assumiu a condição de escravo, sem mancha de pecado, engrandecendo o humano, sem diminuir o divino. Porque o aniquilamento, pelo qual o invisível se tornou visível, e o Criador de tudo quis ser um dos mortais, foi uma condescendência da sua misericórdia, não uma falha do seu poder. Por conseguinte, aquele que, na sua condição divina se fez homem, assumindo a condição de escravo, se fez homem.

Entrou, portanto, o Filho de Deus neste mundo tão pequeno, descendo do trono celeste, mas sem deixar a glória do Pai; é gerado e nasce de modo totalmente novo. De modo novo porque, sendo invisível em si mesmo, torna-se visível como nós; incompreensível, quis ser compreendido;existindo antes dos tempos, começou a existir no tempo. O Senhor do universo assume a condição de escravo, envolvendo em sombra a imensidão de sua majestade; o Deus impassível não recusou ser homem passível, o imortal submeteu-se às leis da morte.

Aquele que é verdadeiro Deus, é também verdadeiro homem; e nesta unidade nada há de falso, porque nele é perfeita respectivamente tanto a humanidade do homem como a grandeza de Deus.

Nem Deus sofre mudança com esta condescendência da sua misericórdia nem o homem é destruído com sua elevação a tão alta dignidade. Cada natureza realiza, em comunhão com a outra, aquilo que lhe é próprio: o Verbo realiza o que é próprio do Verbo, e a carne realiza o que é próprio da carne.

A natureza divina resplandece nos milagres, a humana, sucumbe aos sofrimentos. E como o Verbo não renuncia à igualdade da glória do Pai, também a carne não deixa a natureza de nossa raça.

É um só e o mesmo – não nos cansaremos de repetir – verdadeiro Filho de Deus e verdadeiro Filho do homem. É Deus, porque no princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus: e o Verbo era Deus. É homem, porque o Verbo se fez carne e habitou entre nós (Jo 1,1.14).



Das Cartas de São Leão Magno, papa
(Epist. 28, ad Flavianum, 4: PL 54,763-767)  (Séc.V)
* Ofício da Solenidade da Anunciação do Senhor celebrada no dia 25 de março.

Por que um marido se apaixona por outra mulher?


Esta pergunta: “Por que meu marido se apaixonou por outra mulher?”, pode tornar-se obsessiva e, no entanto, as respostas são tão variadas, que é impossível responder em uma única nota as razões específicas que levam um homem comprometido a se apaixonar por outra mulher. Sem dúvidas o amor e o casamento exigem um compromisso e ser fiel também é uma decisão, mas apesar desse compromisso e esse sentimento que você pensava ser eterno, a infidelidade pode acontecer, e quando acontece, a mulher se pergunta: “Por que acontece?”, “O que eu fiz de errado?”, “Por que meu marido se apaixonou por outra mulher?”, e quase sempre a resposta inclui um “Tenho sido uma excelente mãe e esposa”. Mas mesmo que seja doloroso aceitar, sempre temos alguma responsabilidade no que acontece dentro do casamento. Descubra através deste artigo um pouco sobre a natureza masculina e use-o para fortalecer seu relacionamento, arrisque-se:

Autores como John Gray e Walter Riso em seus livros “Homens são de Marte, Mulheres são de Vênus” e “Intimidades masculinas”, alertaram: homens e mulheres são muito diferentes. Claro, isso não é um segredo: o problema é que dificilmente nos interessamos em conhecer a verdadeira natureza dos homens; de alguma forma os estigmatizamos com a frase “Todos são iguais”, mas, mesmo que pareçam previsíveis, há muito para descobrir. Vamos ver o que os especialistas nos dizem:

1. Procuram uma amiga

Quem iria imaginar? Homens esperam encontrar uma mulher com quem possam tornar-se emocionalmente íntimos. Quero dizer uma mulher que os escute, que os entenda, uma mulher com quem eles não tenham medo de falar sobre qualquer assunto que seja. Aquela mulher que não reage impulsivamente, que entende sem julgar, que não interrompe para dizer “eu avisei”, essa mulher os encanta. Os doutores Connell Cowan e Melvyn Kinder em seu livro “As mulheres que os homens amam, as mulheres que os homens deixam”, enfatizam permanentemente sobre a amiga que sempre esperam encontrar, dizem que todos os homens têm desejos profundos, por mais escondidos que estejam, de companheirismo.

2. Adoram a mulher que brinca

Alguém que não tem medo que o rímel escorra por brincar com ele. Os homens são seres lúdicos por natureza, precisam se expressar como crianças. Então não tenha medo de parecer infantil, jogue bola com ele, um videogame, deixe que ele mostre sua criança interior e mostre a sua.

3. Querem uma mulher que tenha sua própria vida

Apesar de serem egocêntricos, paradoxalmente morrem por uma mulher que tem uma vida, que não gira ao redor da deles, mas que com amor e gentileza os fazem entender que eles são parte de sua vida, mas não toda.

4. Amam mulheres felizes

Ana Von Rebeur, psicóloga e escritora argentina, expressou em seu livro “Quem entende os homens”, algo que me tocou profundamente sobre o que um homem espera de uma mulher, ela escreveu: “os homens só querem de uma mulher, que ela seja feliz”. Então, procuram uma mulher que se ame e se aceite, que sabe claramente quais são suas limitações, mas que sabe tirar o maior proveito de seus pontos fortes, uma mulher que não faz de tudo uma tragédia. 

Santo Isidoro de Sevilha


Isidoro nasceu no ano 560, em Sevilha, numa família muito cristã. Era o mais novo de quatro irmãos. Seu pai era prefeito de Cartagena e comandava sua cidade dentro dos mais disciplinados preceitos católicos. A mãe, Teodora, educou todos os filhos igualmente nas regras do cristianismo.

Isidoro começou a estudar a religião desde muito pequeno, mas tinha muitas dificuldades de aprendizagem, chegando a preocupar a família e os professores. Mas devagar foi superando as dificuldades, formando-se em Sevilha, onde, além do latim, ainda aprendeu grego e hebraico.

Tornou-se arcebispo em Sevilha, organizando núcleos escolares nas casas religiosas, que são considerados os embriões dos atuais seminários. Sua influência cultural foi muito grande, era possuidor de uma das maiores e mais bem abastecida biblioteca e seu exemplo levou muitas pessoas a dedicarem ao estudo e às boas leituras. Ele nos deixou uma obra escrita sobre Cultura, Filosofia e Teologia, considerada a mais valorosa do século sétimo. Sua obra parece uma verdadeira enciclopédia: comentou a Bíblia, a Filosofia, a História, o Direito e as Línguas.

Por seus profundos conhecimentos, presidiu o segundo Concílio de Sevilha e o quarto Concílio de Toledo. Por isso, foi chamado de "Pai dos Concílios" e "mestre da Igreja", da Idade Média. Isidoro era tão dedicado à caridade que sua casa vivia cheia de mendigos e necessitados.

Nosso grande santo morreu em 636. O Papa Bento catorze proclamou Santo Isidoro de Sevilha, Doutor da Igreja. Santo Isidoro é também um dos padroeiros da Internet. 


Ó Deus, que marcastes pela vossa doutrina a vida de São Isidoro de Sevilha, concedei-nos, por sua intercessão, que sejamos fiéis à mesma doutrina, e a proclamemos em nossas ações. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.