No dia 08
de dezembro de 2015 o Papa Francisco inaugurou para toda a Igreja o Ano Santo
Jubilar Extraordinário da Misericórdia. Uma oportunidade que o Santo Padre está
oferecendo a todos os fieis católicos e aos homens e mulheres de boa vontade de
todo o mundo para ajudar as pessoas a viver um tempo real e concreto de paz e
de reconciliação.
Muitas,
talvez, já se perguntaram sobre como viver bem o Jubileu da Misericórdia, até
porque nunca se viveu um Jubileu tão próximo das nossas realidades locais como
esse. Na verdade, há inúmeras iniciativas em nível pessoal e comunitário que
podem ser realizadas nesse tempo de graça e de conversão. Aqui falaremos de
modo especial sobre um exercício espiritual bem particular desse Ano Santo, a
Porta Santa.
Peregrinação
Uma
prática espiritual dos Jubileus é o da peregrinação. Peregrinar significa fazer
caminhada, romaria. Claro que nossa peregrinação definitiva é rumo ao Céu, mas
para sinalizar essa caminhada rumo ao Céu, realizamos aqui na terra pequenas
peregrinações, pequenas romarias. Assim fala o Papa Francisco: “A peregrinação
é um sinal peculiar no Ano Santo, enquanto ícone do caminho que cada pessoa
realiza na sua existência. A vida é uma peregrinação e o ser humano é viator,
um peregrino que percorre uma estrada até à meta anelada” (MV, n.14).
Nos Jubileus sempre são indicados alguns locais
para a realização das peregrinações, sejam as Basílicas Romanas sejam
Santuários, enfim. Neste Ano da Misericórdia um ponto central de peregrinação é
a Porta Santa!
O Papa Francisco, para que o maior número de
pessoas tivesse oportunidade de fazer sua peregrinação à Porta Santa, instituiu
na bula “Misericordiae Vultus”, n.03, que os Bispos Diocesanos abrissem uma
Porta Santa em cada Catedral e em Santuários ou Igrejas especiais nas suas
Dioceses:
“No domingo seguinte, o Terceiro Domingo de
Advento, abrir-se-á a Porta Santa na Catedral de Roma, a Basílica de São João
de Latrão. E em seguida será aberta a Porta Santa nas outras Basílicas Papais.
Estabeleço que no mesmo domingo, em cada Igreja particular – na Catedral, que é
a Igreja-Mãe para todos os fiéis, ou na Concatedral ou então numa Igreja de
significado especial – se abra igualmente, durante todo o Ano Santo, uma Porta
da Misericórdia. Por opção do Ordinário, a mesma poderá ser aberta também nos
Santuários, meta de muitos peregrinos que frequentemente, nestes lugares
sagrados, se sentem tocados no coração pela graça e encontram o caminho da
conversão. Assim, cada Igreja particular estará diretamente envolvida na
vivência deste Ano Santo como um momento extraordinário de graça e renovação
espiritual. Portanto o Jubileu será celebrado, quer em Roma quer nas Igrejas
particulares, como sinal visível da comunhão da Igreja inteira”.
Assim, segundo a intenção do Papa Francisco, os
fiéis podem peregrinar rumo à Porta Santa da Misericórdia, para lucrar
indulgências do Ano Santo e fazer um caminho de reconciliação.