sexta-feira, 29 de abril de 2016

Presos na Itália partidários do ISIS que planejavam atacar o Vaticano

 
A polícia italiana prendeu em Milão quatro pessoas que foram se unir ao Estado Islâmico (ISIS) e planejavam atacar a cidade de Roma e o Vaticano aproveitando o Ano Santo da Misericórdia, como também a embaixada de Israel.

Segundo informou na última quinta-feira, 28, a agência Reuters, os ataques a ambas as cidades, símbolos do cristianismo, foram mencionados em conversas telefônicas de dois envolvidos.

“Se consigo colocar a minha família a salvo, juro (…) que serei o primeiro a atacar a Itália cruzada, o primeiro a atacá-la, juro, juro que a ataco, no Vaticano com a vontade de Deus”, afirmou um dos presos no diálogo interceptado pelas autoridades italianas.
Em outra conversa, mencionaram o ataque à embaixada de Israel em Roma. “Eu disse que quero chegar a Israel em Roma. Sim, a embaixada”, expressou.

Por sua parte, o delegado de Milão, Maurizio Romanelli, disse em coletiva de imprensa que os quatro detidos nesta quinta-feira são marroquinos: dois homens e duas mulheres que procuravam se unir ao ISIS.


Os quatro detidos são: Wafa Koraïchi; Abderrahim Moutaharrik e sua esposa Salma Bencharki, que planejava viajar à Síria junto com seus dois filhos de 2 e 4 anos; e Abderrahmane Khachia, irmão de um dos “combatentes estrangeiros” do ISIS expulso da Itália em janeiro de 2015.

Entretanto, existem outros dois suspeitos, Mohamed Koraichi e sua esposa Alice Brignoli, que partiram para região sírio-iraquiana em fevereiro de 2015 com seus três filhos.

Segundo Romanelli, a novidade é que “não se trata de uma indicação em geral: é uma pessoa específica, encarregada de permanecer no território italiano. A atenção está voltada sobre Roma, pois é o lugar de peregrinações dos cristãos”.

“Neste momento, é a cidade das peregrinações, portanto é o centro da cristandade (…). Há uma demanda pelo uso de ‘lobos solitários’. Há referências a outros países, referências que foram comunicadas à polícia e aos serviços de inteligência”, acrescentou.

Não é a primeira vez que membros ou simpatizantes do Estado Islâmico tentam atacar Roma. Em dezembro do ano passado, quatro suspeitos vinculados ao ISIS foram presos na Itália e Kosovo por promover o ideário jihadista na Internet e planejar um atentado contra o Papa Francisco.

Segundo o Daily Mail, nessa ocasião o diretor da polícia italiana, Tommaso Buonanno, disse que as mensagens mais claras tinham como alvo o Santo Padre. “Recordem, já não haverá Papa depois deste. Este é o último. Não esqueçam o que estou dizendo”, expressou um dos presos.
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ACI Digital

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