A polícia
italiana prendeu em Milão quatro pessoas que foram se unir ao Estado Islâmico
(ISIS) e planejavam atacar a cidade de Roma e o Vaticano aproveitando o Ano
Santo da Misericórdia, como também a embaixada de Israel.
Segundo informou
na última quinta-feira, 28, a agência Reuters, os ataques a ambas as cidades,
símbolos do cristianismo, foram mencionados em conversas telefônicas de dois
envolvidos.
“Se consigo
colocar a minha família a salvo, juro (…) que serei o primeiro a atacar a
Itália cruzada, o primeiro a atacá-la, juro, juro que a ataco, no Vaticano com
a vontade de Deus”, afirmou um dos presos no diálogo interceptado pelas
autoridades italianas.
Em outra
conversa, mencionaram o ataque à embaixada de Israel em Roma. “Eu disse que
quero chegar a Israel em Roma. Sim, a embaixada”, expressou.
Por sua parte, o
delegado de Milão, Maurizio Romanelli, disse em coletiva de imprensa que os
quatro detidos nesta quinta-feira são marroquinos: dois homens e duas mulheres
que procuravam se unir ao ISIS.
Os quatro
detidos são: Wafa Koraïchi; Abderrahim Moutaharrik e sua esposa Salma
Bencharki, que planejava viajar à Síria junto com seus dois filhos de 2 e 4
anos; e Abderrahmane Khachia, irmão de um dos “combatentes estrangeiros” do
ISIS expulso da Itália em janeiro de 2015.
Entretanto,
existem outros dois suspeitos, Mohamed Koraichi e sua esposa Alice Brignoli,
que partiram para região sírio-iraquiana em fevereiro de 2015 com seus três
filhos.
Segundo
Romanelli, a novidade é que “não se trata de uma indicação em geral: é uma
pessoa específica, encarregada de permanecer no território italiano. A atenção
está voltada sobre Roma, pois é o lugar de peregrinações dos cristãos”.
“Neste momento,
é a cidade das peregrinações, portanto é o centro da cristandade (…). Há uma
demanda pelo uso de ‘lobos solitários’. Há referências a outros países,
referências que foram comunicadas à polícia e aos serviços de inteligência”,
acrescentou.
Não é a primeira
vez que membros ou simpatizantes do Estado Islâmico tentam atacar Roma. Em
dezembro do ano passado, quatro suspeitos vinculados ao ISIS foram presos na
Itália e Kosovo por promover o ideário jihadista na Internet e planejar um
atentado contra o Papa Francisco.
Segundo o Daily
Mail, nessa ocasião o diretor da polícia italiana, Tommaso Buonanno, disse que
as mensagens mais claras tinham como alvo o Santo Padre. “Recordem, já não
haverá Papa depois deste. Este é o último. Não esqueçam o que estou dizendo”,
expressou um dos presos.
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ACI Digital
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