segunda-feira, 9 de maio de 2016

Se você invocar o demônio, ele virá cobrar a conta


O filme “Exorcistas no Vaticano” fala de comportamentos demoníacos e mostra supostas possessões. Isso é real? As coisas acontecem como o filme mostra?

No programa “Fim de Semana”, da rede COPE, entrevistaram o sacerdote José María Muñoz Urbano, exorcista oficial da diocese de Córdoba, que explicou como os exorcismos continuam sendo solicitados, inclusive “cada vez mais”: “O grande motivo é a crise espiritual que temos; fala-se cada vez menos de Deus, e nas redes sociais encontramos o tema do espiritismo com muita facilidade”.

As consequências de toda essa brincadeira com o demônio são as possessões ou infestações, e o padre explica que, na internet, é possível encontrar facilmente informações para realizar rituais satânicos. “Qualquer jovem tem esta informação e pode estar brincando com o diabo.”

Este é um tema sério: a ouija é bem perigosa. “Cerca de 70% dos casos que atendo de possessões ou pessoas infectadas pelo demônio começam com o tabuleiro ouija, explica o sacerdote, comentando que muitas vezes a ouija é feita como uma brincadeira, por curiosidade: “Por tentar falar com um defunto, por exemplo, apelam à ouija, e depois começam a acontecer coisas estranhas na casa, ou pessoas que começam a ficar doentes, ou aparelhos que param de funcionar de repente…”.

“Quando se invoca o demônio, ele vem cobrar a conta”, afirma muito sério o sacerdote, que mostra que a tarefa do exorcista é, em primeiro lugar, colocar a pessoa em graça de Deus. “Isso não é magia. Para que Deus possa curar você e expulsar os demônios, você precisa estar perto de Deus.” 

São Pacômio


São Pacômio nasceu em 287 no Egito, filho de pais pagãos. Tendo ingressado no exército, aos 20 anos foi feito prisioneiro em Tebas. Numa noite, algumas pessoas trouxeram para ele alimento em nome do Deus dos cristãos. Pacômio sentiu-se sensibilizado e pediu a Deus que o libertasse. Obtida a liberdade, ingressou numa comunidade religiosa cristã, onde recebeu o batismo. Ao perceber a força do cristianismo, Pacômio introduziu a vida monástica comum baseada na disciplina e na autoridade, substituindo os anacoretas. Os anacoretas eram os monges que viviam sozinhos no deserto. Os problemas desta vida individualizada começaram a se tornar insustentáveis. Pacômio resolveu fundar um mosteiro, com regras definidas, onde todos pudessem viver em comunidade. O mosteiro tinha uma estrutura rígida, baseada na disciplina e na obediência. Era formado por vários edifícios ou casas, construídas dentro de muralhas. Havia também uma igreja, um refeitório, uma cozinha, uma hospedaria e uma biblioteca. A base da vida religiosa era constituída pela castidade, pobreza e obediência ao superior. Pontualidade, silêncio, disciplina, recitação de certas preces, algumas penitências, tudo isso fazia parte do dia a dia de um mosteiro. São Pacômio morreu em 348, Na época os mosteiros por ele fundados abrigavam cerca de sete mil monges. 


Intercedei por nós, são Pacômio, para que fiéis a doutrina da Igreja possamos ser orientados pelo Espírito Santo em todas nossas decisões. Concedei-nos a pureza da vida, da mente e do espírito, o dom da oração e da penitência, da obediência e da fortaleza. Por Cristo nosso Senhor, damos glória pela sua vida e pelas vidas dos tantos monges que vos seguiram por amar a Deus sobre todas as coisas. Amém.

domingo, 8 de maio de 2016

Contemplando a “Ave Maria”



 
A belíssima tradição que consagra a Nossa Senhora o mês de maio ilumina a devoção popular e põe em nosso coração e em nossa boca a oração:

“Ave, Maria, cheia de graça!” Alegra-te, cheia de graça! (Cf. Lc 1, 28). A alegria desceu do Céu e entrou em tua casa, tu que és causa de nossa alegria! Nós te saudamos, Virgem Maria, porque és o vaso precioso escolhido por Deus, para que a graça manifestasse toda a sua força, quando o Filho Eterno do Pai se encarnou em teu seio puríssimo. Obrigado porque teu exemplo provoca em nós o abandono de todo o rastro deixado pelo pecado em nossas intenções e desejos. Cheia de graça, intercede junto de Deus por nós, para que exista em nosso coração o horror ao pecado e à maldade. Faze-nos apaixonados pelo bem e pela virtude!

“O Senhor está contigo!” (Cf. Lc 1, 28). Ressoe em teu coração, para que digas “e com teu espírito”, a saudação do Anjo. A força de Deus, Gabriel, manifestou-se a ti, no silêncio potente da Casa de Nazaré. De fato, Deus não é rumoroso, age na serenidade e na calma. De fato, “na serenidade está a salvação, na calma e na confiança, está a nossa força” (Cf. Is 30, 15). No meio do reboliço de nossa vida tão agitada, queremos estar contigo. Acolhe-nos, Mãe querida, em teu regaço de amor, que recebe a Palavra Eterna do Pai, que quer fazer-se carne em teu ventre, para a salvação do mundo.

“Bendita és tu entre as mulheres!” (Cf. Lc 1, 42). Nosso mundo clama por mulheres benditas! Benditas na escolha que Deus fez delas, para serem sinal da ternura, tão esquecida em nosso tempo. Bendita, Maria, porque trazes em ti e contigo todas as grandes figuras do Antigo Testamento e estás na frente de uma imensa multidão, mulheres santas, mártires, viúvas, virgens, mulheres preservadas da maldade e outras muitas convertidas admiravelmente. Bendita és tu por seres feminina sem ser partidária de qualquer grupo ideológico! Tu és simplesmente Maria! Maria bendita, bem-aventurada, feliz! Com todas as gerações de cristãos, também nós te proclamamos bendita!

“Bendito é o fruto do teu ventre!” (Cf. Lc 1, 43). Tu que és mãe abençoada nos conduzes ao teu Filho Jesus. Bendita a maternidade do corpo e a maternidade espiritual, com a qual te enriqueceste e nos envolves a todos, para experimentarmos a alegria de sermos também teus filhos, como teu Filho Amado assim desejou, do alto do trono da Cruz. Tu nos recebeste com amor: “Mulher, eis o teu filho!” Depois…: “Eis a tua mãe!” (Cf. Jo 19, 27). A partir daquela hora, todos os discípulos de teu Filho te acolhemos naquilo que é nosso, e nos alegramos porque disseste corajosamente teu segundo sim, aos pés da Cruz, quando as dores do Crucificado partejaram a Igreja, da qual te fizeste mãe e mestra. Desde a Anunciação, tu nos fazes encontrar Jesus. Por isso este nome bendito se torna a palavra mais forte que pronunciamos, levados pelo Anjo e por Isabel, a dizer “Jesus”, pois fora dele não há salvação!

“Como mereço que a mãe do meu Senhor venha me visitar?” (Lc 1, 43). Infinito abismo e infinita proximidade! O Filho eterno chegou à casa de Isabel e Zacarias. na mais bela de todas as procissões, iniciada em Nazaré para chegar às alturas das montanhas de Judá! Queremos estar perto de ti e te agradecemos! Mais do Isabel, sabemos ser indignos de receber a Mãe do nosso Senhor e aquele que ela traz em seu ventre. No entanto, sabemos ser altamente consolador estar aqui em tua presença, ó Mãe do Senhor.

Maria no nascimento de Jesus

 
O nascimento de Jesus foi todo cheio de dificuldades: a viagem longa de José e Maria grávida, a falta de uma casa para a criança nascer, a gruta fria de Belém, uma situação de dificuldade e de pobreza que já revela como era o reino messiânico: um reino sem honras nem poderes terrenos, que pertence Àquele que depois disse: “O Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça” (Lc 9,58).

São Lucas narra o nascimento de Jesus de maneira simples: “Maria deu à luz e teve o seu filho primogênito, que envolveu em panos e recostou numa manjedoura…” (Lc 2,7). A ação da Virgem é o reflexo da sua plena disponibilidade em fazer a vontade de Deus, já manifestada na Anunciação com o seu “faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,38).

Maria viveu a experiência do parto na pobreza: não pode dar ao Filho de Deus nem sequer aquilo que as mães costumam oferecer a um recém-nascido; mas teve de colocá-lo “numa manjedoura”, um “berço’ improvisado para o “Filho do Altíssimo”. O evangelista diz que “não havia para eles lugar na hospedaria” (Lc 2,7). Isso nos faz lembrar as palavras de São João: “Ele veio para os que eram seus, mas não O receberam”(Jo 1,11), e mostra as recusas e ofensas que Jesus sofrerá na sua vida terrena.

Na verdade é uma rejeição não só ao Filho, mas também à Mãe, e mostra que Maria já está unida ao destino de sofrimento do Filho e participante de sua missão redentora. A espada de Simeão já está presente mesmo antes de ser anunciada por Simeão. Recusado pelos “Seus”, Jesus é, então, acolhido pelos pastores, homens rudes e de má fama, no entanto, escolhidos por Deus para serem os primeiros receptores da “boa nova” do nascimento do Salvador.

Bispos expressam angústia e pedem medidas frente à crise do Rio de Janeiro




CNBB
REGIONAL LESTE 1

CARTA SOBRE MOMENTO ATUAL 
DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO


Queridos irmãos e irmãs do Estado do Rio de Janeiro,

A dor de qualquer ser humano clama a Deus e onera a consciência de quem se deseja humano.

1.    Nós, bispos do Regional Leste 1, que abrange as dioceses do Estado do Rio de Janeiro, movidos pela Fé e pela Esperança, manifestamos nossa angústia diante das inúmeras formas de sofrimento humano pelas quais a população do Estado vive atualmente. Como pastores, não podemos deixar de nos sentir afetados pelas lágrimas que brotam de tantas situações precárias que atingem, entre outras, as áreas da saúde, educação, alimentação, segurança, moradia, emprego, não recebimento de salários e aposentadorias.

2.    Neste sentido, não podemos deixar de exortar os que mais diretamente têm a responsabilidade de encontrar com rapidez soluções estruturais para a triste realidade que atinge nossa gente. Investidos no poder público em seus diversos âmbitos, têm diante de si, a responsabilidade moral e legal de buscar soluções, devendo fazê-lo através da união de forças, do diálogo e também da criatividade, dentro do espírito democrático e pacífico que marca nossa nação.

3.    Em momentos de grandes dores, podemos nos fechar em embates teóricos ou ideológicos, correndo até mesmo o risco de nos envolvermos em posturas que ultrapassem os limites do bom senso, ingressando nas raias da violência. Por isso, clamamos para que o empenho de cada um, desde o nível pessoal até o institucional, seja sempre marcado pela paz, pelo diálogo e pela colaboração mútua, em busca do bem comum.

4.    Reconhecemos, em tudo isso, uma situação que não podemos deixar de denominar como catástrofe social. O número de pessoas atingidas nos habilita a assim considerar o quadro que se apresenta diante de nós. Interpelados pelo Deus de Justiça, não podemos permanecer de braços cruzados e insensíveis à dor de qualquer ser humano. Temos consciência de muitas das causas da atual situação, clamamos por sua superação e consideramos urgente que se olhe para as conseqüências que ferem a dignidade dos filhos e filhas de Deus, atingidos de maneira ultrajante. Exortamos todos os católicos e as pessoas de boa vontade, que sonham com um mundo mais humano, a que assumam sua responsabilidade na busca e na concretização de soluções.

5.    As primeiras soluções voltar-se-ão para o imediato, isto é, para as dores que não podem esperar o dia de amanhã, aguardando os trâmites dos planejamentos e das burocracias. O ponto de partida encontra-se em cada pessoa cujo coração não se endureceu de tão acostumado a ouvir clamores, a enxergar lágrimas. Por isso, na criatividade tão própria do povo brasileiro, cada um encontre formas de ajudar a quem está bem próximo, ao alcance da mão e do coração.

6.    Este não é o momento de ficarmos apenas apontando responsabilidades alheias, mas de agirmos, pensando no bem comum. Por isso, ouvindo o clamor de nosso povo (cf Ex 3,7), conclamamos as comunidades católicas, paróquias, movimentos e demais associações para que abram suas portas e saiam, como uma igreja samaritana, uma igreja em campanha, uma igreja em missão, na busca de quem está sofrendo as mais diversas formas deste momento tão peculiar. Não se trata de aguardar quem venha bater à porta de nossas comunidades, mas, ao contrário, colocando tudo em comum (cf At 2,44), sair ao encontro de quem precisa, mobilizando os(as) batizados(as) a ações que, impulsionadas pela criatividade do Espírito Santo, sejam capazes de aliviar a dor e a penúria.

Ninguém subiu ao céu a não ser aquele que de lá desceu


Hoje nosso Senhor Jesus Cristo subiu ao céu; suba também com ele o nosso coração. Ouçamos as palavras do Apóstolo: Se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do alto, onde está Cristo, sentado à direita de Deus; aspirai às coisas celestes e não às coisas terrestres (Cl 3,1-2). E assim como ele subiu sem se afastar de nós, também nós subimos com ele, embora não se tenha ainda realizado em nosso corpo o que nos está prometido.

Cristo já foi elevado ao mais alto dos céus; contudo, continua sofrendo na terra através das tribulações que nós experimentamos como seus membros. Deu testemunho desta verdade quando se fez ouvir lá do céu: Saulo, Saulo, por que me persegues (At 9,4). E ainda: Eu estava com fome e me destes de comer (Mt 25,35).

Por que razão nós também não trabalhamos aqui na terra de tal modo que, pela fé, esperança e caridade que nos unem a nosso Salvador, já descansemos com ele no céu? Cristo está no céu, mas também está conosco; e nós, permanecendo na terra, estamos também com ele. Por sua divindade, por seu poder e por seu amor ele está conosco; nós, embora não possamos realizar isso pela divindade, como ele, ao menos podemos realizar pelo amor que temos para com ele.

O Senhor Jesus Cristo não deixou o céu quando de lá desceu até nós; também não se afastou de nós quando subiu novamente ao céu. Ele mesmo afirma que se encontrava no céu quando vivia na terra, ao dizer: Ninguém subiu ao céu, a não ser aquele que desceu do céu, o Filho do homem, que está no céu (cf. Jo 3,13).

Isto foi dito para significar a unidade que existe entre ele, nossa cabeça, e nós, seu corpo. E Ninguém senão ele podia realizar esta unidade que nos identifica com ele mesmo, pois tornou-se Filho do homem por nossa causa, e nós por meio dele nos tornamos filhos de Deus.

Neste sentido diz o Apóstolo: Como o corpo é um só, embora tenha muitos membros, e como todos os membros do corpo, embora sejam muitos, formam um só corpo, assim também acontece com Cristo (1Cor 12,12). Ele não diz: “assim é Cristo”, mas: assim também acontece com Cristo. Portanto, Cristo é um só, formado por muitos membros.

Desceu do céu por sua misericórdia e ninguém mais subiu senão ele; mas nele, pela graça, também nós subimos. Portanto, ninguém mais desceu senão Cristo e ninguém mais subiu além de Cristo.

Isto não quer dizer que a dignidade da cabeça se confunde com a do corpo, mas que a unidade do corpo não se separa da cabeça.



Dos Sermões de Santo Agostinho, bispo
(Sermo de Ascensione Domini, Mai 98,1-2:PLS2,494-495)             (Séc.V)

Pio XII: Por que não avança o seu processo de beatificação?


O vice-postulador da causa de beatificação do Papa Pio XII, Pe. Marc Lindeijer, assegura que a cada ano recebem ao menos duas informações sobre possíveis milagres que teriam sido operados por intercessão do falecido Pontífice e que permitiriam elevá-lo aos altares. Entretanto isso não basta porque é preciso investigar a vida das pessoas envolvidas e elas parecem não estar dispostas a colaborar com o processo.

Em conversação com o grupo ACI o vice-postulador da causa explicou que “estamos esperando o milagre para a beatificação. Cada ano recebemos ao menos duas notícias de lindos milagres, mas o problema é sempre fazer que as pessoas colaborem. Não basta com que seja um milagre”.

“O importante é que depois haja todo um processo no qual se recolha as provas, os testemunhos (...) Não sei por que, mas as pessoas estão sempre amedrontadas para colaborar, possivelmente tenham medo da imprensa”, explica.

O vice-postulador fez estas declarações no marco da emissão da Rádio Televisão Italiana (RAI) de um documentário sobre o Pontífice intitulado “Pio XII, homem da paz e Papa da guerra”.

O documentário foi ao ar na noite desta terça-feira 12 de janeiro em toda a Itália. Em 50 minutos conta a vida do Eugenio Pacelli desde antes de ser eleito Pontífice até o conclave em que se converteu em sucessor de São Pedro.

O vídeo toma relatos biográficos inéditos graças à colaboração do postulador da causa de beatificação, Pe. Peter Gumpel, e o vice-postulador, Pe. Marc Lindeijer. Também participam importantes historiadores como Matteo Luigi Napolitano, Andrea Riccardi (fundador da Comunidade de São Egidio) e Anna Foa, historiadora da Universidade La Sapienza em Roma, quem assinala que Pio XII é um Papa que mudou “a história as relações com os judeus”.

Este é precisamente um dos assuntos que geraram sempre mais polêmica e controvérsia em torno de sua figura. Alguns pensam que não se opôs o suficiente ao nazismo durante a II Guerra Mundial e inclusive o apresentam como “amigo” das teses hitlerianas.

Entretanto, são abundantes as investigações realizadas até agora que provam o contrário: o elogiável trabalho do Papa com os judeus e como evitou em numerosas ocasiões que muitos deles fossem deportados aos campos de extermínio.

Estas ações de Pio XII ficaram também registradas em cartas e jornais em conventos nos quais as religiosas contavam como, por ordem do Santo Padre, ajudaram a esconder judeus dentro de seus muros. É o caso das Irmãs da Santa Maria Menina ou das monjas agostinianas do monastério de “Santi Quatro Coronati”.

O documentário oferece detalhes a respeito que servem também para rebater as acusações que se realizaram estes anos. Além disso, oferece um detalhado relatório sobre o trabalho da Santa Sé para encontrar pessoas desaparecidas depois da guerra. Até 1954 trabalharam neste projeto 885 pessoas.

O Pe. Lindeijer assegura sobre este tema que “a oportunidade de beatificação não depende de nós, da postulação, mas sim da Santa Sé, do Papa”.

“Até agora não temos nenhum motivo para pensar que o Papa Francisco não o beatificará quando o milagre seja aprovado. Todas as indicações são positivas” e de fato “ele parece estar bastante a favor da figura de Pio XII”. 

São Vítor


Vítor era africano. Foi batizado ainda criança e quando ficou adulto ingressou no exército do imperador Maximiano. O destacamento em de Vítor se estabeleceu em Milão, na Itália. Entretanto o imperador exigia que todos os soldados, antes de irem para a batalha, oferecessem sacrifícios aos deuses pagãos do império. Os que se recusavam eram condenados à morte. Pois Vítor se recusou, mantendo e reafirmando sua fé cristã. Ele foi levado ao tribunal e interrogado. Confessou a fé, apesar de manter fidelidade militar ao imperador. Mesmo assim foi encarcerado, permanecendo por seis dias sem comida ou água. Essa cadeia onde ficou, ao lado da Porta Romana, até hoje é tristemente conhecida como o cárcere de São Vítor. Findo esse prazo Vítor foi arrastado pelas ruas da cidade. Foi severamente flagelado, mas manteve-se firme. Levado de volta ao cárcere, teve as feridas cobertas por chumbo derretido, mas o soldado africano saiu ileso do pavoroso castigo. Rapidamente Vítor se recuperou e, na primeira oportunidade, fugiu da cadeia. Acabou descoberto, levado a uma floresta próxima e decapitado. Era dia 08 de maio de 303. No lugar de sua sepultura foi erguida uma igreja. Aliás há em Milão, várias outras igrejas e monumentos erguidos em sua homenagem. Vítor é um dos Santos mais amados e venerados pelos habitantes de Milão. É invocado como o padroeiro dos prisioneiros e exilados.


São Vítor, quanto sofrestes para testemunhar vossa fé em Cristo! Peço-Vos, após louvar vossas virtudes tão preciosas, que intercedais junto a Deus para que haja uma grande mudança em nossos sistemas penitenciários. Que a ociosidade seja completamente extinta. Concede a graça da conversão aos delegados e policiais, para que aprendam a adquirir uma escala de valores realmente cristã, e que a criminalidade seja substituída pela paz. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.