quinta-feira, 12 de maio de 2016

Menina de 5 anos escolhe Nossa Senhora como tema da festinha de aniversário

 
Pietra é o seu nome, tem 5 aninhos, e conquistou a internet nessa última semana.

O tema da sua festinha de aniversário não foi de nenhum desenho animado ou personagem de história em quadrinhos, mas de uma pessoa bastante especial: Nossa Senhora.

Segundo o Jornal de Brasília a mãe, Camila, perguntou para a filha qual tema ela gostaria de ter na sua festinha. A resposta não demorou: Maria.

A mãe, em princípio, se opôs à ideia – revela o jornal – mas ao conversar com o pároco, este achou que seria uma linda homenagem.

Nessa breve entrevista publicada Camila disse que apresentou descolamento de placenta na gestação e desde estão consagrou Pietra à Nossa Senhora, pedindo que a filha nascesse com saúde. E assim aconteceu: ela “nasceu no dia 6 de maio, mas permaneceu na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por apresentar dificuldade na respiração”, disse a mãe ao JB. A menina se recuperou e recebeu alta médica no dia 13, dia de Nossa Senhora de Fátima.

A Igreja é contra o impeachment?

 
Ao longo dos últimos meses, assim como ao longo de todos os meses de todos os anos de todos os séculos, a Igreja católica tem sido “acusada” por alguns de ser contra o que outros a acusam, ao mesmo tempo, de favorecer.

No Brasil, a Igreja é acusada até hoje de ter sido a favor da implantação do comunismo ao mesmo tempo, nos mesmos locais e pelos mesmos motivos que outros a acusam de ter sido a favor da ditadura militar. Basicamente, cada grupo ideológico interpreta as coisas do jeito que quer, tira conclusões do jeito que prefere e sai afirmando categoricamente que a sua versão é a única verdadeira, sem se importar de modo intelectualmente honesto com aquilo que a Igreja disse ou fez na totalidade dos fatos. A polêmica da vez, no país, tem sido o processo de impedimento de Dilma Rousseff.

Afinal, a Igreja é contra ou a favor?

Há setores e pessoas da Igreja claramente favoráveis ao impeachment e outros claramente contrários – assim como houve setores e pessoas da Igreja claramente favoráveis à implantação do comunismo e outros claramente favoráveis à ditadura militar. Ou assim como há setores e pessoas do mundo político, do mundo jurídico, do mundo acadêmico, do mundo artístico, do mundo esportivo e do mundo empresarial que são claramente contrários ou favoráveis a uma coisa ou à outra. Acontece que “setores e pessoas” representam uma parte, não uma totalidade. Portanto, a opinião de setores e pessoas da Igreja representa precisamente a opinião de setores e pessoas da Igreja, não a opinião da Igreja. Embora muita gente o negue a todo custo, existe na Igreja amplo espaço para a liberdade de consciência e de escolha em quaisquer assuntos de natureza contingente.

E que raio é isso? Contingente é tudo aquilo que é circunstancial, que é relativo a certo contexto, a certo espaço, a certo tempo. Pessoas e setores da Igreja podem opinar em assuntos contingentes, mas a Igreja, como instituição, não se manifesta de modo determinante a respeito deles porque as afirmações determinantes da Igreja são feitas em matéria de doutrina e de princípios morais, e não em matéria contingente.

Por exemplo: a Igreja afirma, de modo determinante, que a corrupção não apenas é crime, como também é pecado mortal – porque, além de contrariar diretamente o mandamento de não roubar, a corrupção também contraria uma infindável gama de preceitos e princípios morais ligados à justiça, à caridade, à temperança… No entanto, a Igreja não faz nenhuma afirmação determinante sobre o tipo de punição que deve ser aplicado a quem rouba. Ela se atém, mesmo nisto, aos princípios básicos de justiça, caridade, temperança, misericórdia, defendendo critérios morais, derivados do Evangelho de Cristo, que devem orientar as autoridades legitimamente estabelecidas a tomarem a decisão prática pertinente a tal punição (que deve ser voltada a regenerar o culpado e não apenas constituir uma “vingança” contra ele). Se a punição concreta pelo delido de roubo vai ser um período de reclusão, o pagamento de multa ou uma advertência por escrito é coisa que não cabe à Igreja determinar – embora ela possa e deva se manifestar caso uma determinada sentença das autoridades instituídas afronte a moral objetiva, seja por constituir abuso, seja por favorecer a impunidade.

Este é o caso, também, no processo de impedimento contra Dilma Rousseff. Não se trata de doutrina nem de um princípio moral em si mesmo. Trata-se de uma decisão concreta que cabe a instituições concretas da nação brasileira, legitimamente estabelecidas, as quais devem julgar acusações concretas, baseadas em fatos concretos, conforme os critérios concretos que foram definidos lícita e validamente por artigos concretos da legislação em vigor.

Se eu não for, o Espírito não virá a vós




Cristo tinha cumprido a sua missão sobre a terra, e para nós havia chegado o momento de entrarmos em comunhão com a natureza divina do Verbo. Era preciso que a nossa vida anterior fosse transformada em outra diferente, come­çando um novo estilo de vida em santidade. Ora, isto só podia ser realizado pela participação do Espírito Santo.

O tempo mais oportuno para o envio do Espírito Santo e sua descida sobre nós foi o que se seguiu à ascensão de Cristo nosso Salvador.

De fato, enquanto Cristo vivia visivelmente entre os seus fiéis, ele mesmo, segundo julgo, dispensava-lhes todos os bens. Mas quando chegou o momento estabelecido para subir ao Pai celeste, era necessário que ele continuasse presente no meio de seus fiéis por meio do Espírito e habitasse pela fé em nossos corações, a fim de que pudésse­mos clamar com toda confiança: Aba - ó Pai! (Rm 8,15). E ainda nos tornássemos capazes de progredir sem demora no caminho da perfeição, superando com fortaleza invencível as ciladas do demônio e as perseguições dos homens, graças à assistência do Espírito todo-poderoso.

Não é difícil demonstrar, com o testemunho das Escri­turas, tanto do Antigo como do Novo Testamento, que o Espírito transforma e comunica uma vida nova àqueles em quem habita.

O servo de Deus Samuel, dirigindo-se a Saul, diz: O Espírito do Senhor virá sobre ti e tu te tomaras outro homem (cf. ISm 10,6). E São Paulo afirma: Todos nós, porém, com o rosto descoberto, contemplamos e refletimos a glória do Senhor, e assim seremos transformados à sua imagem, pelo seu Espírito. Pois o Senhor é Espírito (2Cor 3,18.17).

Vês como o Espírito transforma noutra imagem aqueles em quem habita? Facilmente ele os faz passar do amor das coisas terrenas à esperança das realidades celestes, e do temor e da indecisão à firme e generosa fortaleza de alma. Foi o que sucedeu com os discípulos: animados e fortaleci­dos pelo espírito, nunca mais se deixaram intimidar pelos seus perseguidores, permanecendo inseparavelmente uni­dos e fiéis ao amor de Cristo.

É verdade, portanto, o que diz o Salvador: É bom para vós que eu volte para os céus (cf. Jo 16,7), porque tinha chegado o tempo de o Espírito Santo descer sobre eles.



Do Comentário sobre o Evangelho de João, de São Cirilo de Alexandria, bispo
(Lib. 10,16,6-7: PG 74,434)       (Séc. V)

O que pendurar nas paredes da Igreja?


O costume é se usar as paredes das igrejas para pendurar tudo quanto é objeto, desde ventiladores, caixas de som, a avisos e quadros, entre outros. Isso causa uma grande poluição visual que atrapalha a liturgia, a participação e o ambiente de oração e recolhimento.

Mistura-se ventilador com Via-Sacra, cruz de consagração com cartaz para pagamento do dízimo. Na igreja cada coisa deve ter seu lugar. Lugar de avisos e cartazes é na entrada, no hall, onde as pessoas podem parar para ler sem atrapalhar o desenrolar da celebração.

Um bom planejamento do que deve ou não ser pendurado é necessário. A rigor não é necessário pendurar nada nas paredes, e caso as janelas tenham vitrais, é mais um motivo para que as paredes fiquem vazias. No máximo as cruzes de consagração.

A parede por trás do altar é sempre um problema de difícil solução para as comunidades. Muitas vezes essa parede é disputada por tudo que julgamos muito importante: o padroeiro, a cruz, o sacrário, cartazes, os arranjos florais, etc. O que acaba acontecendo é novamente a poluição visual onde tudo fica misturado e perde a sua importância.

Santa Joana de Portugal


Santa Joana nasceu no dia 6 de fevereiro de 1452. Filha primogênita do rei D. Afonso V, rei de Portugal, possuía grande beleza e personalidade marcante. Desejosa de se consagrar a Deus na Ordem dominicana, precisou vencer a resistência do pai que desejavam um casamento vantajoso para ela. Aos dezenove anos de idade, Joana habilmente convenceu seu pai de oferecer à Deus sua única filha em agradecimento às muitas e recentes vitórias que ele tinha conquistado. O comovente pedido da filha fez Afonso V perceber que o seu chamado à vida religiosa era verdadeiro e consentiu que a princesa entrasse no Mosteiro. Levava vida penitente, passando as noites em oração. Jejuava freqüentemente e como insígnia real usava uma coroa de espinhos. Os pobres, os enfermos, os presos, os religiosos viam nela a sua protetora e amparo. Conservava um livro onde ela anotava os nomes de todos os necessitados, o grau de pobreza de cada um e o dia em que deveria ser dada a esmola. Viveu despojada de tudo até a morte, no dia 12 de maio de 1490. Em vida amada pelo povo por sua santidade, após sua morte a princesa Joana passou a ser venerada e cultuada pelos milagres que ocorriam por sua intercessão.


Santa Joana de Portugal, vós que tudo tivestes para imperar como soberana entre honras e riquezas, vós que escolhestes os pobres como um de vossos maiores amores, vós que em tudo procurastes proceder como Jesus, eu vos louvo profundamente pela vida que abraçastes e vos peço com todo o coração, que intercedais por mim a Deus, para que também eu e toda a humanidade possamos ter este grande desejo de santidade acima de todas as coisas. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Papa explica que a condição de filhos de Deus é fruto do amor do Pai e pede paz e diálogo aos brasileiros diante da crise política.


CATEQUESE
Praça São Pedro – Vaticano
Quarta-feira, 11 de maio de 2016

Caros irmãos e irmãs, bom dia!

Hoje, esta audiência acontece em dois lugares: como risco de perigo da chuva, os enfermos participam na Sala Paulo VI e nos acompanham por meio de telões; dois lugares mas uma só audiência. Vamos saudar os enfermos que estão na Sala Paulo Paulo VI. Queremos refletir hoje sobre a parábola do Pai Misericordioso. Ela nos fala de um pai e de seus dois filhos, e nos apresenta a misericórdia infinita de Deus.

Vamos partir do fim, isto é, da alegria do coração do Pai, que diz: “Façamos festa, porque este meu filho estava morto e voltou a viver, estava perdido e foi encontrado” (vv. 23-24). Com estas palavras, o pai interrompeu o filho menor no momento em que estava confessando sua culpa: “Não sou mais digno de ser chamado de teu filho…” (v. 19). Mas. Esta expressão é insuportável para o coração do pai, que se apressa em restituir ao filho os sinais de sua dignidade: a bela roupa, o anel, os calçados. Jesus não descreve um pai ofendido e ressentido, um pai que, por exemplo, diz ao filho: “Você vai me pagar”: não, o pai o abraça, o espera com amor.

Ao contrário, a única coisa que o pai tem no coração é que este filho está diante dele são e salvo e isto o faz feliz e faz festa. O acolhimento do filho que retorna é descrito de maneira comovente: “Quando ainda estava distante, seu pai o viu, teve compaixão, correu-lhe ao encontro, abraçou-o e beijou-o” (v. 20). Quanta ternura; viu-o ao longe: o que isso significa? Que o pai subia continuamente sobre o terraço para observar a estrada e ver se o filho voltava; aquele filho que tinha aprontado de tudo, mas o pai o aguardava. Que coisa mais bela a ternura do pai!

A misericórdia do pai é transbordante, incondicional, e se manifesta ainda antes de o filho falar. Certo, o filho saber que errou e o reconhece: “Pequei… trata-me com um de teus empregados” (v. 19). Mas estas palavras se dissolvem diante do perdão do pai. O abraço e o beijo de seu papai os fazem entender que sempre foi considerado filho, apesar de tudo. É importante este ensinamento de Jesus: a nossa condição de filhos de Deus é fruto do amor do coração do Pai; não depende de nossos méritos ou de nossas ações, e portanto ninguém pode tirá-la, nem mesmo o diabo! Ninguém pode nos tirar esta dignidade.

Esta palavra de Jesus nos encoraja a não desesperar jamais. Penso nas mães e nos pais apreensivos quando veem os filhos distanciando-se e tomando caminhos perigosos. Penso nos párocos e catequistas que, às vezes, se perguntam se o trabalho deles está sendo em vão. Mas penso também em quem está preso, e lhe parece que a sua vida tenha terminado; a muitos que fizeram escolhas erradas e não conseguem olhar para o futuro; a todos aqueles que tem fome de misericórdia e de perdão e creem não merecê-lo… em qualquer situação da vida, não deve esquecer que não deixarei jamais de ser filho de um Pai que me ama e espera o meu retorno. Mesmo na situação mais feia da vida, Deus me espera, Deus quer me abraçar, Deus me espera. 

Petista é surpreendida ao ir a Roma denunciar suposto golpe de Estado!

 
A atriz global Letícia Sabatella e a juíza Kenarik Boujikian Felippe participaram de um encontro oficial com o Papa Francisco na última segunda (9) e entregaram a ele uma carta dizendo que o impeachment da presidenta Dilma Rousseff seria ilegal.

O Papa ouviu Sabatella e a juíza Kenarik Boujikian Felippe do Tribunal de Justiça de São Paulo. Os documentos entregues se tratam de uma carta escrita e assinada pelo advogado Marcello Lavenère, que foi o autor do pedido de impeachment de Fernando Collor e que hoje é assumidamente contra a saída de Dilma Rousseff e membro da Comissão Justiça e Paz da Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB). O texto considera o impedimento da presidenta um “golpe parlamentar de Estado”, manipulado.

A carta foi solicitada por nada mais, nada menos que ele: João Pedro Stedile, que acreditou que direcioná-la ao Papa desencadearia alguma intervenção ou pressão para que Dilma não seja afastada, o que prejudica o exército vermelho que se camufla por trás de supostos movimentos sociais e que tanto amedrontam os brasileiros.

O Pontífice se expressou no dia seguinte através de sua assessoria:

A missão do Espírito Santo na Igreja


Terminada na terra a obra que o Pai confiou ao Filho, O Espírito Santo foi enviado no dia de Pentecostes a fim de santificar continuamente a Igreja e, por Cristo, no único Espírito, terem os fiéis acesso junto ao Pai. Ele é o Espírito da vida, a fonte de água que jorra para a vida eterna. Por ele, o Pai dá vida aos homens mortos pelo pecado, até ressuscitar em Cristo seus corpos mortais.

O Espírito habita na Igreja e nos corações dos fiéis como em um templo. Neles ora e dá testemunho da adoção de filhos. Conduz a Igreja ao conhecimento da verdade total, unifica-a na comunhão e nos ministérios, ilumina-a com diversos dons carismáticos e hierárquicos e enriquece-a com seus frutos.

Pela força do evangelho, rejuvenesce a Igreja, renovando-a constantemente e a conduz à perfeita união com seu Esposo. Pois o Espírito e a Esposa dizem ao Senhor Jesus: "Vem!"

Assim se apresenta a Igreja inteira como um povo reunido pela unidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

O conjunto dos fiéis, consagrado pela unção do Espírito Santo, não pode enganar-se na fé. Esta peculiaridade se exprime através do sentido sobrenatural da fé, quando na sua totalidade, a hierarquia e os fiéis leigos, manifestam um consenso universal em matéria de fé e costumes.

Com este senso de fé, formado e sustentado pelo Espí­rito da verdade, o povo de Deus, guiado pelo sagrado ma­gistério a que obedece com fidelidade, acolhe não mais como palavras dos homens, mas, na realidade, a palavra de Deus, e adere sem esmorecimento à fé que, uma vez para sempre, foi transmitida aos santos (Jd 3). Nela penetra sempre mais profundamente, com reto julgamento, e cada vez mais plenamente a põe em prática em sua vida.

Além disso, por meio dos sacramentos e ministérios, o Espírito Santo não apenas santifica e conduz o povo de Deus e o adorna com virtudes, mas ainda distribui a cada um seus dons conforme quer (1Cor 12,11), e concede também graças especiais aos fiéis de todas as condições. Torna-os assim aptos e disponíveis para assumir deveras obras ou funções, em vista de uma séria renovação e mais ampla edificação da Igreja, conforme foi dito: A cada um é dada a manifestação do Espírito em vista do bem comum(ICor 12,5).

Estes carismas devem ser recebidos com ação de graças e consolação. Pois todos, desde os mais extraordinários aos mais simples e comuns, são perfeitamente apropriados e úteis às necessidades da Igreja.


Da Constituição dogmática Lumen gentiumsobre a Igreja, do Concílio Vaticano II
(N. 4.12)      (Séc. XX)