O costume é se usar
as paredes das igrejas para pendurar tudo quanto é objeto, desde ventiladores,
caixas de som, a avisos e quadros, entre outros. Isso causa uma grande poluição
visual que atrapalha a liturgia, a participação e o ambiente de oração e
recolhimento.
Mistura-se
ventilador com Via-Sacra, cruz de consagração com cartaz para pagamento do
dízimo. Na igreja cada coisa deve ter seu lugar. Lugar de avisos e cartazes é
na entrada, no hall, onde as pessoas podem parar para ler sem atrapalhar o
desenrolar da celebração.
Um bom planejamento
do que deve ou não ser pendurado é necessário. A rigor não é necessário
pendurar nada nas paredes, e caso as janelas tenham vitrais, é mais um motivo para
que as paredes fiquem vazias. No máximo as cruzes de consagração.
A parede por trás do
altar é sempre um problema de difícil solução para as comunidades. Muitas vezes
essa parede é disputada por tudo que julgamos muito importante: o padroeiro, a
cruz, o sacrário, cartazes, os arranjos florais, etc. O que acaba acontecendo é
novamente a poluição visual onde tudo fica misturado e perde a sua importância.
Cada coisa em seu
lugar e em lugar digno é o melhor que podemos fazer. O Cristo é o centro do
espaço, é o centro da liturgia e o centro da vida do cristão.
É urgente uma
arquitetura do essencial, sem detalhes que levem à distração, onde tudo esteja
assumido no mistério que se celebra.
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Parte do texto de Regina Celi Machado,
arquiteta;
extraído da Revista de Liturgia
Maio/Junho de 2009 p. 13
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