terça-feira, 17 de maio de 2016

EUA: Diocese investigará imagem da Virgem Maria que chora

 
A Diocese de Fresno (Estados Unidos) informou que investigará uma imagem da Virgem de Guadalupe que, segundo seus proprietários e outras pessoas, “chora” há um ano e meio.

A família dona da imagem afirma que o fenômeno das lágrimas acontece aproximadamente há um ano e meio.

Segundo as pessoas que dizem ter atestado o fato, as lágrimas saem do olho direito e caem pelo rosto. Maria Cárdenas, dona da imagem, colocou um copo debaixo do queixo da Virgem para recolher as lágrimas aparentemente milagrosas e compartilhar com as pessoas que a visitam.

Cárdenas recebeu a imagem há 10 anos de presente pelo Dia das Mães, conforme disse à ABC 30 Action News. Entretanto, a imagem começou a chorar desde o assassinato do seu primo.

Embora sem informar publicamente onde vivem, a família está acostumada convidar muitas pessoas à sua casa para que vejam com seus próprios olhos a estátua que chora.

“Não estamos escondendo a imagem, mas ao mesmo tempo, não queremos que aconteça nada ruim com ela”, disse ao mesmo meio um dos cuidadores da imagem, que preferiu permanecer no anonimato.

A equipe do noticiário permaneceu no local para ver o fenômeno e afirmaram que as lágrimas eram oleosas, com cheiro de rosas e brotavam de maneira contínua.

O cuidador também indicou que vários sacerdotes chegaram a observar a imagem e assinalam que parece milagrosa.

Frente a isto, o Bispo de Fresno, Dom Armando Ochoa, afirmou que “recentemente foi informado” acerca deste fato aparentemente milagroso.

“Desconhecem a qual sacerdote se referia a nota televisiva a respeito deste tema, pois até a data nenhum membro do clero na Diocese trouxe relatório algum sobre o tema ao escritório do Bispo”, sustentou Dom Ochoa em um comunicado.

O Bispo também disse que a Diocese se comunicará em privado com a família, a fim de oferecer uma orientação pastoral sobre o fenômeno.

Para onde vai a política brasileira?

 
Há meses acompanhamos o desenrolar de uma profunda crise política no nosso país, que acaba de ter como consequência o afastamento, ainda temporário, da presidente da República e a formação de um novo governo. Que dizer, diante dessa situação?

É difícil fazer uma avaliação serena e objetiva, uma vez que o conhecimento dos fatos e dos motivos de decisões tomadas nem sempre está ao alcance de todos. Além disso, a paixão política e ideológica pode turbar a objetividade das discussões. Mesmo assim, e apesar das perplexidades suscitadas, cada brasileiro foi formando a sua opinião. A meu ver, o Brasil passa, a duras penas, por um amadurecimento político, que terá consequências benéficas.

Muitos perguntam sobre a posição da Igreja Católica diante da crise. A esse propósito, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), durante a sua recente assembleia-geral, em abril passado, emitiu uma declaração com a posição do episcopado. O texto não entra propriamente no mérito das acusações feitas à presidente, reconhecendo que esse papel cabe às instâncias competentes da vida pública nacional.

Em matéria política, os cidadãos têm direito às suas próprias opiniões e por isso mesmo a Igreja Católica não obriga a aderir a uma posição única. No seio da própria Igreja, tratando-se de questões políticas, existe uma legítima diversidade de posições, contanto que não estejam em desacordo com as convicções da própria fé cristã. Vale lembrar um antigo dito, atribuído a Santo Agostinho: “No essencial, unidade; no secundário, liberdade; e em tudo, caridade”.

Os bispos, no entanto, manifestaram preocupações em relação ao cenário político, econômico, social e ético e apontaram critérios e referências importantes a serem levados em conta na busca da superação da crise brasileira.

Para que serve a política? Ela deve respeitar critérios éticos?

38 anos do atentado à imagem de Nossa Senhora Aparecida que comoveu o país

 
No dia 16 de maio de 2016 completaram-se 38 anos do atentado à imagem de Nossa Senhora Aparecida. Há quase quatro décadas, um jovem de 19 anos, completamente transtornado, adentrou a antiga basílica em Aparecida, retirou a pequena estatueta do nicho de vidro e jogou-a ao chão.

Os vários pedacinhos da imagem foram levados ao Museu de Arte de São Paulo (MASP) e entregues à artista plástica Maria Helena Chartuni que, enquanto paciente e paulatinamente restaurava a santinha, sentia-se a si mesma restaurada espiritualmente.

Terminado o trabalho restaurador, na verdade, uma nova confecção da estatueta, que havia sido reduzida a dezenas de partículas, conduziu-se a Padroeira do Brasil de volta a Aparecida. Durante o cortejo, criou-se um autêntico cordão humano, de São Paulo ao Vale do Paraíba. Na estrada, os que viam Nossa Senhora Aparecida sobre o caminhão do corpo de bombeiros ajoelhavam-se e choravam copiosamente.

Há um tempo de dar à luz e um tempo de morrer


Há um tempo de dar à luz e um tempo de morrer. Muito bem expressa no princípio de suas palavras a necessária ligação ao unir a morte ao nascimento. Pois obrigatoriamente a morte segue o parto e toda geração vai dar na dissolução.

Há um tempo de dar à luz e um tempo de morrer. Oxalá que a mim também suceda nascer em tempo desejado e morrer também em tempo oportuno. Ninguém irá pensar que o Eclesiastes se refere ao nascimento involuntário e à morte natural, como se nisso houvesse uma reta ação virtuosa. Não é pela vontade da mulher que existe o parto, nem a morte depende do livre-arbítrio dos que morrem. Nunca se definirá como virtude ou vício aquilo que não está em nosso poder. É preciso, portanto, compreender o parto num tempo querido e a morte num tempo oportuno. Quanto a mim, parece-me que um parto é perfeito e não abortivo quando, no dizer de Isaías, alguém concebe pelo temor de Deus e pela alma em dores de parto gera sua salvação. Pois somos, de certo modo, pais de nós mesmos, nos concebemos e nos damos à luz a nós mesmos.

Assim nos acontece, porque acolhemos Deus em nós, feitos filhos de Deus, filhos da virtude, filhos do Altíssimo. Mas também nos damos à luz como abortivos e nos tornamos imperfeitos e imaturos, quando não se formou em nós, segundo diz o Apóstolo, a forma de Cristo. É preciso ser íntegro e perfeito o homem de Deus.

Se, pois, está claro como se nasce em tempo, também é claro para todos de que maneira se morre em tempo; para São Paulo, todo tempo era oportuno para uma boa morte. Em seus escritos declara, quase como um protesto: Morro todos os dias para vossa glorificação, e ainda: Por ti somos entregues à morte cotidianamente. E nós também tivemos uma sentença de morte dentro de nós mesmos.

Não é difícil entender de que maneira Paulo morre diariamente, ele que nunca vive para o pecado, que sempre faz morrer seus membros carnais e traz em si a morte do corpo de Cristo, que sempre está crucificado com Cristo e nunca vive para si mas em si tem o Cristo vivo. Esta é, parece-me, a morte oportuna, aquela que obtém a verdadeira vida.

Foi dito: Eu dou a morte e faço viver, para que não haja dúvida que é um verdadeiro dom de Deus o morrer para o pecado e o ser vivificado pelo Espírito. Pelo fato mesmo de dar a morte, a palavra divina promete vivificar.



Das Homilias sobre o Eclesiastes, de São Gregório de Nissa, bispo
(Hom. 6:PG 44,702-703)                     (Séc.IV)

Verdade e perseguição


Jesus diz que a verdade liberta, apesar de o processo de libertação exigir grande esforço, busca de ideal elevado, honestidade e remar contra a correnteza de quem é corrupto e não quer saber da verdade. Esta inclui valores de cidadania, honradez, grandeza de caráter, ética e atitude moral de quem valoriza a vida com suas virtudes humanas.

Por falar a verdade e criticar a incredulidade dos judeus reunidos na sinagoga, eles se colocaram contra o Mestre, expulsaram-no da cidade e queriam matá-lo (Cf. Lucas 4,25,30). As agressões contra as pessoas que defendem o bem, a justiça e a verdade muitas vezes acontecem. Em muitas campanhas eleitorais assistimos agressões verbais, perseguições, mentiras e até mortes de opositores políticos. Mesmo durante o mandato de alguns políticos vemos perseguições em relação a quem defende a ética na política. Acontece muito a reprovação contra quem compra e quem vende o voto, sendo corruptos ou corruptores, bem como o modo imoral de governar e legislar, o roubo e o caixa dois na arrecadação ou na prestação de contas em relação a verbas de campanha. 

Não podemos ter medo de defender a verdade e o bem comum, assim como a lisura nas campanhas políticas, nas eleições e no mando político. Afinal, a boa política é a melhor forma de fazer a caridade, conforme nos lembraram alguns Papas, como Pio XI e Paulo VI. De fato, a verdade defendida também no bom encaminhamento da promoção da coisa pública, ajuda  o serviço ao bem comum e, principalmente, aos que são injustiçados na convivência social. 

São Pascoal Bailão


Pascoal nasceu na cidade de Torre Formosa, na Espanha, no dia 16 de maio de 1540. Filho de uma família humilde, foi pastor de ovelhas e, aos dezoito anos, seguindo sua vocação, tentou ser admitido no convento franciscano de Santa Maria de Loreto. Sua primeira tentativa foi frustrada, mas por causa dos seus dons carismáticos ele pôde ingressar na Ordem. Pascoal por humildade permaneceu um simples irmão leigo, exercendo as funções de porteiro e ajudante dos serviços gerais. Bom, caridoso e obediente às regras da Ordem, fazia penitência constante, alimentando-se muito pouco e mantendo-se em constante oração. Defensor extremado de sua fé, travou grande luta contra os calvinistas franceses que negavam a eucaristia. Apesar da sua simplicidade, Pascoal era muito determinado quando se tratava de dissertar sobre sua espiritualidade e conhecimentos eucarísticos. Ele morreu no dia 17 de maio de 1592, aos cinquenta e dois anos, em Villa Real, Valência. São Pascoal é patrono dos congressos eucarísticos. 


Ó Deus, que fizestes resplandecer São Pascoal por um profundo amor para com os sagrados mistérios do Corpo e Sangue do vosso Filho, concedei-nos acolher em nossa vida as riquezas espirituais de que ele se alimentava nesse sagrado banquete. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Os olhos dos sábios estão em sua cabeça


Se a alma levantar os olhos para sua cabeça, que é Cristo – conforme comparação de Paulo – considere-se feliz pela viva agudeza de seu olhar, porquanto tem os olhos ali onde não existe a escuridão do mal. O grande Paulo, e quem quer que seja igualmente grande, tem os olhos na cabeça, como também os tem todos os que vivem, se movem e são em Cristo. Pois como não é possível que veja trevas quem está na luz, também não pode acontecer que quem tem olhos em Cristo, os fixe em alguma coisa vã.

Quem, pois, tem os olhos na cabeça, entendendo cabeça por princípio de tudo, tem olhos em toda virtude (Cristo é a virtude absoluta e perfeita), na verdade, na justiça, na incorruptibilidade, em todo bem. Os olhos do sábio estão em sua cabeça; o insensato, porém, caminha nas trevas. Quem não põe sua lâmpada sobre o candelabro, mas coloca-a debaixo do leito, faz com que a luz seja trevas.

Ao contrário, quão numerosos são aqueles que, por suas lutas, se enriquecem com as realidades supremas, vivem na contemplação da verdade e, no entanto, são tidos por cegos e inúteis, tais como Paulo a gloriar-se, dizendo-se insensato por causa de Cristo. A prudência e sabedoria dele não se preocupavam nunca com aquilo que é objeto de nossos cuidados. Diz ele: Nós, estultos por Cristo, como se dissesse: “Nós, cegos em relação às coisas daqui de baixo, porque olhamos para cima e temos os olhos na cabeça”. Por este motivo era sem teto e sem mesa, pobre, peregrino, nu, sofrendo fome e sede.

Quem não o julgaria infeliz, vendo-o preso e açoitado como um infame, após o naufrágio, ser levado pelas ondas do mar alto, e conduzido daqui para ali em cadeias? E, no entanto, embora tratado desta maneira entre os homens, não despregou os olhos, mantendo-os sempre em Cristo, Cabeça e dizia: Quem nos separará da caridade de Cristo, que está em Cristo Jesus? aflição, angústia, perseguição, fome, nudez, perigos, espada? Como se dissesse: “Quem arrancará meus olhos da Cabeça e os voltará para aquilo que se calca aos pés?”.

A nós também nos exorta a agir de modo semelhante quando ordena ter gosto pelas coisas do alto; não é isto o mesmo que dizer termos os olhos em Cristo, Cabeça?



Das Homilias sobre o Eclesiastes, de São Gregório de Nissa, bispo
(Hom. 5:PG 44,683-686)                    (Séc.IV)

Portas de Misericórdia


A Porta Santa do Jubileu da Misericórdia aberta pelo Papa Francisco, na Basílica de São Pedro, representa simbolicamente a peregrinação de fiéis ao Coração de Cristo onde buscam e encontram a vida e a salvação. A Porta da Misericórdia abre-se aos pecadores que renunciam a tudo o que seja mal, a mentira, a inveja, o ódio, a vingança, a violência, o rancor, enfim, o que gera sofrimento para si e para o próximo. A Porta abre-se aos que abraçam a conversão a Cristo e aos valores do Evangelho. A Porta abre-se aos gestos de amor e disponibilidade, para servir aos semelhantes, especialmente aos mais necessitados.

Há vários gestos referindo às obras de misericórdia espirituais e corporais tais como: visitar e cuidar dos enfermos (Mt. 8,14); Ensinar a quem não sabe (Mt. 5, 38-48); Dar de comer a quem tem fome e dar de beber a quem tem sede (Mt. 25, 35.37.42-44); Dar bons conselhos a quem necessita (Mt. 13, 1-13); Corrigir aos que erram (Jo. 8, 1-11); Dar pousada aos necessitados (Lc. 2, 1-7); Perdoar as ofensas (Mt. 18, 21-22); Vestir os despidos (Mt. 25, 34.36.43); Consolar os tristes e aflitos (Mt. 11, 28-29); Socorrer quem está preso (Lc 16, 16-21); Suportar com paciência os defeitos dos outros (Lc 5, 1-11); Orar pelos vivos e mortos, sepultar os defuntos (Jo. 11, 1-45). Tratam-se de gestos praticados no dia a dia de nossos relacionamentos.

Passar pelas Portas da Misericórdia significa buscar a indulgência, o perdão, a restauração da própria vida e da vida de pessoas destruídas por dentro. Trata-se da conversão, do compromisso de transformação cristã. Há atitudes destrutivas que manipulam as pessoas como objetos de uso e abuso, como traição, calúnia, difamação, preconceito, agressão, exploração. A verdade liberta e se ela for lesada deve ser restaurada. O perdão corresponde à reconstrução de vidas destruídas. Para recuperar a confiança perdida, passa-se por dentro do arrependimento, da restituição do prejuízo e da honra, do comportamento sincero que demonstra a emenda de vida.