quinta-feira, 21 de julho de 2016

Temos gravada em nós a luz do vosso rosto




Porque nos escondeis o vosso rosto? Quando nos encontramos em alguma aflição, pensamos que Deus nos esconde o seu rosto, porque o nosso espírito está como que envolto nas trevas que nos impedem de ver o esplendor da verdade. Mas se Deus atende o nosso espírito e Se digna visitar a nossa alma, então sentimo-nos seguros de que nada poderá lançar-nos na escuridão. Também o rosto do homem é como uma luz para quem o vê. Ao olharmos para ele ficamos a conhecer quem não conhecíamos ou reconhecemos alguém que já conhecíamos, porque a vista do seu rosto o identifica. Ora se o rosto do homem é como uma luz, quanto mais o não será o rosto de Deus para quem O contempla? Nisto, como noutras coisas, o Apóstolo, verdadeiro intérprete de Cristo, dá-nos um ensinamento magnífico, infundindo em nossas almas uma nova perspectiva, quando diz estas palavras: Deus que disse: «Das trevas brilhará a luz», fez brilhar a luz em nossos corações, para que se conheça em todo o seu esplendor a glória de Deus, que se reflecte no rosto de Jesus Cristo. Ouvimos, portanto, como brilha em nós a luz de Cristo. Ele é o esplendor eterno das almas, enviado pelo Pai à terra para nos iluminar com a luz do seu rosto, a fim de podermos contemplar as coisas eternas e celestes, nós que estávamos anteriormente dominados pelas trevas do mundo. Mas que digo eu de Cristo, se até o apóstolo Pedro disse àquele coxo de nascimento: Olha para nós? Ele olhou para Pedro e foi iluminado pela graça da fé; de facto, não receberia o dom da saúde, se não acreditasse com toda a fé. Se era assim tão grande a glória nos Apóstolos, compreendemos por que motivo Zaqueu, ao ouvir dizer que Jesus ia a passar, subiu para uma árvore, porque era de pequena estatura e não podia vê-l’O no meio da multidão. Zaqueu viu a Cristo e encontrou a luz; viu-O, e se antes se apoderava do alheio, então começou a dar do que era seu. Porque nos escondeis o vosso rosto? Ou melhor: Ainda que escondais de nós, Senhor, o vosso rosto, temos gravada em nós, Senhor, a luz do vosso rosto. Temos essa luz em nossos corações e ela resplandece no íntimo da nossa alma; porque ninguém pode subsistir, Senhor, se escondeis o vosso rosto.


Dos Comentários de Santo Ambrósio, bispo, sobre os salmos
(Salmo 43, 89-90; CSEL 64, 324-326) (Sec. IV)

Eu odiava a Igreja Católica, mas a graça de Deus me tocou


Joseph Pearce é professor de literatura inglesa e autor de biografias de escritores britânicos como Chesterton, C. S. Lewis e Oscar Wilde, entre outros. Foi batizado na Igreja Católica já adulto.

Sua biografia acaba de ser publicada em espanhol (“Mi carrera com el diablo”). Para apresentá-la, Pearce passou por várias cidades espanholas. Em Barcelona, pudemos dialogar com ele sobre o processo criativo do seu último livro e seu conteúdo: sua conversão ao catolicismo.

As tendências modernas a fazer biografias não se limitam a descrever a realidade que se observa, mas, de certa forma, a transfigurá-la, transformá-la. Nisso, Pearce tem um bom Colaborador.
 
O que sua biografia pode oferecer aos leitores?

Espero que o meu livro demonstre que ninguém está fora do alcance da glória de Deus. Eu já fui preso duas vezes por delitos ligados ao ódio. Odiei a Igreja Católica. Mas ninguém está fora do alcance da graça. Espero que as pessoas leiam o livro, sejam elas cristãs, anticristãs… Que sejam tocadas pela graça de Deus e, pelo menos que ele seja um empurrão na direção certa.
  O diabo está no título do seu livro. Ele o assusta?

O título é, obviamente, um jogo de palavras com o termo “race”, de “raça” e “corrida”. Mas acho que o mal é satânico, porque existe uma dimensão acima da natureza. Não sou um relativista. Acho que a corrida com o diabo não está vencida. Ainda estou nela. Acho que ela só vai acabar quando morrermos. Todos nós temos anjos da guarda para ajudar-nos, temos santos para ajudar-nos e demônios para tentar-nos. Penso que há uma dimensão sobrenatural acima da realidade.

São Lourenço de Bríndisi




Júlio César Russo nasceu no dia 22 de julho de 1559 em Brindisi, na Itália. Seu nome de batismo, mostrava claramente a ambição dos pais, que esperavam para ele um futuro brilhante como o do grande general romano.

Aos seis anos de idade, o menino Júlio César encantava a todos com o extraordinário dom de memorizar as páginas de livros, em poucos minutos, para depois declamá-las em público. E cresceu assim, brilhante nos estudos. Quando ficou órfão aos catorze anos de idade, foi acolhido por um tio, que residia em Veneza.

Dois anos após chegar a Veneza ele atendeu ao chamado de Deus e ingressou na vida religiosa: primeiro com os frade menores e depois com os capuchinhos, onde foi ordenado sacerdote.

Tornou-se especialista em línguas e sua erudição o levou à ocupar altos postos de sua Ordem e também à serviço do Sumo Pontífice. Foi provincial em vários estados e chegou a ser o Superior Geral e embaixador do Papa Paulo V, com a missão de intermediar príncipes e reis em conflito.

Lourenço de Brindisi morreu no dia do seu aniversário em 1619. Foi canonizado em 1881 e recebeu o título de "Doutor da Igreja" em 1959.


Ó Deus, que marcastes pela vossa doutrina a vida de São Lourenço de Bríndisi, concedei-nos, por sua intercessão, que sejamos fiéis à mesma doutrina, e a proclamemos em nossas ações. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

quarta-feira, 20 de julho de 2016

O reino de Deus é paz e alegria no Espírito


Volta ao Senhor de todo o teu coração, deixa este mundo miserável e tua alma encontrará repouso. Pois o reino de Deus é paz e alegria no Espírito Santo. Cristo virá a ti, trazendo-te sua consolação, se no íntimo lhe preparares digna morada.

Toda a sua glória e beleza está no interior e aí ele se compraz. Sua visita é assídua ao homem interior. Palavras mansas, agradável consolo, grande paz, maravilhosa intimidade.

Coragem, alma fiel, prepara teu coração para este Esposo, para que se digne vir a ti e em ti habitar. Ele assim declarou: Se alguém me ama, guarda minha palavra e a ele viremos e faremos nele nossa morada. Dá, portanto, lugar a Cristo. Se possuíres Cristo, serás rico e isto te bastará. Ele cuidará de ti e será teu fiel procurador em todas as coisas e não precisarás depender dos homens.

Põe toda a tua confiança em Deus. Seja ele teu temor e teu amor. Ele responderá por ti e fará o que for melhor do melhor modo possível.

Não tens aqui cidade permanente e onde quer que estejas serás estrangeiro e peregrino, não encontrando descanso a não ser quando fores intimamente unido a Cristo.

Teus pensamentos se fixem no Altíssimo e tua súplica sem cessar se dirija a Cristo. Se não sabes meditar sobre as coisas profundas e celestes, repousa na paixão de Cristo e demora-te com gosto em suas chagas. Suporta-te a ti mesmo com Cristo e por Cristo, se queres reinar com Cristo.

Se te acontecesse entrar uma vez perfeitamente no íntimo de Jesus e experimentar um pouquinho seu ardente amor, então já não mais te preocuparias com o que te é cômodo ou incômodo, porém, mais te alegrarias com o opróbrio infligido, porque o amor de Jesus faz o homem ter-se em conta de nada.


Do Livro A imitação de Cristo
(Lib. 2,1-6)            (Séc.XV)

Católico: você nunca vai deixar de ser atacado. É pegar ou largar!


São Francisco de Sales, em “Filoteia: Introdução à Vida Devota“, nos abre os olhos a respeito do mundo e descreve como ele jamais vai se dar por satisfeito com a nossa fé – se a nossa fé for autêntica, é claro. Diz ele:

Assim que a tua devoção se for tornando conhecida no mundo, maledicências e adulações te causarão sérias dificuldades de praticá-la. Os libertinos tomarão a tua mudança por um artifício de hipocrisia e dirão que alguma desilusão sofrida no mundo te levou por pirraça a recorrer a Deus.

Os teus amigos, por sua vez, se apressarão a te dar avisos que supõem ser caridosos e prudentes sobre a melancolia da devoção, sobre a perda do teu bom nome no mundo, sobre o estado de tua saúde, sobre a necessidade de viver no mundo conformando-se aos outros e, sobretudo, sobre os meios que temos para salvar-nos sem tantos mistérios.

Filoteia, tudo isso são loucas e vãs palavras do mundo e, na verdade, essas pessoas não têm um cuidado verdadeiro de teus negócios e de tua saúde. Se vós fôsseis do mundo, diz Nosso Senhor, o mundo amaria o que era seu; mas, como não sois do mundo, por isso ele vos odeia.

Veem-se homens e mulheres passarem noites inteiras no jogo; e haverá ocupação mais triste e insípida que esta? Entretanto, seus amigos se calam; mas, se destinamos uma hora à meditação ou se nos levantamos mais cedo para nos prepararmos para a santa comunhão, mandam logo chamar o médico para que nos cure desta melancolia e tristeza. Podem-se passar trinta noites a dançar que ninguém se queixa; mas por levantar-se na noite de Natal para a Missa do Galo, começa-se logo a tossir e a queixar de dor de cabeça no dia seguinte.
Quem não vê que o mundo é um juiz iníquo, favorável aos seus filhos, mas intransigente e severo para os filhos de Deus?

Só nos pervertendo com o mundo é que poderíamos viver em paz com ele, e impossível é contentar os seus caprichos. Veio João Batista, diz o divino Salvador, o qual não comia pão nem bebia vinho, e dizeis: Ele está possesso do demônio. Veio o Filho do Homem, come e bebe, e dizeis que é um samaritano.

É verdade, Filoteia: se condescenderes com o mundo e jogares e dançares, ele se escandalizará de ti; e, se não o fizeres, serás acusada de hipocrisia e melancolia. Se te vestires bem, ele te levará isso a mal, e, se te negligenciares, ele o chamará de baixeza de coração. A tua alegria terá ele por dissolução e a tua mortificação por ânimo carrancudo; e, olhando-te sempre com maus olhos, jamais lhe poderás agradar.

As nossas imperfeições ele considera pecados, os nosso pecados veniais ele julga mortais, e malícias, as nossas enfermidades; de sorte que, assim como a caridade, na expressão de São Paulo, é benigna, o mundo é maligno.

Santa Margarida


Margarida nasceu no ano 275, na Antioquia de Pisídia. Órfã de mãe desde pequena e filha de um sacerdote pagão e idólatra, Margarida tinha tudo para jamais se aproximar de Deus. Mas algo divino aconteceu: o pai acabou confiando sua educação a uma ama extremamente católica e a vida de Margarida seguiu outro caminho.

Cresceu muito dedicada às coisas do espírito. Mas o pai começou a perceber que ela não ia aos cultos ou mesmo ao templo, para participar dos sacrifícios aos deuses. Ele não suspeitava que ela participava escondida dos cultos cristãos até o dia em que alguém o alertou.

Foi aí que começou o suplício de Margarida. Ele exigiu que ela abandonasse o cristianismo. Como ela se recusou, primeiro lhe impôs um severo castigo, mandando a jovem para o campo trabalhar ao lado dos escravos. Depois, como nem a força fazia a filha mudar de ideia, entregou-a as autoridades para qeu fosse julgada.

O martírio da jovem Margarida foi terrível. Diante das autoridades, negou-se a abandonar sua fé. Começaram então os suplícios físicos e psicológicos. Margarida foi açoitada, depois teve o corpo colocado sobre uma trave e rasgado com ganchos de ferro. Diz a tradição que a jovem ainda foi queimada viva, jogada num rio gelado e finalmente decapitada.

Ela morreu no dia 20 de julho de 290, com a idade de quinze anos e a fama de sua santidade espalhou-se rapidamente pelo Oriente e pelo Ocidente. 

Deus de amor e misericórdia, derramai sobre nós, pela intercessão de santa Margarida , as graças necessárias para enfrentarmos as dificuldades do dia a dia. Que o nosso sofrimento se una ao do Cristo Crucificado e nos aproxime cada vez mais das glórias do Reino do Céu. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.

terça-feira, 19 de julho de 2016

Drag queen distribui a Sagrada Comunhão em paróquia de Itaquera ao som de “Paula e Bebeto”


Lembram do Pe. Paulo Sérgio Bezerra? Aquele que recentemente saiu em uma matéria em nosso site permitindo que um travesti fizesse a homilia, a doxologia e distribuísse a sagrada comunhão? Pois bem, o fato inusitado aconteceu no dia 12 de junho deste ano. A matéria segue abaixo com mais detalhes:



Albert Roggenbuck, criador da Drag Queen Dindry Buck, muito atuante em Itaquera, São Paulo, foi convidado pelos padres Paulo Sérgio Bezerra e Eduardo Brasileiro para ministrar a homilia em uma das missas do novenário de Nossa Senhora do Carmo.




O presidente da Celebração Eucarística ainda concedeu ao drag queen o cálice com o sangue de Cristo para ser erguido durante a missa, função exclusiva do diácono ou concelebrante, e o chamou para distribuir a comunhão aos fieis, serviço designado também a um  sacerdote ou a ministros extraordinários que passam uma séries de formações para cumprir a função.



Ao blog Mural da Folha de São Paulo padre Paulo Sérgio Bezerra explicou que falta ousadia no trato da homossexualidade na liturgia.  “há pouquíssimas iniciativas mais ousadas aqui e ali, no sentido da homossexualidade. É um tabu e tratar disso num contexto litúrgico, uma aberração e ‘heresia’ para certo tipo de catolicismo acostumado a sublimar isso como coisa impura, e abraçar o sacrifício como legítima vontade de Deus é a melhor forma de prestar-lhe louvor”.



Alberto destaca o momento mais emocionante da celebração: “Fui convidado para distribuir a comunhão e minha mãe recebeu o ‘Corpo de Cristo’ de minhas mãos, enquanto uma menina linda e talentosa cantava ‘Paula e Bebeto’ de Milton Nascimento com o lindo refrão ‘Qualquer maneira de amor vale a pena’“, relembrou.

A quase impossível batalha suprema do cristão na atual 3ª Guerra Mundial


Todos os séculos anteriores ao nosso foram mortíferos. Em todos os séculos houve guerras fratricidas abomináveis, e todas elas, sem exceção, se deveram a motivos perfeitamente estúpidos.

Não há como uma guerra não ser estúpida – ainda que muitas delas envolvam uma reação em legítima defesa, essa defesa é sempre contra uma agressão inicial profundamente estúpida.

A estupidez assassina dos nossos tempos ainda se manifesta em guerras fratricidas do mesmo tipo das que ocorriam na alvorada da assim chamada “civilização”, mas esta época nos apresenta uma forma de estupidez assassina que supera todas as outras em covardia. Numa guerra “convencional”, as pessoas que são afetadas pelo menos sabem quem são seus inimigos. Na atual III Guerra Mundial, que sabiamente o Papa Francisco observou que já estamos travando “por pedaços”, nem sequer podemos identificar os inimigos que estão presentes no meio de nós.

Os terroristas não usam uniforme. Não têm qualquer “ética de guerra justa”. Não só não poupam mulheres nem crianças, como tampouco seus próprios concidadãos e os fiéis das suas próprias crenças. São o exército da suprema covardia, uma legião camuflada em meio aos exércitos da estupidez.

A legítima defesa não só permite, mas obriga que as vítimas inocentes se defendam. No entanto, a nossa defesa não pode ser tão estúpida quanto as agressões. É verdade que, para defender-nos, somos forçados a usar métodos compatíveis com os do agressor, o que implica, lamentavelmente, o uso de armas. Estes métodos, porém, não podem ser os únicos.
Se de fato somos cristãos como dizemos, não podemos sequer pensar em ser derrotados na grande e suprema batalha em que esse tipo de terrorismo covarde mais deseja nos derrotar: a batalha da fé.

E isto nos coloca diante do mais árduo combate que podemos lutar em meio a uma guerra estúpida e covarde: o combate contra a nossa própria tendência humana a rebaixar-nos ao nível do inimigo estúpido e covarde.

O indício de que estamos perdendo essa batalha é claro: basta verificar se estamos ou não cumprindo a ordem mais estarrecedora do nosso Comandante:

AMAI OS VOSSOS INIMIGOS. FAZEI O BEM AOS QUE VOS PERSEGUEM. PERDOAI SETENTA VEZES SETE.

Que batalha pode ser mais difícil do que esta?