Lembram do
Pe. Paulo Sérgio Bezerra? Aquele que recentemente saiu em uma matéria em nosso
site permitindo que um travesti fizesse a homilia, a doxologia e distribuísse a sagrada comunhão? Pois bem, o fato inusitado aconteceu no dia 12 de junho deste ano. A matéria
segue abaixo com mais detalhes:
Albert Roggenbuck, criador da Drag Queen Dindry
Buck, muito atuante em Itaquera, São Paulo, foi convidado pelos padres Paulo Sérgio Bezerra e Eduardo Brasileiro para ministrar a homilia em uma das missas
do novenário de Nossa Senhora do Carmo.
O presidente da Celebração Eucarística ainda concedeu
ao drag queen o cálice com o sangue de
Cristo para ser erguido durante a missa, função exclusiva do
diácono ou concelebrante, e o chamou para distribuir a comunhão aos fieis,
serviço designado também a um sacerdote ou a ministros
extraordinários que passam uma séries de formações para cumprir a função.
Ao blog Mural da Folha de São Paulo padre Paulo Sérgio Bezerra explicou que falta
ousadia no trato da homossexualidade na liturgia. “há pouquíssimas iniciativas mais ousadas aqui e
ali, no sentido da homossexualidade. É um tabu e tratar disso
num contexto litúrgico, uma aberração e ‘heresia’ para certo tipo de catolicismo
acostumado a sublimar isso como coisa impura, e abraçar o sacrifício como
legítima vontade de Deus é a melhor forma de prestar-lhe louvor”.
Alberto destaca o momento mais emocionante da celebração:
“Fui convidado para distribuir a comunhão e minha mãe recebeu o ‘Corpo de
Cristo’ de minhas mãos, enquanto uma menina linda e talentosa cantava ‘Paula e
Bebeto’ de Milton Nascimento com o lindo refrão ‘Qualquer maneira de amor vale a pena’“,
relembrou.
Ao final da missa,
os jovens da paróquia chamaram Dindry Buck em tom de acolhida para posar para
foto. (Dindry Buck/Divulgação)
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A paróquia de
Itaquera também já foi destaque no ano passado quando incluiu em suas preces
uma súplica em prol do diálogo sobre as sexualidades, pedindo que as igrejas
cristãs possam superar a demonização das relações afetivas, além de rogar pelo
fim da criminalidade social e respeito aos direitos dos homossexuais.
Outra presença
neste ano, foi a do indígena Karai Popygua, 28, da aldeia índigena Jaraguá.
“Uma liderança indígena contando para os fiéis sobre esta violação dos direitos
humanos dos povos indígenas que vem acontecendo no Brasil é muito importante e
dentro da Igreja, isso é novo”, relatou sobre sua primeira experiência em uma
missa.
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Durante a celebração
eucarística, por diversos momentos, o indío Karai Popygua auxiliou nos ritos.
(Lucas Veloso/Folhapress)
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Ancoradouro
Com
informações: Blog Mural
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