quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Papa reflete sobre a JMJ 2016 e fala aos brasileiros por ocasião das Olimpíadas 2016




PAPA FRANCISCO
AUDIÊNCIA GERAL
Sala Paulo VI
Quarta-feira, 3 de agosto de 2016
 
O motivo principal da minha recente Viagem Apostólica foi a celebração da Jornada Mundial da Juventude, ofereceu um sinal de fraternidade e de paz à Polónia, à Europa e ao mundo. Em Cracóvia (como há 25 anos em Częstochowa), os jovens deram resposta ao desafio de hoje, mandando um sinal de esperança; e este sinal chama-se fraternidade. Uma imagem emblemática era aquela vastidão multicolor de bandeiras esvoaçando ao vento pelas mãos dos jovens, vendo lado a lado estandartes até de povos em conflito: na JMJ, as bandeiras das nações tornam-se mais belas; de certo modo «purificam-se». Com os jovens, deixamo-nos conquistar, envolver e habitar pela misericórdia de Deus, comprometendo-nos a fazê-la frutificar em obras espirituais e corporais a favor de nossos irmãos e irmãs carentes e atribulados. «Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia». Na visita ao campo de extermínio de AuschwitzBirkenau, senti esta misericórdia de Deus que algumas pessoas santas souberam levar mesmo àquele abismo. Naquele grande silêncio, rezei por todas as vítimas da violência e da guerra e compreendi melhor o valor da memória, não só como recordação do passado, mas também e sobretudo com advertência para o presente e o futuro a fim de que a semente do ódio e da violência não germine e lance raízes nos sulcos da história. Mas germine a misericórdia no coração da humanidade inteira.

Saúdo cordialmente os peregrinos de língua portuguesa, em particular os fiéis do Rio de Janeiro e as Irmãs de Santa Marcelina, desejando-vos o dom daquele olhar de Nossa Senhora que tive pousado sobre mim em Częstochowa: Ela conforta todos aqueles que estão na provação e mantém aberto o horizonte da esperança. Enquanto vos entrego, a vós e às vossas famílias à sua proteção, invoco sobre todos a Bênção de Deus.

Suposto refugiado apunhala sacerdote católico na Bélgica


O Pe. Jos Vanderlee, de 65 anos, foi apunhalado em sua residência em Lanaken, Bélgica, por um suposto refugiado, que bateu na porta da sua casa pedindo para usar o banheiro e tomar um banho.

Segundo o jornal belga Het Nieuwsblad, por volta das 14h40 (hora local) de 31 de julho, o Pe. Vanderlee abriu a porta a um homem que, identificando-se como um “buscador de abrigo”, pediu ao sacerdote para tomar banho no banheiro de sua casa.

Em seguida, o suposto refugiado pediu dinheiro ao sacerdote e, ante sua resposta negativa, apunhalou-o, deixando ferimentos em suas mãos e seus tendões.

O Pe. Vanderlee, indica o jornal belga, foi levado ao hospital e se encontra fora de perigo. O sacerdote é responsável por oito paróquias na região e celebrou seus 40 anos de ordenação no começo do mês de julho.

As autoridades descartaram relação deste ataque com os atentados realizados recentemente pelo Estado Islâmico.

Por sua parte, o Bispo de Hasselt (Bélgica), Dom Patrick Hoogmartens, destacou que o sacerdote ferido “representa a bondade” e que “na tarde do domingo ele quis ajudar um homem necessitado, mas foi atacado”.

“Fisicamente vai se recuperar, mas, psicologicamente e na confiança, necessitará de algum tempo para organizar algumas coisas”, assinalou.

O caminho da luz

 
O caminho da luz é este: Se alguém quiser chegar ao lugar determinado, esforce-se por atingi-lo com as suas obras. E o conhecimento que nos foi dado para andar por este caminho é o seguinte: ama Aquele que te criou; adora Aquele que te formou; dá glória Àquele que te remiu da morte. Sê simples de coração e rico em espírito; não te juntes com os que seguem o caminho da morte; odeia tudo o que não é agradável a Deus; despreza toda a hipocrisia; não abandones os mandamentos do Senhor. Não te exaltes a ti próprio, mas sê humilde em tudo; não atribuas a glória a ti mesmo. Não maquines o mal contra o teu próximo; não admitas a arrogância no teu espírito.

Ama o teu próximo mais que a tua própria vida. Não cometas o aborto, nem mates o recém-nascido. Não descuides a educação do teu filho e da tua filha, mas ensina-lhes desde a infância o temor de Deus. Não cobices os bens do teu próximo, nem sejas avaro; não te juntes com os soberbos, mas frequenta a companhia dos humildes e dos justos.

Aceita como benefício tudo o que te acontece na vida, consciente de que nada sucede sem a permissão de Deus. Não sejas inconstante nem hipócrita, porque a hipocrisia é um laço mortal.

Põe à disposição do teu próximo todos os teus bens e não consideres coisa alguma exclusivamente tua; porque, se todos sois comparticipantes dos bens incorruptíveis, quanto mais deveis sê-lo dos bens corruptíveis? Não sejas precipitado no falar, porque a língua é um laço mortal. Com toda a diligência procura ser casto, para bem da tua alma. Não sejas fácil em abrir as tuas mãos para receber e em fechá-las para dar. Ama como à pupila dos teus olhos aquele que te anuncia a palavra do Senhor.

Recorda dia e noite o juízo final; e procura constantemente a companhia dos santos, quer tenhas de conversar, ou exortar, ou refletir como poderás salvar uma alma com a tua palavra, quer tenhas de trabalhar com as tuas mãos para expiar os teus pecados.

Não hesites em dar, nem dês de má vontade; mas recorda quem é Aquele que dá a justa recompensa. Guarda os mandamentos que recebeste, sem acrescentar nem tirar nada. Odeia sempre o mal. Julga com justiça. Não provoques desavenças, mas antes restabelece a paz, conciliando os adversários. Confessa os teus pecados. Não vás para a oração de má consciência. Este é o caminho da luz.


Da chamada Epístola de Barnabé
(Cap. 19, 1-3.5-7.8-12: Funk 1, 53-57) (Sec. II)

Sabe o que aconteceu com a menina desta famosa fotografia?


No dia 8 de junho de 1972, um avião bombardeou a aldeia de Trang Bang, no Vietnã do Sul, depois de o piloto confundir um grupo de civis com tropas inimigas. As bombas continham napalm, um combustível altamente inflamável que queimou e matou inúmeras pessoas em terra.

A famosa imagem em branco e preto desse evento (foto acima), que imortaliza as crianças fugindo do povoado em chamas, ganhou o Prêmio Pulitzer e foi eleita pelo World Press como a Foto do Ano em 1972. Tornou-se símbolo dos horrores da Guerra do Vietnã, da crueldade de todas as guerras para as crianças e as vítimas civis.

 
A protagonista da foto é uma menina de 9 anos que corre, nua e desesperada, pela estrada, depois de ter sua roupa toda queimada. Seu nome é Kim Phuc Phan Thi, e ela participava de uma cerimônia religiosa com sua família no momento do bombardeio.

 
Kim interveio recentemente por ocasião do 40º aniversário do bombardeio, e contou que, depois da fotografia, caiu no chão e foi socorrida pelo fotógrafo, Nick Ut, que a levou ao hospital. Ficou 14 meses internada e sofreu 17 intervenções cirúrgicas.

“Minha vontade era ter morrido naquele dia, junto à minha família – disse. Foi difícil carregar todo esse ódio, essa raiva.” Apesar das profundas cicatrizes em seu corpo, ela estudou medicina e, no segundo ano da faculdade, em Saigon, descobriu o Novo Testamento na biblioteca universitária. Começou a lê-lo e decidiu seguir Jesus Cristo, percebendo que Deus tinha um plano para a sua vida.

Santa Lídia


Santa Lídia era judia e se converteu ao cristianismo. Foi batizada por São Paulo em Filipos. Comerciante de púrpura, era natural de Tiatira, na Ásia. Hoje em dia o fato de ser comerciante pode não significar muito, mas no século primeiro isto significava que ela era uma mulher muito rica.

Entre os anos 50 e 53, os apóstolos Paulo, Silas, Timóteo e Lucas foram a Filipos como missionários. Esperaram o sábado para irem à procura de judeus que provavelmente se reuniriam para ler a Escritura. Foi quando encontraram Lídia, uma negociante de púrpura, em meio a um grupo de mulheres.

Lídia ouviu com tal adoração as palavras de Paulo, que logo usou seus dotes de comerciante, fazendo com que não só ela, como seus familiares pedissem o batismo. Logo os apóstolos foram abrigados na própria casa de Lídia, que abandonou a profissão e foi recolher-se na "prosêuca" - um lugar de oração- com outras mulheres.

No Atos dos Apóstolos lemos o testemunho de São Paulo:

“Quando chegou o sábado, saímos fora da porta, à um lugar junto ao rio, onde parecia-nos haver oração. Sentados, começamos a falar às mulheres que se tinham reunido. Uma delas, chamada Lídia, negociante de púrpura da cidade de Tiatira, e adoradora de Deus, escutava-nos. O Senhor lhe abrira o coração, para que ela atendesse ao que Paulo dizia. Tendo sido batizada, ela e os de sua casa, fez-nos este pedido: ‘Se me considerais fiel ao Senhor, vinde hospedar-vos em minha casa’. E forçou-nos aceitar seu convite”. (At 16, 11ss)

Este fato ocorreu por volta do ano 55. Santa Lídia foi uma das primeiras cristãs na Europa.  



Deus, nosso Pai, Santa Lídia, mediante a Palavra anunciada por vossos apóstolos, acreditou em vosso Filho Jesus. Ela se tornou a primeira de uma multidão de crentes, e hoje professamos a mesma fé que ela professou e deu testemunho. Fortalecei nossa fé, Senhor, para que também o nosso testemunho seja verdadeiro e autêntico.

terça-feira, 2 de agosto de 2016

França: milhares assistem ao funeral de Pe. Jacques Hamel.





Cerca de 2.000 pessoas participaram nesta terça-feira, 2 de agosto, do funeral realizado na Catedral de Rouen, para se despedir de Padre Jacques Hamel, o sacerdote de 84 anos assassinado em sua igreja na França por dois terroristas do Estado islâmico.

A Missa foi acompanhada por uma grande quantidade de fiéis através de uma tela gigante do lado de fora da Catedral, onde recordaram o sacerdote assassinado no último dia 26 de julho.



Em sua homilia, o Arcebispo Dominique Lebrun disse que “o Padre Jacques Hamel não deve temer a Deus. Apresenta-se diante Dele com suas obras justas. Além disso, é certo que nós não podemos julgar o coração de nosso irmão, mas o grande testemunho que deu não pode se equivocar!”.

“O Padre Jacques Hamel tinha um coração simples. Era o mesmo em família, com seus irmãos e irmãs, com seus sobrinhos e sobrinhas, em meio a sua cidade com seus vizinhos, na sua comunidade cristã com os fiéis”.

Em seguida, o Arcebispo exclamou: “58 anos de sacerdote! 58 anos de serviço a Jesus como presbítero, servidor da palavra, de sua Eucaristia e de sua caridade. Sinto-me pequeno”.


Dirigindo-se aos familiares do sacerdote, o Arcebispo explicou que não cabe a ele “declarar ‘mártir’ o Padre Jacques, mas como não reconhecer a fecundidade do sacrifício oferecido em união ao sacrifício de Jesus que ele celebrava fielmente na Eucaristia? As palavras e os gestos dos nossos amigos muçulmanos e sua visita são um passo considerável”.


Homilética: 19º Domingo do Tempo Comum - Ano C: "A Vigilância Escatológica".




A Palavra de Deus deste Domingo convida os cristãos a não colocarem sua esperança em falsas seguranças. Convoca-os a viverem sempre no serviço, à espera do Senhor.

A 2ª leitura (Hb 11, 1 – 2. 8 – 12) fala da fé que tinham as grandes figuras do Antigo Testamento, sobretudo Abraão. A fé que guia os nossos passos é precisamente o fundamento das coisas que se esperam. A fé dá-nos a conhecer com certeza que o nosso destino é o Céu e, por isso, todas as coisas devem ordenar-se para esse fim supremo e subordinar-se a ele.

No evangelho (Lc 12, 32 – 48) Jesus exorta-nos à vigilância: “Estejam cingidos os vossos rins e as lâmpadas acesas. Sede como homens que estão esperando o seu Senhor voltar de uma festa de casamento, para lhe abrirem, imediatamente, a porta, logo que Ele chegar e bater” (Lc 12, 36).

Ter as roupas cingidas é uma imagem expressiva utilizada para indicar que alguém se preparava para realizar um trabalho, para empreender uma viagem, para entrar em luta. Ter lâmpadas acesas indica a atitude própria daquele que está de vigia ou espera a chegada de alguém. Quando o Senhor vier no final da nossa vida, deve encontrar-nos assim: em estado de vigília, como quem vive ao dia; servindo por amor e empenhados em melhorar as realidades terrenas, mas sem perder o sentido sobrenatural da vida, o fim para que tudo se dirige.

Essa vigilância há de ser contínua, perseverante, porque contínuo é o ataque do demônio que, “como um leão que ruge, dá voltas buscando a quem devorar” (1 Pd 5, 8). “Vela com o coração, vela com a fé, com a caridade, com as obras; prepara as lâmpadas, cuida de que não se apaguem, alimenta-as com o azeite interior de uma reta consciência; permanece unido ao Esposo pelo Amor, para que Ele te introduza na sala do banquete, onde a tua lâmpada nunca se extinguirá” (Santo Agostinho).

Estaremos vigilantes no amor e longe da tibieza e do pecado se nos mantivermos fiéis a Deus nas pequenas coisas que preenchem o dia. As pequenas coisas são a ante-sala das grandes, tanto no sentido negativo como positivo.

As pequenas vitórias diárias fortalecem a vida interior e despertam a alma para as coisas divinas. São ocasiões que se apresentam com muita freqüência: trata-se de viver a pontualidade à hora de levantar-se ou de começar o trabalho; de deixar de lado uma leitura inútil que leva à perda de tempo; trata-se de fazer um pequeno sacrifício à hora das refeições; de dominar a língua num encontro de amigos ou numa reunião social, etc;

Se formos fiéis nas pequenas coisas, permaneceremos cingidos, vigilantes, à espera do Senhor que está para chegar.

Disse Jesus: “onde está o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração” (Lc 12, 34). O Senhor quer nos ensinar que nenhuma coisa criada pode ser o “tesouro”, o fim último do homem. Pelo contrário, o homem, usando retamente das coisas nobres da terra, percorre o caminho para Deus, santifica-se e dá ao Senhor toda a glória: “quer comais ou bebais ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus” (1 Cor 10, 31).

“…vai chegar na hora em que menos esperardes” (Lc 12, 40). Não devemos ficar preocupados com o dia ou a hora da morte. Deus quis ocultar o momento da morte de cada um e do fim do mundo. Imediatamente depois da morte, todo homem comparece para o juízo particular: “Assim, está estabelecido que os homens morram uma só vez; e depois disto, o juízo” (Hb 9, 27). Daí o cristão não poder aceitar a reencarnação! Quem morre não volta mais! Morre-se uma só vez! Estejamos preparados para esse encontro definitivo com o Senhor. Ele pedirá contas a cada um segundo as suas circunstâncias pessoais: todo o homem tem nesta vida uma missão para cumprir; dela teremos de responder diante do tribunal divino e seremos julgados segundo os frutos, abundantes ou escassos, que tenhamos dado.

O Senhor espera de nós uma conversão sincera e uma correspondência cada vez mais generosa: espera que estejamos vigilantes para que não adormeçamos na tibieza, para que andemos sempre despertos.

Choque de Civilizações: a Cruz versus o Crescente


Batalha de Belgrado. São João de Capistrano incentivando os combatentes católicos durante a batalha em defensa da Civilização Cristã contra a invasão maometana


Há 560 anos uma cruzada culminou com o triunfo da Cruz sobre a meia-lua muçulmana: a vitória de Belgrado. Considerada um dos maiores triunfos da Cristandade, pois conseguiu impedir que o exército otomano invadisse a Europa.

Em 1454 organizou-se a expedição católica contra a invasão dos turcos muçulmanos. Estes, tendo tomado Constantinopla (capital do Império Bizantino) em 1453, almejavam subjugar a Europa cristã a partir da tomada de Belgrado. Seria esta a porta de entrada para os muçulmanos, que planejavam avassaladora marcha de conquista de outras nações católicas até dominarem Roma, onde — diziam eles — substituiriam as cruzes pela meia-lua islâmica e entrariam com seus cavalos nas igrejas da Cidade Eterna.

Janos Hunyadi
Naquela época a Providência suscitou um grande santo e estadista, São João de Capistrano, O.F.M. (1386 – 1456), cognominado O Guerreiro Franciscano de Belgrado. Ele pregou uma cruzada contra os terríveis inimigos da Civilização Cristã e conclamou a formação de um exército católico. Sob o comando do Conde Janos Hunyadi [ao lado, foto de sua estátua], esse pequeno exército que não chegou a 50.000 homens, marchou contra as tropas do poderoso sultão Maomé II. Este contava com forças que atingiam o impressionante número de 400.000 soldados, e já sitiava Belgrado por terra e mar.

Nesse desproporcional entrechoque, São João de Capistrano chefiou pessoalmente uma ala dos cruzados, tão inferiores em número, nos momentos mais árduos da batalha, e os conduziu à vitória, rechaçando os turcos muçulmanos do continente europeu em julho de 1456.