sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Um só mediador entre Deus e os homens, o homem Cristo Jesus




O irmão não pode resgatar o irmão; mas um homem o resgatará; ninguém pode pagar a Deus o resgate da sua vida. Quer dizer, porque hei‑de inquietar‑me nos dias maus?De fato, que é que me pode fazer mal, a mim que não só não preciso de redentor, mas sou eu próprio redentor de todos? Se liberto os outros, porque hei‑de temer por mim próprio? Eu renovarei todas as coisas, com uma renovação que supera todo o amor e piedade fraterna. Nenhum homem pode resgatar o seu irmão, nascido do mesmo ventre materno, porque é impedido pela fragilidade da mesma natureza; mas salvá‑lo‑á outro homem, Aquele de quem está escrito: O Senhor há‑de enviar‑lhes um homem que os salvará. É aquele homem que disse de Si mesmo: Vós procurais matar‑Me, um homem que vos disse a verdade. Mas embora ele seja um homem, quem poderá conhecê‑lo? E porque é que ninguém o pode conhecer? Porque assim como há um só Deus, também há um só mediador entre Deus e os homens, o homem Cristo Jesus. Só Ele pode salvar o homem, com um amor superior a toda a piedade fraterna, porque resgatou com o seu sangue os estranhos, o que ninguém pode fazer por um irmão. Por isso Ele não poupou o seu próprio Corpo, a fim de nos remir do pecado: ofereceu‑Se à morte para redenção de todos, como afirmou a sua testemunha fidedigna, o apóstolo Paulo, que afirma: Digo a verdade, não minto. Mas porque é que só Ele pode resgatar? Porque ninguém pode igualar a sua misericórdia, que O leva a dar a vida pelos seus servos; porque ninguém pode igualar a sua inocência, pois estamos todos sob o domínio do pecado, estamos todos sujeitos à queda de Adão. Só é escolhido como redentor Aquele que não pode estar sujeito ao pecado original. Assim compreendemos que o homem de quem se fala é o Senhor Jesus, que assumiu a condição humana para crucificar na sua carne o pecado de todos os homens e anular com o seu sangue a sentença de condenação que pesava sobre todos. Dir‑me‑ás talvez: Porque se nega que um irmão possa resgatar, se Ele próprio disse: Anunciarei o vosso nome aos meus irmãos? Cristo Jesus não nos perdoou os pecados enquanto irmão nosso, mas enquanto Deus que Se fez homem. Assim está escrito: Deus estava em Cristo, reconciliando o mundo consigo. Deus estava em Cristo Jesus, o único de quem foi dito que o Verbo Se fez carne e habitou entre nós. Não foi, portanto, um irmão, mas o Senhor que veio habitar entre nós fazendo‑Se homem.


Dos Comentários de Santo Ambrósio, bispo, sobre os salmos
(Ps. 48, 13-14: CSEL 64, 367-368) (Sec. IV)

Aquelas flores de sábado para Nossa Senhora




Vivia em Paris uma senhora piedosa e muito devota de Maria Santíssima. Era sua alegria enfeitar a imagem de Nossa Senhora com lindas flores naturais.

Seu marido, mesmo sendo homem sem fé, trazia flores aos sábados para que a esposa tivesse o prazer de colocá-las diante da imagem da Virgem.

Aconteceu, porém, que o homem morreu repentinamente, sem ter tempo de receber os santos sacramentos. Grande foi a dor da viúva, que temia pela salvação do marido.

São João Eudes




João Eudes nasceu em 14 de novembro de 1601 na pequena vila de Ri, no norte da França. Era o primogênito de Isaac e Marta, que tiveram sete filhos. Cresceu num clima familiar profundamente religioso. Estudou com os padres jesuítas, dedicando tempo diário para a oração na capela do colégio.

Em 1623, com o consentimento dos pais foi para Paris, onde ingressou na Congregação do Oratório. Dois anos depois, recebeu sua ordenação dedicando-se integralmente à pregação entre o povo.

Quando em 1627 estourou a epidemia da peste, João percorreu as vilas mais distantes e esquecidas. Como sensível pregador, levou a Palavra de Cristo, dando assistência aos doentes e suas famílias.

Manteve-se inconformado com o contexto social que evoluía perigosamente, onde as elites dos intelectuais valorizavam a razão e desprezavam a fé. João Eudes, sabendo interpretar esses sinais dos tempos, fundou em 1643 a Congregação de Jesus e Maria, cuja missão é a formação espiritual e doutrinal dos padres e seminaristas e a pregação evangélica inserida às necessidades espirituais e materiais do povo. Também fundou a congregação das irmãs do Bom Pastor.

Com os seus missionários, João dedicou-se à pregação de missões populares, num ritmo de trabalho simplesmente espantoso. Coube a João Eudes a glória de ter sido o precursor do culto da devoção dos Sagrados Corações de Jesus e de Maria. Morreu no dia 19 de agosto de 1680.  


Ó Pai, pela vossa misericórdia, São João Eudes anunciou as insondáveis riquezas de Cristo. Concedei-nos, por sua intercessão, crescer no vosso conhecimento e viver na vossa presença segundo o Evangelho, frutificando em boas obras. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Mato Grosso: Suposto rosto de Jesus aparece em uma hóstia consagrada.


Nos últimos dias circularam nas redes sociais as fotos de um acontecimento intrigante em Tangará da Serra (MT), onde uma hóstia ficou presa no cálice e teria “sangrado” formando o rosto de Cristo. A foto foi compartilhada milhares de vezes e o rumor de um suposto milagre começou a se formar.

O Grupo ACI se comunicou com a paróquia Sagrado Coração de Jesus, onde ocorreu o polêmico episódio.

Segundo Tiago Marçal, secretário da paróquia, os paroquianos, ao contrário de alguns usuários nas redes sociais, não estão “falando em milagre, mas em manifestação de um sinal de Deus”.

A versão apresentada pelos paroquianos é que o Pe. Lincoln Comby colocou a hóstia consagrada no cálice para comungar e, depois de beber o vinho consagrado, a hóstia ficou grudada no cálice e nela apareceu o rosto de Jesus.

Segundo Marçal, o Bispo de Diamantino (MT), Dom Vital Chitolina, pediu ao sacerdote que a história não fosse compartilhada, pois ainda não se sabe o que ocorreu exatamente. A ACI entrou em contato com a Diocese, mas foi informada que o Bispo está em missão esta semana e não poderia nos atender.

Entretanto, algumas pessoas compartilharam as fotos antes da indicação do Bispo e apresentam em redes este acontecimento como um milagre. Até o fechamento desta edição, as imagens foram compartilhadas milhares de vezes principalmente nas redes sociais Facebook e Instagram.

Internautas de vários lugares do mundo comentaram o fato. Entre eles, uma jovem, Fanuelle Sara, informou ter recebido o esclarecimento do fato dado por Pe. Ronaldo Vicente, também da Diocese de Diamantino. O sacerdote assinala que a informação de que a hóstia sangrou não “condiz com os fatos”.

“A Hóstia não sangrou. O Padre a colocou junto ao Sangue de Cristo para consumi-la. Quando ele bebeu do Sangue, a Hóstia ficou pregada à parede do cálice de vidro, e o Padre pediu que o acólito trouxesse água para purificar; então, o acólito chamou a atenção do Padre, pois, percebeu que formava-se na Hóstia uma espécie de rosto de um homem. O Padre observou e também percebeu, e ficou bastante emocionado”, relata. 

EUA: Assim milhares de cristãos responderam à “missa negra” em Oklahoma


Milhares de cristãos de distintas confissões se reuniram para realizar uma caminhada de oração pela paz, em resposta à missa negra” e o ritual satânico que aconteceu no dia 15 de agosto, na cidade de Oklahoma (Estados Unidos).

A “missa negra”, na qual profanaram a imagem da Virgem Maria no dia da Assunção, foi convocada por Adam Daniels, condenado por agressão sexual em 2009, que realizou um evento semelhante em 2014, roubando uma hóstia consagrada com o objetivo de profaná-la.
Apesar dos protestos contra os rituais satânicos que aconteceram em um edifício público, os funcionários da cidade disseram que a “missa negra” tinha a permissão necessária e que estava protegida pela liberdade de expressão.


Segundo o serviço de notícias local NewsOK, na manhã do dia 15 de agosto, uma grande quantidade de católicos se reuniram para celebrar uma Missa de desagravo no jardim do centro cívico da cidade de Oklahoma, antes de começar neste local o ritual satânico.

“Para nós, a ‘missa negra’ é uma farsa. Machuca o coração da comunidade e acredito que eles (os satanistas) estão tentando enviar uma mensagem (…) a uma comunidade conhecida pela sua fé. Queremos mostrar aos nossos filhos que nossa fé não é um ato passivo. Deve-se dar às pessoas uma razão da nossa esperança e essa esperança é Jesus Cristo”, disse Bryan Estabrooks, um paroquiano que caminhava com sua esposa e seus três filhos. 

Se for preso, evangelizarei na prisão, diz Bispo mexicano


Em meio às acusações por suposta ingerência política, por receber na Catedral manifestantes críticos ao governador do estado mexicano de Morelos, Graco Ramírez, o Bispo de Cuernavaca, Dom Ramón Castro Castro, assegurou que não teme ser preso, pois poderia evangelizar na prisão.

“Se for preso não há problema, realizarei o trabalho de evangelização lá mesmo”, assegurou em declarações recolhidas pelo jornal mexicano ‘El Sol de Cuautla’.

“Estamos esperando a notificação e quero agradecer ao Grupo de Advogados de Cuernavaca, que me expressou sua solidariedade para me defender”, acrescentou.

Dom Castro recebeu na Catedral de Cuernavaca, dia 28 de julho, mais de 100 pessoas de diversas organizações civis, que expressaram suas críticas ao governo de Morelos, pela difícil situação que vive o estado.

Igreja se pronuncia contra execuções extrajudiciais nas Filipinas


A Comissão Episcopal sobre Laicado da Conferência de Bispos Católicos das Filipinas (CBCP), lançou no dia 25 de julho uma campanha intitulada "Não matarás" que busca acabar com a marcada tendência de aumento das execuções extrajudiciais no país. Os prelados rejeitaram o "vigilantismo" que resulta na morte sem direito a julgamento dos suspeitos de estarem envolvidos em atividades criminais.

"Você não pode fazer algo bom cometendo um ato mal. Você não pode eliminar o crime se vai cometer outro crime. Matar é um crime", afirmou o Presidente do Comitê e Bispo auxiliar de Manila, Dom Broderick Pabillo. "Desde maio, 400 pessoas foram assassinadas, mais ou menos 20 pessoas por dia. Essa é uma estatística de crime grande". O início da campanha foi marcado por uma Missa pelas vítimas das execuções e suas famílias. Alguns parentes anônimos das vítimas estiveram presentes na celebração.

Os Bispos recordaram que apesar das condições existentes nas quais o uso de força letal é moralmente admissível, como a legítima defesa, não se pode permitir o assassinato que se realiza por troca de dinheiro como parte da caça de uma recompensa. O chamado dos prelados está sustentado na "razão e humanidade" e recorda que "a suspeita nunca é o equivalente moral da certeza, e o castigo somente pode ser administrado sobre a base da certeza". 

Na Catequese, Papa destaca a compaixão de Jesus


CATEQUESE
Sala Paulo VI – Vaticano
Quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Hoje queremos refletir sobre o milagre da multiplicação dos pães. No início do relato que Mateus faz (cfr 14, 13-21), Jesus acaba de receber a notícia da morte de João Batista e, com um barco, atravessa o lago em busca de “um lugar deserto, à parte” (v. 13). O povo, porém, soube e o precedeu a pé de forma que “descendo do barco, Ele viu uma grande multidão, moveu-se de compaixão para com ela e curou seus doentes” (v. 14). Assim era Jesus: sempre com a compaixão, sempre pensando nos outros. Impressiona a determinação do povo, que teme ser deixado sozinho, como que abandonado. Morto João Batista, profeta carismático, confia-se em Jesus, do qual o próprio João Batista tinha dito: “Aquele que vem depois de mim é mair forte que eu” (Mt 3, 11). Assim, a multidão o segue para todo lugar, para escutá-lo e para levar-lhes os doentes. E vendo isso Jesus se comove. Jesus não é frio, não tem um coração frio. Jesus é capaz de se comover. De um lado, Ele se sente ligado a essa multidão e não quer que vá embora; por outro, precisa de momentos de solidão, de oração, com o Pai. Tantas vezes passa a noite rezando com o seu Pai.

Também naquele dia, então, o Mestre se dedicou ao povo. A sua compaixão não é um vago sentimento; mostra, em vez disso, toda a força da sua vontade de estar próximo a nós e nos salvar. Jesus nos ama tanto e quer ser próximo a nós.

Ao cair da noite, Jesus se preocupa de dar de comer a todas as pessoas, cansadas e famintas, e cuida de quantos o seguem. E quer envolver nisso os seus discípulos. De fato diz a eles: “Dai-lhes vós mesmos de comer” (v. 16) E demonstrou a esses que os poucos pães e peixes que tinham, com a força da fé e da oração, podiam ser partilhados para todo aquele povo. Jesus faz um milagre, mas é o milagre da fé, da oração, suscitado pela compaixão e pelo amor. Assim, Jesus “partiu os pães e lhe deu aos discípulos e os discípulos à multidão” (v. 19). O Senhor vai ao encontro das necessidades dos homens, mas quer tornar cada um de nós concretamente participantes da sua compaixão.