sábado, 20 de agosto de 2016

São Bernardo de Claraval




Bernardo nasceu no ano 1090 na França. A sua família era cristã, rica, poderosa e nobre. Desde a tenra idade demonstrou uma inteligência aguçada. Tímido, tornou-se um jovem de boa aparência, educado, culto, piedoso e de caráter reto e piedoso. 

Quando sua mãe morreu, ele manifestou o desejo de ser religioso, mas encontrou resistência do pai. Porém, com determinação, conseguiu convencer o pai, irmãos e amigos, que ingressaram com ele no mosteiro da Ordem de Cister, recém fundada.

A contribuição de Bernardo dentro da ordem foi de tão grande magnitude que ele passou a ser considerado o seu segundo fundador. Foi um período de abundante florescimento da ordem, que passou a contar com cento e sessenta e cinco mosteiros. Bernardo sozinho fundou sessenta e oito e, em suas mãos, mais de setecentos religiosos professaram os votos.

Bernardo viveu uma época muito conturbada na Igreja. Foi pregador, místico, escritor, fundador de mosteiros, abade, conselheiro de Papas, reis, bispos e também polemista político e tenaz pacificador. Nada conseguia abater ou afetar sua fé, imprimindo sua marca na história da espiritualidade católica romana.

Tornou-se o maior escritor do seu tempo, apesar de sua saúde sempre estar comprometida. Isto porque Bernardo era um religioso de vida muito austera, dormia pouco, jejuava com frequência e se impunha severa penitência.

Morreu no dia 20 de agosto de 1153 e foi sepultado no mosteiro de Claraval. É chamado de doutor da Igreja. 


Ó Deus, que marcastes pela vossa doutrina a vida de São Bernardo, concedei-nos, por sua intercessão, que sejamos fiéis à mesma doutrina, e a proclamemos em nossas ações. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Argentina: Profanam e roubam Eucaristia na festa da Assunção de Maria


No dia 15 de agosto, Festa da Assunção da Virgem Maria, alguns desconhecidos ingressaram na Paróquia Nossa Senhora das Mercedes, na província de Santa Fé (Argentina), onde profanaram e roubaram um sacrário de bronze que continha hóstias consagradas.

Além disso, roubaram um cálice e quatro colunas de mármore de 40 centímetros de altura.

“A profanação aconteceu na segunda-feira passada, dia da Assunção da Virgem Maria, entre às 10h e às 15h. Eu estava celebrando a festa da padroeira em outro povoado”, relatou ao Grupo ACI o administrador paroquial, Pe. Adalberto Lovato.

“Às 10h, o sacristão foi embora da Paróquia e deixou a porta aberta como sempre para que as pessoas pudessem entrar e rezar. Quando o grupo de oração das mulheres chegou ao local às 15h, encontraram isto. Em seguida, avisamos ao Bispo, denunciamos e estamos esperando ver o que acontece”, explicou o sacerdote.

Pe. Lovato assinalou: “Não sabemos as intenções dos responsáveis, mas ante estes acontecimentos temos duas suspeitas: ou roubaram o sacrário para poder vendê-lo ou para poder fazer algum culto satânico com as hóstias consagradas”. 

Belém, a casa do pão


Estamos em Belém do Pará, onde acontece, de 15 a 21 deste mês de agosto, o XVII Congresso Eucarístico Nacional, cujo tema é “Eucaristia e partilha na Amazônia missionária”, com o lema “Eles o reconheceram no partir do Pão” (Cf. Lc 24, 35), tirado da passagem do encontro dos discípulos de Emaús com Jesus ressuscitado. É todo o Brasil de joelhos adorando o Senhor na Eucaristia e ouvindo o seu apelo missionário na Amazônia: “Ide fazer discípulos entre todas as nações” (Mt 28, 19).

O Congresso Eucarístico, que congrega milhares de pessoas em torno do altar, testemunhando sua fé cristã, tem como finalidade aumentar o nosso fervor e devoção à Santíssima Eucaristia, porque “a Eucaristia é o coração e o ápice da vida da Igreja, pois nela Cristo associa sua Igreja e todos os seus membros a seu sacrifício de louvor e ação de graças oferecido uma vez por todas na cruz a seu Pai; por seu sacrifício ele derrama as graças da salvação sobre o seu corpo, que é a Igreja. A Eucaristia é o memorial da Páscoa de Cristo: isto é, da obra da salvação realizada pela Vida, Morte e Ressurreição de Cristo, obra esta tornada presente pela ação litúrgica. Enquanto sacrifício, a Eucaristia é também oferecida em reparação dos pecados dos vivos e dos defuntos, e para obter de Deus benefícios espirituais ou temporais” (Cat.Igr. Cat. nn.1407, 1409 e 1414).

Consta que o primeiro Congresso Eucarístico foi celebrado em 1881 em Lille (França), por iniciativa de um grupo de fiéis leigos, apoiados por S. Pedro Julião Eymard. Foi uma celebração solene, de que participaram fiéis e bispos de vários países da Europa. De lá para cá, outros países quiseram repetir a bela iniciativa. No Brasil, até agora, já houve 16 Congressos Eucarísticos Nacionais. O Papa São João Paulo II esteve presente em dois: em Fortaleza - CE (1980) e em Natal - RN (1991). Nos outros ele foi representado por um Enviado Especial. 

XVII Congresso Eucarístico Nacional


Celebramos com alegria o XVII Congresso Eucarístico Nacional. Nossa Igreja de Belém e tantas pessoas do Brasil inteiro têm rezado pela preparação e realização do grande evento de fé.

Proclamamos os louvores de Deus, dizendo assim: “Jesus Eucaristia, fonte de vida para todos, coração dos corações! Nós te acolhemos presente entre nós. Ao recebermos teu Corpo e teu Sangue, mostra-nos a força redentora de teu sacrifício. Tu és partilha de vida e salvação para a vida do mundo. Abre nossos corações para compartilhar com todos os nossos bens. Ensina-nos a testemunhar, amar e servir e proteger a vida, aprendendo a lição do Altar”.

Nossa memória agradecida recordou os grandes feitos de Deus, realizados em Jesus Cristo, Verbo de Deus Encarnado, no qual todas as coisas foram feitas. E dissemos tantas vezes assim: “Em ti todas as coisas foram criadas e nossas terras amazônicas são obra do amor do Pai. Reconhecemos estes sinais de amor, presença e providência em nossa história, e desejamos irradiar na comunhão com Deus e com todos, a missão que nos confiaste”.

Sabemos que o maior tesouro da Amazônia é a fé cristã, recebida como dom que veio do alto. Nossa oração proclamou e proclama: “Senhor Jesus, há quatro séculos a Boa Nova do Evangelho aportou em nossas terras, para aqui plantar raízes. Os teus missionários se alegraram, ao verem as Sementes do Verbo de Deus, que o Espírito Santo havia espalhado, precedendo seus passos, e anunciaram corajosamente a tua Palavra”.

Como acontece em toda oração cristã, depois de louvarmos o Senhor pelos seus dons e fazermos memória agradecida pelos seus feitos, subiu ao Céu nossa oração suplicante, acompanhados pela Virgem Maria: “A partir do Forte do Presépio, sob a proteção de Nossa Senhora da Graça, chamando-a Santa Maria de Belém ou Senhora de Nazaré, a Amazônia recebeu a mensagem da salvação. Renova hoje, Senhor, com a força da Eucaristia, o vigor missionário em nossos povos, e brotem entre nós santas vocações para o serviço do Evangelho”.

E o Espírito Santo nos conduziu a fazer pedidos ousados e corajosos: “Cristo Senhor, ao reconhecer-te no partir do Pão, faze arder nossos corações, para que do Altar da Eucaristia nasça um novo ardor missionário em nossa Pátria”. 

Mensagem para o Dia do Catequista 2016


CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL (CNBB)

COMISSÃO EPISCOPAL PASTORAL PARA A 
ANIMAÇÃO BÍBLICO-CATEQUÉTICA

MENSAGEM PARA O DIA DOS CATEQUISTAS
28 de Agosto de 2016

Caríssima irmã, caríssimo irmão Catequista.

Os caminhos da Igreja no Brasil assinalam o mês de agosto com uma nobre particularidade. A temática vocacional recebe forte acentuação: dia dos pais, dia do padre, dia do religioso, dia do Catequista. Este previsto para o próximo dia 28.08.

Em nome da CNBB quero servir-me da data para uma palavra permeada de sincero afeto e imensa gratidão. Embora não seja possível ser suficientemente grato a tanta dedicação, com muita simplicidade, apresento-me para uma reflexão agradecida. 

Começo chamando-lhe à recordação uma sua experiência pessoal muito singular: lembra quando alguém lhe dirigiu o convite a tornar-se Catequista? Certamente está presente em sua memória a pessoa, as frases e o contexto. Lembra também de sua própria reação? Talvez inquietação, ou dúvidas, ou temor por não se sentir apta(o). É até possível que lhe tenha aflorado a preocupação pela falta de tempo...

Mesmo assim, embora com tantas objeções, Você aceitou. Estou certo que ainda estão bem presentes os motivos que moveram a aceitar... E o Espírito Santo estava lá: movia, suscitava, inquietava. E eis que desde sua liberdade e desde sua capacidade de amar houve um movimento de afeição amorosa pelo Senhor, pela comunidade, pelos “seus” catequizandos. 

Um só mediador entre Deus e os homens, o homem Cristo Jesus




O irmão não pode resgatar o irmão; mas um homem o resgatará; ninguém pode pagar a Deus o resgate da sua vida. Quer dizer, porque hei‑de inquietar‑me nos dias maus?De fato, que é que me pode fazer mal, a mim que não só não preciso de redentor, mas sou eu próprio redentor de todos? Se liberto os outros, porque hei‑de temer por mim próprio? Eu renovarei todas as coisas, com uma renovação que supera todo o amor e piedade fraterna. Nenhum homem pode resgatar o seu irmão, nascido do mesmo ventre materno, porque é impedido pela fragilidade da mesma natureza; mas salvá‑lo‑á outro homem, Aquele de quem está escrito: O Senhor há‑de enviar‑lhes um homem que os salvará. É aquele homem que disse de Si mesmo: Vós procurais matar‑Me, um homem que vos disse a verdade. Mas embora ele seja um homem, quem poderá conhecê‑lo? E porque é que ninguém o pode conhecer? Porque assim como há um só Deus, também há um só mediador entre Deus e os homens, o homem Cristo Jesus. Só Ele pode salvar o homem, com um amor superior a toda a piedade fraterna, porque resgatou com o seu sangue os estranhos, o que ninguém pode fazer por um irmão. Por isso Ele não poupou o seu próprio Corpo, a fim de nos remir do pecado: ofereceu‑Se à morte para redenção de todos, como afirmou a sua testemunha fidedigna, o apóstolo Paulo, que afirma: Digo a verdade, não minto. Mas porque é que só Ele pode resgatar? Porque ninguém pode igualar a sua misericórdia, que O leva a dar a vida pelos seus servos; porque ninguém pode igualar a sua inocência, pois estamos todos sob o domínio do pecado, estamos todos sujeitos à queda de Adão. Só é escolhido como redentor Aquele que não pode estar sujeito ao pecado original. Assim compreendemos que o homem de quem se fala é o Senhor Jesus, que assumiu a condição humana para crucificar na sua carne o pecado de todos os homens e anular com o seu sangue a sentença de condenação que pesava sobre todos. Dir‑me‑ás talvez: Porque se nega que um irmão possa resgatar, se Ele próprio disse: Anunciarei o vosso nome aos meus irmãos? Cristo Jesus não nos perdoou os pecados enquanto irmão nosso, mas enquanto Deus que Se fez homem. Assim está escrito: Deus estava em Cristo, reconciliando o mundo consigo. Deus estava em Cristo Jesus, o único de quem foi dito que o Verbo Se fez carne e habitou entre nós. Não foi, portanto, um irmão, mas o Senhor que veio habitar entre nós fazendo‑Se homem.


Dos Comentários de Santo Ambrósio, bispo, sobre os salmos
(Ps. 48, 13-14: CSEL 64, 367-368) (Sec. IV)

Aquelas flores de sábado para Nossa Senhora




Vivia em Paris uma senhora piedosa e muito devota de Maria Santíssima. Era sua alegria enfeitar a imagem de Nossa Senhora com lindas flores naturais.

Seu marido, mesmo sendo homem sem fé, trazia flores aos sábados para que a esposa tivesse o prazer de colocá-las diante da imagem da Virgem.

Aconteceu, porém, que o homem morreu repentinamente, sem ter tempo de receber os santos sacramentos. Grande foi a dor da viúva, que temia pela salvação do marido.

São João Eudes




João Eudes nasceu em 14 de novembro de 1601 na pequena vila de Ri, no norte da França. Era o primogênito de Isaac e Marta, que tiveram sete filhos. Cresceu num clima familiar profundamente religioso. Estudou com os padres jesuítas, dedicando tempo diário para a oração na capela do colégio.

Em 1623, com o consentimento dos pais foi para Paris, onde ingressou na Congregação do Oratório. Dois anos depois, recebeu sua ordenação dedicando-se integralmente à pregação entre o povo.

Quando em 1627 estourou a epidemia da peste, João percorreu as vilas mais distantes e esquecidas. Como sensível pregador, levou a Palavra de Cristo, dando assistência aos doentes e suas famílias.

Manteve-se inconformado com o contexto social que evoluía perigosamente, onde as elites dos intelectuais valorizavam a razão e desprezavam a fé. João Eudes, sabendo interpretar esses sinais dos tempos, fundou em 1643 a Congregação de Jesus e Maria, cuja missão é a formação espiritual e doutrinal dos padres e seminaristas e a pregação evangélica inserida às necessidades espirituais e materiais do povo. Também fundou a congregação das irmãs do Bom Pastor.

Com os seus missionários, João dedicou-se à pregação de missões populares, num ritmo de trabalho simplesmente espantoso. Coube a João Eudes a glória de ter sido o precursor do culto da devoção dos Sagrados Corações de Jesus e de Maria. Morreu no dia 19 de agosto de 1680.  


Ó Pai, pela vossa misericórdia, São João Eudes anunciou as insondáveis riquezas de Cristo. Concedei-nos, por sua intercessão, crescer no vosso conhecimento e viver na vossa presença segundo o Evangelho, frutificando em boas obras. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.