sexta-feira, 26 de agosto de 2016

São Zeferino




O Papa Zeferino exerceu um dos pontificados mais longos da Igreja de Cristo, de 199 a 217. Foi o décimo quarto. 

Enfrentou um período difícil e tumultuado, com perseguições para os cristãos e de heresias que abalavam a Igreja mais que os próprios martírios. A confusão era generalizada, uns negavam a divindade de Jesus Cristo, outros se apresentavam como a própria revelação do Espírito Santo, profetizando e pregando o fim do mundo.

Mas, o Papa Zeferino que não era teólogo, foi muito sensato e, amparado pelo poder do Espírito Santo, se livrou dos hereges. Para isto, se uniu aos grandes sábios da época, como Santo Irineu, Hipólito e Tertuliano, dando um fim ao tumulto e livrando os cristãos da mentira e dos rigorismos.

O Papa Zeferino tinha uma grande aliado, o diácono Calisto, que seria o próximo papa. Ele determinou que Calisto organizasse cemitérios cristãos,onde os fiéis pudessem sepultar seus mortos e prestar homenagens aos mártires. Este trabalho foi a origem das catacumbas romanas, lugar histórico que testemunha grande parte da história cristã.

O Papa Santo Zeferino foi martirizado junto com o bispo Santo Irineu, no ano 217 e foi sepultado numa capela nas catacumbas que ele mandou construir em Roma, Itália.  


Deus eterno e todo-poderoso, quiseste que São Zeferino governasse todo o vosso povo, servindo-o pela palavra e pelo exemplo. Guardai, por suas preces, os pastores de vossa Igreja e as ovelhas a eles confiadas, guiando-os no caminho da salvação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Terremoto na Itália: 247 mortos e 264 feridos


No dia seguinte ao terremoto de 6 graus na escala Richter que atingiu o centro da Itália, a Defesa Civil confirmou a morte de 247 pessoas. Nos hospitais da região estão internados 264 feridos.

Mais de 880 bombeiros estão trabalhando nos resgates, inclusive uma pequena equipe do Vaticano. Destacamentos especiais com 30 cães farejadores seguem em busca de sobreviventes. Durante toda a noite as equipe se revezaram no trabalho de remoção dos escombros. As cidades mais atingidas são Amatrice, onde ainda há pessoas desaparecidas, Accumoli e Pescara del Tronto.

Bento XVI comenta sua relação com o Papa Francisco


O Papa emérito Bento XVI afirma, numa entrevista divulgada nesta quarta-feira, 24, que a sua obediência a Francisco “nunca esteve em causa”, e ao Pontífice agradece pela “benevolência” com que o tem tratado.

“A obediência ao meu sucessor nunca esteve em causa. Depois há o sentimento de comunhão fraterna e de amizade”, refere, numa entrevista publicada pelo jornal italiano ‘La Republica’.

Bento XVI conversa com Elio Guerriero, numa entrevista que vai integrar a nova biografia do Papa emérito, ‘Servidor de Deus e da humanidade’ (Mondadori), com distribuição prevista para 30 de agosto. O prefácio da obra é escrito pelo Papa Francisco.

O papa emérito considera que a eleição de um cardeal sul-americano como seu sucessor representou um convite a uma “comunhão mais extensa, mais católica”.

“Pessoalmente, fiquei profundamente sensibilizado desde o primeiro momento pela extraordinária disponibilidade humana do Papa Francisco em relação à minha pessoa. Logo depois da sua eleição procurou contactar-me por telefone”, revela.

Desde então, explica Bento XVI, existe uma relação “maravilhosamente paterna-fraterna”, que inclui breves cartas e visitas de Francisco.

“Aquilo que [Francisco] diz em relação à disponibilidade para com as outras pessoas não são só palavras: coloca-o em prática comigo”, assinala.

Espanha: Padre "abençoa" em sua paróquia o "matrimônio" entre duas lésbicas.

Sob o título "Blessing of Love" (Bênção do Amor), de significado dúbio, o pároco padre José García abençoou Carmen e Lucia , duas mulheres da cidade de Onda que se tinham casado civilmente apenas 24 horas antes.


O bispado de Segorbe-Castellón fez um comunicado de imprensa no qual recorda que abençoar a união civil entre duas lésbicas contradiz gravemente a doutrina da Igreja Católica. O sacerdote que realizou a bênção foi chamado pelo Bispo diocesano, e reconheceu que foi um delito gravemente errôneo e pediu desculpas por possíveis escândalos.

Dada a informação que apareceu hoje em um meio de comunicação digital nacional sobre a "bênção" da união de duas pessoas do mesmo sexo ocorrida na igreja paroquial de São Bartolomeu de Onda, no sábado, 30  de julho, o Bispado de Segorbe - Castellon, esclarece e informa:


Como o Catecismo da Igreja Católica, no parágrafo número 2358, todas as pessoas, independentemente da sua orientação sexual, devem ser respeitadas em sua dignidade e acolhidas com respeito, procurando evitar "qualquer sinal de discriminação injusta" e, particularmente, qualquer forma de agressão e violência.

CNBB divulga nota em defesa da Lei da Ficha Limpa


NOTA DA CNBB EM DEFESA DA LEI DA FICHA LIMPA 

O Conselho Episcopal Pastoral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, reunido em Brasília-DF, nos dias 23 e 24 de agosto, vem reafirmar a importância da Lei 135/2010, a Lei da Ficha Limpa, rejeitando toda e qualquer tentativa de desqualificá-la. Resultado da mobilização popular que coletou 1,6 milhões de assinaturas, a Lei da Ficha Limpa expressa a consciência da população de que, na política, não há lugar para corruptos.

Tendo sua constitucionalidade confirmada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que, em 2012, votou favoravelmente pelas Ações Declaratórias de Constitucionalidade (ADC 29 e 30), a Lei da Ficha Limpa insere-se no rol das leis mais importantes no combate à corrupção eleitoral e na moralização da política. Respaldada por grandes juristas e aprovada pelo Congresso Nacional, ela atesta a sobriedade de quem a propôs de forma que atacá-la ou menosprezá-la é enfraquecer a vontade popular de lutar contra a corrupção.

Deus é tudo para nós




Escutemos, irmãos, a voz da vida, que nos chama a beber da fonte da vida; Aquele que nos chama não é somente a fonte da água viva, mas também a fonte da vida eterna, a fonte da luz e da claridade; d’Ele procedem todos os bens da sabedoria, da vida e da luz eterna. O autor da vida é a fonte da vida, o criador da luz é a fonte da claridade; por isso, abandonando as coisas visíveis deste mundo e ultrapassando as coisas da terra, busquemos nas alturas do céu a fonte da luz, a fonte da vida, a fonte da água viva, como peixes espirituais e inteligentes, para bebermos a água que jorra para a vida eterna.

Oh se Vos dignásseis, Deus de misericórdia e Senhor de piedade, fazer-me chegar a essa fonte, para que também eu pudesse beber, com todos os que têm sede de Vós, a água viva na fonte viva e saborear sempre a sua inefável doçura, para nunca mais me separar dela e poder dizer: «Como é doce a fonte da água viva, a nascente inexaurível da água que jorra para a vida eterna!». Senhor, Vós mesmo sois esta fonte, que devemos desejar cada vez mais, sem nunca deixar de beber. Senhor Jesus Cristo, dai-nos sempre dessa água, para que se forme em nosso coração uma nascente de água viva que jorra para a vida eterna. É certamente muito o que Vos peço; quem o ignora? Mas Vós, o Rei da glória, podeis dar grandes coisas e prometestes dons excelentes: nada há maior que Vós mesmo, e quisestes dar-Vos a nós e entregar-Vos por nós.

Por isso Vos suplicamos que nos ensineis a amar-Vos como devemos. Nenhum bem desejamos fora de Vós mesmo, porque sois tudo para nós: a nossa vida, a nossa luz, a nossa salvação, o nosso alimento, a nossa bebida, o nosso Deus. Infundi em nosso coração, Senhor Jesus, a suavidade do vosso Espírito e feri as nossas almas com o vosso amor, para que a alma de cada um de nós possa dizer com toda a verdade: Dizei-me onde está o meu amado, porque estou ferida de amor.

Desejo, Senhor, que se grave em mim esta ferida. Ditosa a alma que está ferida deste amor; essa alma procura a fonte e bebe; bebe e tem sempre sede; essa alma procura sempre porque ama, e é curada pela ferida do amor. Digne-Se Jesus Cristo, nosso Deus e Senhor, médico bondoso, gravar esta ferida salutar em nossas almas, Ele que é um só Deus com o Pai e o Espírito Santo pelos séculos dos séculos. Amém.



Das Instruções de São Columbano, abade
(Instr. 13, De Christo fonte vitae, 2-3:
Opera, Dublin. 1957, 118-120) (Sec. VII)

Comentarista da Missa: figura controversa!


A cena é clássica, principalmente nas missas de domingo: Alguém pega um microfone, diz boa noite e começa a ler um texto de algum folheto ou livrinho, na maioria das vezes sem entender nada do que está lendo. E antes das leituras acontece cena parecida. Algumas vezes, responde sozinho/a o Salmo e as preces. Na apresentação das oferendas, diz: vamos apresentar no altar nossas ofertas e nossa vida. Na Comunhão, sai com essa: chegou o momento mais importante da celebração (como se a missa fosse uma subida), quem tiver preparado entre na fila, quem não tiver faça a comunhão espiritual. Após a comunhão, fala: Vamos ficar em silêncio e meditar sobre o que acabamos de receber. E por aí vai...  É o tal ou a tal comentarista da celebração. Seria esse o papel deste personagem litúrgico? Não seria o caso até de se chamar animador da celebração? Afinal, qual é mesmo a função do(a) comentarista ou animador litúrgico?

Nos textos oficiais sobre liturgia da Igreja não é previsto outro animador além do padre e o diácono. Mas, aos poucos, principalmente depois da reforma litúrgica, ele torna-se presente e importante nas celebrações, adquirindo inclusive uma função, principalmente na missa, qual seja: Criar um clima celebrativo e introduzir a comunidade no mistério celebrado. Ele/a deve fazer isso com palavras que brotem do coração e de fato toquem e chamem a atenção da assembleia. Por exemplo: "Que bom estarmos aqui...". E mais, assim como o presidente da celebração, ele/a não deve chamar atenção para si, mas apontar para Jesus Cristo celebrado. Ao longo da celebração haverá oportunidades para outras intervenções do/a comentarista.

Contudo, tanto no início quanto nas outras partes da celebração, evite-se ao máximo a leitura de comentários de folhetos; é importante também lembrar que fazer o comentário não significa fazer o resumo das leituras. Pois não é função do comentarista fazer sermões. Isso torna a celebração uma chatice.

Este personagem litúrgico presente em todas as comunidades, às vezes é muito controverso, devido principalmente aos exageros ou à falta de sentido litúrgico e até mesmo à falta de sentido de comunicação como muitos se comportam. Deste modo, o que era para ajudar, acaba atrapalhando.

Vejamos alguns dos principais erros e exageros que encontramos por aí e precisam ser corrigidos:

São Luís IX (Rei da França)


Luis Nono, rei da França, nasceu no dia 25 de abril de 1215. Era filho de Luis VIII e de Branca de Castella, ambos piedosos e zelosos que o cercaram de cuidados. Trataram pessoalmente da sua educação e formação religiosa. Foram tão bem sucedidos que Luis IX se tornou um dos soberanos mais benevolentes da História, um fervoroso cristão e fiel da Igreja.

Com a morte prematura do seu rei, a rainha assumiu o poder, pois Luís IX era muito novo para governar. Com zelo maternal, manteve o filho longe de uma vida de depravação tão comum das cortes. Luís, mesmo jovem, possuía as virtudes que o levaram à santidade: a piedade e humildade.

Em 1235, Luís casou-se com Margarida de Provença, uma jovem princesa que, assim como ele, cultivava grandes virtudes. Coroado rei, ele governou com justiça e solidariedade. Com o auxilio da rainha fundou igrejas, conventos, hospitais, abrigos para os pobres, órfãos, velhos e doentes. 


Acometido de uma grave doença, em 1245 Luis IX quase morreu. Então fez uma promessa: caso sobrevivesse empreenderia uma cruzada para ocupar a Terra Santa. Quando recuperou a saúde, em 1248 apesar das oposições da corte, cumpriu o que havia prometido. Preparou um grande exército e, por várias vezes, comandou as cruzadas para lá. Mas em nenhuma delas teve êxito. Na última vez, quando se aproximava de Túnis, foi acometido pela peste e, ali morreu, no dia 25 de agosto de 1270. 


Onipotente e Eterno Deus, que cumulaste, Vosso servo, o Rei de França, Luís Nono, com muitos dons e virtudes, fazei que eu também saiba corresponder a Vossa Divina Graça. Por Cristo Senhor, amém.