quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Eu salvarei o meu povo


Ninguém vem a Mim, senão aquele que é atraído por meu Pai. Não julgues que és atraído contra a tua vontade: a alma também é atraída pelo amor. Não devemos temer a censura que, por causa destas palavras evangélicas da Sagrada Escritura, poderiam dirigir‑nos alguns homens, que pesam materialmente as palavras mas estão muito longe de compreender o verdadeiro sentido das coisas divinas. Poderiam dizer‑nos: «Como posso acreditar livremente, se sou atraído?». E eu respondo: «Parece‑me pouco dizer que somos atraídos livremente: é com prazer que sentimos a força dessa atracção». Que significa ser atraído com prazer? 

Põe as tuas delícias no Senhor e Ele satisfará os anseios do teu coração. Trata‑se de um certo apetite da alma que nos torna saboroso o pão do Céu. Se o poeta pôde dizer: «Cada um é atraído pelo próprio apetite», não pela necessidade mas pelo prazer, não pela obrigação mas pelo gosto, não poderemos dizer nós, com maior razão, que o homem é atraído para Cristo, porque põe as suas delícias na verdade, na bem‑aventurança, na justiça, na vida eterna, e sabe que Cristo é tudo isto? Acaso terão os sentidos corporais os seus prazeres, sem que o espírito tenha também os seus? Se o espírito não pode experimentar as suas delícias, porque se diz no salmo: À sombra das vossas asas se refugiam os homens; podem saciar‑se da abundância da vossa casa e vós os inebriais com a torrente das vossas delícias. Em Vós está a fonte da vida e é na vossa luz que veremos a luz? 

Apresenta‑me alguém que ame e compreenderá o que afirmo. Apresenta‑me alguém que deseje, que tenha fome, que se sinta peregrino e exilado neste deserto, que tenha sede e suspire pela fonte da pátria eterna; apresenta‑me um destes homens e compreenderá o que digo. Mas se falo a um coração frio, esse não pode compreender nada do que estou a dizer. 

Mostra a uma ovelha um ramo verde e verás como atrais a ovelha. Oferece nozes a uma criança e verás como vem ao teu encontro, correndo para onde é atraída; é atraída pelo amor, é atraída sem coação física, é atraída pelos vínculos do coração. Ora, se estas delícias e estes gostos terrenos, quando se oferecem a quem os ama, exercem tão forte atracção – porque «cada um é atraído pelo próprio apetite» – como não há‑de atrair‑nos o amor de Cristo, que é a revelação do Pai? Que pode a alma desejar mais ardentemente que a verdade? De que outra coisa pode sentir‑se o homem mais faminto? Para que deseja ele ter são o paladar interior, senão para discernir a verdade, para comer e beber a sabedoria, a justiça, a verdade, a eternidade? 

Diz o Senhor: Bem‑aventurados os que têm fome e sede de justiça, cá na terra, porque serão saciados, lá no Céu. Dou‑lhes o que amam; dou‑lhes o que esperam; verão aquilo em que acreditaram sem ver; comerão e serão saciados com aqueles bens de que tiveram fome e sede. Onde? Na ressurreição dos mortos, porque Eu os ressuscitarei no último dia.


Dos Tratados de Santo Agostinho, bispo, sobre o Evangelho de São João
(Tract. 26, 4-6: CCL 36, 261-263) (Sec. V)

Jesus podia pecar?


Jesus poderia ter pecado? Trata-se de uma questão teológica tradicional e, por meio dela, é possível entender em que consiste a liberdade do homem e o seu livre arbítrio. Já no início é preciso responder que NÃO, Jesus não podia ter pecado. Jesus era verdadeira homem e verdadeiramente Deus, duas NATUREZAS, mas uma só PESSOA divina. A natureza humana de Jesus, verdadeira, perfeita, igual ao homem em tudo era a natureza humana de uma pessoa divina.

Dentro do universo das possibilidades de Deus não existe o pecado, assim, não é possível que Deus peque, no entanto, apesar de não ser possível, Deus é absoluta e totalmente livre. O homem, por sua vez, crê que a liberdade é a faculdade de desobedecer, porém, Santo Agostinho nos recorda que só existe verdadeira liberdade para se fazer o bem. Como explicar?

A capacidade do homem em proceder escolhas é chamada tecnicamente de livre arbítrio. Ao escolher livremente o pecado, o homem perde a liberdade, pois o pecado gera a escravidão. É somente quando ele usa o livre-arbítrio para obedecer a Deus é que se gera a liberdade. A virtude não vicia, não escraviza.

A liberdade de Deus se caracteriza pela perfeita harmonia e consonância com a sua própria natureza, inimaginável pelo homem. Jesus, embora fosse uma pessoa divina, era perfeitamente Deus e perfeitamente homem, dotado de liberdade e vontade humanas.

São Daniel e seus companheiros


Os frades franciscanos doaram à Igreja grandes santos. Hoje celebramos a memória de sete missionários que dispensaram todos seus esforços para a evangelização do Norte da África e foram brutalmente martirizados. 

Em 1227, um ano após a morte de São Francisco, sete membros da ordem, vindos da Itália e liderados por Daniel, chegaram à Espanha, expressando ao superior geral, Irmão Elias, o desejo de evangelizar os muçulmanos na cidade de Marrocos. Era um ato verdadeiramente corajoso, porque as autoridades marroquinas haviam proibido qualquer forma de propaganda da fé cristã. 

Nas estradas e ruas da cidade, falando em latim e em italiano, anunciaram Cristo, contestando com palavras rudes a religião de Maomé. As autoridades mandaram que fossem capturados. Levados à presença do Sultão, foram classificados como loucos, devendo permanecer na prisão. 

Depois de sete dias, todos eles voltaram à presença do Sultão que se esforçou de todas as maneiras para que negassem a religião cristã. Mas não conseguiu. Então condenou à morte os sete franciscanos que se mantiveram firmes no cristianismo. No dia 10 de outubro, foram decapitados em praça pública e seus corpos destroçados. Graças a alguns comerciantes cristãos, seus corpos foram recolhidos e seus restos mortais levados para a Espanha. 


Acolhei ó Deus de amor nosso desejo missionário e, pela intercessão de são Daniel e seus companheiros, inspirai-nos palavras e ações missionárias, que traduzam ao mundo vosso carinho pela vida humana. Por Cristo nosso Senhor. Amém. 

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Obras de misericórdia: melhor antídoto ao vírus da indiferença, afirma o Papa


PAPA FRANCISCO

AUDIÊNCIA GERAL
Praça São Pedro
Quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Não basta experimentar a misericórdia de Deus; é preciso que a pessoa que a recebe se torne também sinal e instrumento dela para os outros. E como poderemos ser testemunhas de misericórdia? Não pensemos que se trata de realizar grandes esforços ou gestos sobre-humanos. Jesus indica-nos uma estrada muito mais simples, feita de gestos pequenos mas de tão grande valor a olhos d’Ele que sobre tais gestos seremos julgados: dar de comer a quem tem fome, dar de beber a quem tem sede, vestir os nus, dar pousada aos peregrinos, assistir aos enfermos, visitar os presos, enterrar os mortos. A Igreja chama-lhes obras de misericórdia corporal, porque socorrem as pessoas nas suas necessidades materiais. Mas temos também as sete obras de misericórdia espiritual: dar bons conselhos, ensinar os ignorantes, corrigir os que erram, consolar os tristes, perdoar as injúrias, suportar com paciência as fraquezas do nosso próximo, rezar a Deus por vivos e defuntos. Estas obras são o modo concreto de viver a misericórdia. Não devemos andar à procura de grandes empreendimentos e obras; o melhor é começar pelas mais simples que o Senhor nos aponta como sendo as mais urgentes. Santa Teresa de Calcutá é recordada não tanto pelas muitas casas que abriu no mundo, como sobretudo porque se inclinava sobre cada pessoa que encontrava abandonada no meio da estrada para lhe devolver a dignidade. O melhor antídoto para um mundo ferido pelo vírus da indiferença é praticar as obras de misericórdia. 

A devoção a Maria é fonte de vida cristã profunda


“Viva a Mãe de Deus e nossa, sem pecado concebida! Viva a Virgem Imaculada, a Senhora Aparecida!” 

Desde que pus os pés em terra brasileira, nos vários pontos por onde passei, ouvi este cântico. Ele é, na ingenuidade e singeleza de suas palavras, um grito da alma, uma saudação, uma invocação cheia de filial devoção e confiança para com aquela que, sendo verdadeira Mãe de Deus, nos foi dada por seu Filho Jesus no momento extremo da sua vida para ser nossa Mãe. 

Sim, amados irmãos e filhos, Maria, a Mãe de Deus, é modelo para a Igreja, é Mãe para os remidos. Por sua adesão pronta e incondicional à vontade divina que lhe foi revelada, torna-se Mãe do Redentor, com uma participação íntima e toda especial na história da salvação. Pelos méritos de seu Filho, é Imaculada em sua Conceição, concebida sem a mancha original, preservada do pecado e cheia de graça. 

Ao confessar-se serva do Senhor (Lc 1,38) e ao pronunciar o seu sim, acolhendo “em seu coração e em seu seio” o mistério de Cristo Redentor, Maria não foi instrumento meramente passivo nas mãos de Deus, mas cooperou na salvação dos homens com fé livre e inteira obediência. Sem nada tirar ou diminuir e nada acrescentar à ação daquele que é o único Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, Maria nos aponta as vias da salvação, vias que convergem todas para Cristo, seu Filho, e para a sua obra redentora. 

Maria nos leva a Cristo, como afirma com precisão o Concílio Vaticano II: “A função maternal de Maria, em relação aos homens, de modo algum ofusca ou diminui esta única mediação de Cristo; antes, manifesta a sua eficácia. E de nenhum modo impede o contato imediato dos fiéis com Cristo, antes o favorece”. 

Mãe da Igreja, a Virgem Santíssima tem uma presença singular na vida e na ação desta mesma Igreja. Por isso mesmo, a Igreja tem os olhos sempre voltados para aquela que, permanecendo virgem, gerou, por obra do Espírito Santo, o Verbo feito carne. Qual é a missão da Igreja senão a de fazer nascer o Cristo no coração dos fiéis, pela ação do mesmo Espírito Santo, através da evangelização? Assim, a “Estrela da Evangelização”, como a chamou o meu Predecessor Paulo VI, aponta e ilumina os caminhos do anúncio do Evangelho. Este anúncio de Cristo Redentor, de sua mensagem de salvação, não pode ser reduzido a um mero projeto humano de bem-estar e felicidade temporal. Tem certamente incidências na história humana coletiva e individual, mas é fundamentalmente um anúncio de libertação do pecado para a comunhão com Deus, em Jesus Cristo. De resto, esta comunhão com Deus não prescinde de uma comunhão dos homens uns com os outros, pois os que se convertem a Cristo, autor da salvação e princípio de unidade, são chamados a congregar-se em Igreja, sacramento visível desta unidade humana salvífica. 

Por tudo isto, nós todos, os que formamos a geração hodierna dos discípulos de Cristo, com total aderência à tradição antiga e com pleno respeito e amor pelos membros de todas as comunidades cristãs, desejamos unir-nos a Maria, impelidos por uma profunda necessidade da fé, da esperança e da caridade. Discípulos de Jesus Cristo neste momento crucial da história humana, em plena adesão à ininterrupta Tradição e ao sentimento constante da Igreja, impelidos por um íntimo imperativo de fé, esperança e caridade, nós desejamos unir-nos a Maria. E queremos fazê-lo através das expressões da piedade mariana da Igreja de todos os tempos. 

A devoção a Maria é fonte de vida cristã profunda, é fonte de compromisso com Deus e com os irmãos. Permanecei na escola de Maria, escutai a sua voz,segui os seus exemplos. Como ouvimos no Evangelho, ela nos orienta para Jesus: Fazei o que ele vos disser (Jo 2,5). E, como outrora em Caná da Galiléia, encaminha ao Filho as dificuldades dos homens, obtendo dele as graças desejadas. Rezemos com Maria e por Maria: ela é sempre a “Mãe de Deus e nossa”.


Da Homilia na Dedicação da Basílica Nacional de Aparecida, do papa João Paulo II
(Pronunciamentos do Papa no Brasil, Edit.
Vozes, Petrópolis 1980, 125. 128. 129. 130)
(Séc.XX)

A predestinação Calvinista


Nunca diga no coração e nem com a boca: "O Senhor é quem me predestinou a pecar", porque Deus não precisa de pecadores e jamais faz o que ele detesta e abomina. Ele criou o ser humano livre e pôs diante de nós o fogo e a água. Ponhamos a mão no que quisermos. - Eclesiástico 15,13-16.

Esta doutrina diabólica apresenta O Deus de Amor como um ser pior do que o diabo. Leia e entenda.Os protestantes presbiterianos e alguns batistas ensinam que “ uma vez salvo, salvo para sempre”. Herdaram este ensinamento de João Calvino, fundador do calvinismo, que interpretou erroneamente a palavra de Jesus: “Eu conheço as minhas ovelhas e lhes dou a vida eterna e foi meu Pai que as me deu e ninguém pode arrebatá-las de minha mão” (João 10,28). Calvino dizia que é impossível que um eleito perdesse a salvação. Com versos isolados que falam que Deus nos predestinou para a salvação desde a fundação do mundo (Efésios 1,3-9) - no caso predestinou coletivamente e não individualmente - Calvino criou essa heresia que faz de Deus um psicopata, porque os calvinistas pregam que foi Deus quem predestinou o diabo a ser diabo e bilhões de pessoas a irem ao inferno. Pense que doutrina diabólica!

A Bíblia combate essa heresia com as seguintes palavras: “Procurai cada vez mais confirmar e ratificar a vossa eleição, porque procedendo assim jamais tropeçareis e só assim é que vos será permitida a entrada no Reino de Deus e de Cristo” ( 2 Pedro 1,10) e Paulo escreveu que mesmo um eleito deve vigiar para não cair (Hebreus 6,4-8). Os presbiterianos insistem que: “Quem é o ser humano para resistir à graça de Deus?!” Mas a Bíblia ensina o contrário. Deus disse: “Eu te amei e com cordas de amor eu te atraí, mas quanto mais eu te amava, mas te afastavas de mim” (Oséias 11,1-4). Alguém teria coragem de dizer que isso não é resistir à Graça? E Deus disse ainda: “Eu lhes falava pelo Meu Espírito e pleiteava com eles, mas eles endureceram o coração como diamante e não quiseram seguir minhas leis e nem meus mandamentos” (Zacarias 7,11-13). Alguém teria coragem de dizer que isso não é resistir à Graça? O Filho de Deus quando esteve na Terra chorou a desgraça dos habitantes de Jerusalém e disse: “Quantas vezes eu os quis ajuntar como a galinha ajunta os pintinhos embaixo das asas, mas vós não o quisestes” (Lucas 19,41-45; Mateus 23,37). Alguém tem coragem de dizer que a Graça não pode ser resistida? Faça-me o favor!

Deus prevê as coisas NÃO porque ele vai fazer com que aconteçam e sim porque pode ver as escolhas que suas criaturas farão.

A Luz que ilumina todo o homem


A lâmpada colocada sobre o candelabro, de que fala a Escritura, é Nosso Senhor Jesus Cristo, verdadeira Luz do Pai, que ilumina todo o homem que vem a este mundo. Fez‑Se lâmpada, ao assumir a natureza humana; por isso é a Luz, isto é, a Sabedoria e a Palavra natural do Pai, que é proclamada na Igreja de Deus pela fé e piedade dos fiéis. Glorificado e manifestado entre as nações pela vida santa e pela fidelidade aos seus mandamentos, brilha para todos os que estão em casa, isto é, para todos os homens que vivem neste mundo, como diz a mesma Palavra de Deus no Evangelho: Não se acende uma lâmpada para colocar debaixo do alqueire, mas sobre o candelabro, para que ilumine a todos os que estão em casa. A Si mesmo Se chama lâmpada, porque, sendo Deus por natureza, Se fez homem para comunicar a sua luz. Também o santo rei David se referia a isto quando dizia, falando do Senhor: A vossa palavra é uma lâmpada para os meus passos, uma luz para os meus caminhos. 

Com razão, portanto, a Escritura chama lâmpada ao nosso Salvador e nosso Deus, porque dissipa as trevas da ignorância e do mal. Só Ele dissipa, como uma lâmpada, a escuridão da ignorância e as sombras do pecado; assim Se tornou para todos os homens o caminho da salvação. Pelo seu poder e sabedoria conduz ao Pai aqueles que querem seguir com Ele pelo caminho da justiça, através dos mandamentos divinos. E chamou candelabro à sua santa Igreja, porque nela resplandece a Palavra de Deus mediante a pregação, para iluminar com o esplendor da verdade todos os que habitam neste mundo como numa casa e saciar todas as almas com o conhecimento de Deus. 

A Palavra de Deus não pode de modo algum ficar oculta debaixo do alqueire; pelo contrário, deve ser posta bem em evidência, no mais alto esplendor da Igreja. Colocada debaixo do alqueire, isto é, escondida pela letra da lei, deixaria todos os homens privados da luz eterna; não seria fonte de contemplação espiritual para aqueles que procuram libertar‑se da sedução enganadora dos sentidos, que nos inclinam a captar somente as coisas passageiras e materiais; mas colocada sobre o candelabro que é a Igreja, isto é, fundada sobre o culto em espírito e verdade, a Palavra revelada pode iluminar todos os homens. Se a letra não é interpretada segundo o seu sentido espiritual, não tem senão o valor material da sua expressão e não permite que a alma chegue a compreender o sentido do que está escrito. Não coloquemos, portanto, debaixo do alqueire, com os nossos pensamentos e acções, a lâmpada acesa, isto é, a Palavra que ilumina a inteligência, para não sermos culpados de dissimular sob a materialidade da letra a força incompreensível da Sabedoria. Coloquemo‑la sobre o candelabro que é a santa Igreja, no vértice supremo da verdadeira contemplação, para que se revele a todos o esplendor da revelação divina.


Das Respostas de São Máximo Confessor, abade, a Talássio
(Quaest. 63: PG 90, 667-670) (Sec. VII)

Nossa Senhora da Conceição Aparecida, padroeira do Brasil


A história de Nossa Senhora da Conceição Aparecida tem seu início pelos meados de 1717, quando chegou a notícia de que o Conde de Assumar, D. Pedro de Almeida e Portugal, Governador da Província de São Paulo e Minas Gerais, iria passar pela Vila de Guaratinguetá, a caminho de Vila Rica, hoje cidade de Ouro Preto (MG).

Convocados pela Câmara de Guaratinguetá, os pescadores Domingos Garcia, Filipe Pedroso e João Alves saíram à procura de peixes no Rio Paraíba. Desceram o rio e nada conseguiram.

Depois de muitas tentativas sem sucesso, chegaram ao Porto Itaguaçu, onde lançaram as redes e apanharam uma imagem sem a cabeça, logo após, lançaram as redes outra vez e apanharam a cabeça, em seguida lançaram novamente as redes e desta vez abundantes peixes encheram a rede.

A imagem ficou com Filipe, durante anos, até que presenteou seu filho, o qual usando de amor à Virgem fez um oratório simples, onde passou a se reunir com os familiares e vizinhos, para receber todos os sábados as graças do Senhor por Maria. A fama dos poderes extraordinários de Nossa Senhora foi se espalhando pelas regiões do Brasil.

Por volta de 1734, o Vigário de Guaratinguetá construiu uma Capela no alto do Morro dos Coqueiros, aberta à visitação pública em 26 de julho de 1745. Mas o número de fiéis aumentava e, em 1834, foi iniciada a construção de uma igreja maior (atual Basílica Velha).

No ano de 1894, chegou a Aparecida um grupo de padres e irmãos da Congregação dos Missionários Redentoristas, para trabalhar no atendimento aos romeiros que acorriam aos pés da Virgem Maria para rezar com a Senhora “Aparecida” das águas.

O Papa Pio X em 1904 deu ordem para coroar a imagem de modo solene, simbolizando a elevação da Senhora como eterna "Rainha do Brasil", com todo o apoio popular. A coroa foi oferecida pela princesa Isabel. Foi também por aclamação popular e a pedido dos Bispos brasileiros, que em 1930 o Papa Pio XI proclamou solenemente Nossa Senhora Aparecida a "Padroeira Oficial do Brasil". 

No dia 29 de abril de 1908, a igreja recebeu o título de Basílica Menor. Grande acontecimento, e até central para a nossa devoção à Virgem, foi quando em 1929 o Papa Pio XI declarou Nossa Senhora Aparecida Padroeira do Brasil, com estes objetivos: o bem espiritual do povo e o aumento cada vez maior de devotos à Imaculada Mãe de Deus.

Em 1967, completando-se 250 anos da devoção, o Papa Paulo VI ofereceu ao Santuário de Aparecida a Rosa de Ouro, reconhecendo a importância do Santuário e estimulando o culto à Mãe de Deus.

Com o passar do tempo, a devoção a Nossa Senhora da Conceição Aparecida foi crescendo e o número de romeiros foi aumentando cada vez mais. A primeira Basílica tornou-se pequena. Era necessária a construção de outro templo, bem maior, que pudesse acomodar tantos romeiros. Por iniciativa dos missionários Redentoristas e dos Senhores Bispos, teve início, em 11 de novembro de 1955, a construção de uma outra igreja, a atual Basílica Nova. Em 1980, ainda em construção, foi consagrada pelo Papa João Paulo ll, por ocasião de sua primeira visita ao Brasil, e recebeu o título de Basílica Menor. Em 1984, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) declarou oficialmente a Basílica de Aparecida Santuário Nacional, sendo o “maior Santuário Mariano do mundo".

Atualmente são milhões de peregrinos vindos, diariamente, de todos os estados do país e de várias outras nações católicas, especialmente das Américas. O dia de sua festa, 12 de outubro, desde 1988 é feriado nacional. 


Ó incomparável mãe Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Mãe de Deus, Rainha dos Anjos, Advogada dos pecadores, Refúgio e consolação dos aflitos e atribulados... Nossa Senhora Aparecida, cheia de poder e de bondade, lançai sobre nós um olhar favorável, para que sejamos socorridos por Vós, em todas as necessidades em que nos acharmos.

E de modo particular hoje faço meu pedido (diga agora sua intenção). Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, livrai-nos de tudo o que possa ofender-Vos e ao Vosso Santíssimo Filho Jesus. 

Nossa Senhora Aparecida, preservai-nos de todos os perigos da alma e do corpo, dirigi-nos em todos os assuntos espirituais e temporais, livrai-nos da tentação do demônio, para que, trilhando o caminho da virtude, possamos um dia ver-Vos e amar-Vos na eterna glória.

Nossa Senhora Aparecida rogai por nós.
Nossa Senhora Aparecida intercedei por nós.
Nossa Senhora Aparecida fazei-nos dignos das promessas do Teu Filho.

Amém.