PAPA FRANCISCO
AUDIÊNCIA
GERAL
Praça São Pedro
Quarta-feira, 12 de outubro de 2016
Quarta-feira, 12 de outubro de 2016
Não basta experimentar a misericórdia de Deus; é
preciso que a pessoa que a recebe se torne também sinal e instrumento dela para
os outros. E como poderemos ser testemunhas de misericórdia? Não pensemos que
se trata de realizar grandes esforços ou gestos sobre-humanos. Jesus indica-nos
uma estrada muito mais simples, feita de gestos pequenos mas de tão grande
valor a olhos d’Ele que sobre tais gestos seremos julgados: dar de comer a quem
tem fome, dar de beber a quem tem sede, vestir os nus, dar pousada aos
peregrinos, assistir aos enfermos, visitar os presos, enterrar os mortos. A
Igreja chama-lhes obras de misericórdia corporal, porque socorrem as pessoas
nas suas necessidades materiais. Mas temos também as sete obras de misericórdia
espiritual: dar bons conselhos, ensinar os ignorantes, corrigir os que erram,
consolar os tristes, perdoar as injúrias, suportar com paciência as fraquezas
do nosso próximo, rezar a Deus por vivos e defuntos. Estas obras são o modo
concreto de viver a misericórdia. Não devemos andar à procura de grandes
empreendimentos e obras; o melhor é começar pelas mais simples que o Senhor nos
aponta como sendo as mais urgentes. Santa Teresa de Calcutá é recordada não
tanto pelas muitas casas que abriu no mundo, como sobretudo porque se inclinava
sobre cada pessoa que encontrava abandonada no meio da estrada para lhe
devolver a dignidade. O melhor antídoto para um mundo ferido pelo vírus da
indiferença é praticar as obras de misericórdia.
Amados peregrinos de língua
portuguesa, saúdo-vos cordialmente a todos, com menção especial para o grupo de
Cabanelas e Cervães, de São Paulo e para os membros da Comunidade Shalom.
Voltemos a aprender de cor as obras de misericórdia e peçamos ao Senhor que nos
ajude a pô-las em prática. Sobre vós e vossas famílias, desça, misericordiosa,
a Bênção de Deus.
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