terça-feira, 18 de outubro de 2016

CNBB e Cáritas lançam campanha em solidariedade às vítimas do furacão Matthew


A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Cáritas Brasileira lançaram nesta quinta-feira, dia 13 de outubro, uma campanha SOS em solidariedade às vítimas do furacão Matthew, que atingiu o país caribenho no último dia 4 de outubro. Estima-se que um milhão de pessoas tenham sido afetadas pelas tempestades e que o número de mortes possa passar de 1 mil. Este foi o pior desastre enfrentado pelo país desde o terremoto de janeiro de 2010, quando mais de 300 mil haitianos e haitianas morreram. Ainda hoje há dezenas de milhares de pessoas vivendo em barracas devido às consequências do terremoto, o que agrava ainda mais a situação do país com a passagem do furacão Matthew.

Os recursos arrecadados com a campanha serão destinados a ações de urgência, como o fornecimento de água potável, alimentos, cobertores, kits de higiene, lonas e tendas. Será dada prioridade de atendimento às pessoas em abrigos improvisados, mulheres grávidas, crianças e adultos com deficiência física. Com este apoio, também pretende-se ajudar na reconstrução de casas, escolas e outras estruturas que busquem melhorar as condições de vida da população.

Ficam convidadas a colaborar com a campanha SOS em solidariedade às famílias haitianas as dioceses, paróquias, comunidades, congregações, escolas e todas as pessoas de boa vontade, de forma a realizarmos juntos um gesto concreto de solidariedade em favor dos irmãos e irmãs do Haiti. As ajudas financeiras podem ser depositadas nas seguintes contas, administradas pela Cáritas Brasileira em favor das vítimas do furacão Matthew: 

Batalha de Mossul aumenta temores de crise humanitária sem precedentes


A batalha para tomar a cidade iraquiana de Mossul dos extremistas pode desencadear uma crise humanitária sem precedentes capaz de levar às estradas centenas de milhares de civis em meio à aproximação do inverno, segundo as Nações Unidas.

O vice-secretário geral para assuntos humanitários e coordenador das ajudas urgentes da ONU, Stephen O’Brien, disse que estava “extremamente preocupado com a segurança de 1,5 milhão de pessoas que vivem em Mossul e que podem ser afetadas pelas operações militares”.

O primeiro-ministro, Haider al-Abadi, anunciou o lançamento das operações para reconquistar a segunda cidade do país, tomada em 2014 pelo grupo Estado Islâmico (EI) e principal reduto da organização extremista, que não para de perder territórios.

“Fazemos todo o possível para que sejam tomadas todas as medidas caso ocorra o pior cenário humanitário. Mas tememos que ainda haja muito a ser feito”, admite Lise Grande, coordenadora humanitária da ONU para o Iraque.

“No pior dos casos, nos encaminhamos literalmente para a maior operação humanitária de 2016” e, segundo a ONU, um milhão de pessoas podem ser deslocadas em questão de semanas.

– Ausência de fundos -“Existe uma regra informal pela qual nenhuma instituição pode encarar um movimento de população de mais de 150.000 pessoas ao mesmo tempo”, ressalta Grande. 

Wikileaks revela complô em campanha de Clinton contra a Igreja e bispos reagem


Após uma série de vazamento de e-mails de importantes personagens políticos sobre um possível movimento de “Primavera Católica” que buscava plantar “sementes da revolução” dentro da Igreja, os Bispos dos Estados Unidos criticaram a interferência e asseguraram que o Evangelho está a serviço do bem comum e não de agendas políticas. Esta “Primavera Católica” equivaleria à “Primavera Árabe”, uma série de manifestações antigovernamentais ocorridas anos atrás no Oriente Médio e no norte da África.

“Houve relatórios recentes de que algumas pessoas poderiam ter procurado interferir na vida interna da Igreja para um ganho político a curto prazo”, disse o presidente da Conferência de Bispos Católicos dos Estados Unidos e Arcebispo do Louisville, Dom Joseph Kurtz. “Se for verdade, isto é preocupante para o bem-estar das comunidades de fé e o bem de nosso país”.

“Em nossa fé e em nossa Igreja, Cristo nos deu um precioso dom. Como católicos, apegamo-nos a nossas crenças que vêm de Jesus, não de um consenso falsificado por normas contemporâneas”, disse no dia 13 de outubro.

“Também esperamos que as autoridades públicas respeitem os direitos do povo a viver sua fé sem interferência do Estado”, acrescentou o Arcebispo. “Quando as comunidades de fé perdem este direito, a própria ideia do que significa ser um americano está perdida”.

Dom Kurtz não mencionou diretamente a controvérsia sobre uma troca de e-mails de 10 e 11 de fevereiro de 2012, entre o John Podesta, atual chefe de campanha da candidata presidencial do Partido Democrata Hillary Clinton, e Sandy Newman, presidente da organização progressista ‘Voices for Progress’ (Vozes para o Progresso).

Newman parece ter iniciado a troca de e-mails, com o título “A abertura para uma Primavera Católica? Apenas pensando”, e se referiu à controvérsia sobre as objeções católicas à cobertura obrigatória de anticoncepção nos planos de saúde de empregadores do mandato do Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS) impulsionado por Barack Obama, que obrigaria católicos a prover, entre outras, substâncias causadoras de abortos.

“É preciso ter uma Primavera Católica, na qual os católicos exijam o fim de uma ditadura medieval e o início de um pouco de democracia e respeito pela igualdade de gênero na Igreja Católica”, disse Newman, perguntando se a cobertura anticoncepcional poderia ser um ponto de encontro para um movimento assim. 

O Senhor segue atrás dos seus pregadores


Irmãos caríssimos: Nosso Senhor e Salvador ensina‑nos umas vezes por palavras e outras por ações. Com efeito, as suas próprias obras são preceitos, pois com elas nos dá a conhecer tacitamente o que devemos fazer. Ele envia os seus discípulos em pregação dois a dois, porque são dois os mandamentos da caridade, a saber, o amor de Deus e do próximo. O Senhor manda os seus discípulos em pregação dois a dois, para nos indicar isto sem palavras: quem não tiver caridade para com os outros de modo algum deve assumir o ofício da pregação. Apropriadamente se diz que os mandou à sua frente a todas as cidades e lugares aonde Ele próprio havia de ir. Na verdade, o Senhor segue os seus pregadores, porque a pregação prepara a sua vinda. O momento em que o Senhor vem habitar no nosso espírito é justamente quando as palavras de exortação aparecem antes d’Ele e por meio delas a verdade é recebida na alma. É por isso que Isaías diz aos mesmos pregadores: Preparai o caminho do Senhor, aplanai as veredas para o nosso Deus. Também o Salmista lhes diz: Abri caminho Àquele que sobe sobre o ocaso. É o Senhor que sobe sobre o ocaso, porque a sua morte Lhe serviu de pedestal para manifestar mais esplendorosamente a sua glória na ressurreição. Sobe sobre o ocaso, dizemos, porque a morte que suportou, Ele a calcou aos pés ao ressurgir. Portanto, abrimos caminho Àquele que sobe sobre o ocaso quando pregamos às vossas almas a sua glória, para que venha depois Ele próprio iluminá‑las com a presença do seu amor. Mas ouçamos o que diz aos pregadores que enviou: A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai portanto ao senhor da messe que mande operários para a sua messe. Para a messe, que é grande, os trabalhadores são poucos, o que não podemos referir sem tristeza; porque, embora haja quem ouça a boa nova, falta quem a pregue. De facto o mundo está cheio de sacerdotes, mas muito raramente se encontra um operário na messe de Deus. É verdade que recebemos o ministério sacerdotal, mas não cumprimos as obrigações do cargo. Pensai, caros irmãos, pensai no que diz o Evangelho: Rogai ao senhor da messe que mande operários para a sua messe. Pedi por nós para que possamos trabalhar por vós como convém; para que a nossa língua não deixe de vos exortar, não seja caso, que, tendo recebido o ofício da pregação, o nosso silêncio nos venha acusar perante o justo juiz.


Das Homilias de São Gregório Magno, papa, sobre os Evangelhos
(Hom. 17, 1-3: PL 76, 1139) (Sec. VI)

O Segredo de La Salette




Dificuldades na transcrição da visão


Maximin
Maximin e Mélanie foram beneficiados por um privilegiado e manifesto auxílio sobrenatural para serem fiéis a tudo que tinham visto ou ouvido. Este fato não evitou que a complexidade da visão e as limitadas forças intelectuais dos videntes criassem dificuldades para verter a aparição no papel. Maximin era pouco hábil em redação. Em 1851 foi necessário que reescrevesse tudo, devido às manchas de tinta do seu escrito. Sua escassez de recursos reflete-se na redação. O modo como se deu a revelação também contribui para um certo vai e vem na ordem cronológica do relato dos videntes. Houve sucessivas redações do segredo resultantes desse esforço de explicitação dos videntes, em especial de Mélanie.



O segredo na sua forma mais completa


Mélanie
Os videntes só aceitaram revelar o segredo antes de 1858 por obediência, e com a finalidade de ser levado ao conhecimento exclusivo do Papa. Este foi o motivo da primeira redação oficial do segredo, feita por Maximin em 3 de julho de 1851, e por Mélanie três dias depois.


Em 1853 o novo bispo de Grenoble, Mons. Ginoulhiac, ordenou que eles voltassem a verter o segredo no papel. Todas estas redações ficaram sob sigilo no Vaticano.


Em 1858, ano da aparição de Nossa Senhora em Lourdes, os videntes ficaram liberados da obrigação do silêncio e deram a público o segredo.


Mélanie enviou ao Papa, o Beato Pio IX, uma redação mais aprimorada. No resto da vida, tanto Mélanie quanto Maximin responderam a inúmeras consultas e pedidos de esclarecimento.

Transcreveremos a seguir na íntegra a versão do segredo que é tida pelo Pe. Corteville como a mais completa. É uma redação mais extensa, feita por Mélanie em 21 de novembro de 1878, considerada definitiva pela vidente.

São Lucas, evangelista


Lucas nasceu na Antioquia. Era médico, pintor e possuidor de uma vasta cultura. Foi convertido e batizado por São Paulo. No ano 43 já viajava ao lado do apóstolo Paulo, sendo considerado seu filho espiritual. Assim, através de seus escritos, Lucas tornou-se o relator do nascimento de Jesus e o principal biógrafo da Virgem. 

Lucas é um dos quatro evangelistas. O seu evangelho é reconhecido como o do amor e da misericórdia. Além do Evangelho, escreveu os Atos dos Apóstolos, onde registrou o desenvolvimento da Igreja na comunidade primitiva. 

Lucas não conviveu pessoalmente com Jesus e por isso a sua narrativa é baseada em depoimentos de pessoas que testemunharam a vida e a morte de Jesus. Parece que Lucas recebeu de Maria muitas informações sobre a infância de Jesus. Possuindo maior cultura que os outros evangelistas, seu evangelho utiliza uma linguagem mais aprimorada que a dos outros evangelistas, o que revela seu perfeito domínio do idioma grego. 

Quando das prisões de São Paulo, Lucas acompanhou o mestre, tanto no cárcere como nas audiências. A tradição cristã nos diz que depois do martírio de São Paulo, Lucas continuou a pregação. Ele teria seguido pela Itália, Gália, Dalmácia e Macedônia. 

Lucas é o evangelista que mais pintou a fisionomia humana do Redentor, a sua mansidão, as suas atenções para com os pobres, para com os desprezados, para com as mulheres, e para com os pecadores arrependidos. É o biógrafo de Nossa Senhora e da infância de Jesus. O Evangelho de São Lucas se dirige a todos os homens, mostrando-nos que Jesus de Nazaré veio trazer a salvação universal. 


Glorioso são Lucas, que tivestes a graça de ser inspirado por Deus Altíssimo para escrever seu santo Evangelho, rogai por todos nós, para que sejamos sempre fiéis estudiosos das sagradas escrituras e confiantes seguidores de Cristo. Que vive e reina para sempre. Amém. 

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Sou trigo de Deus e serei moído pelos dentes das feras


Escrevo a todas as Igrejas e asseguro a todas elas que estou disposto a morrer de bom grado por Deus, se vós não o impedirdes. Peço‑vos que não manifesteis por mim uma benevolência inoportuna. Deixai‑me ser pasto das feras, pelas quais poderei chegar à posse de Deus. Sou trigo de Deus e devo ser moído pelos dentes das feras, para me transformar em pão limpo de Cristo. Rezai por mim a Cristo, para que, por meio desses instrumentos, eu seja sacrifício para Deus. Para nada me serviriam os prazeres do mundo ou os reinos deste século. Prefiro morrer em Cristo Jesus a reinar sobre todos os confins da terra. Procuro Aquele que morreu por nós; quero Aquele que ressuscitou por nossa causa. Estou prestes a nascer. Tende piedade de mim, irmãos. Não me impeçais de viver, não queirais que eu morra. Não me entregueis ao mundo, a mim que desejo ser de Deus, nem penseis seduzir‑me com coisas terrenas. 

Deixai‑me alcançar a luz pura. Quando lá chegar serei verdadeiramente um homem. Deixai‑me ser imitador da paixão do meu Deus. Se alguém O possuir, compreenderá o que quero e terá compaixão de mim, por conhecer a ânsia que me atormenta. O príncipe deste mundo quer arrebatar‑me e corromper a disposição da minha vontade para com Deus. Nenhum de vós o ajude; tornai‑vos antes partidários meus, isto é, de Deus. Não queirais ter ao mesmo tempo o nome de Jesus Cristo na boca e desejos mundanos no coração. Não me queirais mal. Mesmo que eu vo‑lo pedisse na vossa presença, não me devíeis acreditar. Acreditai antes nisto que vos escrevo. Estou a escrever‑vos enquanto ainda vivo, mas desejando morrer. 

O meu Amor está crucificado e não há em mim fogo que se alimente da matéria. Mas há uma água viva que murmura dentro de mim e me diz interiormente: «Vem para o Pai». Não me satisfazem os alimentos corruptíveis nem os prazeres deste mundo. Quero o pão de Deus, que é a Carne de Jesus Cristo, nascido da linhagem de David, e por bebida quero o seu Sangue que é a caridade incorruptível. Já não quero viver mais segundo os homens; e isto acontecerá, se vós quiserdes. Peço‑vos que o queirais, para que também vós alcanceis benevolência. Peço‑vos em poucas palavras: acreditai‑me. Jesus Cristo vos fará compreender que digo a verdade. Ele é a boca da verdade, no qual o Pai falou verdadeiramente. Pedi por mim para que o consiga. Não vos escrevi segundo a carne, mas segundo o espírito de Deus. Se padecer o martírio, ter‑me‑eis amado; se me rejeitarem, ter‑me‑eis querido mal.


Da Carta de Santo Inácio, bispo e mártir, aos Romanos
(Cap. 4, 1-2; 6, 1 – 8, 3: Funk 1, 217-223) (Sec. I)

Podemos Julgar as ações de um irmão ou não?


Quando se fala em “JULGAR”, talvez na cabeça de muitos por ai venha o versículo "Não julguem, e vocês não serão julgados” (Mt 7,1), lembrando do princípio básico da leitura bíblica para não se chegar uma interpretação pessoal (2°Pedro 1,20) ou errônea (Jo 5,39) não podemos pegar um “trecho fora do contexto para fazer pretexto”, como acontece com muitos que só leem, ouvem e escutam o que -lhes interessam ou gostam e não os convém com a Verdade em si (Palavra de Deus_ interpretada pelo Magistério)... “Não seja feito a minha vontade, mas a Tua.” (Lc 22,21) e por isso “Os homens desprezam o conhecimento de Deus; por isso, Deus os abandonou ao sabor de uma mente INCAPAZ DE JULGAR” (Rm 1,28), portanto “não podemos nós amoldar as estruturas desse mundo... mas distinguir qual é a vontade de Deus: o que é bom, o que é agradável a ele, o que é perfeito.” (Rm 12,2).

Voltando ao “Não Julgueis...” (Mt 7,1)  entendo que devemos ler todo o capítulo para interpretar o versículo e que devemos sempre consultar a Igreja (Magistério) para ver se nossa “interpretação acerca daquele versículo” está correta ou não. Portanto, devemos Ler e Compreender todo o capítulo 7 de Mateus para entendermos que Julgar não é proibido ou errado, somente se:

-For errôneo! 

Julgarmos e medirmos como Deus (único que tem o poder de “sentenciar”) ou fazermos como os “HIPÓCRITAS” que julgam sem analisar a si próprios “... a trave que está no próprio olho” e ficam "olhando o cisco que está no olho do seu irmão...” (Mt 7,3). 

Observe bem no final do v.5 de Mt 7 que Jesus deixa claro e resumido que “primeiro tire a trave do seu próprio olho, e então você enxergará bem para tirar o cisco do olho de teu irmão”. Veja que a expressão “cisco” é a mesma coisa que “pecado” ou um “ato errado”, não resta dúvidas que ‘Deus não proibiu definitivamente julgar o erro ou pecado de seu irmão’.

“Deus ama o pecador, mas odeia o pecado.” (Jo 3,16; Rm 5,8)