sexta-feira, 28 de outubro de 2016

O diácono de Rito Oriental


A palavra Diácono vem do grego Diakonos e é encontrara 30 vezes no Novo Testamento. O Diácono é um cargo hierárquico existente desde os primeiros tempos da Igreja de Cristo. Tendo função primordial de servir aos presbíteros e bispos. E logicamente ser interlocutor entre os fieis e o clero. 

Na liturgia oriental, o Diácono, não pode dar bençãos (diferente do rito romano-Igreja Católica Romana) e nem realizar casamentos.

Aos diáconos são entregues a função de proclamar o Evangelho, iniciar as orações, auxiliar diretamente na Divina Liturgia, levar as oferendas, colocar o vinho no cálice e a água. 

Antes da ordenação Diaconal , existe o grau inferior chamado de Subdiaconato:


O subdiácono é o auxiliar do Diácono. Seu paramento se apresenta como uma Dalmática chamada de Sticharion. Onde o mesmo usa uma faixa  e uma estola em forma de "X" na frente e nas costas. 

São Judas Tadeu, apóstolo


Judas, um dos doze, era chamado também Tadeu ou Lebeu, que São Jerônimo interpreta como homem de senso prudente. Judas Tadeu foi quem, na Última Ceia, perguntou ao Senhor: “Senhor, como é possível que tenhas de te manifestar a nós e não ao mundo?” (Jo 14,22).

Temos uma epístola de Judas “irmão de Tiago”, que foi classificada como uma das epístolas católicas. Parece ter em vista convertidos, e combate seitas corrompidas na doutrina e nos costumes. Começa com estas palavras: “Judas, servo de Jesus Cristo, e irmão de Tiago, aos chamados e amados por Deus Pai, e conservados para Jesus Cristo: misericórdia, paz e amor vos sejam concedidos abundantemente”. Orígenes achava esta epístola “cheia de força e de graça do céu”.

Segundo São Jerônimo, Judas terá pregado em Osroene (região de Edessa), sendo rei Abgar. Terá evangelizado a Mesopotâmia, segundo Nicéforo Calisto. São Paulino de Nola tinha-o como apóstolo da Líbia. Conta-se que Nosso Senhor, em revelações particulares, teria declarado que atenderá os pedidos daqueles que, nas suas maiores aflições, recorrerem a São Judas Tadeu. Santa Brígida refere que Jesus lhe disse que recorresse a este apóstolo, pois ele lhe valeria nas suas necessidades. Tantos e tão extraordinários são os favores que São Judas Tadeu concede aos seus devotos, que se tornou conhecido em todo o mundo com o título de Patrono dos aflitos e Padroeiro das causas desesperadas.

O apóstolo Judas Tadeu se tornou um mártir da fé. Os sacerdotes pagãos furiosos mandaram assassinar o apóstolo, a golpes de bastões, lanças e machados. Tudo teria acontecido no dia 28 de outubro de 70. Sua imagem traz até hoje a palavra de Deus e um machado, símbolo de seu martírio. 


Senhor Jesus, Tu escolheste S. Judas entre os teus Apóstolos e fizeste dele, para o nosso tempo, o Apóstolo das causas desesperadas. Agradeço-Te por todos os benefícios que me concedeste por sua intercessão e peço-Te que me concedas a Tua graça nesta vida para que possa participar um dia, na Tua glória, na alegria eterna. Amém.

São Judas Tadeu, rogai por nós!

São Simão, apóstolo


Simão também chamado zelota e Cananeu é, talvez, o mais desconhecido dos apóstolos. Aliás, mesmo na Bíblia, recebeu apelidos para ser diferenciado de Simão Pedro. Ele é chamado de Simão, "o cananeu", pelos apóstolos Mateus e Marcos. Alguns estudiosos cristãos entendem que este "cananeu" pode ser uma referência a Canaã, a terra de Israel.

Mas quando Lucas, no seu Evangelho, o chama de "o zelote", parece querer indicar que Simão pertencera ao partido judeu radical que tinha o mesmo nome. Os radicais zelotes pregavam a luta armada contra os dominadores.

Sabe-se que Simão, como todos os outros apóstolos dos primeiros tempos do cristianismo, depois do Pentecostes percorreu caminhos pregando o Evangelho sem nada levar consigo. Operou muitos milagres, curou enfermos, leprosos e expulsou espíritos maus.

Outros relatos falam da pregação de Simão também no Egito, Líbia e Mauritânia. Segundo Eusébio, idôneo e célebre historiador, Simão teria sido o sucessor de Tiago na cátedra de Jerusalém, nos anos da trágica destruição da cidade santa.

Uma antiga tradição diz que Simão encontrou-se com o apostolo Judas Tadeu na Pérsia e, desde então, viajaram juntos. Percorreram as doze províncias do Império Persa, deixando o conhecimento histórico e religioso como foi encontrado num antigo livro da época chamado "Atos de Simão e Judas", de autor desconhecido. Nele consta que, no dia 28 de outubro do ano 70, houve o assassinato do apóstolo, preocupados com a eloqüência das pregações que convertiam multidões inteiras. Era apresentado com Nosso Senhor e foi crucificado pelos judeus.

O apóstolo é representado tendo em sua mão direita o livro aberto, que simboliza a evangelização dinâmica. O livro aberto significa que a Palavra de Deus é sempre atual. 


Deus de infinita misericórdia, que nos fizestes chegar ao conhecimento do vosso nome por meio dos bem-aventurados Apóstolos, concedei-nos, por intercessão de São Simão, que a vossa Igreja cresça continuamente com a conversão dos povos ao Evangelho. Por Nosso Senhor.

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Homilética: Finados (2 de Novembro) - Comemoração de Todos os Fiéis Falecidos: "A Esperança não decepciona"


A Igreja celebra o dia dos Fiéis Defuntos ou dia de Finados imediatamente após o dia de Todos os Santos (1º de novembro). Ambas as celebrações estão intimamente ligadas, uma vez que fazemos a memória dos que já se encontram na pátria celeste. Veneramos os santos reconhecidos oficialmente pela Igreja e pedimos a sua intercessão. No entanto, todos os que estão junto de Deus são também santos. Muitos deles foram nossos parentes, amigos ou conhecidos. Lembramo-nos deles e também de todas as pessoas que faleceram. 

Desde os primeiros séculos, os cristãos rezam pelos falecidos, visitando os túmulos dos mártires e recordando seus testemunhos de fé e amor. A partir do século V, a Igreja dedica um dia do ano para rezar por todas as pessoas falecidas, também por aquelas que ninguém lembra. É um dia que evoca saudade, esperança e compromisso. Saudade daqueles que partiram e marcaram, de uma maneira ou de outra, a vida de todos nós que ainda peregrinamos neste mundo. Esperança porque nos foi revelado que a morte não tem a última palavra, é passagem para a vida em plenitude. Compromisso porque queremos que nosso tempo histórico seja vivido de acordo com o que nos exorta a palavra de Deus. 

Como Jó, depositamos nossa confiança naquele que é o defensor da vida (I leitura). Renovamos nossa convicção de que “a esperança não decepciona”, como afirma Paulo em sua carta aos Romanos (II leitura). E nos consolamos, agradecidos, com a declaração de Jesus: “Esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não deixe perecer nenhum daqueles que me deu, mas que os ressuscite no último dia”.

Nossa vida é medida pelo tempo, ao longo do qual passamos por mudanças, envelhecemos e, como acontece com todos os seres vivos da terra, a morte aparece com o fim normal da vida, é a conclusão da peregrinação terrestre do homem.   Mas graças a Cristo, a morte cristã tem um sentido positivo.  São Paulo nos conforta dizendo:  “Para mim, a vida é Cristo, e morrer é lucro” (Fl 1,21); e nos diz ainda:  “Se com Ele morrermos, com Ele viveremos” (2Tm 2,11). Na morte, Deus chama o homem a si.  É por isso que o cristão pode sentir, em relação à morte, uma aspiração semelhante à de São Paulo: “O meu desejo é partir e ir estar com Cristo” (Fl 1,23). E cada cristão pode transformar a sua própria morte em um ato de obediência e de amor para com o Pai, a exemplo de Cristo.

Cremos firmemente que, da mesma forma que Cristo ressuscitou verdadeiramente dos mortos, e vive para sempre, assim também, depois da morte, os justos viverão para sempre (cf. Jo 6,39ss).  Crer na ressurreição dos mortos foi, desde os primeiros tempos, um elemento essencial da fé cristã.  E o próprio Jesus liga a fé na ressurreição à sua própria pessoa:  “Eu sou a ressurreição e a vida” (Jo 11,25).  Também recitamos o Credo e rezamos: “Creio na ressurreição dos mortos, na vida eterna”.  E com relação à morte Santa Teresinha do Menino Jesus dizia:  “Eu não morro, entro na vida”. E a Igreja nos encoraja à preparação para a morte e a pedir à Mãe de Deus que interceda por nós “agora e na hora da nossa morte”, como rezamos quotidianamente na oração da Ave Maria.


E ao nos dirigirmos aos cemitérios para rezar pelos nossos defuntos, somos convidados, mais uma vez, a renovar com coragem e com força a nossa fé na vida eterna, e mais, viver com esta grande esperança e testemunhá-la ao mundo.  Diante da morte, nada mais consolador do que a mensagem do próprio Cristo.  Ele sabia que iria passar por este caminho, pelo caminho da dor que culminaria com a sua morte de cruz.  Mas após o terceiro dia ocorreu a ressurreição.  E São Paulo vem ainda nos confirmar: “Se Cristo não ressuscitou, vazia é a nossa fé” (1Cor 15,14).

Por onde anda Pe. Roberto Lettieri?


Pe. Roberto Lettieri é o sacerdote fundador da Fraternidade Filhos da Probreza do Santíssimo Sacramento que ficou conhecida como Toca de Assis. O padre pregava retiros por todo o país e tornou-se afamado de santidade pela piedade com a qual celebrava a Missa. Desde 2008, no entanto, afastou-se da mídia e não se apresenta publicamente, bem como não dirige mais sua fundação.

Diante da pergunta onde está padre Roberto e das inúmeras especulações que surgiram em torno de sua imagem, a irmã Maria Madalena, OCD, escreveu uma carta que foi replicada no blog Guarda Roupa esclarecendo, em partes, a situação do religioso.

No início a freira relata o pesar pelas mentiras ditas e espalhadas sobre a situação do padre. Muitas davam conta de desequilíbrio mental. “Isto é uma afirmação muito grave e muito séria, a que não tem confirmação nem no comportamento dele nem em laudos médicos. É muito triste difamar um Ministro do Senhor com estas e outras acusações falsas e pesadas”, escreve a religiosa.

Espalhou-se que Pe. Roberto não celebrava mais a Eucaristia. Mentira, segundo a irmã, “o Padre nunca deixou de celebrar a Santa Missa um só dia. Não foi suspenso das Ordens, e celebra da mesmíssima forma do seu costume, todos os dias. Os poucos filhos que participam percebem que celebra com o mesmo ardor, fervor e amor de sempre o Santo Sacrifício, com a mesma duração, como se tivesse diante de 10.000 pessoas! Muito embora, nunca tenha se importado com a quantidade de pessoas presentes”, desabafa.

Católicos no mundo são quase 1 bilhão e 300 milhões


Por ocasião do Dia Mundial das Missões, celebrado neste domingo, 23, a agência Fides apresentou, como faz todos os anos, algumas estatísticas a fim de oferecer uma imagem panorâmica da Igreja no mundo. Os dados são tirados do último "Anuário Estatístico da Igreja" (atualizado em 31 de dezembro de 2014) e referem-se aos membros da Igreja, às suas estruturas pastorais, às atividades no campo da saúde, educação e assistência. Entre parênteses indica a variação, aumento (+) ou diminuição (-) em relação ao ano precedente, de acordo com a comparação feita pela agência Fides.

População mundial ultrapassa 7 bilhões

Em 31 de dezembro de 2014, a população mundial era de 7.160.739.000 pessoas, um aumento de 66.941.000 unidades, em comparação com o ano anterior. O aumento global também se refere este ano a todos os continentes, exceto a Europa: os maiores aumentos, mais uma vez, estão na Ásia (+37.349.000) e África (+23.000.000), seguidos pela América (+8.657.000) e Oceania (649.000). Diminui a Europa (-2.714.000).

Católicos em todo o mundo são 1.272.281.000

Também em 31 de dezembro de 2014 o número de católicos era de 1.272.281.000, com um aumento global de 18.355.000 milhões de pessoas, menor do que o registrado no ano anterior. O aumento diz respeito a todos os continentes, exceto a Europa: África (+8.535.000) e América (+6.642.000), seguido pela Ásia (+3.027.000) e Oceania (+208.000). Diminui a Europa (-57.000). A percentagem de católicos aumentou em 0,09%, fixando-se em 17,77%. Por continente, houve aumentos na África (+0,38), América (+0,12), Ásia (0,05), Europa (+0,14) e Oceania (+0,09).

Habitantes e católicos por sacerdote

O número de habitantes por sacerdote aumentou também neste ano, um total de 130 unidades, atingindo a cota de 13.882. A repartição por continente mostra, como nos anos anteriores, o aumento na América (+79), Europa (+41) e Oceania (+289); diminuição na África (-125) e na Ásia (-1.100). O número de católicos por sacerdote no mundo aumentou complexivamente em 41 unidades, para um total de 3.060. Há aumentos na África (+73), América (+59), Europa (+22) e Oceania (+83). Diminuição na Ásia (-27). 

Soldados cristãos erguem cruz em honra aos assassinados pelo ISIS no Iraque


Depois de recuperar Bartella, na planície de Nínive, os soldados cristãos iraquianos construíram uma cruz com pedaços de uma árvore e a colocaram, junto com a bandeira do país, no alto de uma igreja enquanto tocavam os sinos.

As forças iraquianas, curdas e peshmergas conseguiram se situar apenas a cinco quilômetros ao norte de Mossul, onde se encontra o bastião do Estado Islâmico no Iraque. Assim o confirmou o porta-voz do Comando das Operações Conjuntas, o general da brigada, Yehia Rasul.


A ofensiva sobre Mossul está causando um lento retrocesso dos terroristas, que continuam mostrando uma dura resistência.

Líder muçulmano questiona protesto islâmico ante lugar de martírio de cristãos em Roma


Um líder muçulmano questionou o recente protesto de centenas de islamistas no lado de fora do Coliseu Romano – onde muitos cristãos foram martirizados nos primeiros séculos da Igreja –, que chegaram ao lugar para manifestar-se pelo fechamento de três mesquitas ilegais na Cidade Eterna.

O protesto realizado no dia 21 de outubro foi organizado pela associação Dhuumcatu que representa a comunidade de Bangladesh em Roma. Os meios de comunicação italianos explicam que nas mesquitas ilegais incentivavam a radicalização dos muçulmanos, um fenômeno que acontece em toda a Europa, pelo qual lutam as autoridades locais.

Os organizadores do protesto fizeram a convocatória através da internet e asseguraram que assim demonstravam que “fechar as mesquitas não detém a oração”, dizia o lema do protesto.

Entretanto, nem todos os muçulmanos residentes na Cidade Eterna pensam da mesma maneira, pois Omar Camileti, porta-voz da Grande Mesquita de Roma, manifestou na rádio que com isto “existem riscos simbólicos”.

“Roma é a nossa cidade e uma ferida à imagem de Roma nos afetaria também, por isso desaprovamos esta manifestação”, precisou.

Em seguida, indicou que “nesses dias perguntei a muitos muçulmanos como reagiriam se em algum lugar que é simbólico para os muçulmanos, os cristãos chegassem e fizessem uma manifestação”.

“No ano do Jubileu e no ano em que foram lançadas ameaças de fundamentalistas islâmicos, esta manifestação é de aficionados”, alertou.