sexta-feira, 4 de novembro de 2016

São Carlos Borromeu


Carlos nasceu no castelo da família, próximo de Milão, a 02 de outubro de 1538. O pai era o conde Gilberto Borromeu e a mãe era Margarida de Médicis, a mesma casa da nobreza de grande influência na sociedade e na Igreja. Carlos era o segundo filho do casal, e aos doze anos a família o entregou para servir à Deus, como era hábito na época. 

Levou a sério os estudos diplomando-se em Direito Canônico, aos vinte e um anos de idade. Aos vinte e quatro anos já era sacerdote e Bispo de Milão. Usando sua formação jurídica, Carlos liderou uma reforma na organização administrativa da Igreja. 

Conquistou a colaboração de instituições, das escolas, dos jesuítas, dos capuchinhos e de muitos outros. Foi um dos maiores fundadores que a Igreja possuiu. Criou seminários e vários institutos de utilidade pública para dar atendimento e abrigo aos pobres e doentes, o que lhe proporcionou o título de "pai dos pobres". 

Chegou o ano 1576 e com ele a peste. Milão foi duramente assolada. Carlos Borromeu visitava os contaminados, levando-lhes o sacramento e consolo, num trabalho incansável que lhe consumiu as energias. Tanto esforço humano acabou consumindo sua saúde. 

Morreu anos depois se dizendo feliz por ter seguido os ensinamentos de Cristo e poder se encontrar com ele de coração puro. Tinha apenas quarenta e seis anos de idade. 


Deus, nosso Pai, a exemplo de São Carlos Borromeu, abramos a nossa mente e o nosso coração ao vosso Espírito de Amor. Deixemo-nos converter pela vossa Palavra libertadora. Experimentemos a vossa ternura e a vossa bondade, mediante uma vida dedicada aos irmãos e fundamentada no vosso Evangelho. Por Cristo nosso Senhor. Amém.

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Portas Santas da Misericórdia serão fechadas no dia 13 de novembro, exceto a da Basílica de São Pedro em Roma.


O presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, Dom Rino Fisichella, recordou hoje que no dia 13 de novembro serão fechadas as Portas Santas da Misericórdia das basílicas romanas e das igrejas no resto do mundo, exceto da Basílica de São Pedro, em Roma, que permanecerá aberta até o dia 20 de novembro.

Em uma coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira no Vaticano, Dom Fisichella indicou que no dia 13 de novembro, o Papa Francisco fechará a Porta Santa de São Paulo Extramuros, às 17h; de São João de Latrão, a Catedral de Roma, às 17h30; e da Basílica de Santa Maria Maior às18h.

As Portas Santas dessas basílicas e de outras basílicas e igrejas de todo o mundo serão fechadas após permanecer abertas durante quase um ano por ocasião do Jubileu da Misericórdia. A primeira Porta a ser aberta, no dia 29 de novembro de 2015, foi a da Catedral de Bangui, capital da República Centro-africana, durante a visita apostólica que o Santo Padre fez a este país. 

Toda autoridade na terra é permitida por Deus


15 Cristo é a imagem do Deus invisível. Ele existe antes de Deus ter criado todas as coisas e está acima de toda a criação 16 Na verdade, foi através dele que Deus criou tudo o que há nos céus e sobre a Terra, até os governantes, as autoridades, os que têm o poder e a força, tanto no mundo espiritual como no terreno. Tudo isso foi estabelecido por Cristo, e para Cristo. ( Col. 1, 15-16)

10 Não queres dizer nada?, insistiu Pilatos. Não compreendes que tenho poder para te soltar ou para te crucificar? 11 Jesus disse: Não terias poder nenhum sobre mim se não te tivesse sido dado do alto. Por isso ainda maior é o pecado de quem me trouxe aqui. ( João 19, 10-11)

Num mundo onde o secularismo impera e portanto,  a crença na existência de um Deus soberano é sistematicamente removida da vida quotidiana pelos meios de comunicação e aqueles em posição de poder, num mundo onde a implementação de leis ofensivas ao Criador e àqueles que ainda acreditam em Deus tornou-se lugar comum, como acreditar no homem e ter esperança para o futuro? A sociedade de hoje  promove o desapego à tudo que diz respeito à Lei Moral e fomenta o relativismo  em âmbito da existência humana.   Assim, como sustentar a confiança nos políticos, na bondade e justiça humana, no ser-humano em geral, quando a própria bíblia diz-nos que para depositarmos nossa confiança em Deus?

Eis o que diz o Senhor: Maldito o homem que confia em outro homem, que da carne faz o seu apoio e cujo coração vive distante do Senhor! (Jeremias 17,5)

Cessai de confiar no homem, cuja vida se prende a um fôlego: como se pode estimá-lo? (Isaías 2,22)

5.Não confies em colega, não contes com amigos, nem mesmo com aquele que dorme contigo. Guarda-te de abrir a boca 6. Porque o filho trata seu pai de louco, a filha levanta-se contra sua mãe, a nora contra sua sogra; e os inimigos são os da própria casa.7. Eu, porém, volto meus olhos para o Senhor, ponho minha esperança no Deus de minha salvação; meu Deus me ouvirá.  (Miquéias 7, 5)

Em primeiro lugar, devemos tomar cuidado em discernir o que a Bíblia realmente quer dizer como confiança em Deus e confiança no homem.  Como sempre, devemos nos alertar ao sentido escatológico das palavras das Escrituras, que via de regra, tratam de questões concernentes ao mundo espiritual, à Salvação da alma, em detrimento  à vida terrena e necessidades materiais do mundo temporal.

Nesse sentido, é bom lembrar que a Bíblia nos afirma que o Céu e a Terra passarão, mas a Palavra de Deus não passará, pois o Verbo de Deus é eterno e é o mesmo de sempre (Cf. Marcos 13,31). Assim, o que ha dois mil anos atrás era reto para Deus continua a ser justo no tempo presente e nos anos e séculos que virão. Do mesmo modo, o que ofende à Deus hoje, ofenderá-o no futuro e no passado.

Confiar em Deus é saber que Dele provém tudo o que é bom e justo e que Ele não muda. É reconhecer para si mesmo que somos incapazes de fazer algo bom sem a ajuda da graça de Deus pelo Espírito Santo, que incita nossos corações – mesmo os corações daqueles que alegam não acreditar em Deus – Confiar em Deus é saber que somente Nele temos nosso refúgio, pois somente Ele é fiel em Suas promessas. Deus, diferentemente do homem, não muda de opinião com o passar dos anos ou de acordo com as circunstâncias, algo impensável quando se trata do ser humano.

Mais adiante, temos que reconhecer e acreditar que o que para o homem é impossível, para Deus é possível (Cf. Mateus 19,26). Assim, quando se trata da nossa salvação e em toda circunstância da vida, temos que apreciar uma verdade imutável: Deus é nossa única esperança, a Rocha de nossa Salvação.  Essa é a confiança da qual a Bíblia trata. Não uma mera questão de acreditar em alguém ou não. Mas um saber íntimo de que com Deus, não nos falta nada (cf. Salmo 91).

Paróquia é condenada por danos morais após padre expulsar criança da missa de primeira comunhão


Processo que envolve a Igreja Católica e uma criança tem decisão inédita pelo Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE). A 3ª Câmara de Direito Privado do órgão condenou a Paróquia dePereiro, distante 334 Km de Fortaleza,  a pagar R$ 10,8 mil de indenização danos morais para menino que foi xingado e expulso da congregação durante celebração da primeira comunhão.

O caso, julgado na quarta-feira (26), teve relatoria da desembargadora Maria Vilauba Fausto Lopes. Para a magistrada, “restou plenamente comprovado que o abuso de autoridade do pároco causou, além de dor, constrangimento e amargura, graves sequelas psicológicas na criança, impedindo, inclusive, a sua primeira eucaristia”.

De acordo com os autos, em 10 de setembro de 2010, o menino, acompanhado da mãe, se encontrava na Igreja para a realização de sua primeira comunhão. A criança narrou que, pelo fato de estar conversando com seus colegas, foi advertido pelo padre para ficar em silêncio. Por não ter obedecido, foi xingado e puxado pela orelha, pelo sacerdote, que o colocou para fora da igreja, ocasião em que bateu a cabeça contra a porta.

Afirmou que, logo após ter sido expulso, o pároco o chamou de “macaco mutante”, debochando de seu sorriso, em frente a todos os presentes. Também sustentou ter sofrido abalos psicológicos, e que por isso não quis mais ir à escola ou a quaisquer lugares públicos. Por essa razão, representado pela sua mãe, ingressou com ação requerendo indenização por danos morais.

Na contestação, a paróquia alegou que o padre é homem de bem e que de maneira sutil e em tom de brincadeira, no intuito de educar a criança, a conduziu para fora da igreja, no intuito de servir de reprimenda para que aprendesse a respeitar os cultos religiosos. Afirmou que o sacerdote não teria praticado nenhum ato discriminatório contra a vítima, pois é de sua índole proteger os injustiçados, sobretudo em se tratando de menores, motivo suficiente à improcedência do pedido. 

O símbolo da fé


Na instrução e profissão da tua fé, abraça e conserva sempre só aquela que a Igreja agora te entrega e que é fundamentada em toda a Escritura. Nem todos podem ler a Escritura, uns porque não sabem e outros porque estão demasiadamente ocupados. Por isso, a fim de que ninguém pereça por causa da ignorância, resumimos todo o dogma da fé nos poucos versículos do Símbolo. 

Aconselho-te a levar esta fé como viático ao longo de toda a tua vida. Não admitas outra, mesmo que nós, mudando de ideias, viéssemos a ensinar o contrário do que ensinamos agora, ou o anjo inimigo, disfarçado em anjo de luz, tentasse seduzir-te para o erro. Mesmo que nós ou um anjo do céu vos anunciasse um evangelho diferente daquele que agora recebestes, seja anátema. 

Conserva em tua memória estas palavras tão simples que ouves agora, e a seu tempo buscarás na Escritura o fundamento de cada um dos artigos. Este símbolo da fé não foi composto segundo o parecer dos homens; as verdades que ele contém foram seleccionadas entre os pontos mais importantes de toda a Escritura e resumem toda a doutrina da fé. E assim como a semente da mostarda, apesar de ser um grão tão pequeno, contém em gérmen muitos ramos, também o símbolo da fé condensa em breves palavras o núcleo de toda a revelação contida tanto no Antigo como no Novo Testamento. 

Portanto, irmãos, conservai cuidadosamente a tradição que agora recebeis e gravai-a profundamente em vossos corações. 

Estai atentos e vigilantes, para que o inimigo não vos encontre desprevenidos e indolentes e vos arrebate este tesouro, ou algum herege venha a corromper o que vos foi ensinado. Receber a fé é como pôr no banco o dinheiro que vos entregamos. Deus vos pedirá contas deste depósito. Diz o Apóstolo: Ordeno-vos na presença de Deus, que dá vida a todas as coi- sas, e de Jesus Cristo, que deu testemunho diante de Pôncio Pilatos, que guardeis sem mancha até à aparição de Nosso Senhor Jesus Cristo a fé que recebestes. 

Foi-te confiado agora o tesouro da vida, mas o Senhor te pedirá contas deste seu depósito no dia da sua aparição, a qual manifestará a seu tempo o venturoso e único soberano, Rei dos reis e Senhor dos senhores, o único que possui a imortalidade e habita uma luz inacessível, que nenhum homem viu nem pode ver. A Ele a glória, a honra e o poder pelos séculos dos séculos. Amém.


Das Catequeses de São Cirilo de Jerusalém, bispo

(Cat. 5, De fide et symbolo, 12-13: PG 33, 519-523) (Sec. IV)

Pentateuco: Livro do Gênesis


Ao primeiro livro da Bíblia – e, portanto, do Pentateuco – damos hoje o nome de GÊNESIS. É termo grego e significa “origem”, “nascimento”. Os livros da Bíblia Hebraica não tinham qualquer título. Eram chamados, simplesmente, pela primeira ou primeiras palavras. Este chamava-se berechit. Os autores da tradução da Bíblia Hebraica para o grego (Bíblia dos Setenta) acharam por bem dar aos livros um título de acordo com o seu conteúdo. Como este livro trata do princípio de tudo, chamaram-lhe GÊNESIS, isto é, Livro das Origens.

CONTEÚDO E ESTRUTURA

Todos os povos se perguntaram alguma vez: Donde viemos? Qual foi a nossa origem? Quem foi o fundador do nosso povo? Qual o nosso destino? Umas vezes, essas perguntas eram formuladas a partir de situações de desgraça colectiva: Que sentido tem o nosso fracasso e o nosso sofrimento? Que sentido tem a morte irremediável? Há um Alguém que possa responder a todas as interrogações do homem? Outras vezes, tinham um fundo político, pretendendo legitimar situações de privilégio presente ou reclamar direitos fundados num passado mais ou menos remoto.

O povo de Israel, na sua reflexão interna ou no confronto com outros povos, religiões e culturas, colocou a si próprio estas e outras questões semelhantes e deixou-nos as suas respostas neste livro. O GÊNESIS é, pois, o livro das grandes interrogações e das grandes respostas, não só do povo de Deus, mas de toda a humanidade. Por isso se diz que este livro é uma espécie de grande pórtico da catedral da Bíblia, pois de algum modo a resume na totalidade da sua beleza e conteúdo.

O GÊNESIS engloba, também, grande parte da História do povo de Israel: desde “as origens” até à estadia de Jacob no Egipto e a consequente formação das doze tribos. Pretendendo dar-nos uma concepção histórica, horizontal e dinâmica da História da Salvação, este livro faz a ligação entre “as origens” da humanidade (1,1) e a História concreta do povo de Israel. Por isso apresenta--nos, sobretudo nos 11 primeiros capítulos, teologia e catequese em forma de História, ou melhor, de histórias e não de factos históricos no sentido científico. Poderíamos resumir assim o seu conteúdo:

São Martinho de Lima (Porres)


Martinho de Lima conviveu com a injustiça social desde seu nascimento no dia 09 de dezembro de 1579. Filho de um cavaleiro espanhol e de uma ex-escrava negra, o menino foi rejeitado pelo pai e pelos parentes, por ser negro. Tanto que, na sua certidão de batismo constou "pai ignorado". 

Aos oito anos de idade, Martinho se tornou aprendiz de barbeiro-cirurgião, mas a vocação religiosa lhe falou mais alto. Entretanto pelo fato de ser negro demorou ser aceito no seminário. Só a muito custo conseguiu entrar como oblato num convento dos dominicanos. 

Encarregava-se dos mais humildes trabalhos do convento e era barbeiro e enfermeiro dos seus irmãos de hábito. Conhecedor profundo de ervas e remédios, devido à aprendizagem que tivera, socorria todos os doentes pobres da região, principalmente os negros como ele. Segundo a tradição Martinho recebeu muitos dons, como a dom da cura e o dom de estar em vários lugares ao mesmo tempo. 

Morreu aos sessenta anos, no dia 03 de novembro de 1639, após contrair uma grave febre. Porém, o padre negro dos milagres, como era chamado pelo povo pobre, deixou sua marca e semente, além da vida inteira dedicada aos desamparados. Com as esmolas recebidas fundou em Lima, um colégio só para o ensino das crianças pobres, o primeiro do Novo Mundo.


Ó Senhor Deus, que exaltais os humildes e em sua pequenez deixais brilhar Vossa grandeza e Vosso poder, fazei que, pela intercessão de São Martinho, possam os enfermos e os moribundos alcançar a saúde e o consolo, e que o testemunho de sua fé e de seu amor por Vós ilumine o último dia de nossa vida. Amém.

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Papa: "A esperança da ressurreição não decepciona".


MISSA EM COMEMORAÇÃO DE TODOS OS FIÉIS DEFUNTOS

HOMILIA DO SANTO PADRE FRANCISCO
Prima Porta cemitério
quarta-feira, novembro 2, 2016


Jó foi no escuro. Foi à direita na porta da morte. E nesse momento de angústia, dor e sofrimento, Jó proclama a esperança. "Eu sei que o meu Redentor vive e por fim se levantará sobre a terra! ... Vou ver por mim mesmo, os meus olhos, e não outros "( 19,25.27). Os comemoração de finados tem esse duplo significado. Um sentimento de tristeza: um cemitério é triste, lembra-nos dos nossos entes queridos que já se foram, também nos lembra do futuro, a morte; mas essa tristeza, trazemos flores como um sinal de esperança, também, posso dizer, de celebração, mas mais tarde, não agora. E a tristeza é misturada com a esperança. E é isso que todos nós sentimos hoje, nesta celebração: a memória de nossos entes queridos, na frente de seus despojos, e esperança.

Mas também sentimos que essa esperança nos ajuda, porque temos que fazer esta viagem. Todos vão fazer esta viagem. Antes ou depois, mas todos. Com dor, mais ou menos dor, mas todos. Mas a flor da esperança, com esse forte fio que está ancorado além. Aqui, essa âncora não decepciona: a esperança da ressurreição.