segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Por que Turim, na Itália, é conhecida como a “cidade de Satanás”?


Existe uma cidade de Satanás? Há quem diga que sim e até a identifique com todas as letras: Turim, no norte da Itália.

A capital da região do Piemonte leva o rótulo de “cidade do diabo” por pelo menos três motivos:

1) COVIL DE SATANISTAS

No período 1850-1870, dentro do “Risorgimento” italiano, o governo do Piemonte se mostrou extraordinariamente tolerante com todas as formas de religiosidade não católicas ou anticatólicas que considerava úteis contra a Igreja de Roma. O Piemonte, e Turim especialmente, viram naqueles anos uma tolerância única na Europa em relação a movimentos ocultistas.

Após a tomada de Roma em 1870, porém, as motivações piemontesas para essa tolerância deixam de existir, e, em 1890, com o assim chamado “processo das sonâmbulas”, a polícia e o poder judiciário de Turim dão claro sinal de que os tempos dourados acabaram para a livre prática das “artes negras” na cidade.

As sonâmbulas eram mulheres com problemas mentais manipuladas por indivíduos sem escrúpulos conhecidos como “magnetizadores”. As “sonâmbulas”, hipnotizadas, obedeciam às suas ordens e, quando acordavam, não se lembravam de mais nada (cf. http://www.torinocuriosa.it).

A Igreja de Satanás

Em 1968, Turim é uma cidade-laboratório para os protestos de estudantes e trabalhadores, marcada pela presença de várias formas de anticlericalismo e por uma espécie de maçonaria “marginal”, repudiada pelas grandes lojas maçônicas e focada em ocultismo e “magia sexual”. É nesse ambiente que as notícias dos jornais sobre a existência de satanistas na Califórnia e em outros lugares do exterior despertam curiosidade.

Um primeiro grupo de pessoas, que gravitam em torno à “maçonaria marginal” ocultista, entra em contato com a Igreja de Satanás da Califórnia e dá origem à Igreja de Satanás de Turim. Entre o final da década de 1960 e o início dos anos 1970, a seita cresce discretamente, sem nunca exceder, porém, o número de cem membros.

São Sabas


Nascido em 439 na Capadócia e filho de uma família bárbara convertida ao cristianismo, Sabas teve uma infância difícil. A disputa dos parentes por sua herança o levou a procurar ajuda num mosteiro, onde foi acolhido apesar de ser ainda uma criança. Apesar de pouca instrução tornou-se um sábio na doutrina cristã. 

Foi monge na solidão e experimentou também a vida comunitária. Dividiu tudo o que herdou entre os cristãos pobres e doentes. Trabalhou na conversão de seus conterrâneos e ajudando os cristãos perseguidos em sua pátria. Era caridoso e valente. 

Fundou uma comunidade monástica na Palestina, onde anos mais tarde seria erguido o Mosteiro de São Sabas. A fama dos prodígios e também a grande sabedoria sobre a doutrina de Cristo, fizeram essa comunidade crescer muito. A eloquência da sua pregação do Evangelho atraia cada vez mais os pagãos à conversão. 

Morreu em 05 de dezembro de 532, na Palestina, aos noventa e três anos de idade. Santo Sabas está presente na relação dos grandes sacerdotes fundadores do monaquismo da Palestina. 

A vida monástica alimenta a Igreja desde tenra idade. Muitos monges e monjas santas ofereceram sua vida para o crescimento da fé. A vida comunitária dos monges era um reflexo da vida dos primeiros cristãos, que tudo deixavam para estar integralmente ao lado de Jesus. Rezemos hoje pelos monges e mojas espalhados pelo mundo afora.



Deus de Amor, cuja Providência conduz a história humana, daí-nos receber de Santo Sabas a coragem e a caridade necessárias para levar as pessoas a Boa Nova do Vosso Filho Jesus. Criai em nós um coração puro e um espírito missionário, que responda com fidelidade ao seu chamado de amor.

domingo, 4 de dezembro de 2016

E agora Fidel? - Uma reflexão sobre a morte.


Padre José Fortea, Exorcista espanhol, escreveu a alguns dia atrás o que acredito ser uma das mais coerentes reflexões de tudo o que ouvi e li durante estes tempos sobre a morte de Fidel Castro.

E achei importante publica – lá, pois precisa nos levar a uma profunda reflexão sobre a nossa vida, e também sobre a morte e a Eternidade. Pois nascemos para a Eternidade, mas a nossa Eternidade poderá ser uma 
Eternidade com Deus, ou uma Eternidade sem Deus. E diante de algumas tragédias que também aconteceram aqui no Brasil, vi muitas pessoas nas Redes Sociais comovidas, sendo solidarias, rezando e de alguma forma fazendo sua homenagem aqueles que se foram, e também aos seus familiares. Isso é bonito, pois mostra a compaixão do nosso povo, e aponta para nós uma forma de caridade diante de tanta indiferença que temos visto por ai!

Mas também vi diante destes fatos dolorosos que aconteceram, muitas pessoas publicarem desenhos destas pessoas já no céu, sendo recebidas no céu, recebendo medalhas no céu e coisas do tipo…

Refleti a respeito disso, e confesso que causou em mim uma certa preocupação, como se ganhar a Salvação fosse algo simples que bastasse sermos “bonzinhos” e pronto; poderíamos ganhar o céu!

Mas na Palavra de Deus, o Senhor nos mostra sempre que há dois caminhos a seguir:
 Um que nos levará a Vida e outro que nos levará a Morte. Jesus não foi simplista ao falar da condenação eterna, e nem maquiou o Inferno como algo quase impossível de acontecer!

Entrar no mérito se alguém foi salvo ou não, certamente não compete a nós isso! Saber se no ultimo suspiro tiveram ou não a possibilidade de se arrependerem, também não poderemos nunca afirmar. Mas certamente se seguirmos a Palavra de Deus e a Doutrina da Igreja Católica Apostólica Romana, veremos indicativos de como andarmos nos caminhos de Deus e a forma de realizarmos a Sua vontade, e a clareza de que a condenação eterna é real, e por isso precisamos lutar para ganharmos o Céu!

Por isso achei tão edificante esta reflexão que o Padre Fortea nos trouxe sobre a morte de Fidel Castro e as manifestações que foram feitas sobre o mesmo.

Uma voz clama no deserto


Uma voz clama no deserto: preparai o caminho do Senhor, endireitai as veredas do nosso Deus. Declara abertamente o profeta Isaías que não é em Jerusalém, mas no deserto, que se há de realizar esta profecia, isto é, a manifestação da glória do Senhor e o anúncio da salvação para toda a humanidade. 

E tudo isto se cumpriu historicamente e à letra, quando João Baptista pregou o advento salvador de Deus no deserto do Jordão, onde se manifestou a salvação de Deus. De fato, Cristo manifestou-Se e a sua glória apareceu claramente a todos, quando, depois do seu batismo, se abriram os céus e o Espírito Santo, descendo em forma de pomba, repousou sobre Ele, enquanto se ouvia a voz do Pai que dava testemunho de seu Filho: Este é meu Filho muito amado: escutai-O. 

Tudo isto se dizia, porque Deus havia de vir ao deserto, intransitável e inacessível desde sempre, que era a humanidade. Com efeito, todo o gênero humano era um deserto totalmente fechado ao conhecimento de Deus, e nele não podiam entrar os justos de Deus e os Profetas. 

É por isso que aquela voz manda abrir o caminho para o Verbo de Deus e aplanar seus obstáculos e asperezas, a fim de que o nosso Deus possa entrar quando vier. Preparai o caminho do Senhor. É esta a pregação evangélica e a nova consolação, que quer fazer chegar ao conhecimento de todos os homens a salvação de Deus. 

Sobe ao vértice do monte elevado, tu que anuncias a boa nova a Sião. Ergue vigorosamente a tua voz, tu que anuncias a boa nova a Jerusalém. Estas expressões dos Profetas conciliam- se muito bem com as palavras anteriormente referidas à missão dos Evangelistas; depois de se ter falado da voz que clama no deserto, faz-se alusão aos imediatos anunciadores do advento de Deus aos homens. A profecia de João Batista segue coerentemente a menção dos Evangelistas. 

Qual é esta Sião, senão a que antes foi chamada Jerusalém? Também aquela era um monte, como afirma a Escritura quando diz: O monte Sião onde habitais. Diz também o Apóstolo: Aproximastes-vos do monte Sião. Não será acaso uma alusão ao coro dos Apóstolos, escolhido dentre o primitivo povo da circuncisão? 

É esta Sião e Jerusalém que recebeu a salvação de Deus e que foi edificada sobre o monte de Deus, isto é, sobre o Unigênito Verbo do Pai. É a esta que Deus manda subir ao alto do monte para anunciar a palavra da salvação. Quem é que leva a Boa Nova senão o coro dos Apóstolos, que proclamam o Evangelho? Que significa levar a Boa Nova? Pregar a todos os homens, e em primeiro lugar às cidades de Judá, a vinda de Cristo à terra.


Dos Comentários de Eusébio de Cesareia, bispo, sobre o profeta Isaías

(Cap. 40: PG 24, 366-367) (Sec. IV)

As Sagradas Escrituras e a nossa vida espiritual


Antes de meditar sobre a importância das Sagradas Escrituras para a nossa vida espiritual, é importante assinalar qual o seu lugar na vida da própria Igreja.

Santo Agostinho recorda que a missão dos bispos, que pastoreiam o rebanho de Cristo, é meditar a Palavra de Deus e ensiná-la ao povo. Para tanto, é importante que eles se debrucem sobre as Sagradas Escrituras, alimentando-se primeiramente a si mesmos, já que “verbi Dei enim inanis est forinsecus praedicator, qui non est intus auditor – em vão prega a Palavra de Deus exteriormente quem não a escuta interiormente” [1].

São João Crisóstomo, em sua obra sobre o sacerdócio, indicando o que a Igreja deve fazer em tempos de crise, escreve:

“Ou, por acaso, não sabes que este Corpo (Místico de Cristo) está exposto a maior número de doenças e perigos do que a nossa carne mortal; que ele mais fácil e rapidamente se corrompe e mais lentamente sara? Para o nosso corpo carnal os médicos já inventaram vários remédios, confeccionaram diversos instrumentos e prepararam alimentos salutares para os doentes. Muitas vezes até basta mudança de ar para recuperar a saúde. Acontece até que só um sono profundo dispensa maiores cuidados do médico. Aqui, porém, não se pode empregar nada disso; aqui, fora o bom exemplo, existe um único meio e um único caminho, isto é o aconselhamento pela palavra.

Este é o instrumento adequado, é o alimento certo, o ar salutar; é a palavra que representa remédio, fogo e ferro. É dela que se deve fazer uso quando se tornar necessário cortar e queimar. E onde a palavra nada conseguir, todas as outras coisas também não têm valor. Com a palavra levantamos a alma caída, tranqüilizamos a irritada. Pela palavra removemos eventuais excrescências da alma, acrescentamos o que falta, providenciando, desta maneira, tudo o que possa ser proveitoso para o seu bem-estar.

Encontrando alguém com vida perfeita, o exemplo dele poderá conseguir despertar o zelo e a vontade de imitá-lo; se, porém, encontrarmos alguma alma adoentada por falsas doutrinas de fé, tornar-se-á necessário o emprego intensivo da palavra, não só para a segurança da própria fé, mas também para a defesa da mesma contra os ataques inimigos de fora. Pois se alguém estivesse armado com a espada da inteligência e o escudo da fé de tal maneira que conseguisse praticar milagres, tapando com eles a boca dos insolentes e atrevidos, não necessitaria do auxílio da palavra. Ainda assim o poder da palavra de maneira alguma seria inútil, mas antes de grande proveito. O próprio Paulo serviu-se dela, apesar de provocar admiração geral com seus milagres. Ainda outro apóstolo nos recomenda o emprego da palavra dizendo: Estai sempre prontos a defender-vos contra quantos exigirem justificativas da esperança que há em vós.

Pelo mesmo motivo os apóstolos entregaram o cuidado das viúvas a Estêvão e seus colegas, para poderem dedicar-se eles mesmos, mais assiduamente, ao ministério da palavra. Entretanto, não precisaríamos dedicar tanto esforço ao ministério da palavra se ainda possuíssemos o dom de praticar milagres. Já que deste dom não nos restou nem vestígio, ao passo que os inimigos nos atacam continuamente e de todos os lados, vemo-nos na necessidade de armar-nos com a palavra, quer para defender-nos dos ataques dos inimigos, quer para nós atacarmos a eles.” [2]

Em tempos de crise, portanto, nada é mais importante que “o aconselhamento pela palavra”. Porque o que verdadeiramente move o ser humano é a verdade.

São João Damasceno


João nasceu no seio de uma família árabe cristã no ano 675, em Damasco, na Síria, recebendo por isso o codinome "Damasceno". Uma das grandes figuras do cristianismo, entrou na história por causa de suas profundas obras teológicas. Viveu numa época em que o cristianismo convivia lado a lado com o Islamismo. 

Na juventude João se tornou amigo do Califa, chefe muçulmano da cidade, que o nomeou seu conselheiro. Mas como era ao mesmo tempo um cristão reto e intransigente com a verdadeira doutrina, João preferiu se retirar para a Palestina. Foi ordenado sacerdote, passando a viver na penitência, na solidão, no estudo das Sagradas Escrituras. 

Suas homilias depois eram escritas e distribuídas para as mais diversas dioceses, o que o fizeram respeitado no meio do clero e do povo. O valor que passou para Igreja foi através da santidade de vida, da humildade e da caridade, que fazia com que o povo já o venerasse como santo ainda em vida. 

Escreveu obras importantes, algumas defendendo o uso das imagens nas igrejas. Esta defesa das imagens gerou conflitos e Damasceno acabou sendo denunciado para o Califa que o prendeu e mandou decepar-lhe a mão direita para que não escrevesse mais. 

Morreu no ano 749, sendo chamado de “São Tomás” do Oriente.

São João Damasceno é considerado como o mais representativo dos teólogos. Preferiu viver com Cristo às riquezas do mundo. A santidade de sua vida, humildade, caridade já eram conhecidas de tal forma, que já o veneravam como a um santo, mesmo antes de sua morte.



São João Damasceno, intercedei junto a Deus por nós para que perdoe nossos pecados, purifique nossa mente e nosso coração. Sede para nós uma lâmpada acesa que nos faça caminhar pelo caminho reto e que nossas obras sejam feitas em conformidade aos desejos de Nosso Senhor. Amém.

sábado, 3 de dezembro de 2016

Acolher uma nova vida


A Igreja Católica, fiel ao Evangelho da Vida, em sintonia com segmentos religiosos e da sociedade civil, trabalha para que a humanidade compreenda bem as palavras do Papa Francisco: “Quero enfatizar com todas as minhas forças que o aborto é um pecado grave, porque põe fim a uma vida humana inocente. Com a mesma força, no entanto, posso e devo afirmar que não existe nenhum pecado que a misericórdia de Deus não possa alcançar e destruir, ali onde se encontra um coração arrependido". Assim, há de se ter redobrado cuidado com o risco das relativizações interpretativas que abrem caminhos legislativos para ferir o dom absoluto da vida. É imprescindível legislar e agir com o compromisso de tecer uma nova cultura da vida humana.

Desconsiderar esse dever é provocar graves prejuízos, pois há um peso insustentável a carregar quando as dinâmicas sociais, no âmbito legislativo ou mesmo nas interações cotidianas, relativizam um compromisso que deve ser absoluto: defender a vida. Eis a tarefa que é irrenunciável. Cada pessoa precisa promover a dignidade humana. E isso significa, antes de tudo, reconhecer o direito inviolável à vida, desde a fecundação até a morte natural. Assim, grave é a porta que se abre com a recente decisão da Corte Suprema, no julgamento de um caso de aborto, que pode desencadear mudanças drásticas no tratamento desse tema delicado no horizonte mais amplo.

A interpretação da letra legislativa não pode, em hipótese alguma, possibilitar a abertura para atentados contra a vida, particularmente contra a vida de inocentes, o abominável aborto. Não se pode ajustar legislações recentes e antigas considerando apenas a busca por um simples sentido legal. É preciso precaver-se da existente tendência a se considerar normais os crimes contra a vida. Nesse cuidado, deve-se ponderar muito a respeito da situação atual, particularmente da sociedade brasileira. Um contexto, indiscutivelmente, marcado por confusões - que incluem a desarmonia entre os poderes que regem a sociedade e também os amplos setores da opinião pública que chegam a justificar crimes contra a vida em nome do direto à liberdade individual. Esses segmentos buscam não apenas a impunidade, mas a autorização por parte do Estado para a prática do aborto, com a colaboração gratuita dos serviços de saúde.  

Paquistão: Atraso no julgamento pelo assassinato do ministro católico Shabbaz Bhatti


A Corte militar antiterrorismo de Islamabad (Paquistão) emitiu um mandato de comparecimento obrigatório em audiência no dia 7 de dezembro a sete testemunhas que não se apresentaram no processo pelo assassinato de Shahbaz Bhatti, ministro federal católico para as minorias religiosas, que sempre defendeu Asia Bibi, uma mãe católica presa injustamente há 6 anos acusada blasfemar o Corão.

A agência vaticana Fides divulgou as declarações de uma fonte local, a qual disse que “passaram -se mais de cinco anos e a justiça paquistanesa procede lentamente: os assassinos do ministro católico não foram levados a julgamento”.

“Depois da morte de Bhatti, a liderança política no Paquistão não está dando passos avante para pedir às autoridades policiais e à magistratura que assegure seus assassinos à justiça”, expressaram.


Antes de ser assassinado por membros da Al-Qaeda, Shahbaz Bhatti era o único cristão do gabinete do Paquistão, país no qual 95% da população é muçulmana, e era contra a “Lei de blasfêmia”, inspirada na Sharia – lei religiosa muçulmana.

Esta lei visa sancionar qualquer ofensa com palavras ou obras usadas contra Alá, Maomé ou o Corão, atos que podem ser denunciados por um muçulmano sem necessidade de testemunhas ou provas adicionais, algo que pode ser castigado inclusive com a morte do acusado. A lei usada frequentemente para perseguir a minoria cristã, que costuma ser explorada no trabalho e discriminada no acesso à educação e aos cargos públicos.