sábado, 24 de dezembro de 2016

Santa Tarsila


Tarsila era tia de Gregório Magno, um dos grandes papas da história. Sua influência na vida de seu sobrinho foi essencial. Dela saíram grandes lições de caridade e justiça. As grandes companheiras de Tarsila eram suas irmãs, Emiliana e Jordana. 

Tarsila e Emiliana eram muito unidas, pelo fervor da fé em Cristo e pela caridade. Viviam juntas na casa herdada do pai, como se estivessem num mosteiro.Tarsila orientava a casa, auxiliada pela Palavra do Evangelho, pelo exemplo da caridade e da castidade. Dessa maneira os progressos na vida espiritual foram grandes. 

Tarsila permaneceu com a opção de vida religiosa que havia escolhido. Sempre feliz, na paz do seu retiro e na entrega de seu amor a Deus, até que foi ao Seu encontro na glória de Cristo. A tradição conta que Tarsila ouviu, na hora da morte, uma frase consoladora: "Vem, que eu haverei de te receber nestas moradas de Luz". Imediatamente pediu para que todos se afastassem dizendo: "Está chegado Jesus, meu Salvador!". 

O culto a Santa Tarsila, mesmo não sendo acompanhado de fatos prodigiosos, se manteve discreto e persistente ao longo do tempo, mostrando para nós que a santidade não precisa de fatos milagrosos. O importante é fazer bem aquilo que Deus pede de cada um de nós.



Santa Tarsila, na sua simplicidade marcastes o mundo com o selo do amor de Jesus Cristo. Daí-nos seguir seu exemplo e iluminados pelo Espírito Santo alcançar a glória do céu. Por Cristo, Nosso Senhor. Amém.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Sacerdote responde a decreto de bispo que proíbe o uso do véu e das cadeias na Consagração a Nossa Senhora


Esta é a imagem da consagração após Missa (rito de Paulo VI) do último dia 8, solenidade da Imaculada Conceição, que deflagrou a ira do bispo de Uruaçu, Goiás, e o fez promulgar um decreto pomposo, afetando ortodoxia e erudição contra “qualquer tipo de Consagração a Nossa Senhora que fomente manifestações contrárias à reta praxe cristã”. Essa é a hipocrisia dos novos fariseus que fustigam os simples e devotos fiéis e fingem não ver a trave nos seus próprios olhos.

Esse posicionamento é típico de padres e bispos que não conhecem a Total Consagração à Santíssima Virgem e nem o que a Igreja diz a respeito do assunto.

Esta Consagração foi aprovada ou recomendadas por mais de 10 Papas. Indulgenciada e louvada pela Igreja, essa Consagração foi vivenciada por numerosíssimos santos.

Os Papas em seus documentos de aprovação a essa maravilhosa Consagração, sempre utilizaram os termos “escravos de Maria”, “escravidão marial” ou “escravos de Nossa Senhora”, incluindo o atualíssimo São João Paulo II. Portanto dizer que este termo está desatualizado é desconhecer o que ele significa na doutrina e na espiritualidade católica. Ou devemos concluir que alguns bispos ou padres modernos sabiam mais sobre teologia e doutrina do que os Papas que usaram esse o termo “escravo” para designar essa Total entrega a Jesus por Maria? E o que dizer de São do próprio São Paulo e outros apóstolos que nas Sagradas Escrituras se intitulam escravos (que no tempo e contexto bíblico = servo)? Neste caso teríamos também que desqualificar e criticar a expressão pela qual a própria Santíssima Virgem se designa, uma vez que apresenta como “escrava do Senhor”…

É sem sem efeito a proibição de se usar véu ou as cadeias, pois se tratam de práticas, aprovadas e louvadas pela Igreja, não cabendo portanto a padres ou bispos legislar a esse respeito. O uso do véu é bíblico e com forte referência na tradição e na prática de piedade das fiéis católicas. Até 1983 era obrigatório o uso. Com o advento do novo Código de Direito Canônico, deixou de ser obrigatório, mas não deixou de ser recomendado.

Se trata de uma peça da indulmentária da mulher católica e compete UNICAMENTE a elas a decisão de usar ou não tal peça, não dependo em nada, do consentimento ou autorização do pároco ou bispo.

O Verbo se fez carne


Chegamos ao Natal do Senhor! Nele se torna concreto o anúncio do Anjo Gabriel a Nossa Senhora: o Verbo se fez carne e habitou entre nós, como rezamos todos os dias no Angelus.

Refletiremos sobre esse mistério do Natal do Senhor tendo por base o livro Iniciação Teológica, escrito por Dom Estêvão Bettencourt, OSB, da nossa Escola Mater Ecclesiae, publicado em 2013 (cf.pág. 136-142). 

A Igreja celebra, em 25 de março, a Anunciação do Anjo a Maria, conforme lemos em Lucas 1,26-38: a Virgem, sem deixar de ser virgem, concebeu por obra do Espírito Santo e deu à luz Jesus Cristo, o Filho de Deus feito Homem, sem deixar de ser Deus nem mutilar a natureza humana, por amor a nós. Ora, o que celebramos nove meses atrás, tempo decorrente de uma gravidez humana, se concretiza com o nascimento desse Menino em 25 de dezembro: é Natal!

Deus é amor (1 Jo 4,8; Tt 3,4) e Se deu a nós, pessoas por Ele amadas, de modo sempre crescente: 1) na criação: Deus fez o ser humano à sua imagem e semelhança (Gn 1,26-28), estabelecendo, assim, a ordem natural; 2) Elevou esse mesmo ser humano à ordem sobrenatural pela filiação divina: somos filhos no Filho (Gl 4,5), como diz São Paulo e 3) na Encarnação, o próprio Deus-Filho, a segunda pessoa da Santíssima Trindade, se faz humano em tudo, menos no pecado, a fim de que a própria humanidade unida à divindade se tornasse instrumento de salvação. É um caso único na História e demonstra o amor de Deus por nós, no plano da fé, ainda que, no campo da razão, continue a ser loucura e escândalo (cf. 1 Cor 1,23).

Tudo isso – o fato de Deus se fazer humano – sempre chamou a atenção do Povo de Deus por que: a) Deus não quis salvar a humanidade por via meramente psicológica ou jurídica, mas executar essa salvação sob a forma de recriação. O Filho de Deus assumiu tudo o que é essencial do ser humano e o divinizou. Ele é o grande Sacramento do Pai à humanidade. De modo que Dom Estêvão chega a escrever na fonte que estamos usando o seguinte: “por seu nascimento, sua adolescência, sua vida pública, sua morte e sua ressurreição Jesus deu novo sentido à existência do homem; fez uma nova criatura” (cf. 2 Cor 5,17); b) era a Encarnação do Verbo a melhor forma de nos incitar à prática do bem. Deus-Filho não se limitou a nos ensinar a fazer o bem, mas veio fazê-lo entre nós a fim de que víssemos e imitássemos o exemplo de sua vida santa; c) a Encarnação, concretizada no Natal, reaviva o valor da natureza humana e do mundo que nos cerca. “Deus amou tanto o mundo que nos deu seu Filho único...” (Jo 3,16). Somos e devemos sempre nos sentir amados e abraçados pela misericórdia divina. 

Bispo esclarece porque as Kalendas de Natal não podem ser adulteradas


O bispo de Palmares, no Pernambuco, Dom Henrique Soares escreveu em suas redes sociais uma formação explicando porque as Kalendas de Natal não podem ser modificadas à revelia. O texto faz parte de um rito proclamado na noite de Natal, abolido no Vaticano II, e retomado no pontificado de são João Paulo II. Atualmente o rito é facultativo na celebração. 


“Não compete a nenhum pretenso liturgista ou teólogo alterar arbitrariamente os textos litúrgicos da Igreja. Nas celebrações litúrgicas os textos utilizados devem ser aprovados por quem de direito: a Sé Apostólica e, em certos casos, o Bispo diocesano. Liturgista, verdadeiro ou pretenso, não é moderador da Liturgia da Igreja! Um especialista em Liturgia que se arrogasse este direito mostraria que não compreendeu sua função na Igreja”, escreveu o bispo. 

GO: Bispo proíbe por decreto uso de Cadeias e Véus na diocese de Uruaçu


Bispo brasileiro iniciou uma verdadeira inquisição contra os Grupos de Consagração a Virgem Maria pelo método de São Luís de Montfort que usam correntes e véus, incentivando a piedade e a modéstia(Isso sim é um grande crime para o episcopado Brasileiro). O Hilário do decreto é que o Bispo usa de toda pompa de um documento verdadeiramente ortodoxo, com citações do Código de Direito Canônico, Constituições e tudo mais. O decreto ainda proíbe o uso do nome "escravo de Nossa Senhora" além de punições para quem desobedecer. 

"Na espiritualidade monfortina, o dinamismo da caridade é expresso especialmente através do símbolo da ESCRAVIDÃO DO AMOR a Jesus a exemplo e com a ajuda materna de Maria. Trata-se da comunhão plena na kenosis de Cristo; comunhão vivida com Maria, intimamente presente nos mistérios da vida do Filho. "Não há nada entre os cristãos que faça pertencer de maneira mais absoluta a Jesus Cristo e à sua Santa Mãe como a escravidão da vontade, segundo o exemplo do próprio Jesus Cristo, que assumiu as condição de escravo por amor a nós formam servi accipiens e da Santa Virgem, que se considerou serva e escrava do Senhor. O apóstolo honra-se do título de servus Christi. Várias vezes, na Sagrada Escritura, os cristãos são chamados servi Christi" (Tratado sobre a verdadeira devoção, 72). De facto, o Filho de Deus, que veio ao mundo em obediência ao Pai na Encarnação (cf. Hb 10, 7), humilhou-se depois fazendo-se obediente até à morte, e morte de Cruz (cf. Fl 2, 7-8). Maria correspondeu à vontade de Deus com o dom total de si, corpo e alma, para sempre, desde a Anunciação até à Cruz, e da Cruz até à Assunção." - (Carta do Papa João Paulo II às Famílias Monfortinas sobre a doutrina do Seu Fundador).

Confira a nota de dom Messias:


DOM MESSIAS DOS REIS SILVEIRA
Por mercê de Deus e da Sé Apostólica
Bispo de Uruaçu-GO

DECRETO VERUM ET AUTHENTICUM CULTUM
BEATAM MARIAM SEMPER VIRGINEM
Sobre o verdadeiro culto a Bem-aventurada sempre Virgem Maria

Aos que este nosso Decreto virem, saudação, paz e bênção em nosso Senhor Jesus Cristo.

Considerando que Maria exaltada por graça do Senhor e colocada, logo a seguir a seu Filho, acima de todos os anjos e homens, Maria que, como mãe santíssima de Deus, tomou parte nos mistérios de Cristo, é com razão venerada pela Igreja com culto especial (LG n.66)

Considerando o Cân. 1186 que diz que a Igreja recomenda à veneração especial e filial dos fiéis a Bem-aventuradas sempre Virgem Maria, Mãe de Deus, a quem Cristo constituiu Mãe de todos os homens, bem como promove o verdadeiro e autêntico culto dos outros Santos, por cujo exemplo os fiéis se edificam e pela intercessão dos quais são sustentados;

Considerando que a doutrina católica, recomenda a todos os filhos da Igreja que fomentem generosamente o culto da Santíssima Virgem, sobretudo o culto litúrgico, que tenham em grande estima as práticas e exercícios de piedade para com Ela, aprovados no decorrer dos séculos pelo magistério, e que mantenham fielmente tudo aquilo que no passado foi decretado acerca do culto das imagens de Cristo, da Virgem e dos santos. (Cone. Niceno II, em 787: Mansi 13, 378-379: Denz. 302 (600-601) ; Cone. Trident., sess. 25: Mansi 33, 171-172).

Tendo em vista que a verdadeira devoção não consiste numa emoção estéril e passageira, mas nasce da fé, que nos faz reconhecer a grandeza da Mãe de Deus e nos incita a amar filialmente a nossa mãe e a imitar as suas virtudes. (LG 67)

Considerando o Cân. 392 § 2 que diz que o Bispo deve vigiar para que não se introduzam abusos na disciplina eclesiástica, principalmente no culto de Deus e dos Santos;

Havemos por bem decretar, como de fato decretamos, que o Culto a Maria na Diocese de Uruaçu: Deve seguir o que a Tradição da Igreja ensina sobre o Culto a Maria; Para evitar quaisquer manifestações cultuais contrárias à reta praxe católica no que se refere ao Culto a Maria;

Deve evitar qualquer tipo de Consagração a Nossa Senhora que fomente manifestações contrárias à reta praxe cristã; 

Padre diz que “casamento entre católico e evangélico não dá certo” e constrange noivos


“Um casamento entre um católico e um evangélico não tem como dar certo”. Esta foi a frase dita pelo Padre Ricardo no momento da celebração do casamento de Jeferson, que é evangélico, e Maria Fernanda, católica, realizado no último dia 18, na Paróquia Nossa Senhora do Rosário, em Maranguape, na Região Metropolitana de Fortaleza.

O caso revoltou os noivos, os familiares e os amigos que estavam na igreja para a celebração do casamento e que esperavam do padre apenas palavras de felicidades para o casal que estava iniciando uma nova vida juntos. O engenheiro Jeferson diz que já foi católico e evangélico. “Já fui católico e evangélico, mas hoje eu não frequento nenhuma igreja, mas me considero cristão. A minha esposa é católica e parte da família dela também. Já a maioria da minha família é evangélica, mas também tem parte católica”, explica Jeferson.


“Católico tem que casar com católico”


Com tom de indignação, Jeferson relembra as palavras do padre. “Começou a cerimônia e no início ele me surpreendeu, perguntando qual era a religião da minha esposa e qual era a minha religião. A minha esposa respondeu que era católica e eu respondi para ele duas vezes dizendo que me considerava cristão. Isso eu falei e acredito que só ele e a minha esposa escutaram porque estavam muito próximos. Eu não falei no microfone da igreja. Aí ele pronunciou no microfone: ‘Ah, ele é evangélico. Ela é católica e ele é evangélico’”.

Segundo Jeferson, “a partir daí, ele começou a falar diversas coisas do tipo: ‘Eu não acredito que pessoas de religiões diferentes devam se misturar. Católico tem que casar com católico. Evangélico tem que casar com evangélico. Quem é da macumba tem que casar com quem é da macumba’”. “Também falou que não sabia como é que nós conseguiríamos criar os nossos filhos, porque isso não podia, que não acreditava nisso, que não fazia sentido”, contou Jeferson.


Esta pergunta se torna cada vez mais comum porque muitos jovens católicos estão namorando com pessoas protestantes.


Se ambos foram batizados (mesmo que na comunidade protestante), o sacramento do matrimônio pode ser celebrado na Igreja Católica, desde que os cônjuges aceitem certas condições. Mas a Igreja não deixa de lembrar que há dificuldades a serem superadas. Sabemos que o casamento se funda na expressão “sereis uma só carne” (Gn 2,23), e que, portanto, a diferença de religiões dificulta esta união plena.

Manifestação do mistério escondido


Único é o Deus que conhecemos, irmãos, e não por outra fonte que não seja a Sagrada Escritura. Devemos, pois, saber o que as divinas Escrituras anunciam e compreender o que ensinam. Devemos conhecer o Pai como Ele quer ser conhecido, glorificar o Filho como o Pai quer que O glorifiquemos e receber o Espírito Santo como Ele no-l’O quer conceder. Esforcemo-nos por chegar à compreensão das realidades divinas, não segundo o nosso arbítrio e interpretação pessoal, nem fazendo violência aos dons de Deus, mas seguindo os caminhos que o mesmo Senhor nos deu a conhecer nas santas Escrituras. 

Quando só existia Deus e nada havia ainda que existisse como Ele, decidiu criar o mundo. E criou o mundo pelo seu pensamento, a sua vontade e a sua palavra; e o mundo começou a existir como Ele o quis e realizou. Portanto, Deus existia na sua unicidade e nada havia de eterno com Ele. Nada havia fora d’Ele; só Ele existia, era perfeito em tudo. N’Ele estava a inteligência, a sabedoria, o poder e o conselho. Tudo estava n’Ele, e Ele era tudo. E quando quis e como quis, no tempo por Ele mesmo predeterminado, revelou ao mundo o seu Verbo, por quem foram feitas todas as coisas. 

Deus possuía o Verbo em Si mesmo, e o Verbo era inacessível ao mundo criado; mas fazendo ouvir a sua voz, Deus tornou-O acessível. 

Aquele que gerou a Luz da Luz, reproduziu na criatura a imagem do Senhor, que é o seu próprio pensamento. Deste modo, Aquele que só era visível para o Pai começou a ser visível também para o mundo, para que o mundo O visse e pudesse ser salvo. 

Este é a Sabedoria eterna, que Se manifestou ao mundo como Filho de Deus. Tudo foi feito por Ele, mas Ele procede unicamente do Pai.

Foi Ele quem deu a lei e as profecias e impeliu os Profetas a falar sob a moção do Espírito Santo, a fim de que, recebendo a inspiração do poder do Pai, anunciassem os seus desígnios e a sua vontade. 

O Verbo manifestou-Se, como diz São João. Este repete em síntese o que os Profetas haviam dito, demonstrando que Aquele era o Verbo por quem tinham sido criadas todas as coisas: No princípio era o Verbo; o Verbo estava em Deus, o Verbo era Deus. Tudo foi feito por Ele e sem Ele nada foi feito do que se fez. E mais adiante prossegue: O mundo foi feito por Ele e o mundo não O conheceu. Veio para o que era seu e os seus não O receberam.



Do Tratado de Santo Hipólito, presbítero, “Contra a heresia de Noeto”
(Cap. 9-12: PG l0, 815-819) (Sec. III)

A Sede Primacial do Brasil


Em 1841, quando Dom Pedro II seria coroado Imperador -  tempo em que a Igreja Católica era a religião oficial do país -, surgiu uma questão: que bispo deveria presidir a coroação? Para os cariocas, deveria ser o do Rio de Janeiro, já que ele era o Capelão-mor da Corte; para os baianos, deveria ser o de Salvador, pois nesta cidade se situava a primeira diocese e a primeira arquidiocese brasileira, denominada, em 1676, pelo Papa Inocêncio XI, "Metrópole da Igreja no Brasil". 

A coroação acabou sendo presidida por Dom Romualdo Antônio de Seixas, 16º Arcebispo de São Salvador da Bahia. Somente em 1870, contudo, a Santa Sé reconheceu o primado da Bahia, tendo-o ratificado em documento, duas décadas depois (em 1892). Ficou, contudo, uma dúvida: qual a extensão dessa prerrogativa e qual a natureza do título? O Cardeal Dom Augusto Álvaro da Silva levou essa questão à Sé Apostólica, mas não obteve resposta.

Pouco depois da primeira viagem apostólica do Papa S. João Paulo II a Salvador (06-07.07.1980), o Cardeal Dom Avelar Brandão Vilela, então responsável por esta Arquidiocese,  escreveu a Roma, renovando o desejo de ter um esclarecimento oficial da Igreja sobre esse tema. Três meses depois (25.10.1908), veio a resposta, sob a forma de um decreto. A Arquidiocese de São Salvador da Bahia passou a ser oficialmente reconhecida como "Sede Primacial" e seu Arcebispo, "Primaz". Curiosamente, esse Decreto, além da assinatura do Prefeito da Congregação para os Bispos, trazia a assinatura de Dom Lucas Moreira Neves, então Secretário dessa Congregação e que, sete anos depois, seria nomeado Arcebispo de Salvador.

O Decreto começa de forma solene: "Os Romanos Pontífices tiveram sempre a preocupação de que as Cidades, famosas pela dignidade, e os Varões, ilustres pelo zelo das almas e pela obediente reverência, fossem ornados com dignas honras e agraciados com merecidos privilégios. Isto não só constitui prêmio aos que o merecem, mas incita o Pastor, o clero e o povo a se empenharem em ter sempre melhores carismas."

Mais adiante, lê-se: "Todos sabem que a mencionada Igreja, erigida no ano de 1551, segundo os documentos históricos, até o ano de 1667 era a única diocese e, depois, até o ano de 1892, a única Sé Metropolitana no Brasil. Não se pode, pois, duvidar de que todas as circunscrições eclesiásticas agora existentes no território brasileiro procedem, como filhas da mesma mãe, da Igreja Catedral de São Salvador no Brasil.