domingo, 25 de dezembro de 2016

GO: Dom Messias responde às críticas ao decreto que proíbe o uso de véus e correntes na Diocese de Uruaçu


RESPOSTA DE DOM MESSIAS REIS SILVEIRA
SOBRE AS CRITICAS AO SEU DECRETO

Com consciência e responsabilidade de pastor emiti o Decreto sobre a devoção e consagração a Nossa Senhora. O mesmo foi publicado no Portal de nossa Diocese de Uruaçu. Não quero me defender, mas apenas esclarecer. Até mesmo porque Jesus disse que a defesa vem pelo nosso Mestre interior (Lc 12,12), quando for necessária.

Nosso Padroeiro Diocesano é o Imaculado Coração de Maria. Temos dois Santuários Marianos na Diocese. O de Muquém acolhe 400 mil pessoas durante a Romaria acontecida em agosto. Temos várias paróquias dedicadas à Nossa Senhora na Diocese. O Coracäo Desta Diocese é Mariano e o meu também. A reza do terço e devoção Mariana é sempre incentivada.

As repercussões me deram a certeza que realmente o Decreto era necessário. Está claro que não se trata de ir contra a devoção e consagração à Nossa Senhora, que me acompanham desde a infância. No Batismo fui consagrado à Virgem Maria e essa consagração renovo diariamente. Cresci ouvindo pela Rádio Aparecida a Consagração à Nossa Senhora. Sempre às 15:00 estava rezando com o padre para me entregar à Virgem Mãe. A oração do terço me acompanha desde a infância.

O Decreto é para evitar grupos sectários que não caminham na comunhão. O que não é uma realidade ainda entre nós, mas que existem em outros lugares. Como alguns grupos estão surgindo, na diocese, é meu dever dar as indicações especialmente para salvar a comunhão eclesial evitando o espírito diabólico como percebemos existir, nos comentários feitos. Existem pessoas desses grupos que não aceitam o Papa e nem a Cnbb, símbolo da comunhão do episcopado. A comunhão é um projeto a ser abraçado. O Decreto é uma medida preventiva, para que não nos desviemos da meta. É preciso acolhê-lo desarmado para compreender sua mensagem. O perigo é termos uma aparência e carregarmos armas internas para usá-las quando quisermos, como percebemos na guerra acontecida ontem. Existe muita gente armada. Isso não é cristão. Verifiquei muitos comentários maldosos revelando que há uma mentalidade diabólica (que divide) em muitos dos consagrados. O Decreto é para evitar que essa mentalidade sectária cresça no meio deste povo de nossa diocese que tanto amo e que muito ama a Igreja. O acompanhamento é necessário e também a correção. Essa é minha missão. O Decreto se refere apenas à pessoas à mim confiadas. É somente para a nossa diocese. Muitos comentários vieram de pessoas de fora, o que demonstra incompreensão do significado de Igreja particular que caminha na unidade com seu pastor. Nenhum Bispo interfere em outra diocese. Existem corações aparentemente bons, mas quando questionados revelam grandes neuroses interiores. Revelam o que realmente está dentro deles. As reações me deixaram em paz. Era realmente necessário fazer o decreto.

Véu é uma questão pessoal, mas quando se trata de grupos usando é preciso orientar, como também é meu dever orientar outros grupos de pastorais e movimentos.

Conheço senhoras piedosas que usam o véu. Minha mãe mesmo usava. 
Corrente é o que indica o termo do Decreto. Não se trata de correntinha, terços de pulso, ou pequenas pulseiras com medalhinhas, tão comum hoje em dia. Trata-se de correntes de aço com cadeados, usados por grupos. Sei de pessoas na diocese que usa esse aparato, mas é uma opção pessoal, não imposta por grupos. Quando se trata de grupos com tendências sectárias que passam usar cabe a mim como pastor, orientar. Certamente se fossemos perguntar a São Luíz, ele também nos indicaria o caminho da comunhão.

Judeus celebram o Hanukkah, a Festa das Luzes


Enquanto os cristãos celebram neste domingo (25/12) o nascimento de Jesus, os Judeus do mundo inteiro celebram, de 25 a 31, o Hanukkah, em hebraico “Festa das luzes”.

Esta festa assinala a libertação, a purificação do Templo de Jerusalém e a revolta contra os selêucidas, liderada por Matatias Macabeu e seus cinco filhos, segundo o Antigo Testamento.

A revolta teria começado devido a uma deterioração das relações entre os judeus e os selêucidas, de cultura helênica, que ocupavam o território no II século antes de Cristo.

Degeneração

No início, os exércitos ocupantes eram bem recebidos em Jerusalém por garantirem aos judeus o respeito do seu culto e a isenção de impostos para os sacerdotes e para o Templo.
Durante o reinado de Antíoco IV, porém, a situação se degenerou. As práticas religiosas judaicas foram proibidas e o Templo profanado. Por fim, foi emanada uma ordem para que os judeus oferecessem sacrifícios aos deuses pagãos dos selêucidas.

O sacerdote Matatias se recusou a cumprir esta ordem. Por isso, outro judeu aproximou-se do altar e ofereceu o sacrifício em seu lugar. Matatias aproximou-se do homem e o matou, fugindo, em seguida, com seus filhos e seguidores e armando uma guerrilha contra os selêucidas e judeus colaboracionistas, que terminou com a libertação de Israel.

Raiz da revolta

Uma descoberta arqueológica deu mais credibilidade a esta história bíblica: percebeu-se que três fragmentos de pedra, descobertas em períodos diferentes, faziam parte da mesma tábua; a composição dos fragmentos resultou em um decreto real, que nomeava um cobrador de impostos para as províncias de Israel para recolher o dinheiro dos templos.

Esta decisão do rei Selêuco IV reflete uma alteração radical nas relações entre os ocupantes e os judeus, que teria causado muito mal-estar entre eles e explicaria a degeneração da situação pacífica da região, a ponto de desencadear a revolta dos Macabeus.

Poucos anos depois do decreto, Antíoco IV subiu ao trono, radicalizando a hostilidade e transformando o Templo num santuário a Zeus, um deus grego. 

Deus se fez pequeno e próximo


O anúncio do nascimento de Jesus, que os pastores recebem, revela a grandeza e, ao mesmo tempo, a simplicidade do maior acontecimento da história, que devem encontrar a partir de um “sinal” (cf. Lc 2,11): “Encontrareis um recém-nascido envolto em faixas e deitado numa manjedoura.” (Lc 2,12). Todo o esplendor do Natal se resume no fato que Deus se fez pequeno e próximo. Naquele tempo, como hoje, passa quase despercebido aos olhos humanos e segundo a lógica das notícias relevantes. “E não havia lugar para eles na sala” (Lc2,7). Perdidos entre tantas ocupações e preocupações “veio para o que era seu e os seus não o receberam” (Jo 1,11). Haverá lugar para uma manjedoura, com uma pequena imagem do Menino Jesus, nos ambientes e vidas saturadas pelo Papai Noel? 

Fez-se pequeno. “A Palavra eterna fez-se pequena; tão pequena que cabe numa manjedoura. Fez-se criança, para que a Palavra possa ser compreendida por nós” (Bento XVI). Este menino tão normal e frágil é o Emanuel, o Deus-conosco. O anúncio aos pastores diz: “nasceu-vos hoje o Salvador, que é o Messias, o Senhor.” (Lc 2,11). Ninguém o teria imaginado assim. Fugiu a todas as expectativas da chegada do Messias. Foi prometido por Deus, anunciado pelos profetas e esperado com ânsia por todos, sobretudo por Maria, sua Mãe. Tão pequeno, tão frágil, totalmente sujeito aos cuidados de Maria e José. Como haverá de apresentar-se ao mundo como Messias? Desde seu nascimento aprendemos que a onipotência  de Deus se manifesta na sua misericórdia. Deus assume um rosto humano. Ele pode ser visto, ser tocado. Comunica-se conosco com palavras humanas. Sem deixar de ser Deus, faz-se um de nós e vive como nós. Prova a alegria e o sofrimento. Isto tudo porque Deus é unicamente movido pelo amor, qual Bom Pastor que se inclina sobre a humanidade ferida.  Então, não cremos num Deus distante e indiferente, nem somente em belas teorias, mas no “Verbo que se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1,14). Sua vida e seu jeito de ser é o evangelho para a humanidade, que fixa o olhar nele para buscar sentido para viver.  São Paulo dirá que “Ele esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e tornando-se igual aos homens.” (Fl 2, 6). O Natal nos ajude a nos esvaziarmos de nossas pretensões de grandeza e poder. Esvazie o orgulho que incha, fere e afasta. Esvazie nossa ânsia de “consumistas desenfreados” (Papa Francisco). Ao contemplar o nascimento de Jesus, dizia Santa Terezinha: “Não posso temer um Deus que se fez tão pequeno por mim. [...] Eu o amo!” 

Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo


Hoje é um dia especial, onde toda a Igreja celebra o nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo. Acompanhemos o testemunho da Palavra de Deus a respeito deste acontecimento que transformou a história da humanidade:

“…José subiu da Galileia, da cidade de Nazaré, à Judéia, à Cidade de Davi, chamada Belém, porque era da casa e família de Davi, para se alistar com a sua esposa Maria, que estava grávida. Estando eles ali, completaram-se os dias dela. E deu à luz seu filho primogênito, e, envolvendo-o em faixas, reclinou-o num presépio; porque não havia lugar para eles na hospedaria. Havia nos arredores uns pastores, que vigiavam e guardavam seu rebanho nos campos durante as vigílias da noite. Um anjo do Senhor apareceu-lhes e a glória do Senhor refulgiu ao redor deles, e tiveram grande temor. O anjo disse-lhes: ‘Não temais, eis que vos anuncio uma boa nova que será alegria para todo o povo: hoje vos nasceu na Cidade Davi um Salvador, que é o Cristo Senhor’.” (Lc 2,4-11).

Por isso hoje celebramos a eterna solidariedade do Pai das Misericórdias que, no seu plano de amor, quis o nascimento de Jesus, que é o verdadeiro Sol, a Luz do mundo. Este não é um dia de medo e nem de desespero, é dia de confiança e de esperança, pois Deus veio habitar no meio de nós, e assim encher-nos da certeza de que é possível um mundo novo. Solidário conosco, Ele nos quer solidários neste dia de Glória que refulge ao redor de cada um de nós!

Sendo assim, tudo neste dia só tem sentido se apontar para o grande aniversariante deste dia: o Menino Deus! Presépios, árvores, enfeites, banquetes e os presentes natalícios representam os presentes que os Reis Magos levaram até Jesus, mas não são estes símbolos a essência do Natal. O importante, o essencial, é que Cristo realmente nasça em nossos corações de uma maneira nova, renovadora, e que a partir daí, possamos sempre caminhar na sua luz solidária deste Deus Único e Verdadeiro, que nos quer também solidários uns com os outros!

Vivamos com muita alegria este dia solidário, que o Senhor fez para nós! Um Santo Natal para você e para a sua família!


Menino Santo, que vieste ao mundo para nos salvar,estamos reunidos para agradecer o dom e a graça de sermos família.Em torno desta mesa queremos que nossa vida seja partilha.

Neste ano que passou, procuramos viver a harmonia e a concórdia, mas nem sempre conseguimos, confessamos que somos limitados,que temos nossos pecados.

Hoje, queremos celebrar o perdão, sabemos que a vida é muito curta, não queremos perder tempo cultivando as intrigas e as inimizades. Por isso, perdoamos a todos os que nos ofenderam e suplicamos o perdão de todos a quem ofendemos.

Menino Deus, pedimos também por todos os que não estão aqui hoje, nossos amigos e parentes, inclusive por aqueles que partiram para nunca mais voltar, que sejam todos abençoados.

Expulsa deste lar e de nossas vidas, tudo aquilo que não provém de ti.Purifica nossas almas para que esta festividade nos transforme em criaturas melhores.E que sempre, em toda circunstância, saibamos reconhecer tua divindade e poder. Que nossa família jamais se afaste de ti.

Louvamos e rendemos graças por cada um aqui presente,Suas histórias e conquistas.Senhor, nos propomos construir uma história de amor verdadeira entre nós.

Que no ano que se aproxima possamos todos viver em unidade, sem divisões.Nossa família, Senhor, quer que tua santa vontade se realize em cada um de nós. Queremos nos consagrar a teu serviço.

Bem-vindo à nossa casa, Santo menino, nasce aqui e agora, Faz de nós o teu presépio. Amém!

sábado, 24 de dezembro de 2016

É Natal!


Eis o mistério da festa do Natal: nesta criança nascida para nós, Deus visitou o Seu povo, Deus entrou na humanidade! Que mistério tão profundo: Ele, sem deixar de ser Deus, tornou-se homem verdadeiramente. Veio desposar a nossa condição humana, veio caminhar pelos nossos caminhos, veio experimentar a dor e a alegria de viver humanamente: amou com um coração humano, sonhou sonhos humanos, chorou lágrimas humanas, sentiu a angústia humana… Ele, Filho eterno do Pai, tornou-Se filho dos homens para salvar toda a humanidade, “tornou-se de tal modo um de nós, que nós nos tornamos eternos”!

Hoje, cumpriram-se as Escrituras: o Dia tão esperado brilhou no meio da noite. Hoje, “o povo, que andava na treva”, a humanidade perdida e confusa, “viu uma grande luz; para os que habitavam nas sombras da morte”, para nós, que temos sempre de lutar contra tantas e tantas mortes, “uma luz resplandeceu”! Nesta Noite Santa, podemos comemorar, alegrarmo-nos como os que colhem depois do trabalho e do suor do plantio, por que algo inacreditável, algo que parece um sonho, um conto de fadas, nos aconteceu! Escutai, escutai: “Nasceu para nós um Menino, foi-nos dado um Filho; Ele traz nos ombros a marca da realeza; o nome que lhe foi dado é: Conselheiro Admirável, Deus Forte, Pai dos tempos futuros, Príncipe da Paz. Grande será o seu reino e a paz não há de ter fim… a partir de agora e por todo sempre”! Eis a graça, a glória, o mistério desta Noite!

A Liturgia não evoca apenas os mistérios de Cristo, mas vive-os no presente. Cristo manifesta-se hoje, quando a Igreja, reunida, comemora os mistérios de Sua presença na história. Importa, pois, viver o nascimento de Cristo; importa ver como Cristo continua a nascer e manifestar-Se em nós e nos outros hoje. 

É preciso fazer-se pequenino para encontrar Jesus, diz Papa


HOMILIA
Santa Missa da noite na solenidade do Natal do Senhor
Sábado, 24 de dezembro de 2016


«Manifestou-se a graça de Deus, portadora de salvação para todos os homens» (Tt 2, 11). Estas palavras do apóstolo Paulo revelam o mistério desta noite santa: manifestou-se a graça de Deus, o seu presente gratuito; no Menino que nos é dado, concretiza-se o amor de Deus por nós.

É uma noite de glória, a glória proclamada pelos anjos em Belém e também por nós hoje em todo o mundo. É uma noite de alegria, porque, desde agora e para sempre, Deus, o Eterno, o Infinito, é Deus conosco: não está longe, não temos de O procurar nas órbitas celestes nem em qualquer ideia mística; está próximo, fez-Se homem e não Se separará jamais desta nossa humanidade que assumiu. É uma noite de luz: a luz, profetizada por Isaías e que havia de iluminar quem caminha em terra tenebrosa (cf. 9, 1), manifestou-se e envolveu os pastores de Belém (cf. Lc 2, 9).

Os pastores descobrem, pura e simplesmente, que «um menino nasceu para nós» (Is 9, 5) e compreendem que toda aquela glória, toda aquela alegria, toda aquela luz se concentram num único ponto, no sinal que o anjo lhes indicou: «Encontrareis um menino envolto em panos e deitado numa manjedoura» (Lc 2, 12). Este é o sinal de sempre para encontrar Jesus; não só então, mas hoje também. Se queremos festejar o verdadeiro Natal, contemplemos este sinal: a simplicidade frágil dum pequenino recém-nascido, a mansidão que demonstra no estar deitado, a ternura afetuosa das fraldas que O envolvem. Ali está Deus.

Com este sinal, o Evangelho desvenda-nos um paradoxo: fala do imperador, do governador, dos grandes de então, mas Deus não Se apresentou lá; não aparece no salão nobre dum palácio real, mas na pobreza dum curral; não nos fastos ilusórios, mas na simplicidade da vida; não no poder, mas numa pequenez que nos deixa surpreendidos. E, para O encontrar, é preciso ir aonde Ele está: é preciso inclinar-se, abaixar-se, fazer-se pequenino. O Menino que nasce interpela-nos: chama-nos a deixar as ilusões do efêmero para ir ao essencial, renunciar às nossas pretensões insaciáveis, abandonar aquela perene insatisfação e a tristeza por algo que sempre nos faltará. Far-nos-á bem deixar estas coisas, para reencontrar na simplicidade de Deus-Menino a paz, a alegria, o sentido da vida.

Deixemo-nos interpelar pelo Menino na manjedoura, mas deixemo-nos interpelar também pelas crianças que, hoje, não são reclinadas num berço nem acariciadas pelo carinho duma mãe e dum pai, mas jazem nas miseráveis «manjedouras de dignidade»: no abrigo subterrâneo para escapar aos bombardeamentos, na calçada duma grande cidade, no fundo dum barco sobrecarregado de migrantes. Deixemo-nos interpelar pelas crianças que não se deixam nascer, as que choram porque ninguém lhes sacia a fome, aquelas que na mão não têm brinquedos, mas armas. 

Natal perene!


“Transcorridos muitos séculos desde que Deus criou o mundo e fez o homem  à sua imagem; - séculos depois de haver cessado o dilúvio, quando o Altíssimo fez resplandecer o arco-íris, sinal de aliança e de paz; - vinte e um séculos depois do nascimento de Abraão, nosso pai; - treze séculos depois da saída de Israel do Egito, sob a guia de Moisés; - cerca de mil anos depois da unção de Davi, como rei de Israel; - na septuagésima quinta semana da profecia de Daniel; - na nonagésima quarta Olimpíada de Atenas; - no ano 752 da fundação de Roma; - no ano 538 do edito de Ciro, autorizando a volta do exílio e a reconstrução de Jerusalém; - no quadragésimo segundo ano do império de César Otaviano Augusto, enquanto reinava a paz sobre a terra, na sexta idade do mundo: JESUS CRISTO DEUS ETERNO E FILHO DO ETERNO PAI, querendo santificar o mundo com a sua vinda, foi concebido por obra do Espírito Santo e se fez homem; transcorridos nove meses, nasceu da Virgem Maria, em Belém de Judá. Eis o Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo a natureza humana. Venham, adoremos o Salvador! Ele é Emanuel, Deus Conosco”.

Este é o solene anúncio oficial do Natal, feito pela Igreja na primeira Missa da noite de Natal!

O Natal é a primeira festa litúrgica, o recomeçar do ano religioso, como a nos ensinar que tudo recomeçou ali. O nascimento de Jesus foi o princípio da revelação do grande mistério da Redenção que começava a se realizar e já tinha começado na concepção virginal de Jesus, o novo Adão. Deus queria que o seu projeto para a humanidade fosse reformulado num novo Adão, já que o primeiro Adão havia falhado por não querer se submeter ao seu Senhor, desejando ser o senhor de si mesmo e juiz do bem e do mal. Assim, Deus enviou ao mundo o seu próprio Filho, o Verbo eterno, por quem e com quem havia criado todas as coisas. Esse Verbo se fez carne, incarnou-se no puríssimo seio da Virgem, por obra do Espírito Santo, e começou a ser um de nós, nosso irmão, Jesus. Veio ensinar ao homem como ser servo de Deus. Por isso, sendo Deus, fez-se em tudo semelhante a nós, para que tivéssemos um modelo bem próximo de nós e ao nosso alcance. Jesus é Deus entre nós, o “Emanuel – Deus conosco”, a face da misericórdia do Pai.  

A origem da Missa do Galo


Para celebrar o nascimento de Jesus, a Missa do Galo foi instituída no século V, após o Concílio de Éfeso (431 d.C.), começando a ser celebrada, oficialmente, na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, pelo o papa Sisto III.

É celebrada à meia-noite do dia 24 de dezembro. O galo foi escolhido como símbolo desta celebração porque, histórica e tradicionalmente, representa vigilância, fidelidade e testemunho cristão.

Nos primeiros séculos, as vigílias festivas eram dias de jejum. Os fiéis reuniam-se na igreja e passavam a noite rezando e cantando. A Igreja era toda iluminada com lâmpadas de azeite e com tochas.

Na tradição católica cristã, todas as velas do Advento são acesas na Missa do Galo, para celebrar solenemente o nascimento do Messias, Jesus Cristo: “Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade”!

O Natal é a única celebração do calendário litúrgico que contempla três celebrações Eucarísticas, mas a da noite reúne os aspectos históricos e humanos do nascimento de Cristo.

Hoje, tradicionalmente, depois da missa, as famílias voltam para suas casas, colocam a imagem do Menino Jesus no Presépio, realizam cânticos e orações em memória do Messias, filho de Deus, e confraternizam-se e compartilham a Ceia de Natal, com eventual distribuição de presentes.