Para
celebrar o nascimento de Jesus, a Missa do Galo foi instituída no século V,
após o Concílio de Éfeso (431 d.C.), começando a ser celebrada, oficialmente,
na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, pelo o papa Sisto III.
É
celebrada à meia-noite do dia 24 de dezembro. O galo foi escolhido como símbolo
desta celebração porque, histórica e tradicionalmente, representa vigilância,
fidelidade e testemunho cristão.
Nos
primeiros séculos, as vigílias festivas eram dias de jejum. Os fiéis reuniam-se
na igreja e passavam a noite rezando e cantando. A Igreja era toda iluminada
com lâmpadas de azeite e com tochas.
Na
tradição católica cristã, todas as velas do Advento são acesas na Missa do
Galo, para celebrar solenemente o nascimento do Messias, Jesus Cristo: “Glória
a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade”!
O
Natal é a única celebração do calendário litúrgico que contempla três
celebrações Eucarísticas, mas a da noite reúne os aspectos históricos e humanos
do nascimento de Cristo.
Hoje,
tradicionalmente, depois da missa, as famílias voltam para suas casas, colocam
a imagem do Menino Jesus no Presépio, realizam cânticos e orações em memória do
Messias, filho de Deus, e confraternizam-se e compartilham a Ceia de Natal, com
eventual distribuição de presentes.
Outras lendas
A
expressão “Missa do Galo” é específica dos países latinos e deriva da lenda
ancestral, segundo a qual, à meia-noite do dia 24 de dezembro, um galo teria
cantado fortemente, como nunca ouvido, anunciando a vinda do Messias, filho de
Deus vivo, Jesus Cristo.
Outra
lenda, de origem espanhola, narra que, antes das 12 badaladas dos sinos, à meia
noite de 24 de dezembro, os lavradores da província de Toledo, Espanha, matava
um galo, em memória daquele que cantou três vezes, quando São Pedro negou
Jesus, por ocasião da sua morte.
Depois,
o galo era levado à igreja para ser oferecido aos pobres, afim de que seu Natal
fosse melhor. Outro costume, em algumas aldeias espanholas, era levar o galo à
igreja para que ele cantasse durante a Missa, como uma espécie de prenúncio de
boas colheitas.
Outra
origem da expressão vem do fato de a Missa da Noite de Natal terminar muito
tarde. “Quando as pessoas voltavam para casa, os galos já estavam
cantando".
O
galo também anuncia o nascer do sol e o seu canto simboliza o amanhecer,
comemorado pelos pagãos, como forma de agradecer o surgimento do Sol após o
longo período de inverno.
Mas, o
nome Missa do Galo é usado somente em países de língua portuguesa e espanhola.
Teria
sido Sisto III, no ano 400, a instituir uma Missa para celebrar o nascimento de
Cristo ‘ad galli cantus’, isto é, na hora que o galo canta, querendo indicar o
início do novo dia, após a meia-noite.
Há
quem diz ainda que a origem deste nome incomum remonta aos primórdios do
cristianismo, quando os cristãos iam em peregrinação a Belém, onde celebravam a
hora do primeiro canto do galo.
Finalmente,
dizem que um galo teria assistido ao nascimento do Menino Jesus, na gruta de
Belém, além de outros animais, como o burro e a vaca. Assim, o galo teve a
tarefa de festejar e anunciar para sempre a data do nascimento do Salvador do
mundo. (MT)
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Rádio Vaticano
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