sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Palavra de Vida: “Dar-vos-ei um coração novo e introduzirei em vós um espírito novo” (Ez 36, 26).


O termo “coração” faz-nos pensar em afetos, sentimentos, paixões. Mas, para o autor bíblico, é muito mais do que isso: o coração, juntamente com o espírito, é o centro da vida e da pessoa, o lugar das decisões, da interioridade, da vida espiritual. Um “coração de carne” é dócil à Palavra de Deus, deixa-se guiar por ela e tem “pensamentos de paz” para com os irmãos. Pelo contrário, um “coração de pedra” está fechado em si mesmo, sendo incapaz de dar atenção e ter misericórdia.

Precisamos mesmo de um coração novo e de um espírito novo? Basta olhar ao nosso redor. As violências, as corrupções, as guerras nascem de corações de pedra, que se fecharam ao projeto de Deus sobre a Criação. E até nós, se olharmos sinceramente para dentro de nós, não nos sentimos muitas vezes arrastados por desejos egoístas? Será que as nossas decisões são sempre orientadas pelo amor e pelo bem dos outros?

Ao olhar para esta nossa pobre humanidade, Deus enche-se de compaixão. Ele, que nos conhece melhor do que nós próprios, sabe que precisamos de um coração novo. E promete-o ao profeta Ezequiel, pensando não apenas em algumas pessoas, mas em todo o seu povo. O sonho de Deus é voltar a criar uma grande família de povos, como Ele a idealizou desde as origens, moldada pela lei do amor recíproco. A nossa história mostrou muitas vezes, por um lado, que, individualmente, não somos capazes de realizar esse projeto, e, por outro, que Deus nunca se cansou de “jogar este jogo”, até ao ponto de nos prometer dar um coração e um espírito novos.

E ele cumpre plenamente a sua promessa quando envia o seu Filho à Terra e infunde o seu Espírito, no dia de Pentecostes. Aí nasce uma comunidade – a primeira comunidade de Jerusalém –, ícone duma humanidade caracterizada por «um só coração uma só alma» (1). 

Pedagogia Litúrgica para Fevereiro de 2017: "Liturgia e discipulado".


A proposta pedagógica da Liturgia nas celebrações do Ano Litúrgico é evidente para quem se dedica ao estudo da Liturgia. Domingo após Domingo, a Liturgia vai celebrando e conduzindo seus celebrantes nos caminhos do discipulado. Isso acontece no decurso de todo o Ano Litúrgico, mas existem momentos nos quais isso aparece de modo mais evidente. Um destes momentos se fazem presentes nas celebrações realizadas neste mês de fevereiro de 2017.
  
Discípulos e discípulas para iluminar o mundo

Vós sois o sal da terra, vós sois a luz do mundo! Esta é uma das mais importantes e completa definição da identidade do discípulo e discípula de Jesus, presente no Evangelho do 5DTC-A. O discípulo e discípula do Evangelho nasceram para brilhar, para irradiar a luz do Evangelho em todas as partes do mundo. A luz da fé não brilha pela excelência do conhecimento de dogmas ou da Teologia, mas, como diz o contexto celebrativo do 5DTC-A, pelo empenho de quem se dedica ao pobre e ao irmão e irmã necessitados, eles que são a grande riqueza do Evangelho.

É através da partilha da vida que cada discípulo e discípula de Jesus acendem a luz divina e dá sabor ao viver aqui na terra. Isto faz com que a celebração deste Domingo seja celebrada num contexto provocador, exigindo dos celebrantes uma avaliação do seu modo de viver para celebrar realmente um culto coerente com aquilo que se vive. 

"Proibido abençoar concubinatos e adultérios", diz arcebispo argentino a sacerdotes


O Arcebispo de La Plata (Argentina), Dom Héctor Aguer, se dirigiu aos sacerdotes da sua Arquidiocese para advertir que, “quando não for possível celebrar, segundo o rito litúrgico, um matrimônio canônico, deve-se evitar cuidadosamente qualquer sinal que induza à confusão, tanto para os supostos cônjuges e seus familiares, quanto para o povo de Deus em geral”.

“Portanto, estão proibidas as bênçãos de alianças e até mesmo a bênção de casais, pois isto pode parecer que está abençoando a união concubinária ou adúltera. Uso estes nomes, que hoje parecem antipáticos, porque é verdade, embora convenha evitá-los em um diálogo pessoal com os demandantes”, descreve a carta enviada no dia 28 de janeiro.

“Com maior razão estão proibidas as cerimônias no templo, como se fossem as cerimônias realizadas normalmente nos casamentos de verdade. Qualquer recusa deve ser feita com respeito absoluto, com muita serenidade e caridade, sem ofender ninguém, mas explicando o significado da celebração nupcial e o valor do sacramento do matrimônio e suas condições de recepção”, acrescenta o texto.

Dom Aguer disse que, “em muitos casos”, os sacerdotes poderão encaminhar à conversão com delicadeza e sempre convidar estes casais a “implorar que a misericórdia de Deus antecipe o momento da graça. De repente, muitos deles têm condições de celebrar um matrimônio canônico”. 

Na maçonaria servem ao demônio desde os primeiros graus, revela novo livro


O livro “Iglesia y Masonería” (Igreja e Maçonaria), do professor universitário Alberto de la Bárcena, expõe novamente as profundas diferenças entre a fé católica e a prática maçônica. Entre os rituais deste grupo, apontou o especialista, há consagrações ao demônio, assim como a explícita renúncia do Cristianismo pisando em uma cruz.

Segundo Alberto de la Bárcena contou ao Grupo ACI, neste livro não há rumores e lendas urbanas, porque contêm “documentos pontifícios, encíclicas, pronunciamentos dos Papas”.

“Todas as frases estão documentadas”, assegura e precisa que este “é um tema do qual não se fala e, muitas vezes, os próprios cristãos estão confusos”.

“Queria que este livro mostrasse a verdade da doutrina em relação à maçonaria”, indica.

Conversando com seus alunos, explica, percebeu o quanto é importante divulgar esta informação.

“Havia jovens que estavam prestes a entrar em lojas por pressões familiares. Seus pais, que os levaram aos colégios e universidades católicas, pensavam que estavam fazendo um favor ao colocá-los na maçonaria. Além de uma enorme incongruência, isso demonstra que existe uma grande ignorância”, adverte.

Além disso, insiste que “a posição da Igreja não mudou em nada desde a primeira condenação em 1738, embora que quisessem difundir o rumor de que é possível pertencer a uma loja e a uma Igreja. Mas não é assim. A última condenação explícita foi em 1983, realizada por João Paulo II”. 

Religiosa diz em programa de Tv que a Virgem Maria e São José tinham relações sexuais e Bispo lamenta “confusão” criada.


A religiosa dominicana Lucía Caram, natural da Argentina e que atualmente vive em Barcelona (Espanha), assegurou recentemente no programa de televisão espanhol ‘Chester in love’ que a Virgem Maria e São José tinham uma relação de “casal normal”, que implicava “ter relações sexuais e uma relação normal entre um casal”.

No programa do dia 29 de janeiro, dirigido pelo jornalista Risto Mejide, Caram assegurou que “há muito tempo a Igreja tem uma má relação” com o tema sexual, tinha-o “um pouco embaixo do tapete e não era um tabu, mas um tema que considerava sujo, oculto, e era a negação do que eu acho que é uma bênção”.

No caso da Virgem Maria, sublinhou a religiosa dominicana, compreende “que realmente é muito difícil de acreditar, de assumir, o tema da virgindade de Maria e, além disso, a fim de demonstrar que não havia nada entre São José e Maria, normalmente ele é desenhado velho e com barba”.

“Então era o avô que estava com... Eu acho que Maria estava apaixonada por José e que era um casal normal”, disse e acrescentou: “acredito que o mais normal era que eles tivessem relações sexuais e uma relação normal de um casal”.

A respeito da virgindade de Maria, enfatizou: “Eu entendo que é difícil de acreditar, que é difícil digerir e muitas vezes, quando tentamos explicar para as pessoas, elas acabam rindo, porque a mensagem é pouco confiável”.

Segundo Lucía Caram, a Igreja deveria “ter apresentado Maria e José de outra maneira e entender que é uma relação de um amor maduro, aberta à vida e capaz de gerar e secundar um projeto de libertação, de salvação”.

Em seguida, a religiosa afirmou que é necessária “uma revolução e que começa a ter uma revolução (...) porque as igrejas estão vazias, a mensagem não tem credibilidade”. 

Progredindo sempre para a plenitude de Cristo


Os que foram dignos de se tornarem filhos de Deus, de renascerem pelo Espírito Santo e receberem em si a Cristo que os ilumina e lhes dá uma vida nova, são conduzidos pelo Espírito de muitos e diversos modos e dirigidos pela graça em grande paz de espírito. 

Umas vezes, imersos em grande tristeza e compaixão pelo gênero humano, rezam incessantemente por todos os homens com lágrimas e lamentações, em virtude do seu grande amor espiritual para com a humanidade. Outras vezes, são inflamados pelo Espírito com tão intensa alegria e amor, que, se fosse possível, levariam todos os homens no coração, sem qualquer distinção entre bons e maus. 

Umas vezes, abatidos por um sentimento de profunda humildade, consideram-se como os mais abjetos e desprezíveis de todos os homens. Outras vezes, são reconfortados pela alegria inefável do Espírito. 

Umas vezes, como herói destemido que, revestindo-se da armadura real e lançando-se ao combate, luta com valentia e vence os inimigos, assim o homem espiritual, tomando as armas celestes do Espírito, empreende a batalha contra os inimigos e os submete a seus pés. Outras vezes, a alma descansa em grande silêncio, tranquilidade e paz, saboreando interiormente as delícias e o sossego inefável do Espírito. 

Umas vezes, recebe do Espírito graças especiais de inteligência, sabedoria e conhecimento inefáveis, superiores a tudo o que humanamente se pode dizer ou exprimir. Outras vezes, como qualquer homem, nada de especial experimenta. 

Deste modo, a graça conduz a alma através de vários e diversos estados ou situações, exercitando-a de muitas maneiras e conformando-a com a vontade de Deus, com o fim de a tornar perfeita, irrepreensível e sem mancha diante do Pai celeste. 

Oremos também nós ao Senhor, pedindo-Lhe com grande amor e confiança que nos conceda a graça celeste do dom do Espírito, para que o mesmo Espírito nos governe e conduza ao cumprimento perfeito da vontade divina e nos reanime na sua paz, de modo que, mediante a sua direção, exercitação e moção espiritual, mereçamos chegar à perfeita plenitude de Cristo, como diz o Apóstolo: Para que sejais cumulados de toda a plenitude de Cristo.



Das homilias de um autor espiritual do século IV (Hom. 18, 7-11: PG 34, 639-642)

Estamos em guerra!


Neste episódio do Parresía, Padre Paulo Ricardo nos alerta para o estado de guerra que vivemos. Essa notícia, ao contrário de produzir medo, deve ser motivo de alegria para cada um de nós, para cada cristão, pois, é sabido que todo aquele que se unir ao bem será confrontado pelo mal e terá que o enfrentar. É o bom combate.

Esta batalha não é recente, começou lá no Paraíso, com os nossos primeiros pais. Desde então o homem vive num estado de guerra. O livro de Jó é bem claro quando nos diz: é uma batalha a vida do homem sobre a terra, ou seja, não é possível crer que essa vida não trará dificuldades, tentações, dores e perdas. Não. Neste mundo o mal é imortal. É importante saber disso. E saber também que não é esta a vida destinada e querida por Deus para cada um de seus filhos. Deus quer para nós a vida eterna, o Paraíso, a Eternidade. Estamos lutando, portanto, por algo além desse mundo.

Sabendo, então, que o Mal é invencível neste mundo e que, ao mesmo tempo, teremos que passar por ele para chegarmos à vida que realmente importa, o que devemos fazer? Qual estratégia devemos adotar?

São Gregório de Nissa, em sua homilia sobre o Cântico dos Cânticos diz que: a salvação nos é obtida pela unidade, pois a salvação consiste em estarmos unidos na íntima adesão ao único e sumo bem. Assim, a salvação só é possível se estivermos unidos de forma verdadeira à Igreja una e santa e àquele que é capaz de dar ao homem a felicidade perfeita: Deus. 

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Apoio a Gandra Filho no STF movimenta redes sociais e gera onda de telefonemas para Temer


Desde que despontou como um dos mais prováveis nomes para suceder Teori Zavascki como ministro do Supremo Tribunal Federal, Ives Gandra da Silva Martins Filho tem sido apoiado por uma legião de fãs. Apoiadores do atual presidente do Tribunal Superior do Trabalho têm feito uma campanha em várias frentes para manifestar ao presidente Michel Temer o seu desejo de ver Gandra Filho, que é contra o aborto e o casamento gay, no STF.

No plataforma CitizenGo, apoiadores estão levando à frente um abaixo-assinado pedindo a Temer a nomeação de Gandra Filho. Criada em 31 de janeiro, a petição já foi assinada por quase dez mil pessoas. O texto argumenta que o jurista “será uma voz em favor da vida humana desde a concepção, da família, da cultura ocidental, do cristianismo, dos valores mais genuínos do povo brasileiro e, não bastasse, estará plenamente apto a tratar de reformas estruturantes para o país, como, por exemplo, a trabalhista e a previdenciária”.

Líderes de associações e movimentos pró-vida também pretendem enviar uma carta coletiva ao presidente, mas não citam no texto nenhum nome específico. Pedem apenas que Temer “indique um ministro no STF que faça cumprir nossas leis, que respeite a vontade do povo brasileiro, a fim de garantir o equilíbrio democrático e o direito mais fundamental, que é o direito à vida”.

O advogado e articulista paraibano Taiguara Fernandes de Sousa iniciou uma campanha nas redes sociais incentivando que aqueles que apoiam a nomeação de Gandra Filho telefonem ao gabinete de Temer manifestando a sua posição. Muitas das pessoas que ligaram dizem ter sido muito bem atendidas pela secretária do presidente. Segundo Sousa, uma fonte de Brasília diz que um ministro do STF garantiu que Temer já tomou conhecimento das ligações e ficou impressionado com o apoio ao jurista.

Além disso, os apoiadores de Gandra Filho estão postando a hashtag #IvesGandraNoSTF nos comentários de posts da página oficial de Temer no Facebook. Enquanto isso, nos jornais, no meio da onda de críticas aos posicionamentos do jurista, colunistas conhecidos no meio conservador como Paulo Briguet, da Folha de Londrina, e Flávio Quintela, da Gazeta do Povo, têm defendido Gandra Filho.