sábado, 4 de fevereiro de 2017

RO: Prefeito quer retirar de livros didáticos conteúdo com ideologia de gênero


O anúncio na semana passada da prefeitura de Ariquemes (RO) de que os conteúdos relacionados com “diversidade familiar” e ideologia de gênero seriam retirados dos livros didáticos fez com que o prefeito Thiago Flores fosse acionado pelo Ministério Público do estado (MP-RO), para quem a medida é ilegal.

O prefeito Thiago Flores foi acionado pelo MP para que assinasse um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) comprometendo-se a não suprimir páginas ou retirar das escolas da rede municipal de educação livros didáticos destinados a alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental e que contenham matéria relacionada à ideologia de gênero.

Em nota, o MP considerou que medidas como a retirada dos conteúdos de ideologia de gênero dos livros “disseminam o ódio contra os homossexuais e ferem de morte o fundamento constitucional da promoção da igualdade e da sociedade livre de qualquer preconceito”.

Para o Ministério Público, a medida incentivaria o preconceito e incitaria ao ódio contra homossexuais. Segundo a promotoria, caso as páginas sejam retiradas dos livros, isso poderá constituir um ato de improbidade administrativa e prejuízo ao erário público, além de abuso de poder.

Segundo a prefeitura de Ariquemes, o prefeito Thiago Flores esteve em reunião com o MP no dia 27 de janeiro, mas não assinou o TAC e afirmou que a preocupação desta gestão é garantir que situações como a do ano passado, quando as crianças ficaram sem livros por seis meses, não voltem a ocorrer.

“Fui legitimamente eleito para governar o município pelos próximos quatro anos. A solução deste impasse será tomada no âmbito da prefeitura e devidamente comunicada ao Ministério Público até o dia 2 de fevereiro”, informou o prefeito sobre o prazo que se encerraria nesta sexta-feira.

Procurada pela redação da ACI Digital, a prefeitura de Ariquemes não deu resposta. Entretanto, em sua página no Facebook, postou nesta sexta-feira que, “em relação às discussões acerca da distribuição dos livros didáticos nas escolas municipais, a prefeitura de Ariquemes, em respeito ao procedimento já em curso perante o Ministério Público de Rondônia e, visando pois, não fomentar quaisquer outros desdobramentos subjacentes ao tema, que uma interpretação descontextualizados poderia provocar, optou em se manifestar apenas nos autos do procedimento correspondente”.

“Por outro lado – acrescentou –, assevera-se que os alunos da rede municipal de ensino não terão qualquer prejuízo no que tange a tempestividade da entrega do seu material didático e tampouco não haverá por parte da administração municipal qualquer pratica de ato ou ação que violem o princípio da dignidade da pessoa humana, norteador da ordem jurídica e democrática brasileira”. 

Renunciou à vida do mundo


João de Brito, o benjamim da família, órfão de pai desde a mais tenra infância, foi educado na corte do sábio rei de Portugal D. João IV. No meio da alegria folgazã dos pajens seus companheiros, nunca deixou de refletir na sua vida a bondosa imagem de um novo Estanislau: a sua modéstia, a sua piedade, a espontânea defesa da sua pureza angélica, tornaram-se alvo frequente de mofas e de outros tratamentos ainda piores, os quais, suportados com paciência inquebrantável, lhe deram ocasião para que o apelidassem, como presságio do seu fim heróico, «o mártir». 

Não se julgue que fosse insensível ao que lhe feria o amor próprio; mas era de índole tão bondosa mesmo para com aqueles que não apreciavam a sua virtude, que à irrisão e ofensas dos companheiros correspondia sempre com um sorriso benévolo e suma afabilidade. 

João, que desde o nascimento fora santificado pelo dom da graça divina, e depois saboreou como o Senhor é bom, passa pelo mundo como um raio de luz através das sombras da selva escura, cresce como lírio entre os espinhos, eleva-se para o céu e floresce, esquecendo tudo quanto o rodeia; estimulado pelos favores de Deus, alimenta em si uma adolescência vigorosa que, à imitação do Apóstolo, quando Aquele que o tinha destinado desde o seio materno quis chamá-lo para pregar o seu Filho entre os gentios, decididamente não consultou a carne e o sangue, e subtraiu-se à ternura materna, ao afeto do rei e à tranquilidade da sua terra natal. 

Olhai para o jovem missionário, para o heroísmo da sua ação, que se dilata no meio dos povos infiéis: ação esplêndida, ação destemida, ação fecunda. Seria necessário não ter ideal algum no coração para não sentir o entusiasmo que suscita a narração da sua vida tão ardente, para não experimentar, com um sentimento de santa inveja, o desejo de participar em tão árduas canseiras evangélicas e de alcançar os seus merecimentos na medida das próprias forças. 

Neste herói da santidade, movido por uma atividade sem tréguas nem descanso, não tardaria a sentir-se consumada a vida laboriosa do missionário, se não tivesse sobrevindo tão subitamente o martírio a impedir-lhe o trabalho ardoroso da pregação da fé e moral evangélica, interrompendo o curso da sua vida e da obra começada.



Da Alocução de Pio XII, papa, no dia seguinte ao da canonização de João de Brito (AAS 39 [1947], 392-393.395-396) (Sec. XX)

O que se deve fazer diante do altar? Genuflexão ou inclinação?


Algumas pessoas dizem: “Já vi padres se ajoelharem diante do altar e outros apenas fazerem uma inclinação. Qual é o certo?”. Os dois casos estão certos, mas seguem uma prática. Quando o sacerdote chega ao altar, supõe-se que veio da sacristia e se dirigiu para esse altar integrado na procissão de entrada.

É o que se deduz da IGMR 121: “Enquanto a procissão se dirige para o altar, canta-se o cântico de entrada”. A procissão é formada pelo presidente e ministros. O mesmo documento continua assim, no n. 122: “Ao chegarem ao altar, o sacerdote e os ministros fazem uma inclinação profunda” (vênia). A quem? Naturalmente ao altar, que vai ser o centro da celebração e junto do qual se encontram. Não há, portanto, nenhuma genuflexão a Cristo na cruz ou ao altar.

Havendo, porém, o Tabernáculo com o Santíssimo (Sacrário) se ao centro, no fundo do presbitério, por detrás do altar, presidente e ministros, em vez da inclinação profunda ao altar, genufletem ao Senhor, presente no sacrário. 

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Palavra de Vida: “Dar-vos-ei um coração novo e introduzirei em vós um espírito novo” (Ez 36, 26).


O termo “coração” faz-nos pensar em afetos, sentimentos, paixões. Mas, para o autor bíblico, é muito mais do que isso: o coração, juntamente com o espírito, é o centro da vida e da pessoa, o lugar das decisões, da interioridade, da vida espiritual. Um “coração de carne” é dócil à Palavra de Deus, deixa-se guiar por ela e tem “pensamentos de paz” para com os irmãos. Pelo contrário, um “coração de pedra” está fechado em si mesmo, sendo incapaz de dar atenção e ter misericórdia.

Precisamos mesmo de um coração novo e de um espírito novo? Basta olhar ao nosso redor. As violências, as corrupções, as guerras nascem de corações de pedra, que se fecharam ao projeto de Deus sobre a Criação. E até nós, se olharmos sinceramente para dentro de nós, não nos sentimos muitas vezes arrastados por desejos egoístas? Será que as nossas decisões são sempre orientadas pelo amor e pelo bem dos outros?

Ao olhar para esta nossa pobre humanidade, Deus enche-se de compaixão. Ele, que nos conhece melhor do que nós próprios, sabe que precisamos de um coração novo. E promete-o ao profeta Ezequiel, pensando não apenas em algumas pessoas, mas em todo o seu povo. O sonho de Deus é voltar a criar uma grande família de povos, como Ele a idealizou desde as origens, moldada pela lei do amor recíproco. A nossa história mostrou muitas vezes, por um lado, que, individualmente, não somos capazes de realizar esse projeto, e, por outro, que Deus nunca se cansou de “jogar este jogo”, até ao ponto de nos prometer dar um coração e um espírito novos.

E ele cumpre plenamente a sua promessa quando envia o seu Filho à Terra e infunde o seu Espírito, no dia de Pentecostes. Aí nasce uma comunidade – a primeira comunidade de Jerusalém –, ícone duma humanidade caracterizada por «um só coração uma só alma» (1). 

Pedagogia Litúrgica para Fevereiro de 2017: "Liturgia e discipulado".


A proposta pedagógica da Liturgia nas celebrações do Ano Litúrgico é evidente para quem se dedica ao estudo da Liturgia. Domingo após Domingo, a Liturgia vai celebrando e conduzindo seus celebrantes nos caminhos do discipulado. Isso acontece no decurso de todo o Ano Litúrgico, mas existem momentos nos quais isso aparece de modo mais evidente. Um destes momentos se fazem presentes nas celebrações realizadas neste mês de fevereiro de 2017.
  
Discípulos e discípulas para iluminar o mundo

Vós sois o sal da terra, vós sois a luz do mundo! Esta é uma das mais importantes e completa definição da identidade do discípulo e discípula de Jesus, presente no Evangelho do 5DTC-A. O discípulo e discípula do Evangelho nasceram para brilhar, para irradiar a luz do Evangelho em todas as partes do mundo. A luz da fé não brilha pela excelência do conhecimento de dogmas ou da Teologia, mas, como diz o contexto celebrativo do 5DTC-A, pelo empenho de quem se dedica ao pobre e ao irmão e irmã necessitados, eles que são a grande riqueza do Evangelho.

É através da partilha da vida que cada discípulo e discípula de Jesus acendem a luz divina e dá sabor ao viver aqui na terra. Isto faz com que a celebração deste Domingo seja celebrada num contexto provocador, exigindo dos celebrantes uma avaliação do seu modo de viver para celebrar realmente um culto coerente com aquilo que se vive. 

"Proibido abençoar concubinatos e adultérios", diz arcebispo argentino a sacerdotes


O Arcebispo de La Plata (Argentina), Dom Héctor Aguer, se dirigiu aos sacerdotes da sua Arquidiocese para advertir que, “quando não for possível celebrar, segundo o rito litúrgico, um matrimônio canônico, deve-se evitar cuidadosamente qualquer sinal que induza à confusão, tanto para os supostos cônjuges e seus familiares, quanto para o povo de Deus em geral”.

“Portanto, estão proibidas as bênçãos de alianças e até mesmo a bênção de casais, pois isto pode parecer que está abençoando a união concubinária ou adúltera. Uso estes nomes, que hoje parecem antipáticos, porque é verdade, embora convenha evitá-los em um diálogo pessoal com os demandantes”, descreve a carta enviada no dia 28 de janeiro.

“Com maior razão estão proibidas as cerimônias no templo, como se fossem as cerimônias realizadas normalmente nos casamentos de verdade. Qualquer recusa deve ser feita com respeito absoluto, com muita serenidade e caridade, sem ofender ninguém, mas explicando o significado da celebração nupcial e o valor do sacramento do matrimônio e suas condições de recepção”, acrescenta o texto.

Dom Aguer disse que, “em muitos casos”, os sacerdotes poderão encaminhar à conversão com delicadeza e sempre convidar estes casais a “implorar que a misericórdia de Deus antecipe o momento da graça. De repente, muitos deles têm condições de celebrar um matrimônio canônico”. 

Na maçonaria servem ao demônio desde os primeiros graus, revela novo livro


O livro “Iglesia y Masonería” (Igreja e Maçonaria), do professor universitário Alberto de la Bárcena, expõe novamente as profundas diferenças entre a fé católica e a prática maçônica. Entre os rituais deste grupo, apontou o especialista, há consagrações ao demônio, assim como a explícita renúncia do Cristianismo pisando em uma cruz.

Segundo Alberto de la Bárcena contou ao Grupo ACI, neste livro não há rumores e lendas urbanas, porque contêm “documentos pontifícios, encíclicas, pronunciamentos dos Papas”.

“Todas as frases estão documentadas”, assegura e precisa que este “é um tema do qual não se fala e, muitas vezes, os próprios cristãos estão confusos”.

“Queria que este livro mostrasse a verdade da doutrina em relação à maçonaria”, indica.

Conversando com seus alunos, explica, percebeu o quanto é importante divulgar esta informação.

“Havia jovens que estavam prestes a entrar em lojas por pressões familiares. Seus pais, que os levaram aos colégios e universidades católicas, pensavam que estavam fazendo um favor ao colocá-los na maçonaria. Além de uma enorme incongruência, isso demonstra que existe uma grande ignorância”, adverte.

Além disso, insiste que “a posição da Igreja não mudou em nada desde a primeira condenação em 1738, embora que quisessem difundir o rumor de que é possível pertencer a uma loja e a uma Igreja. Mas não é assim. A última condenação explícita foi em 1983, realizada por João Paulo II”. 

Religiosa diz em programa de Tv que a Virgem Maria e São José tinham relações sexuais e Bispo lamenta “confusão” criada.


A religiosa dominicana Lucía Caram, natural da Argentina e que atualmente vive em Barcelona (Espanha), assegurou recentemente no programa de televisão espanhol ‘Chester in love’ que a Virgem Maria e São José tinham uma relação de “casal normal”, que implicava “ter relações sexuais e uma relação normal entre um casal”.

No programa do dia 29 de janeiro, dirigido pelo jornalista Risto Mejide, Caram assegurou que “há muito tempo a Igreja tem uma má relação” com o tema sexual, tinha-o “um pouco embaixo do tapete e não era um tabu, mas um tema que considerava sujo, oculto, e era a negação do que eu acho que é uma bênção”.

No caso da Virgem Maria, sublinhou a religiosa dominicana, compreende “que realmente é muito difícil de acreditar, de assumir, o tema da virgindade de Maria e, além disso, a fim de demonstrar que não havia nada entre São José e Maria, normalmente ele é desenhado velho e com barba”.

“Então era o avô que estava com... Eu acho que Maria estava apaixonada por José e que era um casal normal”, disse e acrescentou: “acredito que o mais normal era que eles tivessem relações sexuais e uma relação normal de um casal”.

A respeito da virgindade de Maria, enfatizou: “Eu entendo que é difícil de acreditar, que é difícil digerir e muitas vezes, quando tentamos explicar para as pessoas, elas acabam rindo, porque a mensagem é pouco confiável”.

Segundo Lucía Caram, a Igreja deveria “ter apresentado Maria e José de outra maneira e entender que é uma relação de um amor maduro, aberta à vida e capaz de gerar e secundar um projeto de libertação, de salvação”.

Em seguida, a religiosa afirmou que é necessária “uma revolução e que começa a ter uma revolução (...) porque as igrejas estão vazias, a mensagem não tem credibilidade”.