domingo, 19 de fevereiro de 2017

Sem a caridade, tudo é vaidade das vaidades


A caridade é a boa disposição do espírito, que nada coloca acima do divino conhecimento. Ninguém poderá jamais alcançar uma caridade permanente de Deus, se estiver preso pelo espírito a qualquer coisa terrena.

Quem ama a Deus antepõe o conhecimento e a ciência dele a toda sua criatura. Nele pensa incessantemente com íntimo desejo e amor.

Se todas as coisas que existem têm Deus por criador e por ele foram feitas, então Deus, que assim as criou, como não será incomparavelmente de maior valor? Quem abandona a Deus, o bem insuperável e se entrega ao que é pior, dá provas de considerar Deus abaixo da criação.

Quem me ama, diz o Senhor, guardará meus mandamentos. É este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros. Portanto, quem não ama o próximo, não guarda o mandamento. Quem não guarda o mandamento, também não pode amar o Senhor.

Feliz o homem que é capaz de amar igualmente todos os homens.

Quem ama a Deus, ama também sem exceção o próximo. Sendo assim, não consegue guardar seu dinheiro, mas gasta-o divinamente, dando a quem quer que dele precise.

Quem, à imitação de Deus, dá esmolas, não faz diferença nas necessidades corporais entre bons e maus, porém a todos igualmente distribui em vista da indigência real. Contudo, em atenção à boa vontade, prefere o virtuoso e diligente ao mau.

A caridade não se revela apenas nas esmolas em dinheiro. Muito mais em partilhar a doutrina e em prestar serviços corporais.

Quem, verdadeiramente, de coração, rejeita as coisas mundanas e, sem fingimento, se entrega aos serviços de caridade para com o próximo, este, bem depressa liberto dos vícios e paixões, torna-se participante do amor e ciência de Deus.

Quem encontrou em si a caridade divina, sem cansaço, sem fadiga, segue o Senhor, seu Deus, conforme o admirável Jeremias, mas com fortaleza de ânimo suporta todo labor, opróbrio e injúria, sem nada pensar de mal. Não digais, diz o profeta Jeremias, somos o templo do Senhor. Tu também não digas: “A fé nua, sem mais, em nosso Senhor Jesus Cristo, pode conceder-me a salvação”. Isto não pode ser se não lhe unires também o amor por ele mediante as obras. Quanto à simples fé: Os demônios também crêem e tremem.

Obra de caridade é prestar de boa vontade benefícios ao próximo como também a longanimidade e a paciência; e ainda, usar das coisas com discernimento.


Dos Capítulos sobre a Caridade, de São Máximo Confessor, abade

(Centuria 1, cap. 1,4-5.16-17.23-24.26-28.30-40: PG 90,962-967)  (Séc.VIII)

Unidos desde o mais alto


“Onde dois ou três estão reunidos em meu nome,” diz Jesus, “aí estou eu no meio deles.” É marca de uma época narcisista as pessoas passarem a interpretar essas palavras como se elas sugerissem que Jesus torna-se presente por meio de nossa comunidade, pois trata-se justamente do contrário. A única razão de estarmos reunidos é que Jesus já nos uniu. Nos reunimos não em nossos nomes, mas no nome dEle. Foi Ele quem nos convidou a sair da escuridão de nosso egoísmo rumo à Sua maravilhosa luz.

A lei que nos diz estarmos unidos de verdade somente a partir de cima, não por poder nosso, mas através da renúncia ao poder de algo que nos transcende, confirma-se, conforme Dietrich von Hildebrand expõe, até na ordem natural. “Nós não devemos esquecer” diz ele, “que os valores possuem o poder de unificar; e quanto maior o valor em questão, maior é o seu poder. Ao contemplar um valor, ao assimilá-lo, a alma do indivíduo não é apenas trazida de volta a si, como se acordasse de suas distrações, mas a barreira que a isolava dos outros homens é superada.” Quando dois homens de grande sensibilidade escutam a Paixão Segundo São Mateus, de Bach, as distinções políticas e de classe desaparecem. Se rivais de negócios ou irmãos em conflito de repente presenciam um grande ato de heroísmo, os pensamentos que os endureciam perdem força em seus corações, e toda divisão torna-se pequena; eles apreciam o calor da bondade como pessoas que, após sair de uma caverna, observam o sol e uma à outra através de sua luz.

Beleza e majestade não são acessórios estéticos, mas a essência mesma dos valores, com poder de formar uma comunidade, e, principalmente, a liturgia. Quando vamos a um jogo de futebol, podemos apreciar o companheirismo de outros torcedores nas arquibancadas, e não há nada de errado nisso, mas esse companheirismo é frágil e efêmero. A liturgia, no entanto, “combina uma santa sobriedade com um ardor fervoroso, uma eterna calma com a mais profunda emoção, medo santo com sagrada alegria, e uma paz celestial.” A liturgia pode ter esse efeito porque, apesar de empregar nossas linguagem, gestos e arte, não é nossa em sua essência, mas do Cristo. Hildebrand diz: “A Liturgia é o Cristo rezando.” Em Cristo, podemos nos tornar Um, visto que o Cristo mesmo é verdadeiro Deus e verdadeiro homem, a pessoa humana consumada. Em Deus nossas particularidades são fundamentadas, e em Cristo elas são reunidas em uma comunhão polifônica de amor e louvor.

Hildebrand nos dá exemplos poderosos de como isso acontece. Considera as palavras de São Paulo, que costumavam ser recitada nas Vigílias Pascais: “Mantenham o pensamento nas coisas do alto, e não nas coisas terrenas. Pois vocês morreram, e agora a sua vida está escondida com Cristo em Deus.” Pois vocês morreram: essas palavras atingem com o abalo de uma temível e misteriosa revelação. Nós entendemos o recado, e esperamos habitar sobre o Corpo de Cristo na sepultura, naquele período morto entre a Cruz e quando a pedra foi removida do túmulo. Mas tem mais coisa: ouvimos que estamos mortos também. Morremos com o Cristo no batismo. Estamos morrendo para nós mesmos e para o mundo. Não devemos mais nos importar com as coisas que são terrenas. Não devemos nos obcecar com os túmulos à mostra em beiras de estrada. O mundo sente falta disso, mas nossa vida está escondida com Cristo em Deus, como a primeira Páscoa estava escondida na terra; melhor, escondida na providência do Pai.

sábado, 18 de fevereiro de 2017

Crise do Carnaval


Tornou-se cotidiano o tema da crise. Fala-se de crise política, econômica, social, ética, antropológica, de segurança, de saúde pública, de educação. A crise instalou-se na sociedade!

Em nome da crise se atropela instâncias da sociedade, tempos e ritos, fazendo avançar iniciativas bizarras que vulgarizam valores e tradições. É o que se constata quando qualquer período do ano se torna oportunidade para carnaval.

O carnaval fazia parte da tradição cultural de vários povos antigos. Tratava-se de uma animada festa popular, com forte apelo à liberdade de expressão e movimento.

O carnaval também faz parte da cultura brasileira. Ora, cultura é tudo o que um grupo humano desenvolve para viver, conviver, sobreviver, relacionar-se, interpretar e dar sentido à vida. Cultura é conhecer e respeitar os valores das pessoas como expressão de sabedoria. Cultura é descoberta, conhecimento, benefício, partilha de experiências. Cultura é respeito pelas diferenças!

Nesse contexto, vale recordar o que dizia o cacique Raoni, da etnia Kayapó: “Eu não quero a sua cultura. Alguns entre vocês têm dinheiro e mata os outros para ter um pouco. Outros bebem álcool e bêbados destroem a si mesmos e os outros. Eu tenho medo mesmo! Nós, os Kayapós, pelo menos temos consideração e compreensão para com os outros. Somos todos irmãos e tios uns dos outros. É por isso que temos respeito, que protegemos uns aos outros. Vocês, brancos, não se preocupam com os de menos sorte. Vocês mentem uns para os outros. Eu descobri!”. 

Cristãos num mundo descrente


A Igreja precisa sempre se converter, sim. Mas, não ao mundo pagão. A conversão da Igreja deverá ser sempre mais a Cristo, com todas as Suas exigências! Somente assim ela será sal e luz.

Não são uma doutrina e uma moral feitas sob medida para o mundo que prestarão um serviço à humanidade! Uma Igreja sob medida não serveria para mais nada a não ser para ser jogada fora e pisada pelos homens! A verdade é Cristo – e é o homem quem deve converter-se a Ele, não Ele ao homem.

Os primeiros cristãos encantaram o mundo não facilitando as coisas, mas crendo no Senhor e amando-O de todo o coração, até a morte quando preciso.

Sonho com uma Igreja cada vez mais fascinada por Cristo, que apresente o escândalo do Seu Evangelho sem medo nem meias palavras. Sonho com uma Igreja de cristãos que não tenham medo de ser diferentes, de viver radicalmente na Palavra do Senhor e na fidelidade à Sua Igreja. Seremos, certamente, minoria, aquele pequeno rebanho que servirá de luz, sal e referencial para o mundo.
 

Cristãos e pais num mundo paganizado


Estejamos atentos que não mais vivemos numa sociedade cristã. Muito pelo contrário, a força formadora de cultura atual, a matriz geradora do modo de pensar e viver agora é pagã, pós-cristã e até mesmo anticristã, claramente destinada a arrancar qualquer vestígio de uma consciência fundada na civilização cristã, agora vista como arcaica, opressiva, repressiva e obscurantista.

Assim sendo, quem desejar ser cristão de corpo, alma e consciência, que não se iluda: esteja atento criticamente aos meios de comunicação e aos formadores de opinião – e aqui incluo também os meios acadêmicos. Vale hoje, plenamente, a advertência do Senhor: “Se o mudo vos odeia – isto é, não vos preza, não vos ama, não vos tem estima, vos despreza – sabei que primeiro odiou a Mim. Se fôsseis do mundo, o mundo amaria o que é seu!”

Que nenhum cristão se iluda por ver pessoas ainda professando a sua fé. A questão é outra: nossa matriz cultural mudou: o pensamento e suas várias expressões agora se nutre de um paganismo e até de um ateísmo virulento. Olhe ao redor, meu Amigo: propõe-se um modo de vida, uma trama de valores em que o homem de fato vive como se Deus não existisse: a própria humanidade deve ser sua medida e seu deus. Deus deve ser reduzido ao âmbito do privado, do opinável, das hipóteses exóticas, resquícios de um passado sombrio de uma humanidade imatura... Este é o pensamento dominante atual...

Sendo assim, um cristão que realmente deseje viver segundo Cristo e educar seus filhos no caminho do Senhor, com uma mentalidade cristã e valores genuinamente cristãos que norteiem sua vida, que esteja atento ao que ele vê, ouve, aprende, pois a educação cristã não pode mais ser suposta como uma realidade descontada, mas deve ser transmitida em família metódica e persistentemente sob a responsabilidade primeira dos pais!

Pense: onde uma criança ou um jovem podem fazer uma experiência verdadeira de fé e aprender de modo sistemático o conteúdo da fé? Na escola? Não. Na sociedade, nos meios de comunicação? Certamente que não. Na Igreja? Sim, se ele for lá e encontrar uma verdadeira comunidade de fé e amor... Mas, tudo, em nível de uma fé profunda e efetiva, tem que se iniciar na família! É isto e não há escapatória. 

Amar até os inimigos


No contexto do Sermão da Montanha (bem-aventuranças), conforme São Mateus vai contando, Jesus, como o novo Moisés, vem implantar uma Justiça Nova superior à antiga. Esta justiça nova não ab-roga as leis antigas, mas as supera e as aperfeiçoa baseada que está sobre o fundamento do mandamento maior da Caridade, do Amor, da Misericórdia. Na sequência do Evangelho, no trecho lido na Missa de hoje - Mt 5,38-48) - Mateus registra mais dois “ditos” de Jesus, isto é, dois ensinamentos com os quais Ele avança no aperfeiçoamento da lei em vigor, a saber “não vingar-se mas ceder” e “amar até seus inimigos”.

Eis, em síntese, como Jesus fala quanto a “não vingar-se, mas ceder”: “Vós ouvistes o que foi dito: ‘Olho por olho e dente por dente!’ Eu, porém, vos digo, não enfrenteis quem é malvado! Pelo contrário, se alguém te dá um tapa na face direita, oferece-lhe também a esquerda! Entregue também o manto a quem te leva ao tribunal para tirar-te a túnica...”.

Quanto a “amar até seus inimigos”: “Vós ouvistes o que foi dito: ‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo!’ Eu, porém, vos digo, amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem!”. “Com efeito, se amais aos que vos amam, que recompensa tendes? Não fazem também os publicanos a mesma coisa? E se saudais apenas os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem também os gentios a mesma coisa?”.    

Por fim, Jesus, indicando como o ponto mais alto do alcance da Justiça Nova e como medida do amor humano a perfeição divina, arremata dizendo: “Sede perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito”. O Pai é assim: “faz nascer o sol sobre maus e bons e faz cair a chuva sobre justos e injustos”. Jesus também orientou os seus discípulos, em outra ocasião, de perdoar até setenta vezes sete, isto é, sempre.   

Bom mediador entre Deus e os homens


Desde que foi ordenado sacerdote, Teotônio deu mostras evidentes de grande progresso no caminho da perfeição e santidade. A sua vida era para todo o povo de Deus um admirável exemplo de virtude. 

Desempenhava com exímia perfeição as obrigações da sua ordem [sacerdotal]: instruía na fé as gentes rudes e incorporava-as na Igreja pelo batismo; chamava os pecadores à penitência e, curando-os com a medicina das suas orações e palavras de encorajamento, absolvia-os e reconciliava-os com a Igreja; como bom mediador entre Deus e os homens, a todos ensinava os preceitos divinos e pregava a verdade, apresentava ao Senhor as preces dos fiéis e intercedia diante de Deus pelos pecados do povo, oferecia no altar o sacrifício de expiação, recitava as orações e abençoava os dons de Deus. 

Na igreja comportava-se sempre com santa reverência e temor de Deus, e cumpria as funções sagradas com toda a perfeição. 

Desprezava a suntuosidade e as enganadoras seduções do mundo; não se envaidecia com os louvores, nem se exaltava com a riqueza, nem se amargurava com a pobreza. Há quem o louve pela sua renúncia total às curiosidades, divertimentos, ostentações e coisas semelhantes; eu, porém, considero não menos digna de louvor a sua perfeição na virtude da castidade, comprovada pela circunspecção e prudência em todas as suas ações. 

Com a ajuda do Senhor, passarei agora a contar como Teotônio veio a tomar o hábito de Cristo e como viveu na Religião sob a regra de Santo Agostinho. Desde a sua entrada na Religião, ele sobressaía notavelmente entre os demais pela santidade de costumes, extraordinária abstinência e assídua oração. Continuamente dirigia a Deus as suas preces; e, quando deixava de rezar, lançava mão da leitura sagrada, aplicando-se principalmente à Salmodia. Com efeito, além das Horas Canônicas e todo o Ofício Divino, em que se empenhava fielmente com santa reverência e temor de Deus, rezava cada dia todo o Saltério. 

O tempo que lhe restava era para se ocupar em exercícios de boas obras ou em diversos serviços do mosteiro. 

Longe de transigir com qualquer atrativo de vícios ou vaidades mundanas, era sua constante predileção o recolhimento, a mansidão, o silêncio e a paz. Finalmente – coisa rara no nosso tempo – foi tão profunda a sua humildade, que parecia querer passar pelo mais esquecido de todos e o último dos servos de Deus.


Da Vida de São Teotônio, 
escrita por um autor contemporâneo, seu discípulo

(Port. Mon. Hist., Scriptores I, 80.83) (Sec. XII)

Estou vivendo uma crise de fé. O que fazer?


A fé do cristão é o combustível que o faz transcender os obstáculos e permanecer firmes em Deus. Todo ser humano enfrenta lutas e sofrimentos, mas existe uma diferença entre o crente e o não crente: o sentido da existência humana. O cristão crê que após vivenciar as provações terrenas, em Deus ele será recompensado com a salvação eterna. O não crente vive fugindo das provações, pois deseja viver uma vida terrena sem lutas, somente com bonança, saúde, dinheiro e felicidade. A vida sem fé conduz a pessoa à perda do sentido de sua existência.

Afinal, o que é a fé?


Na Palavra de Deus, encontra-se a seguinte definição: “A fé é a certeza daquilo que ainda se espera, a demonstração de realidades que não se veem” (Hb 11,1). Ou seja, a pessoa espera com uma certeza que não tem explicação humana, por algo que não é palpável.

O Catecismo da Igreja Católica, parágrafo 153, afirma: “A fé é uma graça, um dom de Deus, uma virtude sobrenatural infundida por Ele”. Portanto, é um presente do Senhor para Seus filhos. É a via que conduz o homem a Deus.

Tentações contra a fé


Se a fé é essencial para alcançar o céu, então o inimigo fará de tudo para arrancá-la das pessoas. “A fé pode ser posta à prova. O mundo em que vivemos, muitas vezes, parece estar bem longe daquilo que a fé nos assegura; as experiências do mal e do sofrimento, das injustiças e da morte parecem contradizer a Boa Nova; podem abalar a fé e tornar-se para ela uma tentação” (CIC número 165).

As doenças, divórcios, sofrimentos, desempregos podem ser algumas das tentações que o inimigo se utiliza para fazer as pessoas duvidarem da ação amorosa de Deus. Inicia-se um processo de afastamento do Senhor, experimenta-se uma crise de fé na qual a existência de Deus é questionada.

Passos para superar a crise de fé


Primeiro: pedir ajuda para pessoas que sejam maduras na fé como um padre, um diretor espiritual ou alguém que é referência para você. Ser muito transparente e livre em seus questionamentos e abrir-se para ouvir os seus conselhos.

Segundo: Sair do foco para viver nos bastidores o combate espiritual. Para quem é líder na Igreja, é tempo de talvez ceder o “cargo” para outra pessoa exercer sua função, enquanto você passa por essa crise. Não é deixar de viver as prática religiosas, atividades missionárias, mas é tempo de ser cuidado para que a luta contra o inimigo não seja desleal.

Terceiro: Contar com o apoio de pessoas que realmente o amam e não o julgam. É uma crise que passará, se for bem vivida, e que produzirá bons frutos de salvação. Deixe as pessoas falarem o que elas quiserem, não se deixe levar pelos comentários e julgamentos, mas compreenda que, no fim da vida, seu julgamento será você e Deus.

Quarto: é importante compreender que Deus jamais violará as leis humanas e a liberdade que Ele mesmo deu para os seus filhos. Exemplo: para o marido voltar para casa, após ter abandonado a esposa, é preciso que ele queira voltar e faça esse caminho de volta. Deus não vai forçá-lo a fazer isso.

Outro exemplo: para que a doença seja curada, é preciso que o tratamento pedido pelos médicos seja realizado. Se Deus quiser curar instantaneamente, é mistério de fé. Mas é importante que o doente, na sua liberdade, escolha fazer todo o processo solicitado pelos médicos.