terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

O verdadeiro ópio do povo


Fiéis a Marx, os comunistas incriminam a religião de ópio do povo — das Opium des Volks. Leia–se o trecho na íntegra:

“A religião é o suspiro da criatura oprimida pela infelicidade, a alma de um mundo sem coração, do mesmo modo que é o espírito de uma época sem espírito. É o ópio do povo” (t).

Apregoada e difundida, a frase abriu caminho para incompatibilizar a fé com o trabalho, arraigando no espírito dos trabalhadores — bem salientou Monsenhor Montini, hoje S. S. Paulo VI — a impressão de que

“a religião os afasta do que deve antes de tudo preocupá-los: os interesses econômicos e sociais. Destarte, enche-os de ilusão, contenta-os, fixa-os num sistema  jurídico-social no meio do qual outros vivem na abundância, na segurança, no prazer, em situação privilegiada e onde o povo trabalhador não conhece senão a dor e submissão.  A religião seria cúmplice do gritante desequilíbrio social; seria aliada de um imobilismo que tende totalmente ao sacrifício da classe operária e ao proveito da c lasse capitalista” (1 2).

Restringem a religião a dois pontos capitais: uma projeção ilusória, mero produto social, e, acabamos de ver, um lenitivo para os explorados. O último, graças à rotineira e cavilosa propaganda, penetrou entre os trabalhadores, mercê do silêncio que se fez em torno dos direitos e garantias que lhes foram assegurados nas legislações modernas sob o influxo da doutrina social católica.

Em verdade, a ordem sócio-econômica, inspirada no pensamento cristão, tem por “elemento substancial a elevação do proletariado” (Pio XII, A Ordem Social — Radiomensagem de 1-9-1943). Consagramos ao tema o livro Doutrina Social e Direito do Trabalho (Rio, 1954) e ousamos lembrar a referência com que nos honrou o eminente Cardeal D. Fernando Quiroga, Arcebispo de Santiago de Compostela, na Espanha: “publicación tan llena de solida doctrina, que servirá para dar a conocer la verdad dei interés dela Santa Iglesia por la clase obrera”. Abrimos o estudo dedicado às normas tutelares do Direito pátrio no setor da Segurança Social (Rio, 1961), com a afirmação de Pergolesi: “O princípio e sentimento de fraternidade, de inspiração cristã, influíram muito na orientação em sentido social das constituições modernas.” Extensa e profunda sua repercussão na ordem jurídica em geral, o que deixou implícito o preeminente jurista italiano. 

Santos Romão e Lupicino


Apaixonados pelos Padres do deserto, fundaram mosteiro baseado nas regras de São Pacômio, São Basílio e Cassiano.

São Romão entrou para a vida religiosa com 35 anos, na França, onde nasceram os dois santos de hoje. Ele foi discernindo sua vocação, que o deixava inquieto, apesar de já estar na vida religiosa. Ao tomar as constituições de Cassiano e também o testemunho dos Padres do deserto, deixou o convento e foi peregrinar, procurando o lugar onde Deus o queria vivendo.

Indo para o Leste, encontrou uma natureza distante de todos e percebeu que Deus o queria ali.

Vivia os trabalhos manuais, a oração e a leitura, até o seu irmão Lupicino, então viúvo, se unir a ele. Fundaram então um novo Mosteiro, que se baseava nas regras de São Pacômio, São Basílio e Cassiano.

Romão tinha um temperamento e caminhada espiritual onde com facilidade era dado à misericórdia, à compreensão e tolerância. Lupicino era justiça e intolerância. Nas diferenças, os irmãos se completavam, e ajudavam aos irmãos da comunidade, que a santidade se dá nessa conjugação: amor, justiça, misericórdia, verdade, inspiração, transpiração, severidade, compreensão. Eles eram iguais na busca da santidade.

O Bispo Santo Hilário ordenou Romão, que faleceu em 463. E em 480 vai para a glória São Lupicino.


São Romão pé em Roma cabeça em Portugal. Livrai-me dos cães danados e dos que estão para se danar. Do mortos mal encarados dos vivos sem perigo. São Romão, andais comigo.

Ó Deus, só vós sois Santo e sem vós ninguém pode ser bom. Pela intercessão de são Lupicino, dai-nos viver de tal modo, que não sejamos despojados da vossa glória. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Os bens deste mundo


Pense bem, meu Amigo!

Enquanto houver em seu coração apego à própria vida, com a ilusão de que você sozinho, você do seu jeito, você na sua própria medida e na sua própria verdade mentirosa, sem Deus e até contra Deus, pode ser feliz, pode construir sua própria felicidade, construindo seu próprio projetozinho pessoal, enquanto você pensar que pode ser realmente livre em Cristo agarrado a mil paixões, mil conveniências, mil concessões ao mundo, enquanto você quiser experimentar tudo, fazer concessões aos seus apetites e desejos, agarrando-se a sensações e sentimentos, procurando neles a vida, enquanto sua existência for assim, você nada mais será que um pobre escravo!

Com todo o prestígio, você não passa de um pobre escravo; com todos os seus prazeres e prazeirosas realizações e situações, você é somente um escravo de luxo, com todo o seu dinheiro e poder, você não passa de um escravo; com todos os talentos, prazeres e potencialidades, escravo; com todo o seu sucesso, você será só escravo, todo escravo, enganado escravo! Escravo da própria escravidão; tão escravo que pensa que a escravidão é liberdade! Por medo de não ser feliz, por medo de perder a vida, você se torna escravo e vive uma grande ilusão que, ao fim de tudo, será colocada por terra, desmascarada! Escravo! 

CNBB lança Campanha da Fraternidade 2017 na quarta-feira de cinzas, em Brasília


Com o tema "Fraternidade: biomas brasileiros e a defesa da vida", a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) abre oficialmente, na Quarta-feira de Cinzas, dia primeiro de março, a Campanha da Fraternidade 2017 (CF 2017). O lançamento será na sede da entidade, em Brasília (DF), e será transmitido ao vivo pelas emissoras de TV de inspiração católica, a partir das 10h45.

A campanha, que tem como lema “Cultivar e guardar a criação” (Gn 2.15), alerta para o cuidado da Casa Comum, de modo especial dos biomas brasileiros. Segundo o bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Ulrich Steiner, a proposta é dar ênfase à diversidade de cada bioma e criar relações respeitosas com a vida e a cultura dos povos que neles habitam, especialmente à luz do Evangelho. Para ele, a depredação dos biomas é a manifestação da crise ecológica que pede uma profunda conversão interior. “Ao meditarmos e rezarmos os biomas e as pessoas que neles vivem, sejamos conduzidos à vida nova”, afirma.

Ainda de acordo com o bispo, a CF deseja, antes de tudo, levar à admiração, para que todo o cristão seja um cultivador e guardador da obra criada. "Tocados pela magnanimidade e bondade dos biomas, seremos conduzidos à conversão, isto é, cultivar e a guardar”, salienta.

A cerimônia de lançamento contará com as presenças do arcebispo de Brasília e presidente da CNBB, cardeal Sergio da Rocha, do secretário geral da Conferência, dom Leonardo Steiner, e do secretário de articulação institucional e cidadania do Ministério do Meio Ambiente, Edson Duarte.

No Brasil, a Campanha já existe há mais de 50 anos e sua abertura oficial sempre acontece na Quarta-feira de Cinzas, quando tem início a Quaresma, época na qual a Igreja convida os fiéis a experimentarem três práticas penitenciais: a oração, o jejum e a esmola. 

Não queremos a lógica de Caim


Caros amigos, a onda de violência urbana que atingiu nossos irmãos capixabas nos deixou perplexos diante da crueldade sem sentido. Segundo números oficiais, foram 143 mortos, sem falar das perdas materiais e da imensa insegurança que até hoje se abate naquela região. Mas quem foram os saqueadores e assassinos que executaram esta barbárie? Não foram terroristas, nem membros de outra facção criminosa ou partido político beligerante, mas os próprios moradores daqueles centros urbanos, que se armaram em violência contra seus irmãos.

Esta é mesma lógica de Caim (Cf. Gn 4), que por inveja tirou a vida do seu irmão Abel. Tal situação representa a violência do indivíduo contra os outros e, por isso, contra a sociedade em desprezo ao bem comum.

Entretanto, cabe recordar que foi o pensamento político e econômico de nossa atual sociedade do bem-estar que gerou este mal que se irradia incontrolavelmente por todos os lados. As definições de que “o homem é o lobo do homem” e “antes de toda regulação estatal a sociedade é uma guerra de todos contra todos” (Thomas Hobbes) são pensamentos negativos de liberdade que levam ao absolutismo demente e homicida do ser humano que, ao fim, destrói a si mesmo e a tudo aquilo que ama.

O homem, criado a imagem e semelhança de Deus Uno e Trino, não se realiza fora da sociedade e do amor fraterno. Assim sendo, qualquer alternativa que não seja este caminho de comunhão e justiça será sempre falsa ou incompleta. 

Bento XVI: “O futuro Papa ao qual já hoje prometo a minha reverência e obediência incondicionadas”.


“Entre vós, entre o Colégio Cardinalício, está também o futuro Papa ao qual já hoje prometo a minha reverência e obediência incondicionadas”, disse Papa Bento XVI, no último dia de seu pontificado, durante sua reunião com os cardeais prestes a entrar em conclave para eleger seu sucessor, fevereiro 28, 2013, no último dia de seu pontificado. Quatro anos depois, estas palavras constituem como uma herança preciosa para os católicos do mundo.

Permaneçamos unidos

“Antes de vos saudar pessoalmente, desejo dizer-vos que continuarei a estar convosco com a oração, especialmente nos próximos dias, a fim de que sejais plenamente dóceis à acção do Espírito Santo na eleição do novo Papa. Que o Senhor vos mostre o que Ele quer. E entre vós, entre o Colégio Cardinalício, está também o futuro Papa ao qual já hoje prometo a minha reverência e obediência incondicionadas. Portanto, com afeto e reconhecimento, concedo-vos de coração a Bênção Apostólica.”

Ele também disse seus pensamentos sobre a Igreja, “corpo vivo, animado pelo Espírito Santo” que “vive realmente pela força de Deus”, citando Guardini: “Diz Guardini: A Igreja «não é uma instituição pensada e construída sob um projecto…. mas uma realidade viva… Ela vive ao longo do tempo, no futuro, como todos os seres vivos, transformando-se… E no entanto na sua natureza permanece sempre a mesma, e o seu coração é Cristo». Foi a nossa experiência, ontem, parece-me, na Praça: ver que a Igreja é um corpo vivo, animado pelo Espírito Santo e vive realmente pela força de Deus. Ela está no mundo, mas não é do mundo: é de Deus, de Cristo, do Espírito. Vimos isto ontem. Por isso é verdadeira e eloquente também outra famosa expressão de Guardini: «A Igreja desperta nas almas». A Igreja vive, cresce e desperta nas almas, que — como a Virgem Maria — acolheram a Palavra de Deus e a conceberam por obra do Espírito Santo; oferecem a Deus a própria carne e, precisamente na sua pobreza e humildade, tornam-se capazes de gerar Cristo hoje no mundo. Através da Igreja, o Mistério da Encarnação permanece para sempre presente. Cristo continua a caminhar através dos tempos e em todos os lugares.”

Ele chamou os cardeais para a unidade: “Permaneçamos unidos, queridos Irmãos, neste Mistério: na oração, especialmente na Eucaristia quotidiana, e assim servimos a Igreja e a humanidade inteira. Esta é a nossa alegria, que ninguém nos pode tirar.” 

Por que a Igreja Católica Romana não reconhece validade nos sacramentos da Igreja Católica Apostólica Independente?


Boa tarde, a paz de Jesus! 

Caro irmão, eu sou padre da igreja Católica Apostólica Independente de Tradição Salomonia, a que foi funda por o Bispo Dom Salomão Ferraz, que morreu como bispo auxiliar de São Paulo, como bispo da Igreja Romana. Gostaria de saber o porquê que agora a Igreja não nos reconhece, já que ele foi aceito como bispo romano sem ser consagrado novamente? Já que temos sucessão apostólica valida, por que a Igreja não reconhece nossos sagramentos (sic)? Gostaria muito que os senhores irmãos, mim (sic) explicassem isso. Obrigado pela atenção que Deus lhe abençoe muito.

Abraço, padre Gaspar.

Fraterno padre Gaspar, paz e bem!

Recebemos com muita alegria a sua mensagem, e resolvemos respondê-lo com o máximo de cuidado e atenção possível afim de que os fatos sejam esclarecidos para que não haja dúvida alguma acerca das questões que envolvem a Igreja Católica Brasileira e suas dissidentes como a Igreja Católica Apostólica Independente de Tradição Salomoniana. Esperamos que leia com muita atenção e tire suas dúvidas.:


“Eles saíram de entre nós, mas não eram dos nossos. Se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco” (1Jo 2,19).


Primeiramente convém levar em conta que A única Igreja de Cristo,... é aquela que nosso Salvador, depois da sua Ressurreição, entregou a Pedro para apascentar e confiou a ele e aos demais Apóstolos para propagá-la e regê-la... Esta Igreja, constituída e organizada neste mundo como uma sociedade, subiste (subsistit in) na Igreja Católica governada pelo sucessor de Pedro e pelos Bispos em comunhão com ele” (CIC Nº 816).  

Esta resposta já seria suficiente para afirmar porque a Igreja Católica Romana não reconhece a Igreja Católica Apostólica Independente de Tradição Salomoniana (ICAI-TS), também conhecida como Catolicismo Salomonita ou Catolicismo Evangélico Salomonita. Nosso Senhor Jesus Cristo fundou uma só Igreja, as denominações fundadas por homens, são frutos de discórdias e desavenças dos homens. A ICAI-TS foi fundada, como você mesmo disse, por Dom Salomão Ferraz, ex-pastor presbiteriano que foi sagrado ao episcopado por Dom Carlos Duarte da Costa, um bispo desertor da Igreja Católica Romana, que fundou sua própria denominação: a Igreja Católica Brasileira (ICAB).

Ora, uma vez que o sacramento da ordem é indelével, se um bispo validamente sagrado na Igreja Católica Romana, dela se separa e ordena outro como diácono, padre ou bispo, não seria válida esta ordenação? Vejamos:

D. Salomão, junto a bispos brasileiros, na Praça de São Pedro, durante o Concílio Vaticano II.
D. Salomão é o terceiro a contar da direita.

História


Em 1925 Salomão, que era presbiteriano, elaborou e publicou um estudo chamado Princípios e Métodos, que discursava sobre a validade dos batismos efetuados por padres católicos romanos, dizendo que tais batismos eram válidos por ser feito sobre a palavra e o nome de Jesus Cristo, independente de a Igreja Católica Romana ser vista como errada pelos protestantes.

Ele acaba entrando em conflito com as autoridades presbiterianas e se transfere para a Igreja Episcopal do Brasil, atual Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, onde é ordenado diácono e presbítero.

Em 1936 a Ordem de Santo André (OSA), fundada por ele, se reúne em um congresso nacional onde é lançada e aprovada a obra “A Igreja e a Sinagoga”, aonde Salomão Ferraz trata sobre o que a Igreja é, e o que a Igreja não é. Nesse congresso é aprovada também a criação da Igreja Católica Livre, uma igreja autônoma e nacional.

Salomão Ferraz é eleito bispo para a Igreja Católica Livre e busca a sagração na Europa, e é aceito para ser sagrado pelos Vétero-Católicos de Utrecht, porém devido a II guerra mundial ficou impedido de ser sagrado na Europa.

Aqui é importante destacar que a Igreja Católica Romana não considera válidas as ordenações realizadas nas igrejas presbiterianas, anglicanas e nem pelos vétero-católicos. No caso da Igreja Anglicana, o Santo Padre Leão XIII declarou, depois do assunto ter sido seriamente debatido com os teólogos, que, de acordo com fontes históricas e dogmáticas, categoricamente o anglicanismo havia perdido a sucessão apostólica, pois quando a igreja da Inglaterra caiu em heresia, comprovou-se que os sacramentos - incluindo aí o sacramento da Ordem - passaram a ser pervertidos no que sempre foram, e adotaram uma nova doutrina que os anulou. A partir daquele momento, todo candidato às Ordens Sacras foi sagrado de forma inválida, porque os novos “sacramentos”, dentre eles a Eucaristia e a Ordem já não eram mais os mesmos da Igreja Católica Romana. A intenção não era mais sacrifical, mas protestante. Não se tratava somente de um cisma, como no oriente, mas houve uma mudança doutrinária, e isso tornou todos os sacramentos do anglicanismo inválidos, com exceção do batismo. Sendo assim, todos os  “padres”  ordenados já não eram padres, e muito menos os bispos. O anglicanismo é apenas uma seita protestante que pensa ou pensava ter sucessão apostólica.
  
Dom Carlos Duarte da Costa, um bispo que se desligou da Igreja Católica Romana e fundou a Igreja Católica Brasileira foi suspenso de ordens em 1944, isto é, perdeu a autorização para exercer as funções do sagrado ministério.  Conheceu Salomão Ferraz, um homem casado e pai de sete filhos, e aceitou sagrá-lo em 1945; um fato importante é que mesmo que Dom Carlos ainda não tivesse recebido a excomunhão de Roma quando sagrou Salomão Ferraz, ordenando-o sem mandato pontifício[1] (opondo-se diretamente ao papel espiritual do Sumo Pontífice danificando a unidade da Igreja) e, portanto, de forma ilegítima, incorreu em violação da norma do cânon 1382 do Código de Direito Canônico que prevê a excomunhão automática: "o Bispo que confere a alguém a consagração episcopal sem mandato pontifício, assim como o que recebe dele a consagração, incorre em excomunhão latae sententiae (automática) reservada à Sé Apostólica". Neste cânon se considera que algumas circunstâncias como "o temor grave, a injusta provocação, a ignorância da pena canônica", entre outras, são "atenuantes que excluem a pena latae sententiae". 

Vale lembrar que a excomunhão de um membro do clero não lhe tira o sacramento da ordem, mas torna ilícitos[2] todos os seus atos; por isso, quando em 1959, Dom Salomão Ferraz manifestou seu desejo de entrar em comunhão com a Igreja Católica Apostólica Romana, seu pleito não só foi atendido, como ele teve a sua excomunhão suspensa apesar de ordenado irregularmente[3] e foi recebido na Igreja pelas mãos do então cardeal Arcebispo de São Paulo sem que fosse reordenado (nem mesmo sob condição), apesar de continuar casado* e pai de sete filhos, pois dom Carlos Duarte era verdadeiramente bispo, embora o Santo Ofício o tenha declarado excomungado vitandus (= a ser evitado) aos 3 de julho de 1946.[4]

No dia 8 de dezembro de 1959 Dom Salomão fez voto de profissão de fé católica e assinou o respectivo termo de compromisso. Nessa mesma igreja celebrou a primeira missa como bispo da Igreja Católica Apostólica Romana e, posteriormente, foi recebido pelo Cardeal Motta no palácio Pio XII. Sua recepção na condição de bispo e exercendo o ministério episcopal deu-se por expressa permissão do Papa São João XXIII (que o fez bispo titular de Eleuterna em 10 de maio de 1963), a quem teve a oportunidade de encontrar uma vez em Roma, bem como tomou parte no Concílio do Vaticano II como padre conciliar,[5] morrendo em plena comunhão com a Igreja Católica Apostólica Romana.[6] Seu nome consta como bispo católico romano regular nos principais repositórios de informações sobre bispos católicos.

São Gabriel das Dores


Grande devoto da Virgem Maria, São Gabriel das Dores foi dócil ao deixar tudo e assumir sua vocação.

 

Nascido a 1838 em Assis, na Itália, dentro de uma família nobre e religiosa, recebeu o nome de batismo Francisco, em homenagem a São Francisco.

Na juventude andou desviado por muitos caminhos, e era dado a leitura de romances, festas e danças. Por outro lado, o jovem se sentiu chamado a consagrar-se totalmente a Deus, no sacerdócio ministerial. Mas vivia ‘um pé lá, outro cá’. Ou seja, nas noitadas e na oração e penitência.

Aos 18 anos, desiludido, desanimado e arrependido, entrou numa procissão onde tinha a imagem de Nossa Senhora. Em meio a tantos toques de Deus, ouviu uma voz serena, a voz da Virgem Maria, que dizia que aquele mundo não era para ele, e que Deus o queria na religião.

Obediente a Santíssima Virgem, na fé, entrou para a Congregação dos Padres Passionistas. Ali, na radicalidade ao Evangelho, mudou o nome para Gabriel, e de acordo também com a sua devoção a Nossa Senhora, chamou-se então: Gabriel da Dores.

Antes de entrar para a Congregação, já tinha a saúde fraca, e com apenas 23 anos partiu para a glória, deixando o rastro da radicalidade em Deus. Em meios às dores, São Gabriel viveu o santo Evangelho.



Ó Deus, concedei-nos, pelas preces de São Gabriel das Dores, a quem destes perseverar na imitação de Cristo pobre e humilde, seguir a nossa vocação com fidelidade e chegar àquela perfeição que nos propusestes em vosso Filho. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.