sábado, 15 de abril de 2017

São Crescente


Nasceu em Mira, na Ásia Menor. Crescente chorou muitas vezes quando percebia pessoas que se entregavam a religiões politeístas, de muitas divindades, longe daquele que é o único Senhor e Salvador: Jesus Cristo.

Seu esforço era o de levar a sua experiência. Primeiro, através de uma oração de intercessão constante pela conversão de todos.

Certa vez, numa festa pagã aos deuses, ele se fez presente e movido pelo Espírito Santo, começou a evangelizar. Inimigos da fé cristã o levaram a um juiz, que propôs que ele “apenas” expressasse exteriormente o culto às divindades pagãs, com o objetivo de preservar sua vida.

Crescente desprezou a proposta, e foi martirizado por não negar a Jesus Cristo.

Deus onipotente e misericordioso, destes a São Crescente superar as torturas do martírio. Concedei que, celebrando o dia do seu triunfo, passemos invictos por entre as ciladas do inimigo, graças à vossa proteção. Por Cristo Senhor nosso. Amém.


São Crescente, rogai por nós!

sexta-feira, 14 de abril de 2017

O Anjo de Guarda é menos inteligente do que o demônio?


A Igreja ensina que Deus criou os Anjos muito superiores a nós. Puros espíritos, de inteligência lucidíssima e grande poder, excedem por sua natureza mesmo os homens mais bem dotados.

Com sua revolta, os Anjos maus perderam a virtude, não porém a inteligência, nem o poder. Deus costuma frear a ação deles mais ou menos, segundo os desígnios de sua Providência. Mas de per si, e segundo sua natureza, continuam eles muito superiores ao homem.

Daí o fato de que a Igreja sempre aprovou que os artistas figurassem o demônio sob a forma de um ente inteligente, sagaz, astuto, poderoso, se bem que cheio de malícia em todos os seus desígnios. Aprovou Ela até que se apresentasse o demônio como um ente de encantos fascinantes, para manifestar assim as aparências de qualidade de que o espírito das trevas pode revestir-se para seduzir os homens.


Em nosso primeiro clichê, temos um exemplo desta apresentação do demônio. Mefistófeles, com um semblante fino, astucioso, de psicólogo penetrante e cheio de lábia, instila pensamentos de perdição, suaves e profundos, ao Doutor Fausto, que dorme, e se acha em pleno sonho.

Este tipo de representação se tem tornado tão freqüente que quase não se figura o demônio senão sob este aspecto.

Tudo isto é, como dissemos, perfeitamente ortodoxo.

As representações que certa iconografia muito corrente faz dos Anjos bons em que sentido são? Mostram-nos como seres eminentemente bem intencionados, felizes, cândidos, e tudo isto é conforme à santidade, à bem-aventurança, à pureza que possuem em grau eminente. Mas essas representações passam da conta, e, querendo acentuar a bondade e a pureza dos Anjos fiéis, não sabendo de outro lado como exprimir ao mesmo tempo sua inteligência, sua fortaleza, sua admirável majestade, figuram seres insípidos e sem valor. 

quinta-feira, 13 de abril de 2017

Senado se posiciona contra descriminalização do aborto pelo STF


O Senado, por meio de sua Advocacia, enviou um parecer ao Supremo Tribunal Federal (STF), no qual defende as atuais leis do Brasil em relação ao aborto e afirma que eventuais mudanças quanto ao tema devem partir do Legislativo.

O parecer foi enviado em resposta à solicitação da ministra Rosa Weber, relatora da Arguição por Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) aberta pelo PSOL e pelo Instituto Anis, que pede medida cautelar que reconheça a descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação.

O parecer do Senado defende que os dois artigos do Código Penal questionados na ADF são aplicados no Brasil há décadas.

“Os artigos questionados não foram alterados na reforma do Código Penal promovida pela Lei nº 7.209, de 11 de julho de 1984, e são aplicados desde então pelas autoridades judiciais do País”, assinala.

Reforça ainda que, “sob a égide da Constituição da República de 1988”, o artigo 2º do Código Civil assegura os direitos do feto.

“Os aludidos dispositivos infraconstitucionais disciplinam a matéria objeto do debate, cuja eventual alteração está sendo discutida pelas Casas do Congresso Nacional por intermédio dos parlamentares eleitos pelo povo, com a participação da sociedade, por meio de consultas e audiências públicas”, completa a Advocacia do Senado Federal. 

Algumas igrejas no Egito não festejarão a Páscoa, em luto pelos mortos nos ataques


As Igrejas na cidade de Minya, no sul do Egito, informaram esta terça-feira que não festejarão a Páscoa no próximo domingo, em luto pelos 46 cristãos coptas mortos nas explosões em duas igrejas nas cidades de Tanta e Alexandria, durante as cerimônias do Domingo de Ramos.

A Diocese Copta Ortodoxa de Minya explicou que as celebrações se aterão às orações litúrgicas, "sem manifestações festivas".


A Província de Minya tem a maior população cristã copta do país. Tradicionalmente, os coptas realizam as celebrações e orações da Páscoa na noite de sábado, dedicando o Domingo da Ressurreição à vida em família e refeição na presença de amigos e visitantes.

O Parlamento egípcio aprovou na terça-feira a decisão do Presidente Abdel Fattah al-Sissi de decretar o Estado de Emergência de três meses após os ataques no último domingo. O gabinete declarou que a decisão entrou em vigor às 13 horas de segunda-feira.

A câmara unicameral aprovou preliminarmente emendas a um conjunto de leis na segunda-feira destinadas a acelerar os julgamentos dos acusados em casos relacionados com o terrorismo. 

Identificada ferida de lança no corpo envolto na mortalha e o Sudário


O Sudário de Turim e o Sudário de Olviedo não só envolveram a mesma pessoa, mas também “sofreu uma ferida” sobre o seu lado quando já era um cadáver, o que é consistente com o Evangelho de São João quando ele narra o momento em que um centurião romano perfurou o lado de Cristo, relatou a Universidade Católica de Murcia (Espanha).

Universidade Católica de Murcia (UCAM), disse em 31 de março que a esta conclusão chegou o estudo médico-forense liderado por Alfonso Sánchez Hermosilla, um pesquisador nesta escola.

Sánchez Hermosilla é médico forense do Instituto de Medicina Legal de Murcia, diretor da equipe de pesquisa do Centro Espanhol de Sindonologia (EDICES) e conselheiro científico do Centro Internacional de Sindonologia Turim.


O estudo foi “conduzido conjuntamente no Sudário de Olviedo e no Síndone de Turim” e “não só reafirmou-se que ambas as peças envolveram a mesma pessoa, mas também que quando ele já estava morto e estando em posição vertical, sofreu um ferimento que perfurou o peito direito, com entrada através do quinto espaço intercostal e saia pelo quarto, ao lado da coluna e ombro direito, deixando marcas de coágulos de sangue e líquido pleuro-pericárdico em ambas as peças de vestuário (no Sudário, por seu contato com a entrada e a saída, e a mortalha com o de saída).

“Isto, disse o UCAM, “é consistente com o que é refletido no Evangelho de João, que no capítulo 19, versículos 33-34 diz: ‘mas quando eles chegaram perto de Jesus, viram que já estava morto, não lhe quebraram as pernas; mas um dos soldados lhe furou o lado com uma lança, e no momento saíram sangue e água”. 

A abstinência é somente deixar de comer carne?


A Sexta-feira Santa é um dos dias em que é obrigatório para o católico a prática do jejum e da abstinência. No cristianismo, o jejum consiste em ingerir apenas uma refeição forte durante o dia e, sendo necessário, tomar outras que não sejam completas. A abstinência (do latim abstinentia) é um gesto penitencial no qual os fiéis se privam ou abstêm voluntariamente de comer carne.

Estão obrigados ao jejum os maiores de 18 anos, até os 59 anos; e à abstinência, os maiores de 14 anos e tal obrigação se prolonga por toda a vida. Além da Sexta-feira Santa, o jejum e a abstinência também são obrigatórios na Quarta-feira de Cinzas.

Não obstante, a abstinência pode ser trocada por outro sacrifício, dependendo do que ditem as Conferências Episcopais de cada país, pois elas são as que têm autoridade para determinar as diversas formas de penitência cristã.

Com este sacrifício, como o jejum, trata-se de que todo nosso ser (espírito, alma e corpo) participe de um ato na qual reconheça a necessidade de fazer obras com as quais reparemos o dano ocasionado com nossos pecados e para o bem da Igreja. 

Papa na Missa do Crisma: "Evangelização seja respeitosa e humilde".


SANTA MISSA CRISMAL

HOMILIA DO PAPA FRANCISCO

Basílica Vaticana
Quinta-feira Santa, 13 de abril de 2017

«O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para anunciar a Boa-Nova aos pobres; enviou-me a proclamar a libertação aos cativos e, aos cegos, a recuperação da vista; a mandar em liberdade os oprimidos» (Lc 4, 18). O Senhor, Ungido pelo Espírito, leva a Boa-Nova aos pobres. Tudo aquilo que Jesus anuncia é Boa-Nova; alegra com a alegria evangélica; e o mesmo se diga de nós, sacerdotes, de quem foi ungido em seus pecados com o óleo do perdão, e ungido no seu carisma com o óleo da missão, para ungir os outros. E, tal como Jesus, o sacerdote torna jubiloso o anúncio com toda a sua pessoa. Quando pronuncia a homilia – breve, se possível –, fá-lo com a alegria que toca o coração do seu povo, valendo-se da Palavra com que o Senhor o tocou na sua oração. Como qualquer discípulo missionário, o sacerdote torna jubiloso o anúncio com todo o seu ser. Aliás, como todos experimentamos, são precisamente os detalhes mais insignificantes que melhor contêm e comunicam a alegria: o detalhe de quem dá um pequeno passo a mais, fazendo com que a misericórdia transborde nas terras de ninguém; o detalhe de quem se decide a concretizar, fixando dia e hora para o encontro; o detalhe de quem deixa, com suave disponibilidade, que ocupem o seu tempo…

A Boa-Nova pode parecer simplesmente um modo diferente de dizer «Evangelho», como «feliz anúncio» ou «boa notícia». Todavia contém algo que compendia em si tudo o mais: a alegria do Evangelho. Compendia tudo, porque é jubilosa em si mesma.

A Boa-Nova é a pérola preciosa do Evangelho. Não é um objeto; mas uma missão. Bem o sabe quem experimenta «a suave e reconfortante alegria de evangelizar» (Exort. ap. Evangelii gaudium, 10).

A Boa-Nova nasce da Unção. A primeira, a «grande unção sacerdotal» de Jesus, é a que fez o Espírito Santo no seio de Maria.

Naqueles dias, a boa-nova da Anunciação fez a Virgem Mãe cantar o Magnificat, encheu de um sacro silêncio o coração de José, seu esposo, e fez saltar de gozo João no seio de sua mãe Isabel.

Hoje, Jesus regressa a Nazaré e a alegria do Espírito renova a Unção na pequena sinagoga local: o Espírito pousa e espalha-Se sobre Ele, ungindo-O com o óleo da alegria (cf. Sal 45/44, 8).

A Boa-Nova. Uma única palavra – Evangelho – que, no ato de ser anunciada, se torna verdade jubilosa e misericordiosa.

Que ninguém procure separar estas três graças do Evangelho: a sua Verdade – não negociável –, a sua Misericórdia – incondicional com todos os pecadores – e a sua Alegria – íntima e inclusiva. Verdade, misericórdia e alegria: todas três juntas.

Nunca a verdade da Boa-Nova poderá ser apenas uma verdade abstrata, uma daquelas que não se encarnam plenamente na vida das pessoas, porque se sentem mais confortáveis na palavra escrita dos livros.

Nunca a misericórdia da Boa-Nova poderá ser uma falsa compaixão, que deixa o pecador na sua miséria, não lhe dando a mão para se levantar nem o acompanhando para dar um passo mais no seu compromisso.

Nunca a Boa-Nova poderá ser triste ou neutra, porque é expressão duma alegria inteiramente pessoal: «a alegria dum Pai que não quer que se perca nenhum dos seus pequeninos» (Exort. ap. Evangelii gaudium, 237): a alegria de Jesus, ao ver que os pobres são evangelizados e que os pequeninos saem a evangelizar (cf. ibid., 5).

As alegrias do Evangelho – uso agora o plural, porque são muitas e variadas, segundo o modo como o Espírito as quer comunicar em cada época, a cada pessoa, em cada cultura particular – são alegrias especiais. Chegam-nos em odres novos, aqueles de que fala o Senhor para expressar a novidade da sua mensagem. 

Cantamos ‘como coisa’ ou ‘como filho’ na Oração de Consagração a Nossa Senhora?


Nos dias atuais, ainda nos deparamos com pessoas que possuem a seguinte dúvida: “Cantamos ‘como coisa’ ou ‘como filho’ na Oração de Consagração a Nossa Senhora?”. E, para poder tirar a minha dúvida e talvez a de muitos, resolvi fazer uma pesquisa sobre o assunto e descobri fatos chaves e importantes que poderão auxiliar a todos.

A oração de Consagração à Nossa Senhora no original em Latim é:

“O DOMINA mea! O Mater mea! Tibi me totum offero, atque, ut me tibi probem devotum, consecro tibi [hodie*] oculos meos, aures meas, os meum, cor meum, plane me totum. Quoniam itaque tuus sum, o bona Mater, serva me, defende me ut rem ac possessionem tuam. Amen”.

Ao pé da letra seria mais ou menos assim:

“Ó Senhora minha! Ó Mãe minha! A vós todo me ofereço, e, para provar que vos sou devoto, consagro-vos hoje meus olhos, meus ouvidos, minha boca, meu coração, eu todo inteiramente. E porque sou vosso, ó boa Mãe, guardai-me, defendei-me como coisa e propriedade vossa. Amém”.

Observação: REM é o substantivo feminino latino RES no caso acusativo. E pode significar coisa, evento, negócio, assunto, propriedade, fato. Na oração, portanto, a tradução COISA é correta.

É engraçado o quanto queremos ganhar espaço. Ninguém quer ser tratado como coisa. O próprio Jesus que poderia ter se declarado rei e pedir tratamento especial, se colocou pequeno e como servo. Nós fazemos justamente o contrário. Somos apenas coisa e já nos colocamos como filhos “exigindo” nossos direitos, nossa herança.

Confesso que eu não compreendia essa parte da oração. Eu queria ser tratado como filho de Nossa Senhora e não como coisa. Até que um dia me contaram que a mãe de um amigo sempre ensinou a ele que essa oração havia sido feita pelo coração puro e simples de uma criança. Desse modo, só é possível vivermos essa oração com o coração semelhante ao de uma criança.

“Coisa” é um objeto que o dono coloca onde quer e faz o que quer com ele. O objeto fica ali estático, aguardando o proprietário decidir o que fará. Já o filho não. Já o filho, quando criança, precisa e quer o colo da mãe. A medida que cresce, tem momentos de desobediência, de querer fazer seus desejos, até o dia em que se torna adulto, sai de casa e realiza suas próprias vontades. Passa a ser o “dono do seu nariz”.