As
Igrejas na cidade de Minya, no sul do Egito, informaram esta terça-feira que
não festejarão a Páscoa no próximo domingo, em luto pelos 46 cristãos coptas
mortos nas explosões em duas igrejas nas cidades de Tanta e Alexandria, durante
as cerimônias do Domingo de Ramos.
A
Diocese Copta Ortodoxa de Minya explicou que as celebrações se aterão às
orações litúrgicas, "sem manifestações festivas".
A
Província de Minya tem a maior população cristã copta do país.
Tradicionalmente, os coptas realizam as celebrações e orações da Páscoa na
noite de sábado, dedicando o Domingo da Ressurreição à vida em família e
refeição na presença de amigos e visitantes.
O
Parlamento egípcio aprovou na terça-feira a decisão do Presidente Abdel Fattah
al-Sissi de decretar o Estado de Emergência de três meses após os ataques no
último domingo. O gabinete declarou que a decisão entrou em vigor às 13 horas
de segunda-feira.
A
câmara unicameral aprovou preliminarmente emendas a um conjunto de leis na
segunda-feira destinadas a acelerar os julgamentos dos acusados em casos
relacionados com o terrorismo.
Após
os ataques, al-Sissi ordenou a formação de um novo organismo chamado Conselho
Supremo de Combate ao Terrorismo e ao Fanatismo.
Os
ataques de domingo, reivindicados pelo autoproclamado Estado Islâmico, são mais
uma etapa do cumprimento das ameaças divulgada por meio de um vídeo, em que os
radicais islâmicos prometiam atacar a minoria cristã no Egito.
Centenas
de família haviam sido obrigadas a abandonar o Sinai do Norte após assassinatos
em série de cristãos coptas.
O
grupo também havia reivindicado a autoria do ataque perpetrado em dezembro no
Cairo contra uma igreja adjacente às Catedral de São Marcos, e que matou 30
fiéis e deixou dezena de feridos. (JE/Reuters)
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Rádio Vaticano
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